A crise e as obras megalómanas de gestores inconsequentes

obras despesistas
Futuro Centro Cultural de Viana do Castelo
Foi nestas coisas indescritíveis, que o dinheiro que chegava a jorros da UE, se esbanjou. Em vez de se investir na indústria, na criação de postos de trabalho, nas empresas, ou tudo o mais que possuísse benefícios a longo prazo para a economia, para a sociedade e para a sustentabilidade, Portugal opta por obras despesistas, sem futuro, improdutivas, e a maior parte das vezes, laçadas ao abandono por falta de utentes e por falta de verbas para manutenção. Este é apenas um exemplo entre as centenas deles que se espalham pelo país. 

"Obras do Coliseu de Viana do castelo foram suspensas por falta de financiamento.
A autarquia já investiu sete milhões de euros no pavilhão multiusos que foi desenhado por Souto Moura mas faltam outros sete, que ainda não estão garantidos.
Estava prevista a conclusão da obra para o verão de 2011 e orçada para 11,2 milhões de euros, contudo as derrapagens já atiraram com os 11,2 milhões para cerca de 14 milhões, até ver... e o prazo de conclusão foi atirado para o vazio ... pois o financiamento, que não se encontra, impede a conclusão da obra.
Este era o quadro em Fevereiro de 2011, como mostra o video

Entretanto foi garantido um financiamento comunitário na ordem dos 80%. O custo da obra vai agora nos 13,1 milhões de euros, em que o município de Viana do Castelo terá de assumir a responsabilidade de 2,6 milhões de euros, sendo os fundos comunitários na ordem dos 10,5 milhões de euros. Durante o tempo de suspensão, a Martifer recebe 25 mil euros por mês para suportar o custo de manutenção do estaleiro que permaneceu no local. "
Quem nunca sai a perder são os privados, os contribuintes tudo pagam, 25 mil euros por mês só para manter o estaleiro à espera que chegue o dinheiro??? Só poderia ser anedota se vivêssemos num país com eleitores responsáveis.

2013 - "Vai ser inaugurado no próximo domingo, dia 14 de Julho, às 12h00, o Centro Cultural de Viana Castelo, com a presença do Arqtº Souto Moura, autor do projecto.
O valor desta obra, considerando os arranjos exteriores no valor de 1,1 milhões de euros e que contemplam novos acessos pedonais e rodoviários, uma zona relvada e arbórea, além do prolongamento, para a foz, das escadarias de acesso ao rio Lima e de um aparcamento específico para autocarros e ligeiros, orçou em 13,1 milhões de euros.Este equipamento de características únicas na região, tem uma área de implantação e de construção de 4.425 m2, um volume de escavação de 19.000 m3, um volume de betão de 5.000 m3, utilizou 900 toneladas de aço para betão, tendo uma estrutura metálica de 1.200 toneladas.
Construído pela Martifer SA e Paínhas SA em consórcio, esta obra iniciada em 2008 e concluída em Julho de 2013 só foi possível com apoio de fundos comunitários, contando com o apoio e solidariedade dos dez Municípios do Alto Minho."

Mais exemplos de despesismo e má gestão, que sustentamos e legitimamos.
  1. As 10 câmaras mais endividadas
  2. As romarias? 
  3. O caso da piscina de Braga.
  4. O caso do Pavilhão de Portugal
  5. O caso dos candeeiros do Siza Vieira
  6. O caso do pombal escolar
  7. O caso da casa de cinema
  8. O caso do pavilhão de Viana
  9. O caso das pistas para carros 
  10. O auditório de Viana 
  11. As piscinas da Azambuja
  12. Piscina dos Olivais. 
  13. Novo edifício da Policia Judiciária em Lisboa. A segunda tentativa.
  14. Piscinas sem nadadores, só para fazer dinheiro?
  15. Parque empresarial... sem empresas? 
  16. Premiar os que mais esbanjaram
  17. O despesismo do poder local
  18. Relvados de Braga
  19. Império de Braga
  20. Luxos de Braga
  21. As birras 
  22. O abuso
  23. O abuso continua
  24. Vinhos, festas e afins 
  25. Festas e festejos 
  26. O caso da Madeira
  27. O exagero
  28. Enriquecer amigos
  29. Aeroporto de Beja, ás moscas
  30. Madeira, e as obras milionárias
  31. António Costa, o demolidor, arrasa tudo e todos.
  32. Mais uma recente obra para abandonar?
  33. Castanheira do Ribatejo, a estação ás moscas
  34. Lamego e o exemplar Pavilhão que sobreviveu só até à inauguração
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  36. Mais estádios ruinosos

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