Já quase todos sabemos, é verdade... mas nunca é demais divulgar uma explicação simples, de como funciona a contratação pública e como se esbanjam milhões e milhões dos impostos, dos portugueses.
A incompetência e falta de moral, leva a que se invistam muitos milhões para enriquecer construtores. No entanto pura e simplesmente as construções são depois dotadas ao abandono. E tudo porque os objectivos de quem construiu e de quem encomendou, já foram alcançados.As piscinas e muitas outras obras, não se constroem para ser utilizadas, para melhorar a vida dos portugueses ou visando o interesse de quem as paga - o cidadão. As obras públicas, na sua maioria servem, acima de tudo, os interesses das construtoras e dos autarcas/políticos.
Nas muitas obras públicas as coisas funcionam em forma de abuso:
# - Abre-se o concurso para o estado seleccionar o melhor orçamento. Por vezes é mesmo sem concurso.
# - A construtora "amiga" do autarca/politico fará sempre o orçamento mais baixo e vence o concurso.
# - Posteriormente, com as famosas derrapagens, o tal orçamento fictício inicial, e mais barato, consegue ficar mais caro que o apresentado por todas as outras concorrentes eliminadas e por vezes duplica ou triplica... já é hábito... todos sabemos.
# - Entretanto a construtora beneficiará os autarcas/políticos por estes a terem escolhido para a obra, com as famosas "luvas".
# - O autarca/politico beneficia o construtor escolhendo-o e pagando sempre mais que o necessário e que o orçamentado, de forma a haver dinheiro extra para as luvas. No meio de tudo isto o lesado é sempre o mesmo - o cidadão.
# - Feita a obra, inaugura-se com pompa e circunstância... o povo, ingénuo, agradece a generosidade do politico...
# - Poucos anos ou meses depois o politico farta-se da obra porque já não lhe dá dinheiro, e abandona-a ou tenta-a demolir para dar inicio, de novo, a todo este processo de enriquecimento ilícito.
Para quando a criminalização da gestão criminosa do dinheiro público?? Quem defende o erário público destes gestores impunes e incompetentes?? Não há travão? Não há limite? Não há responsabilizados?
Obras públicas prejuízos privados.
Quando um político português reclama obras públicas está-se mesmo a ver o que lhe vai na alma: a choruda comissão que vai receber do empreiteiro amigo a quem vai ser adjudicada a feitura daquelas obras por meio de um fraudulento concurso que de público só o foi de nome, realizadas durante de uma complexa e demorada empreitada com um orçamento flutuante e de duração incerta e que, no final, vai apresentar inúmeras derrapagens financeiras, muitos defeitos e com onerosos encargos perpétuos para os contribuintes.
Mais obras... despesismo?
- O caso da piscina de Braga.
- O caso do Novo edifício da Policia Judiciária em Lisboa. A segunda tentativa.
- O caso dos candeeiros do Siza Vieira
- O caso do pombal escolar
- O caso da casa de cinema
- O caso do pavilhão de Viana
- O caso das pistas para carros (de brincar)
- O auditório de Viana
- As piscinas da Azambuja
- O caso da Parque escolar
- O caso da Ilha da Madeira, elogiado além fronteiras...
- Os casos das câmaras mais endividadas
- Mais piscinas sem nadadores, só para fazer dinheiro?
- Parque empresarial... sem empresas?
- Enriquecer amigos
INCOMPETÊNCIAS E ILEGALIDADES
"Segundo contas do DN, o valor perdido nas derrapagens das grandes obras na última década -1393 milhões de euros.O DN fez as contas: somando os custos acima do previsto nas obras das auto-estradas sem custos para o utilizador (Scut, 838 milhões de euros), dos estádios municipais do Euro 2004 (187 milhões), da Linha Amarela do Metro de Lisboa, Campo Grande-Odivelas (127 milhões), do Aeroporto Francisco Sá Carneiro (93 milhões), da Casa da Música (69 milhões), da Ponte Rainha Santa Isabel (38 milhões), do Túnel do Terreiro do Paço (29 milhões) e do Túnel do Rossio (12 milhões) chega-se aos tais 1393 milhões." fonteFaltou somar ainda a derrapagem do aeroporto de Beja que passou dos 35 milhões para os 74 milhões.
E ainda 17 milhões nos Açores de derrapagens em obras de recuperação de escolas.
TRIBUNAL DE CONTAS CONCORDA
"O relatório do Tribunal de Contas é claro quanto à legalidade das derrapagens efectuadas para concluir os projectos. Metade delas não tem justificação e em 30% dos casos aconteceram por vontade do próprio dono da obra. Além de que muitos dos trabalhos foram realizados sem qualquer autorização prévia e sem ter sido efectuada uma previsão antecipada dos encargos adicionais.O novo código é considerado demasiado permissivo e poderá contribuir para um acréscimo ainda maior dos desvios financeiros verificados nas obras públicas." Fonte
Os muitos casos de derrapagens juntamente com outros típicos crimes dos nossos políticos, continuam impunes, a arruinar Portugal e os portugueses.
PS - Por favor, tentem abstrair-se de criticar a senhora do video apenas porque é do PS, ou do PCP, ou do pai dela... concentrem-se apenas no importante e comentem o importante... a verdade e o que se denuncia.
As pessoas perdem tanto tempo com coisas que não interessam enquanto Portugal se afunda. E este meu aparte prende-se com os comentários que fizeram aqui, a uma denúncia grave feita por esta mesma senhora... onde grande parte dos comentadores se preocupou com tudo menos com a verdade e a gravidade do que se divulga.
O mesmo se passa na minha terra a Madeira e as suas já famosas piscinas...Tá-se a construir uma na Camacha para ficar às moscas tal e qual à do Curral das Freiras,etc...
ResponderEliminarO exemplo da Madeira também está no texto, nos links da lista " Mais obras criminosas."
EliminarMas obrigada pelo seu contributo.
O Povo votou em abutres, que se afirmavam pombas!
ResponderEliminarComo avaliar as verdadeiras intenções de candidatos a governantes?
BASTAVA O POVO SABER COMO SE VOTA CONTRA OS PARTIDOS CORRUPTOS E PORTUGAL SERIA LIMPO DA CORRUPÇÃO. VOTEM EM PARTIDOS SEM ASSENTO PARLAMENTAR SÓ ISSO TEM VALOR E PUNE OS PARTIDOS CORRUPTOS. Nos paises menos corruptos do mundo a democracia funciona porque as pessoas sabem votar e usam o voto, 90% votam... aqui só temos eleitores ignorantes por isso quem não funciona são os eleitores e não a democracia.
EliminarA abstenção afinal obtém um resultado contrário, ao que pretendem os abstencionistas
Por isso, o que me chateia na vossa abstenção é a falta de colaboração num trabalho importante. Não é uma questão de direitos ou deveres cívicos em abstracto. O problema é concreto. Temos uma tarefa difícil, da qual depende o nosso futuro, e vocês ficam encostados sem fazer nada.
Isto tem consequências graves para a democracia. Quando a maioria não quer saber das propostas dos partidos, está-se nas tintas para o desempenho dos candidatos e nem se importa se cumprem os programas ou não, o melhor que os partidos podem fazer para conquistar votos é dar espectáculo. Insultarem-se para aparecerem mais tempo na televisão mentirem para agradar. Vocês dizem que se abstêm porque a política é uma palhaçada mas a política é uma palhaçada porque vocês não votam. Vocês não exercem o vosso dever de votar contra quem faz mal ao país. O vosso de dever e direito de punir os que lesam o país nas urnas.
A culpa é vossa porque não é preciso muita gente votar em palhaços para os palhaços ganharem. Basta que a maioria não vote.. Basta abanar o pano da cor certa e, se mais ninguém vota, eles ficam na maioria. Mas se vocês colaborassem e se dessem ao trabalho de avaliar as propostas, julgar e punir os partidos que há 40 anos destroem o teu país, se os responsabilizassem pelas promessas que fazem e votassem contra os que mentiram, deixava de haver palhaços, interesseiros e imbecis na política.
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