As obras despesistas ao abandono que pagamos e os incompetentes que elegemos.

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O parque que pagamos
Nós contribuintes já deveríamos estar habituados a assistir, impotentes, ao esbanjamento dos nossos impostos, criminosamente geridos pelos eleitos do povo. Infelizmente o orçamento é que não há meio de se habituar, insiste em andar descompensado e esburacado. Continua a ser esbanjado e a desaparecer, nas mãos dos incompetentes que nos desgovernam.
As obras inúteis, insustentáveis e que apenas servem para angariar votos, proliferam por todo país e muitas são depois abandonadas por serem insustentáveis, inúteis e porque já deram os votos pretendidos.
Os desfalques nos impostos e as dividas, continuarão eternamente a fazer mossa nas nossas vidas, à espera que sejam pagos. Já o usufruto das obras é que é curto, ainda nem o contribuinte acabou de pagar a obra e já ela deixou de ter utilidade e de estar disponível.
E o mais triste é que o povo continua a eleger corruptos e gestores incompetentes do dinheiro público, um povo incapaz de avaliar os que elege. Um povo incapaz de exigir candidatos competentes. Continuaremos assim a ter obras inúteis, megalómanas, despesistas, insustentáveis e claro, câmaras cheias de dividas e contribuintes atolados em impostos.
O que se segue é apenas mais um exemplo. Os milhões de euros que se despejaram impiedosamente e inconsequentemente em mais um projecto agora ao abandono, são incalculáveis.
Um retrato fiel do respeito que os governantes têm pelos nossos impostos. O problema não é apenas do poder local, estende-se também ao poder central. A impunidade promove o crime e a irresponsabilização promove irresponsáveis.

"Quem o viu e quem o vê: O Parque Tejo já não admira ninguém.
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O parque que temos
Os 80 hectares do Parque Tejo, que eram um pedaço de paraíso, foram deixados completamente ao abandono pela Câmara de Lisboa.
A qualidade superior do desenho e, sobretudo, da manutenção da extensa faixa verde que ia da Torre Vasco da Gama até à foz do rio Trancão, no Parque das Nações, só podia suscitar espanto e desconfiança.

O simples facto de a faixa verde já não surpreender ninguém, porque já não é verde e porque se tornou um arremedo do que já foi, parece dar razão aos desconfiados: “Isto era bom de mais para ser verdade”, diz um frequentador do Parque Tejo, já conformado com aquilo que agora lá vê.
Os 80 hectares que para ali atraíam milhares de visitantes passaram de um extremo ao outro. Nos 15 anos em que estiveram sob a alçada da sociedade Parque Expo só recebiam elogios; desde há ano e meio, altura em que passaram a depender da Câmara de Lisboa, tornaram-se alvo de uma zanga crescente.

Nos últimos meses, ao mesmo tempo que se acentuava a degradação do espaço, as queixas multiplicavam-se. Não apenas nos desabafos dos utentes, mas também através de blogues e páginas no Facebook, ou da Associação de Moradores e Comerciantes do Parque das Nações e da própria Junta
de Freguesia do Parque das Nações.
E não era caso para menos. Basta comparar as fotos do antigo Parque Tejo com a desolação que hoje lá impera. Onde havia relva viçosa e bem aparada, há agora desertos e arbustos secos, ou então matagais de relva à mistura com ervas daninhas que não são cortadas há meses. Em alguns deste locais, o excesso de água proveniente de um sistema de rega descontrolado e semi-destruído, com mangueiras e aspersores arrancados, origina poças e lamaçais.
Mas o estado de abandono dos campos onde ainda há avisos da Parque Expo a proibir “botas de solas de pitons” para não danificar a relva é apenas um sinal.

O retrato completa-se passo a passo, com muitas dezenas de bancos de madeira sem qualquer vestígio de tratamento; bebedouros vandalizados ou sem água; receptáculos de aço inoxidável para dejectos de cães desmantelados; rebentos de plátanos com meio metro de altura a pintalgar de verde o amarelo dos antigos relvados; colunas de iluminação partidas; passadiços de madeira transformados em harmónios feitos de tábuas levantadas e despedaçadas; graffiti onde há sítio para os pôr; ou casas de banho com as portas interiores rebentadas, torneiras avariadas e até buracos redondos no lugar dos lavatórios.
Para não falar nas muitas árvores exóticas que estão a morrer à míngua de água no cenário de devastação em que se transformou o topo Norte do parque, junto à foz do Trancão.
Nem no parque infantil repleto de crianças frente ao qual a Câmara de Lisboa teve o cuidado de colocar um painel informativo a dizer que ele está temporariamente encerrado e que “a CML não se responsabiliza” pela sua utilização.  JOSÉ ANTÓNIO CEREJO 17/07/2014 

Mais exemplos de despesismo e má gestão, que sustentamos e legitimamos. Porque um povo ignorante elege incompetentes e corruptos porque valoriza os que mentem melhor e prometem mais.
  1. As 10 câmaras mais endividadas
  2. O caso da piscina de Braga.
  3. O caso do Pavilhão de Portugal
  4. O caso dos candeeiros do Siza Vieira
  5. O caso do pombal escolar
  6. O caso da casa de cinema
  7. O caso do pavilhão de Viana
  8. O caso das pistas para carros 
  9. O auditório de Viana 
  10. As piscinas da Azambuja
  11. Piscina dos Olivais. 
  12. Novo edifício da Policia Judiciária em Lisboa. A segunda tentativa.
  13. Piscinas sem nadadores, só para fazer dinheiro?
  14. Parque empresarial... sem empresas? 
  15. O despesismo do poder local
  16. Relvados de Braga
  17. Império de Braga
  18. Luxos de Braga
  19. As birras 
  20. O abuso
  21. O abuso continua
  22. Vinhos, festas e afins 
  23. Festas e festejos 
  24. O caso da Madeira
  25. O exagero
  26. Enriquecer amigos
  27. Aeroporto de Beja, ás moscas
  28. Madeira, e as obras milionárias
  29. António Costa, o demolidor, arrasa tudo e todos.
  30. Mais uma recente obra para abandonar?
  31. Castanheira do Ribatejo, a estação ás moscas
  32. Lamego e o exemplar Pavilhão que sobreviveu só até à inauguração
  33. Coimbra e o exemplar despesismo.
  34. Mais estádios ruinosos


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