Em Lamego o Pavilhão Multiusos fechado há 4 anos está envolvido numa ruinosa PPP onde participam os Irmãos Cavaco, Lda empresa envolvida no caso BPN. Francisco Lopes, o grande entusiasta da "obra" é presidente da Câmara e do PSD.
E será que entre as personalidades condecoradas, estão os políticos de Lamego, que esbanjaram impostos nesse mesmo pavilhão e assinaram com a empresa construtora um contrato que obrigou os contribuintes a já ter pago rendas de 4 milhões apesar de o edifício estar sem uso e a ruir?
O caso do pavilhão de Lamego retratado neste video, mais parece uma anedota, mas de mau gosto. Expõe a forma como os nossos impostos são esbanjados em obras inúteis, despesistas e levadas a cabo de forma incompetente. Enquanto as escolas fecham, os hospitais ficam sem médicos, os infantários e lares desaparecem e os pobres ficam cada vez mais pobres, os autarcas continuam a construir inutilidades tais como museus, pavilhões, piscinas, etc, etc. Não sabem defender o interesse público nem conhecem as prioridades das populações que servem. E muito menos sabem o que significa investir para desenvolver a economia.
Este caso especifico, arrasta-se há anos.... entre irregularidades, incompetências, despesismo, e abuso do dinheiro público. Como é possível ser a Câmara de Lamego o fiador de um empréstimo concedido à empresa que construiu o pavilhão?? Pavilhão que ruiu nos primeiros meses? Pavilhão que é uma PPP, que mesmo sem poder funcionar, já está a custar 4 milhões de renda aos contribuintes? Só visto porque contado ninguém acredita....
PCP de Lamego reclama esclarecimentos sobre futuro do pavilhão multiusos
"Reclamamos com muita intensidade informação clara sobre o Pavilhão Multiusos: queremos saber quanto se gastou neste projeto que se arrasta há sete anos, quanto é que é preciso gastar para que se torne funcional ou se a construção tem garantias de estabilidade física", disse José Pessoa.
De acordo com o responsável da Comissão Concelhia de Lamego do PCP, é ainda necessário esclarecer quanto custa ao município a manutenção deste equipamento ou até "quanto poderá custar a sua demolição e retirada dos seus destroços, visto que é uma das hipóteses".
"Queremos um diagnóstico a esta situação extraordinária, que se arrasta há sete anos, e que compromete a Câmara de Lamego em muitos e muitos anos, com o pagamento de verbas incalculáveis", acrescentou.
José Pessoa recordou que o projeto de construção do Pavilhão Multiusos, há sete anos, estava orçado em 14 milhões de euros.
"Nesta altura, sabemos que já ultrapassámos três vezes esse valor.
Este processo está envolto de uma série de ilícitos, tal como demonstra o despacho de 2012 do Tribunal de Contas, que refere que se uma quantidade de ilícitos não tivesse sido praticada, por este e pelo anterior executivo, teria permitido à autarquia poupar muito dinheiro", sustentou.
O terreno onde foi construído o equipamento "também não foi o mais apropriado", tendo "trazido problemas terríveis, com as fundações a enterrarem-se".
"Como se não bastasse, ainda houve mais coisas a atrasar o processo, como foi o caso do telhado, que teve de ser refeito. E, passados sete anos, continua a haver uma série de problemas no interior deste equipamento", evidenciou.
O responsável da Comissão Concelhia de Lamego do PCP criticou ainda "o prolongamento absurdo em forma de curva" deste equipamento, que na sua opinião "entra claramente dentro da zona de proteção de um imóvel classificado, como é o escadório".
"Rouba protagonismo a uma estrutura histórica e religiosa. É preciso apurar as responsabilidades políticas e criminais deste tipo de atitudes que comprometeram o futuro da Câmara de Lamego", considerou.
Em declarações à Lusa, o presidente da Câmara de Lamego, Francisco Lopes, lamentou que se recorra "à mentira e ao disparate para justificar argumentos que não existem".
"O Pavilhão Multiusos foi construído com um custo global, fixo e irreversível, de 14 milhões de euros. É falso que a Câmara de Lamego tenha pago mais um euro, pois as obras de reparação foram asseguradas pelo construtor", esclareceu.
O autarca referiu ainda que o Pavilhão Multiusos teve um problema no âmbito da sua cobertura, que obrigou a que fosse substituída e que, consequentemente, fossem feitas reparações.
"Esperamos que este equipamento entre em serviço ainda durante o mês de janeiro [de 2015]", avançou.
Sobre a questão arquitetónica do edifício, Francisco Lopes defende que esta deve ser "discutida com arquitetos e não com amadores".
"A opção do arquiteto passou por fechar as frentes urbanas da avenida, para que se tivesse coerência e não a cratera anterior. Para se falar sobre o assunto, é preciso perceber a função de cada elemento", concluiu. Lusa/
Para além de quererem falir Lamego, alguém decidiu torturar os Lamecenses e os visitantes de Lamego. A incompetência prolonga-se até ás mais pequenas medidas....
Lamego, os seus habitantes e visitantes, viram-se, sem razão aparente ou que o justifique, condenados à tortura do trânsito engarrafado. Uma cidade outrora fluída no trânsito com seus escassos 12 214 habitantes distribuídos pelos amplos 166,7 km², passou a parecer uma Nova York com 8.175.133 de habitantes, confinados aos apertados 784 km²... e em hora de ponta.
Uma medida de um qualquer politico "brilhante" decidiu colocar quase todo o trânsito da parte mais turística e movimentada da cidade, canalizado para uma única estrada com apenas uma faixa, e sem saídas. Um atentado à paciência, à pressa e à segurança.
Terá sido uma forma de manipular as estatísticas sobre o tempo de permanência dos turistas na cidade?
Conseguem imaginar uma das vias principais da cidade a circular a passo de caracol, atrás do camião do lixo? Com uma única faixa de rodagem? Sem alternativa?
Cada vez que alguém quer sair ou estacionar um carro naquela zona, todo o trânsito pára, cada vez que o camião do lixo vai recolher o lixo, todo o transito fica a circular à velocidade do camião do lixo e a parar em todos os contentores.
É o momento didáctico que a cidade oferece aos turistas: "Aprendam como se recolhe o lixo em Lamego." faz parte do roteiro turístico?
Nas várias vezes que visitei Lamego pude constatar que antes destas medidas, era muito raro apanhar filas com mais de 3 carros, agora são centenas de carros parados, encurralados e desesperados.
Ambulâncias ou bombeiros bem podem ligar as sirenes para abrir caminho, mas não adianta, porque naquela zona não há espaço para desvios, bem que podem morrer os aflitos, que a estrada não se comove, nem oferece alternativas. Os jardins ao meio, os edifícios ladeiam... a saída?... só no fim do inferno. Uma avenida repleta de cafés, esplanadas e casas de chá só pode ser movimentada e a constante largada e recolha de pessoas, engarrafa mais ainda o caótico trânsito.
E tudo isto porque alguém se lembrou de fechar uma rotunda! Uma rotunda que demoraria 5 minutos a reabrir.
Segundo o blog: Rua direita.
A Rotunda do Soldado Desconhecido é para abrir… E é para abrir não por capricho, mas porque já nessa altura era evidente a asneira de se ter fechado a Rotunda e de obrigar o trânsito a andar às voltas das Avenidas.
(...) a mobilidade e a fluidez rodoviária no interior e na zona baixa da cidade são cada vez mais reduzidas e continua a ser muito difícil, se ocorrer um acidente ou uma avaria, a fluidez do trânsito. Persisti na ideia de que cada vez faz mais sentido a abertura da Rotunda do Soldado Desconhecido.
Tenho para mim que o Presidente no íntimo até já aceitou esta necessidade e realidade, porém, por teimosia, não o faz.
Não existe uma explicação coerente para ter fechado a rotunda nem para o que passa com o pavilhão multiusos que já recebe rendas desde 2012 mesmo sem poder ser usada, pois insiste em não se segurar de pé. Uma aberração de ferro enferrujado, inserida numa zona antiga da cidade.
Alguém achou que 2 caixotes gigantes cobertos de ferrugem poderiam ser confundidos com um monumento antigo? É certo que o presidente garante que a questão arquitectónica, deve ser discutida pelos arquitectos e não por amadores.... mas é pena ninguém se ter lembrado que também as questões da engenharia deviam ser deixadas para engenheiros e não amadores... que há sete anos lutam com as leis da gravidade, que não os deixa segurar o tecto do edifício.
E também as questões financeiras deveriam ser discutidas por economistas, pois colocar os cidadãos a pagar rendas por algo que não pode usar, e ainda ser fiador de uma empresa que não cumpre contratos, não me parece ser muito salutar para as finanças.
Artigo com mais detalhes sobre a obra e as criticas do Tribunal de contas
Mais casos de despesismo, mais obras ao abandono
- Piscinas da Maia
- As 10 câmaras mais endividadas
- O caso da piscina de Braga.
- O caso do Pavilhão de Portugal
- O caso dos candeeiros do Siza Vieira
- Caso das piscinas de Elvas
- O caso do Parque Tejo
- O caso do pombal escolar
- O caso da casa de cinema
- O caso do pavilhão de Viana
- O caso das pistas para carros
- O auditório de Viana
- As piscinas da Azambuja
- Piscina dos Olivais.
- Novo edifício da Policia Judiciária em Lisboa. A segunda tentativa.
- Piscinas sem nadadores, só para fazer dinheiro?
- Parque empresarial... sem empresas?
- O despesismo do poder local
- Relvados de Braga
- Império de Braga
- Luxos de Braga
- As birras
- O abuso
- O abuso continua
- Vinhos, festas e afins
- Festas e festejos
- O caso da Madeira
- O exagero
- Enriquecer amigos
- Aeroporto de Beja, ás moscas
- Madeira, e as obras milionárias
- António Costa, o demolidor, arrasa tudo e todos.
- Mais uma recente obra para abandonar?
- Castanheira do Ribatejo, a estação ás moscas
- Lamego e o exemplar Pavilhão que sobreviveu só até à inauguração
- Coimbra e o exemplar despesismo.
- Mais estádios ruinosos
Muito importante este modelo de post. E quem conhecer e tiver amigos em Lamego deve alertalo para estas noticias, pois por vezes é escondido pela pouca imprensa local.
ResponderEliminarVou procurar dados para falar das piscinas que foram faraonicamente feitas num concelho com as melhores praias do país e que tenho sido alertado para que não há verba que chegue nem para a manutenção. AOs palermas que achavam que o dinheiro ia cair dos sobreiros e apoiaram os iresponsaveis que assinaram estes desmandos só lhes peço que aprendam a lição e não voltem a empenhara as finanças locais ou nacionais: Quem paga são as gerações futuras que quando acabarem de pagar os desmanos destes pseudo dirgentes já os equipamentos precisam de ser renovados por obsoletos.
Os políticos são apenas um reflexo do que é o povo. O principal problema deste país é o povo que é inculto e gosta muito de futebol, circo e estupidez! Não adianta continuar a tapar o Sol com uma peneira.
ResponderEliminarTenho de acrescentar que o povo também gosta muito de dinheiro.
EliminarQuando os quase 60% dos portugueses que desperdiçam votos na abstenção, brancos e nulos, decidirem usar essa força em votos válidos contra o ps psd cs, a maçonaria e a corrupção afunda-se com eles... pois são esses partidos que sustentam a maçonaria e corrompem o sistema. Infelizmente os corruptos continuam a dizer ao povo que se devem abster, disfarçados de revolucionários, e o povo acredita. Temos que ser nós a reeducar os eleitores. Todos ás urnas contra o ps psd cds. Não faltem no dia do julgamento, no dia em que o povo tem o poder de correr com os corruptos
EliminarDemonstração clara e inequívoca sobre o "papel" de muitos autarcas propostos nas Listas dos Partidos do «Arco do Poder e da Governação», de serviço aos seus Governantes (das suas famílias políticas, locais, distritais, regíonais e nacíonais) e ao Grande Capital Nacional e Internacional.
ResponderEliminarMuitos poucos têm uma intervenção activa de defesa dos interesses das suas populações, do Povo Português que representam , e do País em que foram eleitos e para a defesa do qual foram eleitos.
Concordo plenamente com este post.
ResponderEliminarNa verdade, há uma série de incongruências na cidade de Lamego que me tiram do sério.
1) É o pavilhão novo que contruiram junto ao sopé da escadaria da Nossa Senhora dos Remédios que não serve para nada e, em muitos pontos, apresenta já uma deterioração inaceitável para um edifício tão recente;
2) É a "derrocada" da mais importante rotunda da cidade (Soldado Desconhecido) que veio trazer o caos à cidade, entupir as vias e gerar mais poluição;
3) As vias de acesso (entrada e saída) da cidade estão uma vergonha. Em dias festivos, numa emergência de vida, qualquer pessoa morre no meio da cidade sem poder alcançar um hospital a tempo. Em dias de festa como a Batalha das Flores, tal como está, a cidade de Lamego apresenta falhas ao nível da organização policial que define os percursos autorizados para veículos. Nestas alturas, aquando da Procissão desta festa, quem quer sair de Lamego tem de percorrer 30 Km porque as vias normais de saída estão cortadas!! Há que ir por Bigorne e depois apanhar a A24! É VERGONHOSO! É ESCALABROSO!! Alguém devia tomar consciência disto e ser responsabilizado! Mas infelizmente, só se abrem os olhos quando alguém morre!!
Um grande bem-haja a este post!