Portugal está a ser consumido por um monstro, entre outros, que consomem
muito do erário público, e ao qual o estado não consegue mudar as regras, devido ás constantes greves e ao caos que provocam na vida do país.
Os sindicatos e a CP unidos são uma óptima parelha para exigir regalias, e tem conseguido. São poucas as classes laborais que possuem este poder de negociação, e assim se faz a justiça em Portugal. Os trabalhadores conquistam direitos especiais, acima dos outros, porque se eles param o país entra num caos insustentável e os prejuízos são imensos. Ou seja os funcionários destas empresas podem exigir mais e obter mais, apenas porque sim? E assim se constroem impérios e elites, insustentáveis e promovendo a desigualdade.
Não deveria este poder ser controlado? Não estaremos a pactuar com despesismo, com excedente de funcionários, excesso de regalias? Com a insustentabilidade das empresas Públicas?
Se governo quer cortar excedentes de funcionários para travar os prejuízos, não pode?
Quer cortar nas regalias que chegam ao descalabro de serem 195 subsídios diferentes... e não pode? Só em salários são 104 milhões por ano.
A situação é tão caricata que próprios administradores queixam-se de não terem dinheiro para pagar rescisões, apesar de precisarem de despedir pessoal.
"A Refer apresentou ontem os resultados com os prejuízos de 146,5 milhões de euros em 2010. Só a dívida acumulada conjunta da CP e da Refer atinge os 10z mil milhões de euros." FONTE
O governo, impotente, comodista demais para por fim ao desgoverno e anarquia que se instalou nos transportes e baixar as despesas, optou por aumentar as receitas/ preços. E o povo é indubitavelmente a sua vitima mais acessível e mansa.
Para a CP permanecer no seu império intocável e hermético, têm os portugueses que sofrer aumentos e fornecer muitos e mais impostos?
Agora já sabemos porquê tantas greves? Eles querem manter seu e apenas seu, este império, que é nosso.
Seguem-se os dados apurados pelo jornal "Sol" com alguns exemplos das regalias.
"Há maquinistas que ganham 50 mil euros ano.
Os trabalhadores da CP que hoje estão mais uma vez em greve, têm vencimentos anuais muito acima da média portuguesa. De acordo com a folha salarial da CP a que o SOL teve acesso, um inspector-chefe de tracção recebe 52,3 mil euros, há maquinistas com salários superiores a 40 mil euros e operadores de revisão e venda com remunerações que ultrapassam os 30 mil euros por ano. No total, os trabalhadores da CP dispõem de 195 itens/suplementos que contribuem para ‘engordar’ a sua remuneração variável no final do ano. O número atípico de apoios, ajudas e subsídios tem contribuído para que a empresa engrosse a factura com remunerações.
Em 2009 foi de 104,5 milhões de euros anuais .
«O salário dos maquinistas, por exemplo, engloba abonos de produção, subsídios fiscais, ajudas de custo e subsídio de agente único», explica fonte oficial da empresa pública.
«Só por se apresentar ao trabalho, cada maquinista recebe mais de 6 euros por dia, devido ao subsídio de assiduidade».
Os diversos subsídios são resultado das negociações entre as várias administrações que têm passado pela empresa e os sindicatos de trabalhadores ao longo dos anos.
Ao todo, representam mais de metade – 54,3% – dos encargos totais com salários.
Apenas em subsídios de condução, a CP gasta cerca de 4 milhões de euros, aos quais se juntam 2,4 milhões de euros em prémios de condução e 3,3 milhões de euros em prémios de chefia.
Já as diuturnidades (subsídio por antiguidade) custam
3,3 milhões de euros à empresa e os gastos o pagamento por trabalho em dias de descanso não compensados ascendem aos
4,5 milhões de euros.
Também no Metropolitano de Lisboa, outra empresa detida pelo Estado, existem vencimentos de luxo. Há uma secretária administrativa que recebeu
64,6 mil euros em 2009, dos quais
5,7 mil dizem respeito a subsídios de carreira administrativa.
No total, existem 14 técnicos superiores que ganham mais do que os vogais do conselho de administração. Um destes técnicos auferiu
114 mil euros em 2009, mais 42 mil euros do que o chairman.
FONTE
Salário de 2500 euros por 3 horas de condução
Os maquinistas do Metropolitano de Lisboa recebem, em média, cerca de 2500 euros ilíquidos mensais por três horas diárias de condução de passageiros. Trata-se da classe profissional mais numerosa na empresa Metro de Lisboa, que paga ordenados acima dos mil euros a todos os seus trabalhadores, apurou o Correio da Manhã.
O facto de trabalharem no subsolo é uma das principais razões, de acordo com fontes do sector, para o valor dos salários pagos pelo Metropolitano de Lisboa, dos mais elevados nos transportes públicos e bastante acima da média nacional, que se situa nos 804 euros por mês.
Com efeito, o leque salarial ilíquido das 57 categorias varia entre os mil e os três mil e quinhentos euros, já que aos salários base tem de se somar uma componente variável, que vai desde os subsídios de alimentação até ao de turno, passando por prémios de assiduidade e de desempenho. Os horários de trabalho semanal variam, entre as 22h30 (enfermeiros) e as 39 horas (serralheiros, mecânicos), embora a média se situe nas 36 horas.
Os maquinistas constituem, entre os cerca de 1700 trabalhadores da empresa, a classe profissional mais numerosa, com 270 profissionais, sendo também uma das que aufere os salários mais elevados, segundo o um estudo realizado pelo Metro. Recebem, para além do salário base, subsídios de trabalho nocturno, subsídio de turno e subsídio de agente único (ao substituírem a antiga categoria de factor, responsável pela abertura e fecho das portas), entre outros. Com uma média etária em torno dos 40 anos e com pelo menos o 9.º ano, os maquinistas do metro transportam passageiros, no
máximo, três horas por dia. Ou seja, metade do tempo de um maquinista da CP ou da Carris. O tempo restante do turno diário – de sete horas e meia, em virtude de terem um regime de folgas de quatro dias de trabalho e dois de paragem – é dedicado a manobras ou a levar comboios para manutenção ou reparação. “É um trabalho monótono, muito desgastante, em que estamos o dia inteiro a respirar limalha de ferro”, explicou ao Correio da Manhã Diamantino Lopes, maquinista e dirigente da Federação dos Sindicatos dos Transportes Rodoviários e Urbanos (FESTRU).
É frequente, por isso, os maquinistas não continuarem a trabalhar no subsolo depois dos 55 anos, dado sofrerem de problemas de saúde, relacionados com a visão e audição. GREVES PELO ACORDO As cinco greves feitas pelos trabalhadores do Metropolitano de Lisboa, assim como as próximas do dia 7 e 9 de Novembro, foram convocadas face à recusa do conselho de administração em aceitar prolongamento do actual Acordo de Empresa. O documento, com cerca de 30 anos, termina em Dezembro do próximo ano, mas os sindicatos pretendem que se estenda até 2011. Neste momento a administração do Metro encontra-se numa fase de transição, uma vez que o actual conselho, liderado por Mineiro Aires, já terminou o seu mandato mas o próximo, presidido por Joaquim Reis, ainda não tomou posse. Ao todo, são oito os sindicatos envolvidos nas negociações com a empresa, entre os quais os sindicatos dos Electricistas do Metropolitano e o dos Quadros Técnicos de Desenho.
APONTAMENTOS PASSAGEIROS
O Metropolitano de Lisboa transporta diariamente perto de meio milhão de passageiros para 48 destinos possíveis de quatro linhas subterrâneas com uma extensão total de 35,6 quilómetros. CARRUAGENS
No final de 2005 o Metro de Lisboa tinha 338 carruagens em operação que circulam com um intervalo médio de dez minutos, variando ao longo do dia e nas várias linhas do serviço. Os comboios iniciam marcha às 6h30 e só param de madrugada, à 01h00.
NÍVEL SALARIAL
O nível salarial do Metropolitano de Lisboa é o segundo mais elevado da Europa. Só os funcionários do sistema subterrâneo de comboios de Viena de Áustria ganham mais do que os trabalhadores do Metro da capital portuguesa.
FACTORES A categoria de factor desapareceu em 1995, a função destes trabalhadores era abrir e fechar as portas do comboio a cada paragem. A tarefa foi assumida pelos maquinistas que para isso recebem um subsídio que varia entre 317 euros e 475,50 euros mensais.
METRO: DOIS TURNOS
Os maquinistas do Metro de Lisboa trabalham três horas diárias, em dois turnos, no mesmo dia. Cada dia de trabalho está dividido em dois períodos “que não podem exceder as três horas seguidas por motivos de segurança”, explica um comunicado da FESTRU em reacção à notícia publicada pelo CM. Os maquinistas do metropolitano cumprem, ainda, “no resto de cada período, as manobras com o material circulante nos términos e nos parques”, lê-se no comunicado. O sindicato sublinha que o que está em causa é a existência do acordo da empresa.
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