Falir a Segurança Social com consciência disso e nada fazer para o evitar, deveria ser crime.
O desmazelo e má gestão, dos que nos governam vai até ao limite da falência das instituições. Mas isso não os preocupa pois jamais alguém ousará julga-los, moral ou juridicamente, pelos crimes que cometem contra o povo e a pátria.
Paulo Morais simplifica o que parece tão complicado ao ponto de ninguém o solucionar.
"O actual sistema de segurança social é injusto, agrava as desigualdades e caminha vertiginosamente para a bancarrota. É profundamente injusto porque consente que, enquanto uns poucos recebem valores milionários, acumulam pensões e mesmo estas com salários, outros sobrevivem com reformas de miséria da ordem dos 300 euros por mês. E ainda por cima é insustentável. Como os fundos de reserva não são suficientes, as pensões de reforma serão, para muitos de nós, uma miragem.
A verdade é que o modelo falha desde logo no objectivo. Este não deveria ser o de garantir na reforma proventos semelhantes aos da vida activa, mas apenas acautelar meios para uma vida condigna na velhice.
Assim, impõe-se uma mudança de paradigma, a evolução para um novo sistema, em que todos tenham uma reforma condigna e de igual valor. Pois se é verdade que um administrador de uma sociedade deve ganhar mais do que um operário - uma vez que tem maiores responsabilidades - já não faz qualquer sentido que, uma vez reformados, para custearem as suas necessidades, gestor e operário tenham pensões diferenciadas.
É certo que se todos vão receber por igual, todos deverão também igualmente contribuir. Os trabalhadores activos deveriam pois descontar apenas um valor mínimo mensal e não como hoje, em que cerca de um terço do salário é canalizado para o sistema de segurança social público. Todos disporiam assim de maior rendimento, podendo encaminhar uma parte para sistemas complementares de reforma ou outro tipo de investimentos.
E os direitos adquiridos? Aos reformados actuais deveria ser garantida uma e uma só pensão; e quem tenha já uma longa vida contributiva deve poder optar pelo novo sistema ou permanecer no actual.
A opção é, pois, clara. Ou há coragem de implementar um novo modelo, justo e sustentável, ou, num muito curto prazo, teremos a falência da Segurança Social." fonte
Parece tão simples que os Suíços até já adoptaram este sistema, mas os governantes portugueses dão prioridade à ganância das elites, e permitem que, esta caminhada em direcção á ruína, continue.
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Estou inteiramente de acordo. Muito bem escrito.
ResponderEliminar"vida condigna" - devia ser um direito humano. E uma das metas mais importantes duma sociedade.
Sabiam que na década de 50 do século passado, quando faltava o "homem da casa" a viúva ia pedir esmola à porta da empresa onde o marido havia trabalhado, na esperança de receber uma esmola dos colegas dele, para a sua sobrevivência?
ResponderEliminarE sabiam que após o 25 de Abril se receberam e garantiu o futuro, incluindo a reforma, a 800.000 pessoas originárias das antigas colónias - sem qualquer ajuda da UE?
E avaliaram as consequências de se ter decretado, depois do 25 de Abril, o pagamento de reformas - ainda que mínimas - para toda a população, mesmo para aquela que nunca havia descontado, 1 cêntimo que fosse?
ISTO FOI DAR VIDA DIGNA, a quem a perdeu ou nunca a tinha tido...
Os problemas da Segurança Social actual, aqui ou em qualquer país da UE - não na Suiça (exemplo indigno) um país que não é UE, mas um antigo e tenebroso off-shore financeiro, com vencimentos, do pessoal no activo, 5 vezes superiores aos portugueses, permitindo juntar pés-de-meia saborosos para a reforma - resolvem-se com o desenvolvimento da economia e apenas por aqui.
Qualquer outro caminho será demagógico, porque - podendo aparentar até, feitura de justiça e em muitos casos compreensível - permitirá continuar o cavar do fosso da falta da entrada do muito dinheiro que é necessário...
Preocupemos-nos com uma estratégia de alavancagem da economia, combate feroz à corrupção, imposição de penas pesadas para crimes de natureza política bem como, a sua definição e não em encontrar remendinhos para buracões sucessivamente maiores, actuando como membros da família da "casa onde não há pão..."
É necessário, urgente, formar um partido novo, com regras de funcionamento transparentes que sirva de alternativa a estes "gangs" e salve a Democracia.
ResponderEliminarNão votar, é facilitar-lhes a vida: Haverá sempre uma minoria que o fará e os artigos 149 e, especialmente o nº1 do artigo 152, garantem que haverá sempre o número de deputados previstos:
Artigo 149.º
Círculos eleitorais
1. Os Deputados são eleitos por círculos eleitorais geograficamente definidos na lei, a qual pode determinar a existência de círculos plurinominais e uninominais, bem como a respectiva natureza e complementaridade, por forma a assegurar o sistema de representação proporcional e o método da média mais alta de Hondt na conversão dos votos em número de mandatos.
2. O número de Deputados por cada círculo plurinominal do território nacional, exceptuando o círculo nacional, quando exista, é proporcional ao número de cidadãos eleitores nele inscritos.
Artigo 152.º
Representação política
1. A lei não pode estabelecer limites à conversão dos votos em mandatos por exigência de uma percentagem de votos nacional mínima.
2. Os Deputados representam todo o país e não os círculos por que são eleitos.
É necessário dar garantias às pessoas de honestidade na acção e transparência nos actos.
Um futuro partido vencedor, terá de incluir nos seus estatutos, mecanismos para assegurar aos eleitores essas garantias...
Eu sou de acordo não se votar, o artigo 149º e o 152º não me diz nada, se não aparecer ninguém nas urnas pois concerteza esses políticos irão abandonar a politica e alguns irão até fugir do pais, e deveria -se entregar o pais às forças armadas ai iria-se repensar o que se queria para Portugal se era esta democracia podre ou uma anarquia mas com um regime social igual para todos tanto ao nível económico ou de saúde, eu não tolero que eu precisando de uns óculos e ganhando o ordenado mínimo nacional tenha que os pagar, onde nos funcionários públicos a maioria ganham salários a cima da média dos privados e quem lhes paga os mesmos óculos é o estado ADSE. Também por aqui tem-se de começar para haver regalias iguais para todos e não só para alguns, é isto que eu ainda não vi nenhum politico a combater e muito menos os sindicatos.
ResponderEliminareu ....só posso dizer que me sinto tão pequenino no meio disto tudo...porque me ultrapassa em tanto, penso , devo eu ser bandido? ou sou engolido porque tenho que ser bandido com os bandidos? Sinto medo, e quando se sente medo é ser escravo destes, procuro me afastar , não querer saber, mas será isso um procedimento humano? Não creio. Vivo sofrendo por tal maldade? Ignoro e faço um zapping na tv saltando os canais informativos? se calhar é melhor, ou não que confusão que assustador isto tudo
ResponderEliminarBASTAVA O POVO SABER COMO SE VOTA CONTRA OS PARTIDOS CORRUPTOS E PORTUGAL SERIA LIMPO DA CORRUPÇÃO. VOTEM EM PARTIDOS SEM ASSENTO PARLAMENTAR SÓ ISSO TEM VALOR E PUNE OS PARTIDOS CORRUPTOS. Nos paises menos corruptos do mundo a democracia funciona porque as pessoas sabem votar e usam o voto, 90% votam... aqui só temos eleitores ignorantes por isso quem não funciona são os eleitores e não a democracia.
ResponderEliminarA abstenção afinal obtém um resultado contrário, ao que pretendem os abstencionistas
Por isso, o que me chateia na vossa abstenção é a falta de colaboração num trabalho importante. Não é uma questão de direitos ou deveres cívicos em abstracto. O problema é concreto. Temos uma tarefa difícil, da qual depende o nosso futuro, e vocês ficam encostados sem fazer nada.
Isto tem consequências graves para a democracia. Quando a maioria não quer saber das propostas dos partidos, está-se nas tintas para o desempenho dos candidatos e nem se importa se cumprem os programas ou não, o melhor que os partidos podem fazer para conquistar votos é dar espectáculo. Insultarem-se para aparecerem mais tempo na televisão mentirem para agradar. Vocês dizem que se abstêm porque a política é uma palhaçada mas a política é uma palhaçada porque vocês não votam. Vocês não exercem o vosso dever de votar contra quem faz mal ao país. O vosso de dever e direito de punir os que lesam o país nas urnas.
A culpa é vossa porque não é preciso muita gente votar em palhaços para os palhaços ganharem. Basta que a maioria não vote.. Basta abanar o pano da cor certa e, se mais ninguém vota, eles ficam na maioria. Mas se vocês colaborassem e se dessem ao trabalho de avaliar as propostas, julgar e punir os partidos que há 40 anos destroem o teu país, se os responsabilizassem pelas promessas que fazem e votassem contra os que mentiram, deixava de haver palhaços, interesseiros e imbecis na política.
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