Ministra da Finlândia. |
A Finlândia tem sido reconhecida internacionalmente como um dos países menos corruptos do mundo, uma parte desse sucesso está na moralidade que impera no país, apesar disso, e para facilitar a transparência, tem também um conjunto de princípios com vista a evitar abuso de poder que são raros na cultura Portuguesa.
Modelo de luta que a Finlândia usa contra a corrupção:
PRIMEIRO: Em qualquer compra feita na Finlândia, o governo quer compre uma caneta ou um edifício, devem ser adquiridos a preços de mercado e, forçosamente, incluir três ofertas de fornecedores diferentes para escolher o mais competitivo. Não é legal, permitido ou justificável pagar fortunas por obras ou serviços que ultrapassam o razoável, e que mesmo depois de se tornar publicamente conhecido os preços descabidos, não acontece nada aos envolvidos. Como tem sido em Portugal.
SEGUNDO: O princípio da transparência total da administração pública.
Qualquer decisão de um funcionário público no exercício da sua profissão (excepto as relacionados com a segurança) pode ser conhecido pelos cidadãos. Não pode recusar-se a satisfazer as necessidades de informação não só dos jornalistas, como dos eleitores.
TERCEIRO: O princípio da transparência total nas contas dos cidadãos.
Os finlandeses podem saber quais são os rendimentos declarados de todos os residentes no país, seja de uma pessoa que recebe o subsidio de desemprego, ou do artista de maior sucesso da nação ou mesmo o CEO da Nokia.
QUARTA: Não existem presidentes de Câmara.
O governo dos municípios na Finlândia encontra-se nas mãos de "gestores da cidade", ou seja, funcionários públicos com experiência na administração de tais entidades. Assim, o público pode distinguir claramente o responsável e que até podem ser despedidos ou substituídos, pela Câmara Municipal ( órgão eleito nas urnas pelo povo e que possui a representatividade da soberania popular). Helsínquia é a excepção a este modelo.
QUINTO: Ausência de cargos de designação politica:
Na Finlândia, os secretários de estado fazem carreira sendo sujeitos e superando avaliações e provas objectivas, em vez de designação partitocrática como em Portugal. Em 2005 fez-se uma reformulação do sistema para permitir que organizações políticas pudessem escolher os secretários de Estado novamente, mas muitos deles ainda são funcionários públicos, actualmente continuam a ser promovidos por mérito.
SEXTA: A estrutura do poder é de coligação:
Corrupção espalha-se mais facilmente quando o poder está concentrado em apenas um ou dois partidos, é por isso que na Finlândia se promove a tomada de decisão através do debate e consenso. O Conselho de Ministros tem mais poder que o Presidente da República. A responsabilidade das decisões é dividida por vários, e não por 1 ou 2.
SÉTIMO: O princípio do livre acesso ao poder.
A possibilidade de se tornar um membro do poder politico ou de ministérios, finlandês não está circunscrito numa elite intelectual formada em instituições educacionais concretas (como na França), nem em pessoas que tem a capacidade de atrair investidores de diferentes empresas para financiar suas campanhas ( EUA exemplo) ou membros de partidos e organizações políticas públicas cujo único mérito foi alcançado internamente e apenas no seu partido (caso espanhol e português)
Na Finlândia, as posições no poder, são ocupadas por funcionários públicos (seguindo uma escala de mérito) e cuja escalada na carreira está aberta ao conhecimento de todos os finlandeses.
OITAVO: O princípio da proporcionalidade no castigo mesmo na corrupção.
As multas ou sanções por violar as regras é geralmente proporcional ao rendimento dos indivíduos e empresas. Em 2001, Anssi Vanjoki, executivo sênior da Nokia, foi multado ao passar o limite de velocidade, na sua mota Harley Davidson e a multa foi cerca de 104.000 dólares na época. Este princípio da proporcionalidade no castigo, leva os políticos tentados a participar num caso de corrupção, a pensar duas vezes antes de serem tentados a cruzar o limite da legalidade.
- Em Portugal é a palhaçada do costume
- Tudo isto só é possível quando os cidadãos são atentos e lutam pelos direitos.
- Veja também estes video com exemplos da Suiça, Suécia, etc
- Em Portugal é a corrida ao pote, o desespero
- O dinheiro é que os move, e o povinho dá, generosos
- Dinheiro para derreter na farsa eleitoral
- Portugal está no top?
- Em comparação com Portugal...
- Também no ensino, a Finlândia se destaca
- Gestores incompetentes sem currículo mas com cadastro
Tudo isto porque os portugueses descobriram uma forma muito eficaz de revolta, e demonstram a sua indignação e revolta com a abstenção. Ficam em casa a fazer birra enquanto os amigos do regime e militantes correm a votar e a vencer sem qualquer resistência ou oposição.
Mas os portugueses insistem e continuam revoltados há 30 anos, contra os que se apoderaram do país e da lei, mas deixam que eles cheguem sempre ao poder, sem nada fazer para que isso não aconteça.
É sinal de inteligência copiar as boas ideias dos outros países...
ResponderEliminarPelo que entendi dos pontos acima apresentados, A transparência é a base da sociedade deles.
Muito bom blog, parabéns.
Muito bem!Para quando uma coisa destas em Portugal?provavelmente nunca!
ResponderEliminarEm Portugal o esquema já está tão bem montado e encruzilhado, que nem com um 25 de Abril idêntico ao que houve, conseguiria deitar abaixo essa máfia! Esta força é muito mais poderosa que a da ditadura do Salazar! O único meio é fuzila-los um a um e a queima roupa sem antes fazer um interrogatório à pancada sem dó e piedade para que dessa forma se comece a desvendar as trafulhices que levaram Portugal à ruina e tb daí recuperar o dinheiro roubado, confiscar as empresas que receberam subornos ou ajudas por baixo da mesa e tb saber quem serão os proximos a serem fuzilados! Sem isso, acreditem... nada vai resolver e Portugal será, como sempre foi, pobre, moribundo, corrupto, traiçoeiro e de povo emigrante.... que é o meu caso! Tá tudo dito!
ResponderEliminarUM POVO QUE NÃO VOTA NEM SABE USAR O VOTO JAMAIS SERÁ REPRESENTADO E JAMAIS SABOREARÁ AS VANTAGENS DA DEMOCRACIA
EliminarO critério decisivo da democracia é a possibilidade de votar contra os partidos que há 40 anos destroem o país
Karl Popper, sobre democracia, responsabilidade e liberdade.
(…)
Inicialmente, em Atenas, a democracia foi uma tentativa de não deixar chegar ao poder déspotas, ditadores, tiranos. Esse aspecto é essencial. Não se tratava, pois, de poder popular, mas de controlo popular. O critério decisivo da democracia é – e já era assim em Atenas – a possibilidade de votar contra pessoas, e não a possibilidade de votar a favor de pessoas.
Foi o que se fez em Atenas com o ostracismo. (…)
Desde o início que o problema da democracia foi o de encontrar uma via que não permitisse a
ninguém tornar-se demasiado poderoso. E esse continua a ser o problema da democracia. (…)
ARTIGO COMPLETO: http://apodrecetuga.blogspot.com/2015/09/o-criterio-decisivo-da-democracia-e.html#ixzz3qcV7Aoi8
Muito bom artigo, na Finlândia todos tem direitos e todos tem deveres, sem excepção!
ResponderEliminarPara estes políticos que temos isto não serve estamos tramados
ResponderEliminarInteressante
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