Coimbra, 07 jul (Lusa) - O sociólogo Boaventura de Sousa Santos afirmou hoje que o sistema político português "não cria cidadãos, cria súbditos" e defendeu uma renovação política de Portugal e da Europa, atendendo às alternativas e soluções que se encontram no "Sul global".
O sociólogo defende que seria necessário reformar o Estado e encontrar "novas democracias", de forma a sair de "uma cultura de submissão", que se insere num "contexto europeu de que não há alternativa".
Em Portugal, "quer-se gente que se submete, mas que não se revolte", observou, sublinhando que os direitos sociais conquistados com o 25 de Abril "não entraram no imaginário dos portugueses como algo que lhes pertence, mas como dádivas".
As pessoas ainda não perceberam que grande parte dos movimentos e guerras dos partidos, são apenas manipulações e farsas que visam 2 objectivos vitais para a sobrevivência dos mesmos: - ganhar votos e dinheiro.
As guerras dentro dos partidos, como agora as do PS, surgem porque eles percebem que mesmo os seus apoiantes habituais, começam a dar sinais de cansaço e desinteresse, e perdem a vontade de apoiar o PS e brinda-lo com os milhões de euros ganhos com os votos. Por isso os estrategas de manipulação, pagos para enganar tolos, sabem que é urgente criar situações que causem um abalo dentro do PS para espicaçar os adeptos e a comunicação social.
A estratégia de dividir para reinar também funciona dentro dos partidos. Quem é que resiste a uma disputa, e ao apelo de socorro que ela implica, para que todos acorram em defesa dos seus favoritos? Mesmo que não se goste de nenhum há sempre um favorito.
ET VOILÁ, foi fácil, o rebanho acudiu....
(16 de julho 2014) "Três mil simpatizantes já se inscreveram no PS. Jorge Coelho não quis comprometer-se com o que consideraria uma boa afluência aos cadernos eleitorais do PS por parte dos simpatizantes que queiram juntar-se aos 94 mil militantes socialistas para votarem nas eleições primárias do PS."
(13 Setembro 2014) Jorge Coelho: Universo eleitoral de 240 mil nas primárias do PS superou as melhores expectativas
Esta é uma forma de despertar o adormecido espírito de seita da malta dos partidos.
Os fãs estão cansados de votar e confiar no PS e de afinal descobrirem que o regabofe continua a devastar o país, há décadas sem nenhum partido o deter ou mostrar vontade de o fazer.
Os eleitores começam a perceber que mesmo o partido deles, por desonestidade ou por incapacidade, não defende o interesse nacional nem protege os cidadãos.
E a calamitosa abstenção que marcou as Europeias, foi o sinal óbvio que os colocou em alerta. As pessoas reconhecem que afinal o voto não muda nada, não torna reais as intenções e sonhos de quem coloca a cruz, apenas torna reais as ambições pessoais de quem implora pela cruz.
Para inverter este desinteresse, montam um circo, uma farsa, uma autêntica novela de intriga e mal dizer, mesmo como o povo gosta. É uma forma de dividir entre o Costa e o Seguro, mas cativar para o PS, divide mas induz a optar e mais tarde votar. Divide mas obriga a falar deles, a pensar neles e a lutar por eles. No final o resultado é previsível, a seita do partido, esteja pelo Costa ou esteja pelo Seguro, estará de novo activa, pelo PS. A manipulação servirá mais uma vez para enganar os tolos que na sua maioria nem se apercebem dos jogos sujos, que jamais visam a defesa do país, mas apenas a do partido.
O fim justifica qualquer meio. Infelizmente há muitos que se iludem e entram no jogo deles, apesar de os eleitores saírem sempre a perder e os partidos a ganhar.
Ainda há pessoas que ingenuamente acreditam que o PS iria permitir que este tipo de "guerra" interna se tornasse pública e se transformasse numa verdadeira lavagem de roupa suja, se isso não fosse combinado vantajoso para o partido.
Quem ganha é sempre o PS.
Seria tão fácil unir os lideres partidários se todos visassem unicamente defender o interesse nacional e fazer tudo o que é preciso nesse sentido.
Há anos juntos lado a lado no mesmo partido, e ainda não chegaram a um acordo sobre a estratégia que querem para melhorar o país? E ninguém acha isso estranho?
Vamos a outro exemplo.
O Costa é claramente mais popular e desejado que o Seguro, portanto terá mais hipóteses de ganhar contra o PSD. Então questionemos:
Se o Seguro visasse o interesse do partido, o normal seria dar lugar ao Costa, sem oferecer resistência, a bem do PS. Se não o faz podemos concluir que coloca o interesse pessoal acima do do partido? Não me parece, porque o partido não o permitiria. Portanto resta outra hipótese, que é a farsa, apoiada pelo partido. Todo este teatro serve para despertar e arrastar os defensores. O Costa sairá ainda mais valorizado, fortalecido, glorioso e com mais defensores, apto a vencer as eleições.
Se o Seguro quisesse realmente derrotar o Costa, bastaria para isso expor alguns dos conhecidos casos que existem por toda a comunicação social, que em nada abonam a favor do Costa.
Se a luta não é uma farsa, porque é que o Toto Seguro não avisa os portugueses do perigo que é escolher o Toto Costa? Como se pode perceber neste link, o rasto de destruição na Câmara de Lisboa. Ganhava logo e ainda ajudava a salvar os portugueses da desgraça.
São os jogos de poder dos partidos, onde nós não passamos de fantoches manipulados e depois desprezados.
Abrir as portas ao rebanho: "Seguro quer abrir os cadernos eleitorais a simpatizantes do PS até 21 de Setembro, uma semana antes das primárias. Na proposta que faz Costa limita essa inscrição à data de 26 de Julho. Uma diferença que promete acender a discussão na Comissão Política." Força e coragem nessa grande disputa, o país depende disso. Ridículos.
A lavagem de roupa suja rende... e o povo, sedento de novelas, futebol e intriga, adere. Ui tão giro, até o filho está contra o pai, parece mesmo uma novela...
- João Soares disse que o artigo de opinião escrito pelo pai, no qual apoia António Costa e arrasa António José Seguro, é "um disparate". fonte
-Seguro acusa Costa de só avançar, por a vitória do PS em 2015 ser uma certeza. fonte
-José Sócrates "O PS não é um barco de recreio, é um porta-aviões" fonte
-Líder do PS diz que Portugal não precisa de um «primeiro-ministro de ocasião». fonte
-Seguro: "Não ignoro que temos um problema, que António Costa criou" fonte
-Assis pede "respeito" no debate interno do PS
-Zorrinho compara situação no PS à casa dos segredos
-Seguro já deu início à reunião do secretariado nacional
-Apoio de Mário Soares é "particularmente bem-vindo"
-Ausência de Seguro é "vergonha", diz deputado do PS
-Seguro ausente do debate da moção de censura
-Soares apoia Costa e arrasa Seguro
-Seguro quer ouvir secretários nacionais antes de comissão
Daqui se conclui que temos os políticos que merecemos, sim temos, mas podemos merecer e ter melhor.
Por sermos desatentos e acríticos, permitimos que cheguem ao poder todo o género de oportunistas e de corruptos. Quando percebemos que estes senhores mentem, manipulam e prometem o paraíso, apenas para ganhar votos? O sádico só faz sentido com o masoquista, o oportunista só tem sucesso com idiotas.
Substituímos a razão pela FÉ, o civismo e cidadania pela lealdade cega a partidos oportunistas. Quando a nossa lealdade deveria ser ao país e ao povo, não a partidos. Somos traidores e fracos e por isso inconscientemente fomos desviados dos valores correctos por manipuladores rascas e sem moral.
Ao longo de 40 anos as pessoas foram treinadas a raciocinar balizadas. - Ou és de um partido ou és contra ele. E quando és de um partido tens que o apoiar e defender, mesmo quando te lesa, rouba, empobrece e te destrói o país e o futuro. E quando és contra um partido tens que o atacar e espezinhar, mesmo quando te defende e protege o país.
Inventam-se mil e um argumentos para negar o óbvio, e mesmo toda a gente sabendo que nenhum partido luta contra a corrupção, contra as mordomias dos ricos, os fãs continuam a achar que o seu partido é que é honesto. Fazem mais denuncias o Paulo Morais e o Marinho Pinto num mês, do que todas as oposições, juntas, em 40 anos. Mas a lealdade vazia de valores, ao partido, impede o cidadão de fazer analises, reflexões e procurar a verdade.
O treino e a manipulação, para chegarmos a esta irracionalidade, tem sido uma das maiores conquistas dos partidos. As telenovelas e o futebol contribuem para criar este espírito de seita, seguir e escolher personagens/clubes/jogadores sabendo que as essas opções, são inconsequentes, são apenas uma questão de gosto pessoal e em nada afectam o futuro do país ou as finanças nacionais. As pessoas acreditam que sendo defensores do Ze Manel da novela das 8, ou defensor do FCP, não trará mal nenhum ao mundo. E esta interiorização permite-lhes acreditar que na politica se passa o mesmo. Chegam ao ponto de utilizar os mesmos critérios que usam na novela e no futebol, para escolher o seu politico favorito. Tornam-se acríticos, benevolente, permissivos e defendem o seu personagem, o seu clube e o seu partido, apenas porque sim e até ao fim.
UMA LISTA COM MAIS CASOS DE FARSAS E MENTIRAS QUE NOS ARRUÍNAM.
Basta de defender partidos, defendam Portugal e teremos um país melhor.
- O PS não é um recreio nem um porta aviões, é uma festa
- A farsa da luta contra a corrupção, tudo pelo voto
- Sócios nos negócios, adversários na politica
- Manuel Monteiro explica a farsa
- O PS significa mentir descaradamente?
- A farsa da democracia
- A farsa dos comentadores políticos
- Quanto pagamos pela farsa deles?
- A manipulação como arma estudada e aplicada
- Sócrates deixa buraco de 3 mil milhões no SNS
- Destruição pensada do SNS
- A farsa do voto
- Mentir é um passatempo dos políticos sem vergonha
- No património nacional o PS também ataca
- Na Segurança Social
- Sócrates e a EDP
- Sócrates investe
- Sócrates regressa
- Os milhões de Sócrates.
- As luvas de Sócrates
- O aeroporto de Sócrates
- A Sovenco de Sócrates
- A manipulação de Sócrates
- O resgate de Sócrates
- O BPN do Sócrates
- O inglês de Sócrates
- A má gestão
- A poderosa mãe de Sócrates
- As SCUT´s de Sócrates
- Sócrates e as Swap
- As almoçaradas do Sócrates
Tá mais que visto que esta gentalha só gosta deles próprios, mas como o povo é pobre de consciência continua a votar neles.
ResponderEliminarOs deputados socialistas
Eliminarpor JOÃO MARCELINO, Hoje
1-Factualmente, a notícia é esta: ontem, 15 minutos depois do arranque do debate quinzenal no Parlamento, o primeiro desde o desafio de António Costa a António José Seguro, a bancada socialista tinha 34 deputados presentes (em 74), ou seja, a maioria dos eleitos do maior partido da oposição estava em falta. Depois, a pouco e pouco, lá foram aparecendo, acabando por compor a bancada.
Em termos de análise parece legítimo ligar esta realidade a uma outra, conhecida dias antes: 45 deputados do PS pediram então à presidente do partido, e também deputada, Maria de Belém, que convocasse um congresso extraordinário eletivo, ao arrepio da vontade da direção de Seguro.
E os dois factos, somados, permitem uma opinião: a maioria da bancada socialista, oriunda das listas hierarquizadas nas últimas eleições a que concorreu José Sócrates (outro facto), está a colocar os interesses internos à frente dos interesses do País. Utiliza o tempo de trabalho, pago pelos impostos dos portugueses, para tomar posição na luta pelo poder que está a decorrer no interior do PS.
Gostaria de poder dizer que os eleitores tomarão boa conta deste episódio, mas a verdade é que não acredito nisso. A maioria dos eleitores, hoje, concede tanta atenção ao que se passa no Parlamento como alguns deputados ao que vai acontecendo no País. E, assim, estas greves de zelo vão servindo, apenas, para desanimar a minoria que, de um lado e do outro, ainda acredita nas virtualidades da democracia e no sentido de responsabilidade dos seus eleitos.
Um compadrio consentido e bem representado, de fingidos ódios em frente ás câmaras, e apertos de mãos nos corredores.
EliminarE os portugueses acreditam mesmo que há rivalidades e eriçam-se contra os maus ( que a seu ver são os do partido que não gostam) e enchem-se de piedade dos "bons". É a alegria da casa... Qual novela mexicana que leva os portugueses a sentir forte no peito, como se a eles estivessem a fazer mal.
Depois nos bastidores é só amizades e as coisas tem que ficar em bom termo pq há muitos tachos que tem que ser partilhados mesmo com o partido adversário. Faz parte das regras.
Os Pequenos partidos são apenas figurantes da novela, desprovidos ainda de poder estimular sentimentos na plateia.
Agora uma coisa é certa, seja qual for o partido que chegue ao poder as premissas já estão traçadas, o dados já estão lançados, e o jogo está viciado. Não há como não alinhar no despesismo e corrupção que por ali prolifera.
Por isso contem com a continuação da novela do costume de corrupção, despesismo, tachos, favores, etc porque o problema nunca foi dos candidatos mas sim do poder politico estar sem governo e sem limites.
A culpa é também dos portugueses, eleitores, que são tão criminosos como eles ao votarem neles e pactuarem.
não posso deixar de referir que uma das funções de Seguro era levar com os estilhaços e perpetuar a alternância de rostos de uma máquina de governação. Esta peça é a prova disso mesmo. Não basta a indignação motivada pelo obvio á superfície, é preciso procurar padrões e ligar acontecimentos. A estratégia é única, os partidos são rodas dentadas girando na mesma direcção mesmo quando aparentam colidir. Sejamos diligentes na busca da verdade, nestas matérias, tal como a palavra é composta por silabas a verdade é composta por segmentos. É preciso ir ao fundo para perceber. Muitos já o fizeram, muitos assustaram-se e com razão, outros estão prontos para resistir. Escolhe. Vais estar na linha da frente ou farás parte dos que ficam á esquina?
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