O negócio sujo dos livros escolares. Famílias forçadas a sustentar interesses

Em Portugal tudo tem o preço que os interesses dos lobies exigem, o negócio dos manuais escolares não escapa à ganancia.
"Ricos livros.O fim do ano escolar aproxima-se. E milhões de manuais escolares irão em breve para o lixo: um desperdício. Poderiam ser reutilizados, como acontece em toda a Europa, por novos alunos. Mas não! Quem lucra com este esbanjamento? 
Obviamente as editoras, que dominam o negócio, sem que o Ministério mostre vontade de impor uma nova política.
E sofrem as famílias que, no início de cada ano letivo, gastam fortunas na aquisição de livros. A inexistência de bancos para troca de livros em todas as escolas públicas é incompreensível. Aí todos os alunos poderiam levantar gratuitamente os seus manuais, a troco de deixarem os do ano anterior. É claro que famílias que queiram comprar livros novos seriam livres de o fazer. Mas, para as outras de orçamentos mais apertados, ou simplesmente combatentes do desperdício, as escolas deveriam instituir um sistema universal de entrega de manuais.
É assim em toda a Europa: da Dinamarca a Espanha, passando pela França ou pelo Reino Unido, em todos estes países os manuais são reutilizados. Esta medida é, aliás, também obrigatória em Portugal, pois a legislação determina que "escolas e agrupamentos de escolas devem criar modalidades de empréstimo de manuais escolares". Mas, como a Lei é desprezada, a cada ano, o esforço familiar é enorme e aumenta à medida que os alunos progridem no sistema escolar. Os valores superam as duas centenas de euros, numa escala crescente, insuportável então para quem tenha mais que um filho a frequentar a escola.
Estes preços incomportáveis só são possíveis porque são as editoras quem, no fundo, decide a política de manuais escolares e os preços.
Dominam um setor que representa mais de cem milhões de euros, considerando que os cerca de milhão e meio de estudantes do ensino básico e secundário adquirem perto de dez milhões de livros. O facto de estes bancos escolares para troca de livros não serem uma realidade sistemática e regular em Portugal é mais um exemplo das muitas políticas que o Estado não faz cumprir, permitindo que os cidadãos sejam, deste modo, e mais uma vez, defraudados." Por Paulo Morais

A União de Editores preocupa-se em vender livros, nem que seja à força... em 2005 quando se tentou aumentar o tempo de validade dos livros, a reacção da União dos Editores Portugueses foi apenas salvaguardar o seu lucro.
"De acordo com o documento, o prazo de vigência dos livros será aumentado de três para seis anos, o mesmo tempo de duração dos programas curriculares, "para permitir a possibilidade de reutilização dos manuais e, desse modo, reduzir os encargos das famílias".
Segundo Manuel Ferrão da UEP, este aumento do prazo de vigência dos manuais põe em causa a sobrevivência das editoras escolares, que ficarão sem livros para editar durante vários anos.
"Se os manuais vão durar seis anos, as editoras vão ficar paradas, sem livros para editar durante três ou quatro anos e não sei como poderão sobreviver. O que fazemos aos trabalhadores durante esse período?", questiona. Em Portugal, o mercado da edição escolar representa cerca de 56 milhões de euros, segundo estimativas do ano passado. fonte

Reparem no desplante. Nem têm vergonha proferir estas afirmações em público, porque vivemos num país onde vale tudo? Um loby ter a coragem de afirmar sem qualquer pudor, que precisam que o governo obrigue as famílias a gastar dinheiro em livros mesmo sem necessidade, obrigue o ambiente a ser agredido, obrigue ao desperdício de papel, porque eles precisam para viver bem? Tudo para manter empresas que na verdade são parasitas insustentáveis??? 
E não há vergonha de se pensar assim?De se gerir assim? De se afirmar tamanha barbaridade em público?
Em breve exigem uma lei que obrigasse a mudar os manuais escolares de 6 em 6 meses.!! Ou que os manuais se auto destruam em 3 meses... vale tudo para manter lobies e abusar dos cidadãos e da democracia. O que importa é manter o negócio sem ter que se esforçar muito?? Porque os "clientes" são obrigados a comprar.

Há condições para se fazer um novo 25 de Abril em democracia, sem violência, apenas com a arma poderosa do voto.

legislativas 2015
Refundar a República por Marinho Pinto
 Portugal vive, hoje, uma das maiores crises da sua história.
Nunca, como agora, houve ameaças tão sérias à independência e à nossa sobrevivência como Estado.
Os desafios do futuro são ciclópicos para as atuais (e para as próximas) gerações.
Mas, qualquer solução de futuro só será consistente se não ignorar o passado onde radicam as causas da tragédia.
Quem pôs o País e os portugueses na situação de pobreza?
eleições ps psd cds
Como foi possível que titulares de cargos políticos tivessem enriquecido tanto?
O que aconteceu aos imensos recursos do País?
Por que é que Portugal já tem de pedir dinheiro emprestado para pagar os juros da própria dívida?
Por que é que países mais pequenos e com menos recursos são prósperos e Portugal anda de mão estendida?
Por que é que, em Portugal, as obras públicas nunca foram pagas pelo preço por que tinham sido adjudicadas?
Por que é que os lucros de uma empresa estratégica para o País como a EDP vão para o povo chinês e não para o português?
O voto nas próximas legislativas só será catalisador de soluções consistentes de futuro quando cada um dos eleitores tiver respostas para essas (e outras) perguntas. Mais do que um governo, o que se vai avaliar é o sistema de partidocracia dominante que esmaga a cidadania.
eleições ps psd cds abstenção
As próximas eleições só serão decisivas para a mudança se os portugueses tiverem o discernimento de responsabilizar não apenas os partidos do atual governo (PSD e CDS) mas também o PS pelo papel de todos na génese da situação atual.
Pela primeira vez os cidadãos podem recusar a armadilha de julgar só o atual governo, mas todos os das últimas três décadas, incluindo o símbolo máximo da nossa decadência que é o atual Presidente da República.

Os mitos da abstenção, da esquerda e direita e da democracia directa. Legislativas pela mudança

1.  MITOS DA ABSTENÇÃO
A. Sabe que a Lei Eleitoral das Eleições Legislativas não prevê máximos de abstenção - mínimos de
participação - para validar os resultados eleitorais? Pois os votos válidos, sejam eles apenas 40 ou 4 milhões, são esses que são considerados os 100%. São esses 100% que são contabilizados como o todo que é depois dividido.
Sabe que através do Método de Hondt, com apenas 23 (vinte e três) votos expressos, um por distrito elege o Parlamento com 230 deputados e elege o Governo?
(VIDEO SOBRE O Método de Hondt: onde entra a abstenção? Nulos e brancos?)
Que na realidade o Método de Hondt funciona apenas através de percentagens relativas, atribuindo na Assembleia da República uma distribuição de deputados por distrito dependendo apenas da distribuição percentual dos votos expressos nos partidos nesse distrito, independentemente do número de votos? O Distrito de Lisboa elege por exemplo 47 deputados.
Basta um voto apenas no Partido X no Distrito Y para eleger todos os lugares previstos para esse distrito na Assembleia da República com deputados do Partido X.
B. Sabe que nas últimas Eleições Presidenciais Cavaco Silva foi eleito com 53,3% de abstenção?
C. Acha que o único financiamento dos Partidos são os 3,11 € por voto por ano de legislatura que os Partidos recebem do Estado após cada Eleição Legislativa, e que não votando leva os Partidos à falência?
D. Sabe que a Lei do Financiamento dos Partidos inclui também Quotas, Donativos, Angariações de Fundos, Rendimentos do Património e Empréstimos Financeiros, como meios de financiamento? E para além da lei, existem claro as luvas, os favores, as rendas e os tachos milionários.
E. Acha que a falência dos Partidos e a ausência do Parlamento é a solução para Portugal? Mesmo que não vote os partidos possuem rendas pagas pelas empresas que eles favorecem quando estão no governo, e é graças à abstenção que esses partidos continuam a chegar ao poder.
F. Sabe que mesmo na Suiça que pratica a Democracia Participativa e em alguns cantões a Democracia Directa, existe um Parlamento?
G. Ainda acha que uma abstenção superior a 50% vai impedir o próximo governo de tomar posse?
H. Sabe que o voto em branco em nada influencia a eleição do Parlamento e do Governo, à semelhança dos voto nulo e da abstenção?
I. ENTÃO VOTE, MAS VOTE VÁLIDO NUM PARTIDO!!! NÃO DESPERDICE MAIS O SEU VOTO E O SEU PODER DE VOTAR CONTRA A CORRUPÇÃO.

2. MITOS DA ESQUERDA E DIREITA
A. Acha que nacionalizações, intervenções do Estado na Economia e Cidadãos afogados em Impostos para pagar a incúria e incompetência é apanágio apenas das políticas de esquerda socialistas e comunistas? Claro que não, é isso que se está também a passar com o governo actual de direita.
B. Acha que a privatização e a gestão privada é sempre melhor do que a pública ? Foi isso que se passou no BPN, BPP, BES e Portugal Telecom?
C. Acha que num regime de economia liberal se os erros da gestão privada levarem a falências de empresas isso em nada lesa o Estado e o Contribuinte ? Então e quem está a pagar as intervenções do Estado no BPN e BES falidos, através de brutais impostos e taxas e cortes?
D. Sabe que a convocação do Referendo em Portugal é totalmente discricionária, dependendo de a Assembleia da República, o Governo e o Presidente da República estarem simultaneamente de acordo ?

Milhares de euros gastos por administradores da empresa pública Metro Mondego, em hotéis, vinho, jogos e striptease

A corrupção alastra-se e corrói o nosso PRESENTE E futuro, apodera-se dos nossos impostos e do nosso trabalho.
O descaramento com que se rouba o povo só pode ser sintomático de que é o povo que assim o permite. Um país onde quase 60% do eleitorado abdica de julgar, de punir, de censurar e criticar as más politica e os maus políticos nas urnas, no dia do julgamento, um povo assim não pode esperar RESPEITO dos corruptos. Um povo ausente.
Se os corruptos sabem que o povo não vota, não pune e é inofensivo, depressa descobrem que por muito que roubem e abusem, serão eleitos de novo, por isso não precisam de parar de roubar. O eleitorado português, é para eles o verdadeiro "corno manso" que é roubado e nada faz contra o ladrão, nem uma simples cruz num boletim de voto. Mas depois queixa-se que não é respeitado como contribuinte nem como cidadão?

"PJ concluiu investigação num inquérito em que seis ex-administradores são arguidos por administração danosa, peculato e participação económica em negócio. Cartões de crédito da empresa pública pagaram despesas pessoais e responsáveis duplicaram estudos e custos.
Em quase duas décadas de existência, o projecto da Metro Mondego quase não saiu do papel, mas das suas contas saíram cerca de 100 mil euros que ex-administradores usaram em despesas pessoais pagas com cartões de crédito da empresa pública. Seis ex-administradores, dois anteriores presidentes e quatro antigos vogais executivos são arguidos num inquérito do Departamento de Investigação e Acção Penal de Coimbra em que estão em causa crimes de administração danosa, peculato e participação económica em negócio que terão ocorrido entre 2004 e 2010.

Num caso, um dos administradores usou o cartão de crédito, que lhe tido sido distribuído pela empresa para despesas inerentes ao cargo, para gastar 72 mil euros em jogos de computador, perfumes, artigos de decoração, estadias em hotéis, compras no supermercado, vinho, material de surf e até para pagar serviços numa empresa organizadora de eventos, especializada em festas infantis, sublinha o relatório final da PJ de Coimbra que concluiu recentemente a investigação. Este responsável foi avisado pela empresa de que as despesas que pagou eram pessoais. Apesar da advertência, continuou a usar o cartão para o mesmo tipo de pagamentos.
Parte da despesa foi paga através de cash advance, ou seja, o administrador levantou 17 mil euros com o cartão de crédito onerando a empresa com uma taxa de 5% de juro. No relatório, a PJ sustenta que os cartões de crédito eram “usados despudoradamente” e os inspectores foram mesmo surpreendidos por uma despesa inesperada para uma empresa pública.
Em Dezembro de 2005, um dos arguidos deslocou-se ao bar de striptease Elefante Branco, em Lisboa e pagou uma conta de 139 euros com um dos cartões da empresa.

Outro administrador pagou 27 mil euros com o cartão de crédito da empresa. Foi o próprio departamento financeiro da Metro Mondego que detectou a situação e informou os administradores que as despesas, não tendo justificação profissional nem tão-pouco existindo os respectivos recibos, eram pessoais. Por isso, os dois viriam a devolver, mas não de forma total, os valores vários anos após saírem dos seus cargos. Um deles fê-lo em 2010, três anos após deixar funções.

Estudos e custos duplicados
Em causa está ainda o facto de a empresa ter encomendado em 2010 dois estudos por ajuste directo a duas firmas privadas com o mesmo objectivo: procurar saber os custos operacionais da Sociedade Metro Mondego. Contratou uma empresa à qual pagou 60 mil euros e, sem esperar pelas conclusões, pediu igual estudo a outra à qual pagou 55 mil euros. “Valores sempre superiores ao previsto inicialmente pela Metro Mondego”, sublinha PJ. No total, a Metro Mondego duplicou as despesas em relação ao mesmo objectivo: 115 mil euros.

“O convite à segunda empresa para a realização do estudo acontece quando a primeira empresa ainda estava a elaborar o relatório final”, destaca ainda a PJ. Já em 2011 o Tribunal de Contas arrasara a gestão da sociedade com uma auditoria em que revelou que o projecto sofreu um aumento de custos quatro vezes superior, tendo passado de uma estimativa de 112,8 milhões de euros, em Abril de 1997, para 512 milhões de euros, em Janeiro de 2011. A auditoria é uma das peças-chave neste inquérito-crime. O processo teve, porém, origem numa denúncia apresentada em 2011 por um funcionário judicial e por Jaime Ramos, porta-voz do Movimento Cívico de Coimbra, Góis, Lousã e Miranda do Corvo e ex-presidente de câmara neste município. Na queixa, os dois davam conta de crimes de sabotagem, gestão danosa e delapidação de património público.
No ano passado, ambos queixaram-se de que, passados mais de dois anos, ainda não tinham sido ouvidos e pediram a aceleração processual do caso considerando que o prazo de inquérito já tinha sido ultrapassado. A Procuradoria-Geral da República recordou que o processo é complexo e indeferiu o pedido.
A Metro Mondego foi fundada em 1996, mas a linha nunca foi criada. O projecto resultou apenas em demolições de edifícios na Baixa de Coimbra e eliminação de linhas de comboio que serviam esta cidade, o que gerou grande contestação. Em 2009, os comboios deixaram de circular no Ramal da Lousã, primeiro apenas entre Serpins e Miranda do Corvo e, um mês depois, em toda a extensão da ferrovia com o arranque das obras do metro.

Em 2010, o Governo suprimiu às duas empreitadas em curso a colocação de plataformas na via, dos carris, bem como de toda a catenária, justificando a decisão com os cortes do Plano de Estabilização e Crescimento (PEC) 3. O Ramal da Lousã foi desactivado em Janeiro de 2010, estando concluída apenas parte da empreitada. As obras foram interrompidas após um investimento de cerca de 140 milhões de euros. Em 2011 o Governo anunciou a extinção da empresa, que, porém, continua activa. Em 2013, gastava 500 mil euros só com remunerações.

Esta não é a primeira vez que no DIAP de Coimbra investiga aquela empresa pública. Em Novembro de 2010, abriu uma averiguação preventiva com base numa notícia do jornal “As Beiras” que dava conta de que a Metro Mondego pagava o aluguer de automóveis que estariam a ser usados por administradores já demitidos. O uso dos veículos foi equiparado a remunerações acessórias e a averiguação foi arquivada. O DIAP considerou não existirem indícios de crimes de administração danosa e abuso de poder. De acordo com o relatório e contas de 2009, a empresa pagou quase 30 mil euros pelo aluguer dos três automóveis nesse ano. Público

CASO QUEIRA PROSSEGUIR, LEIA AS CONCLUSÕES DO TRIBUNAL DE CONTAS: Metro Mondego, 7 administradores para 5 empregados? Mais um albergue de parasitas abusadores. As derrapagens, o prejuízo, os interesses... a vergonha. ARTIGO COMPLETO: 

A justiça está nas nossas mãos, somos nós eleitores que temos o dever cívico de punir as más politicas, os maus políticos e os maus partidos políticos. Ao contrário do que temos feito.
Actualmente o eleitorado português ou vota nos corruptos ou nem vota válido. (ver gráfico no inicio)
Se existe tanta corrupção e descaramento é porque eles, os corruptos, sabem que o eleitorado português é inofensivo, não sabe usar o voto e não os pune votando contra eles.
Votar nos partidos corruptos é incentivar a corrupção. Votar branco ou nulo ou abster-se é deixar impunes os corruptos.
Está na hora de saber usar o voto, votando contra os que queremos criticar, censurar ou condenar.
Votar contra os que lesam o interesse do país. Fazer justiça e mostrar que os portugueses possuem o poder o dever e a lucidez de escolher e decidir que partidos que lesam o país não tem direito a chegar ao governo, e o teu voto contra eles é decisivo.



PS com memória curta e as mentiras de António Costa.

Neste video podemos constatar a hipocrisia do PS que critica as medidas do governo actual que na realidade eram as mesmas medidas que eles, do PS, planeavam aplicar ao país.  


A MÁ MEMÓRIA DAS PESSOAS SEM CARÁCTER
António Costa referiu que ao contrário do que afirma Passos Coelho, "o que estava no memorando de entendimento com a 'troika' [assinado pelo PS] não era a previsão de uma privatização a 100% da TAP. Não, o que estava no memorando de entendimento era que a TAP só seria privatizada parcialmente e nunca na sua totalidade".
A questão não é de opinião, é de facto.
O que o memorando afirma é objectivo e por isso nada como dar a palavra ao texto que em Maio de 2011 foi assinado entre a troika nacional e a troika internacional. Para que não restem dúvidas, eis a transcrição completa do ponto 3.31 do "memorando":

privatizações ps versus psd gráfico 3.31. O Governo acelerará o programa de privatizações. O plano existente para o período que decorre até 2013 abrange transportes (Aeroportos de Portugal, TAP, e a CP Carga), energia (GALP, EDP, e REN), comunicações (Correios de Portugal), e seguros (Caixa Seguros), bem como uma série de empresas de menor dimensão. O plano tem como objectivo uma antecipação de receitas de cerca de 5,5 mil milhões de euros até ao final do programa, apenas com alienação parcial prevista para todas as empresas de maior dimensão. O Governo compromete-se a ir ainda mais longe, prosseguindo uma alienação acelerada da totalidade das acções na EDP e na REN, e tem a expectativa que as condições do mercado venham a permitir a venda destas duas empresas, bem como da TAP, até ao final de 2011. O Governo identificará, na altura da segunda avaliação trimestral, duas grandes empresas adicionais para serem privatizadas até ao final de 2012. Será elaborado um plano actualizado de privatizações até Março de 2012.
Sublinho:
"O Governo acelerará o programa de privatizações. O plano existente para o período que decorre até 2013 abrange transportes (Aeroportos de Portugal, TAP, e a CP Carga), energia (GALP, EDP, e REN), comunicações (Correios de Portugal), e seguros (Caixa Seguros), bem como uma série de empresas de menor dimensão. (...) O Governo compromete-se a ir ainda mais longe, prosseguindo uma alienação acelerada da totalidade das acções na EDP e na REN, e tem a expectativa que as condições do mercado venham a permitir a venda destas duas empresas, bem como da TAP, até ao final de 2011."

NESTE OUTRO VIDEO MARIANA MORTÁGUA EXPLICA QUEM FORAM OS PRIVATIZADORES E QUEM GANHA COM AS PRIVATIZAÇÕES

O famoso PEC IV, cujo chumbo levou à demissão do Governo PS/Sócrates, referia no ponto sobre privatizações o seguinte:

Ex-administrador do BPN diz que Victor Constâncio só agravou o prejuízo para o país, e Sócrates mentiu

O BANCO DE PORTUGAL NÃO GOSTAVA QUE LHE COMUNICÁSSEMOS AS FRAUDES QUE ÍAMOS ENCONTRANDO, COMO SE O MENSAGEIRO É QUE FOSSE O CULPADO DOS CRIMES QUE COMUNICAVA.
O ministro das Finanças mentiu descaradamente, e por isso deve ter sido condecorado pelo Cavaco Silva... pela incompetência e deslealdade ao povo.
Uma auditoria descobriu em 6 horas o que o Banco de Portugal não descobriu em muitos anos, por isso Meira Fernandes, sugere uma auditoria à supervisão do Banco de Portugal.



Meira Fernandes acusou o antigo governador do Banco de Portugal e o ex-ministro das Finanças de terem agravado a situação do BPN com declarações feitas na altura em que o ‘escândalo’ rebentou. O antigo administrador do banco entretanto nacionalizado disse ainda que o Estado teria poupado 380 milhões de euros se tivesse seguido o 'plano Cadilhe'.
"Como havia uma participação dos acionistas de 380 milhões de euros, em qualquer caso era sempre menos 380 milhões de euros. É aritmética, porque o Governo podia depois nacionalizar [o banco] em qualquer altura", defendeu Meira Fernandes.
O plano de reestruturação de Miguel Cadilhe, então presidente do BPN, passava por um misto de capitais públicos e privados, com a injeção de 380 milhões de euros pelos acionistas, enquanto o Estado entrava com 600 milhões de euros em ações preferenciais, com um dividendo prioritário.
No entanto, o Governo de José Sócrates optou pela nacionalização do banco, decisão igualmente criticada por Meira Fernandes durante a audição. Para o responsável, o argumento de risco sistémico utilizado pelo executivo não se colocava para um banco que tinha dois por cento de quota de mercado. (MENTIRAS DO GOVERNO) Para além disso, o Governo terá recusado a injeção dos 600 milhões de euros devido aos “custos para os contribuintes”, quando essa cedência de capital era "remunerada" e com "dividendo prioritário", e depois considerou que a nacionalização seria a melhor opção.
“Fomos completamente enganados” O ex-administrador do BPN afirmou que a sua equipa, liderada por Miguel Cadilhe, foi "completamente enganada", inclusive “por alguns dos acionistas” da Sociedade Lusa de Negócios (SLN), numa alusão ao facto de a equipa desconhecer o teor de um documento intitulado "estado da Nação" sobre a situação do grupo.
De acordo com Meira Fernandes, a sua equipa entendia que a SLN deveria opor-se à nacionalização do BPN proposta pelo Governo, apresentando duas ações, uma delas sobre os critérios de avaliação do valor patrimonial do banco para efeitos de indemnização.

Não há nenhum empresário português "relevante" que não esteja ligado a Angola.

"O poder político pôs-se de joelhos perante a elite angolana"

Têm sido limadas arestas para que o poder angolano não se irrite com as elites portuguesas.
A ideia foi defendida pelo jornalista Nicolau Santos na apresentação do livro Os Donos Angolanos de Portugal.Vinte e sete ex-governantes portugueses da era democrática, de ministros dos Negócios Estrangeiros a ministros da Presidência e secretários de Estado, assumem protagonismo nas relações económicas entre Portugal e Angola.
Quando Francisco Louçã, Jorge Costa e João Teixeira Lopes começaram a desenrolar o novelo da burguesia portuguesa para um próximo livro, concluíram que as ligações económicas entre Portugal e Angola justificavam um volume isolado.
A investigação, parte de um trabalho mais amplo dos mesmos autores sobre a burguesia portuguesa e que dará origem a outra publicação ainda este ano, permitiu aos três dirigentes do BE concluir que não há praticamente nenhum empresário português "relevante" que não esteja ligado a Angola. E que Portugal tem sido uma espécie de "offshore" ou sector estratégico para os capitais angolanos.

Elisabete Tavares afirma que os partidos, da velha guarda, não servem o país nem a economia

Elisabete Tavares, jornalista no "Expresso" afirma que os partidos não servem o país nem a economia, servem a banca e as sociedades secretas.



Afirma ainda que os partidos pagam a comentadores, para andar na internet a comentar e a desacreditar, aqueles que divulgam verdades/factos que lhe desagradam, ou opinam contra eles.
Garante ainda que não podemos esperar que sejam os partidos a mudar este caos, pois eles gostam e da-lhes geito, temos que ser nós a mudar. A apostar em novos partidos e em pessoas independentes e deixar de apenas criticar, é preciso agir contra os partidos que se apoderaram do país e estão cheios de vícios e clientelas. Votar contra os que nos roubam e os que criticamos.
LISTA DE SAQUES : http://goo.gl/jHVZE
LISTA DE TACHOS : http://goo.gl/f4FcW

"Deve ser à união dos portugueses em geral enquanto cidadãos para assumirem finalmente as suas responsabilidades e perceberem que existem dois países, existe o país que é o nosso, dos portugueses e existe o país dos partidos. Os países vivem fechados neles próprios, no seu próprio país"
"mas eles servem também muitos interesses, desde sociedades secretas ao sector financeiro, depois cada um tem os seus lobbys, enfim"

"Vou dar-te um exemplo, estou aqui sentada agora eu e os meus colegas do expresso e da exame vimos aqui sentamo-nos e damos o nosso comentário, depois de seguida colocamos no nosso site, no site do expresso, o vídeo, depois os partidos, alguns partidos têm comentadores pagos só para ir lá comentar se as nossas
opiniões não lhes forem favoráveis. Portanto, é este o País que queremos? É este tipo de ética que nós queremos? (...) Estas coisas têm que ser ditas. É um bocado aquela ideia estamos à espera que os partidos mudem, os partidos não mudam, e se há uma coisa que ficou provada recentemente é que os partidos não existem para nos servir, nem para servir a economia nem o País, e portanto, união sim, mas eu penso que os portugueses têm que começar alguns também, sei lá, alguns terão que concorrer a eleições também, e alguns já estão a fazê-lo, a concorrer agora às eleições autárquicas, há vários portugueses como independentes a concorrer (...) já não basta só criticar"

A Junta de Benfica e os ajustes directos aos amigos do partido: PS

Em Portugal vale tudo quando se pretende fazer favores a amigos e distribuir impostos....
Quem recebe o dinheiro das obras são os amigos do partido, mas quem faz o serviço, são os escravos do centro de desemprego? E nem sequer cumprem o serviço contratado? E depois as empresas que concorrem aos concursos vem-se a descobrir que na realidade, são uma só empresa, apenas para garantir que ganham? Só visto... Mais um rol infindável de estranhas coincidências e favores, que deixam antever o desprezo pela defesa do interesse público.

Junta de Benfica entrega ajustes directos a colegas e amigos do PS
A autarquia socialista entregou três obras, no total de 134.576 euros, por ajuste directo, a duas empresas com ligações a colaboradores seus e ao PS. Parte dos trabalhos acabou por ser feita por desempregados ao serviço da própria junta.
Num dos casos, parte dos trabalhos acabou por ser feita por pessoal da autarquia. Já neste mandato, a junta contratou também, por 26.400 euros, um membro do secretariado do PS de Lisboa, que dirige as suas obras e trabalha há pelo menos uma década com um dos donos da empresa agora contratada. Um outro ajuste directo contemplou um ex-vereador socialista da Câmara de Lisboa com mais 64.800 euros.

A corrupção no urbanismo em Portugal, é mais lucrativa que o tráfico de droga.

Neste video Paulo Morais explica como funciona a corrupção no urbanismo, uma autêntica máfia sincronizada e estruturada, para lesar o estado.



A Bolha
Os pelouros de urbanismo nas câmaras municipais deveriam planear o território e autorizar apenas construções que respeitassem os planos. Mas, na prática, isto nunca acontece. Como os vereadores de urbanismo estão subjugados aos promotores imobiliários que dominam os partidos, estes ‘patos bravos’ compram por tuta e meia terrenos agrícolas e, através de um despacho administrativo obtido na câmara, transformam-nos em urbanizáveis.
Com esta simples operação, esquecem o interesse do povo, multiplicam o investimento dez e mais vezes e garantem lucros obscenos, apenas equivalentes aos do tráfico de droga. O rendimento fica desde logo assegurado. Porque, das três, uma. Ou constroem, vendem apartamentos a preços inflacionados e ganham fortunas. Ou acabam por vender caro ao Estado, porque sobre o terreno, hipervalorizado, vai edificar-se um qualquer equipamento público.

Deputados PSD/CDS/PS abdicaram da soberania monetária, sem mandato para isso. Pagamos com austeridade

portugal voto abstenção Por que a Islândia experimentou uma forte recuperação económica após o colapso financeiro de 2008?
por Martin Zeis
O Presidente da Islândia, Olafur Ragnar Grimmson, foi entrevistado (26-27/01/2013) no World Economic Forum, em Davos. Perguntaram-lhe porque a Islândia desfrutou uma recuperação tão forte após o seu completo colapso financeiro em 2008, ao passo que o resto do mundo ocidental luta com uma recuperação que não tem pernas para andar.
Grimsson deu uma resposta famosa ao repórter financeiro da MSM, declarando que a recuperação da Islândia se devia à seguinte razão primária:
"… Fomos suficientemente sábios para não seguir as tradicionais ortodoxias prevalecentes do mundo financeiro ocidental nos últimos 30 anos. Introduzimos controles de divisas, deixámos os bancos falirem, proporcionámos apoio aos pobres e não introduzimos medidas de austeridade como você está a ver aqui na Europa. ..."
Ao ser questionado se a política de deixar os bancos falirem teria funcionado no resto da Europa, Grimsson respondeu:
"... Por que é que os bancos são considerados as igrejas sagradas da economia moderna? Por que é que bancos privados não são como companhias aéreas e de telecomunicação às quais é permitido irem à bancarrota se tiverem sido dirigidas de um modo irresponsável? A teoria de que você tem de salvar bancos é uma teoria que permite aos banqueiros desfrutaram apenas dos lucros e do êxito e deixa as pessoas comuns arcarem com os seus fracassos através de impostos e austeridade. O povo em democracias esclarecidas, não vai aceitar isso a longo prazo. ..." fonte

EURODEPUTADO DEFENDE A SAÍDA DO EURO

ECONOMISTA EXPLICA QUE PORTUGAL NÃO TEM AS FERRAMENTAS NECESSÁRIAS PARA LIDAR COM A DIVIDA, E QUE A ALEMANHA E FRANÇA NÃO PAGARAM AS SUAS DIVIDAS

As manhas e artimanhas que os partidos inventam para se perpetuar no poder. Votos ao "lixo"?

Partidos em Portugal, julgam-se donos da democracia, isso é fascismo, atacaram Marinho Pinto? 



504 982 votos ao lixo por Paulo Morais.
Meio milhão de cidadãos sai de casa para depositar o seu voto numa urna que serve apenas para enterrar o ato de participação cívica.
Reza a Constituição que o sistema eleitoral deve ser proporcional. Ou seja, que a atribuição de mandatos aos partidos corresponda à proporção de votos que receberam. Um princípio evidente que… só existe na teoria. Na prática, o que temos é, por exemplo, os deputados do Bloco a precisarem do dobro dos votos dos do PSD para ser eleitos.
Nesta distorção de proporcionalidade, ganham PS e PSD e perdem todos os outros partidos. A Constituição exige que o número de deputados de cada partido seja proporcional ao número de votos, um postulado que vem sendo reiteradamente violado. Se considerarmos apenas os resultados das legislativas de 2011, verifica-se que o PSD elegeu um deputado por cada 19 992 votos e, no outro extremo, o BE necessitou de 36 115 votos por cada mandato obtido. Já o PAN e o MRPP não elegeram qualquer deputado, apesar de terem recebido muito mais votos do que o número de votos por deputado de qualquer dos partidos parlamentares.

Ex-autarca da Parede desvia mais de 400 mil euros, com ajuda da filha e tesoureiro

voto arma contra corruptos
A autarquia da Parede esteve envolvida num esquema fraudulento pelas mãos de um tesoureiro, autarca, a filha do autarca e mais cinco funcionários. 
No total foram desviados cerca de 410 mil euros, apurou o Público.
O ex-tesoureiro da Junta de Freguesia da Parede, João Magno, o ex-autarca, a filha deste e outros cinco funcionários da autarquia foram acusados pelo Ministério Público de desviarem dinheiros públicos, para fins pessoais, no valor de 410 mil euros.
A responsabilidade é atribuída essencialmente ao, na altura tesoureiro, um eleito do CDS, que saiu do cargo em 2010 e que retirou aos cofres da freguesia 382 mil euros.
O Ministério garante que o ato foi com pleno conhecimento e com o acordo do então presidente da junta, Carlos de Almeida que, entretanto, acabou por falecer.

A filha do ex-presidente é também acusada de estar envolvida e de ter beneficiado de empréstimos ilegais da autarquia, em cerca de 30 mil euros, que não devolveu. E terá também ajudado o tesoureiro a falsificar as contas da autarquia, colocando uma despesa de 56 mil euros quando a fatura era de apenas seis mil.
O antigo tesoureiro é acusado de sete crimes de peculato e três de falsificação de documentos agravada. A filha do ex-presidente é acusada do crime de peculato e falsificação e os restantes arguidos são acusados do crime de peculato cada um.
Considerando um orçamento anual de 760 mil euros, em três anos as receitas e despesas rondaram os 2,3 milhões de euros. Durante esses mesmos anos, desapareceram 410 mil euros. Ou seja, desviaram anualmente quase 20% da receita total da autarquia. Fonte

A justiça está nas nossas mãos, somos nós eleitores que temos o dever cívico de punir as más politicas, os maus políticos e os maus partidos políticos. Ao contrário do que temos feito.
Actualmente o eleitorado português vota nos corruptos ou nem vota válido. (ver gráfico)
Se existe tanta corrupção e descaramento é porque eles sabem que o eleitorado português é inofensivo, não os pune nem vota contra eles.
Votar nos partidos corruptos é incentivar a corrupção. Votar branco ou nulo ou abster-se é deixar impunes os corruptos.
Está na hora de saber usar o voto, votando contra os que queremos criticar, censurar ou condenar.
Votar contra os que lesam o interesse do país.

corrupção abstenção abusoOutros casos de corrupção no poder local
- Eleições autárquicas de 2013 vão custar 48,5 milhões de euros.
- Os mandarins locais
- Luis Filipe Menezes tem mais para acrescentar
- Empresas municipais, e os boys
- Como é possível, tanta incompetência?
- Exemplos de boa gestão
- Ninhos de boys
- Compadrio e despesismo
- Gestores sem currículo...
- O contribuinte sabe onde gastam o seu dinheiro?
- Parasitas e charlatões que se acotovelam por um lugar na Câmara Municipal, numa empresa pública, Fundação, ou Instituto.
- Os Marajás de Portugal
- O desastre do esbanjamento irresponsável.
- Demolir 32 milhões, pavilhão novo?
A crise deixa os autarcas loucos pelo poleiro... a vergonha é nula.

Ricardo Salgado apanhado nas escutas a distribuir os milhões dos submarinos: "Só vejo aldrabões à nossa volta"




Neste vídeo Ricardo Salgado afirma "não saber o que vai acontecer ao processo dos submarinos". Mas agora já sabemos. Por coincidência (ou não), à hora a que o vídeo foi divulgado no Jornal das 8H da TVI já era público o arquivamento do inquérito por "inexistência de indícios de favorecimento do negócio" e porque os "factos susceptíveis de consubstanciar a prática de crimes de corrupção já se encontram prescritos desde Junho passado", referiu a estação televisiva citando uma publicação da Revista VISÃO. Que conveniente.... e oportuno.
Entretanto, a TVI divulgou outro excerto das gravações, no qual Ricardo Salgado fala dos 14 milhões alegadamente recebidos do construtor Zé Guilherme insistindo que "não recebeu comissão nenhuma" e recusando dar explicações adicionais aos seus pares por se tratar de "um assunto do foro pessoal".

Olha quem fala: "Só vejo aldrabões à nossa volta"
O processo dos submarinos pode não permitir a criminalização dos responsáveis, mas não pode deixar de exigir que pelo menos se puna quem permitiu os desmandos que estão patentes na frase dos Espírito Santo.
A frase foi dita por Ricardo Salgado numa reunião “familiar” para distribuir os despojos do negócio dos submarinos. A audição das gravações dessa reunião, que a TVI tornou possível, apesar da ameaça de processos, permitiu-nos ouvir os representantes dos diferentes clãs da família Espírito Santo a fazerem essa distribuição ao vivo. Salgado fala com uma voz pausada e de autoridade, os outros fazem perguntas concretas sobre a parte que lhes coube. Com a maior das calmas, sem sequer qualquer visível entusiasmo pelo que cada um ia receber - um milhão de euros, que deixariam qualquer mortal feliz -, percebe-se como era habitual lidarem com milhões e milhões, os que eram deles e os que não eram.
Só queriam explicações sobre por que é que não era mais, sabendo que outros tinham ficado pelo caminho, nos intermediários de baixo e no “alguém” que não é nomeado. A voz da ganância perguntava: “como é que aqueles três tipos receberam 15 milhões” e eles só cinco? Quando as perguntas começaram a querer ir mais longe, Salgado manda que não "[remexessem] mais no assunto”.
(...)De onde veio o dinheiro? Do bolso dos portugueses, os tais que estavam a “viver acima das suas posses” e que o pagaram quando compraram os submarinos mais caros devido ao rastro de corrupção que eles deixaram atrás. Sabem quando estas frases foram ditas? Há um ano, em Novembro de 2013, estavam os portugueses no seu quinto ano de empobrecimento.

Caso Submarinos: todas as perguntas que continuam sem respostas. Portas e Sócrates em guerra.

A investigação à compra dos submergíveis continua mergulhada em dezenas de dúvidas. O processo já foi arquivado, mas são os próprios investigadores a escrever no despacho final que nem tudo ficou esclarecido. Então mas arquivar um inquérito que ainda tem pontas soltas não é uma contradição? À primeira vista é, mas a equipa do DCIAP justifica que nada pode fazer contra a falta de colaboração das autoridades alemãs ou até mesmo contra os prazos. Isto porque defendem que os principais crimes, a terem existido, já prescreveram. A investigação acabou formalmente – ainda que tenham sido extraídas duas certidões –, mas continua a correr muita tinta sobre o que poderia ter sido averiguado e não foi. Não foi porque este processo se tornou um entra e sai de procuradores, porque muitas provas não estavam em Portugal, e porque houve “elevadíssimo melindre” em indiciar políticos num ano eleitoral.
(Nota do blog: recordo que comissões significa "luvas")

COMECEMOS PELA DÚVIDA QUE TODOS TÊM. PORQUE É QUE HOUVE CONDENADOS NA ALEMANHA E NA GRÉCIA E EM PORTUGAL NÃO?
Vamos aos factos: o ex- -ministro grego da Defesa Akis Tsochatzpoulos foi condenado a 20 anos de prisão por branqueamento de 6 milhões de euros provenientes de subornos para viabilizar o negócio da compra de quatro submarinos à Man Ferrostaal e outro equipamento militar.
Na Alemanha, dois ex-gestores do consórcio alemão admitiram ter pago luvas no valor de 62 milhões de euros a intermediários na Grécia e em Portugal para conseguirem vencer os concursos dos submarinos.
O ex-cônsul honorário de Portugal em Munique Jürgen Adolff também foi condenado por corrupção: em vez de defender os interesses de Portugal, aceitou defender os interesses dos alemães a troco de contrapartidas patrimoniais. O seu papel seria promover contactos directos "com representantes do governo português destinados a aumentar as hipóteses de adjudicação ao
consórcio".
Se assim foi, por que razão nunca foi ouvido no processo em Portugal? Os procuradores deram uma resposta detalhada a esta pergunta no longo despacho de arquivamento. Desde logo, por um princípio jurídico: o do "ne bis in idem", que determina que ninguém pode ser julgado pelos mesmos factos duas vezes. Além disso, explica o mesmo despacho, as autoridades alemãs não forneceram elementos essenciais para reconstituir os circuitos financeiros dos eventuais pagamentos de luvas, ao contrário do que aconteceu com a Grécia. Uma testemunha do processo alemão, que trabalhou para a empresa Man Ferrostaal, denunciou mesmo que os visados negociaram com a justiça alemã um acordo de sigilo. Acordo esse que não é legal em Portugal. Como se tudo isto não bastasse, os únicos elementos que a Alemanha forneceu não permitiam identificar "decisores políticos ou outros" elementos que tenham sido corrompidos em Portugal".
contrapartidas impunidade socrates portas
As contrapartidas nunca cumpridas

EM QUE CONSISTEM OS DOIS PROCESSOS QUE FORAM ABERTOS SOBRE OS SUBMARINOS?
De forma genérica explica-se da seguinte forma: num processo investigam-se as circunstâncias em que o contrato foi celebrado e no outro se as contrapartidas que estavam nesse contrato eram reais ou fictícias. O processo arquivado em Dezembro tinha o objectivo de investigar como se processou o concurso para aquisição de dois submarinos, bem como a forma como foi celebrado o contrato entre o Estado e o German Submarine Consortium (GSC).