930 mil euros em jardim de Muge, votados ao abandono.


"Zona de lazer que custou 930 mil euros em Muge votada ao abandono.
A zona do Rossio de Muge está num completo estado de abandono perto de nove meses depois da empreitada de arranjo urbanístico realizada. 
A presidente da Câmara de Salvaterra de Magos, Ana Cristina Ribeiro (BE), justifica a ausência de manutenção com a chuva.
As ervas daninhas invadiram os passeios e os cardos tomaram conta do que já foi em tempos um jardim. Existem já munícipes a quererem usufruir do espaço com a melhoria do tempo, mas em vez de uma zona aprazível deparam-se com o espaço abandonado. No dia em que O MIRANTE esteve no local, apesar do bom tempo encontrou apenas um grupo de pessoas com alguma idade, sentadas num banco, que criticaram o "desleixo" e "abandono" do Rossio de Muge."
* Notícia completa de O MIRANTE. Imagens do local aqui.

Este não é um exemplo isolado da incompetência de quem gere os dinheiros públicos. 
É apenas mais um a somar à longa a lista de obras despesistas que por este país fora vão nascendo e morrendo sem chagarem a ser úteis aos contribuintes, apenas foram muito úteis aos construtores e dirigentes, envolvidos.
São inúmeros os casos de obras ao abandono, obras demolidas várias vezes, obras iniciadas e não acabadas, obras acabadas mas sem verba para serem mantidas ou utilizadas, obras descabidas, exageradas megalomanas, insustentáveis e ruinosas, etc etc... tudo serve para exibir a incompetência e corrupção de quem nos desgoverna.

Mais exemplos de despesismo e má gestão, que sustentamos

  1. As 10 câmaras mais endividadas
  2. O caso da piscina de Braga.
  3. O caso dos candeeiros do Siza Vieira
  4. O caso do pombal escolar
  5. O caso da casa de cinema
  6. O caso do pavilhão de Viana
  7. O caso das pistas para carros 
  8. O auditório de Viana 
  9. As piscinas da Azambuja
  10. O caso da Parque escolar 
  11. Piscina dos Olivais. 
  12. António Costa, faz mas desfaz?
  13. O caso do Novo edifício da Policia Judiciária em Lisboa. A segunda tentativa.
  14. Mais piscinas sem nadadores, só para fazer dinheiro?
  15. Parque empresarial... sem empresas? 
  16. O despesismo do poder local
  17. Relvados de Braga
  18. Império de Braga
  19. Luxos de Braga
  20. Seixal generoso
  21. Ajudar amigos
  22. As birras 
  23. O abuso
  24. O abuso continua
  25. Vinhos, festas e afins 
  26. Festas e festejos 
  27. Computadores de diamante?
  28. O caso da Madeira
  29. O exagero
  30. Enriquecer amigos
  31. Aeroporto de Beja, ás moscas
  32. As derrapagens criminosas
  33. Madeira, por ser pobre, recebe subsidio de insularidade? Pago pelos continentais?

5 comentários:

  1. ESTE É O TEMPO - Sophia Andresen

    Este é o tempo
    Da selva mais obscura

    Até o ar azul se tornou grades
    E a luz do sol se tornou impura

    Esta é a noite
    Densa de chacais
    Pesada de amargura

    Este é o tempo em que os homens renunciam

    ResponderEliminar
  2. UM POVO IMBECILIZADO E RESIGNADO...
    Guerra Junqueiro, "Pátria", escrito em 1896

    "Um povo imbecilizado e resignado,
    humilde e macambúzio,
    fatalista e sonâmbulo,
    burro de carga,
    besta de nora,
    aguentando pauladas,
    sacos de vergonhas,
    feixes de misérias,
    sem uma rebelião,
    um mostrar de dentes,
    a energia dum coice,
    pois que nem já com as orelhas
    é capaz de sacudir as moscas;
    um povo em catalepsia ambulante,
    não se lembrando nem donde vem,
    nem onde está,
    nem para onde vai;
    um povo, enfim,
    que eu adoro,
    porque sofre e é bom,
    e guarda ainda na noite da sua inconsciência como que um lampejo misterioso
    da alma nacional,
    reflexo de astro em silêncio escuro
    de lagoa morta (...) Uma burguesia,
    cívica e politicamente corrupta ate à medula, não descriminando já o bem do mal,
    sem palavras,
    sem vergonha,
    sem carácter,
    havendo homens
    que, honrados (?) na vida íntima,
    descambam na vida pública
    em pantomineiros e sevandijas,
    capazes de toda a veniaga e toda a infâmia,
    da mentira à falsificação,
    da violência ao roubo,
    donde provém que na política portuguesa sucedam, entre a indiferença geral,
    escândalos monstruosos,
    absolutamente inverosímeis no Limoeiro (...)
    Um poder legislativo,
    esfregão de cozinha do executivo;
    este criado de quarto do moderador;
    e este, finalmente, tornado absoluto
    pela abdicação unânime do país,
    e exercido ao acaso da herança,
    pelo primeiro que sai dum ventre
    - como da roda duma lotaria.
    A justiça ao arbítrio da Política,
    torcendo-lhe a vara
    ao ponto de fazer dela saca-rolhas; Dois partidos (...),
    sem ideias,
    sem planos,
    sem convicções,
    incapazes (...)
    vivendo ambos do mesmo utilitarismo
    céptico e pervertido, análogos nas palavras,
    idênticos nos actos,
    iguais um ao outro
    como duas metades do mesmo zero,
    e não se amalgamando e fundindo, apesar disso, pela razão que alguém deu no parlamento,
    de não caberem todos duma vez na mesma sala de jantar (...)"

    Guerra Junqueiro, in "Pátria", escrito em 1896
    GLOSSÁRIO:
    SEVANDIJA - PARASITA
    VENIAGA - TRAFICÂNCIA

    ResponderEliminar
  3. “Os políticos e as fraldas devem ser mudados frequentemente e pela mesma razão” - Eça Queiroz

    “Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em auto-sacrifício; então poderá afirmar, sem temor de errar, que A SUA SOCIEDADE ESTÁ CONDENADA”. Ayn Rand

    Resposta a Mário Cesariny de Natália Correia
    VERDADEIRA LITANIA PARA OS TEMPOS DA REVOLUÇÃO

    "Burgueses somos nós todos ó literatos
    Burgueses somos nós todos ratos e gatos"
    (Mário Cesariny)

    Mário nós não somos todos burgueses
    os gatos e os ratos se quiseres,
    os literatos esses são franceses
    e todos soletramos malmequeres.

    Da vida o verbo intransitivo
    não é burguês é ruim;
    e eu que nas nuvens vivo
    nuvens! O que direi de mim?

    Burguês é esse menino extraordinário
    que nasce todos os anos em Belém
    e a poesia se não diz isto Mário
    é burguesa também.

    Burguês é o carro funerário.
    Os mortos são naturalmente comunistas.
    Nós não somos burgueses Mário
    o que nós somos todos é sebastianistas.

    ResponderEliminar
  4. Obrigado, colegas comentadores, pela poesia.
    Obrigado pela também pelas mensagens, as mesmas, que permanece nos tempos que a história relata: O poder gerido por corruptos.
    É urgente encontrar forma de travar aventureiros, famintos de dinheiro, de atingirem o poder.

    Agradeço também à Zita o raid na administração local.
    Tudo isto indica que temos muito em comum: Raiva, despreendimento a qualquer corrupção e muita, mas muita, vontade de mudar.

    Hoje, fui abordado em plena rua por um senhor que me terá avaliado pelo semblante, traje e idade e me disse: "Você tem ar de quem votou no Passos Coelho. Deixe lá, eu também votei, mas desta vez ele vai levar um arrepio que só pára na China".

    O ambiente a 4 meses das eleições é preocupante para o (des)governo:
    Lutas intestinas, mordidelas mediáticas e muitos ódios sociais.

    Como será que o apelidado palhaço, vai suster um farrapo eleitoral depois de Setembro?



    ResponderEliminar
  5. No site da DGO pode consultar-se a lista de municípios incumpridores da LCPA. O que faz com que os seus responsáveis incorram, nos termos da lei que se sobrepõe a qualquer norma em contrário, numa situação de responsabilidade civil, criminal, disciplinar e financeira, sancionatória e reintegratória.
    A ver aqui: http://www.dgo.pt/execucaoorcamental/Paginas/LeiCompromissosPagamentosEmAtraso.aspx

    ResponderEliminar

Olá caro leitor, obrigada por comentar... sei que apetece insultar os corruptos, mas não é permitido. Já não podemos odiar quem nos apetece... (enfim) Insultem, mas com suavidade.
Incentivos ao ódio, à violência, ao racismo, etc serão apagados, pois o Google não permite.