A verdade nua e crua sobre a evasão fiscal dos amigos ricos e a perseguição dos outros

Neste video, Paulo Morais e Marinho explicam que os paraísos fiscais servem quase sempre para esconder dinheiro sujo e dinheiro roubado a estados, por isso deviam ser proibidos. Marinho Pinto acusa ainda de traição, Barroso e Junckers. Afirma mesmo que eles só se mantêm no poder porque estão dispostos a trair.



Neste outro video Paulo Morais expõe os maiores crimes fiscais impostos de forma injusta. A protecção dos ricos e a exploração dos pobres. A máquina fiscal ao serviço dos ricos, contra o cidadão.



"Mais de 2000 funcionários do fisco ao serviço da cobrança das portagens
Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos considera que as portagens impede direccionar recursos para tarefas de inspecção." Publico
"Ao mesmo tempo que a máquina fiscal trabalha a todo o gás para cobrar coimas de taxas de portagem de concessionárias de auto-estradas, os tribunais fiscais enchem-se de processos de impugnação judicial, praticamente o único meio de defesa dos contribuintes quando são confrontados com a cobrança coerciva por parte das Finanças nestas situações." Público

Também Ana Gomes desmascara a hipocrisia dos governos que nunca se preocuparam em travar os evasores fiscais apesar de se saber, como confirma Paulo Morais no video, que a maior parte do dinheiro dos paraísos fiscais é dinheiro sujo e dinheiro roubado aos estados, pela corrupção.

«Robins dos Bosques ao contrário
O Governo prossegue o assalto fiscal às classes médias, enquanto perdoa grandes evasores fiscais. Agora finge ter ficado surpreendido com os 'SwissLeaks'. Mas nunca agiu contra evasores fiscais no Liechtenstein e na Suíça.
Comecei a pedi-lo ainda ao Governo Sócrates. 
Em 2011 solicitei a publicação da lista de portugueses com contas no Liechtenstein, que, em 2008, fora anunciado ter sido requerida às autoridades alemãs. Nunca tive reacção, embora o ministro Teixeira dos Santos me tivesse dito que a recebera.
Também nunca consegui resposta de Vítor Gaspar, que interpelei por carta em Junho de 2011. Já em 2014 escrevi a esta ministra das Finanças, questionando-a também sobre a 'lista Lagarde' - a do HSBC que está a ser revelada pelos 'SwissLeaks' e que as autoridades francesas enviaram a outros governos em 2010. A ministra não pode alegar que não sabia: quando veio ao Parlamento Europeu em Dezembro de 2014 frisei-lhe que continuava à espera de respostas sobre as listas da Suíça e do Liechtenstein.
Por isso, é preciso topete para a Autoridade Tributária (AT) só agora pedir a lista do HSBC. Como responde o Governo por este "atraso", que só aproveita à prescrição dos crimes fiscais e à impunidade dos criminosos? Que fez o Governo com a lista do Liechtenstein? E recebeu ou não antes a lista da Suíça? Se sim, o que fez dela? Se não, porque não a pediu antes?
A inércia trai o Governo: reduziu o défice orçamental à custa do "brutal aumento de impostos" sobre quem os paga mas protegeu os privilegiados com contas no estrangeiro para fugir a pagá-los.
De facto, Passos Coelho e Portas não só mantiveram os RERT (regimes excepcionais de regularização tributária) que herdaram como os refinaram na perfídia política e na perversidade económica: aumentaram a taxa cobrada de 5% (RERT I e II, 2005 e 2010) para 7,5% (RERT III, 2012) - um colosso de iniquidade, já que a contribuintes cumpridores se impuseram taxas muito superiores; e nem sequer foi retida a obrigatoriedade da repatriação dos capitais exigida nos RERT anteriores.
Ou seja: aos contribuintes do escalão máximo que pagaram impostos a tempo e horas o Governo aplicou taxas de IRS de mais de 50% em anos seguintes; a Ricardo Salgado e quejandos "esquecidos" de declarar milhões em contas pessoais na Suíça ou nas Ilhas Virgens adoçou-lhes a conta, tributando apenas 7,5% e oferecendo bónus adicionais: poderem manter os capitais no exterior sem perguntas sobre a eventual origem ilícita e com crimes fiscais e outros amnistiados. Querem mais eficaz e mais barato esquema para branquear capitais do que o engendrado pelo Governo Passos Coelho / Portas, ainda por cima abençoado pela cega e surda 'troika'?
Recordo que via RERT III, de 2012, o Governo arrecadou apenas para os cofres do Estado a pífia quantia de 258 milhões de euros sobre 3,5 mil milhões legalizados! Grande parte parqueados na Suíça e apressadamente declarados, não fossem ser expostos na investigação judicial 'Monte Branco'! Quanto mais teria reavido o erário público se, em vez de perdoar e proteger evasores fiscais, o Governo multasse pesadamente ou ordenasse o confisco dos activos não declarados pelos clientes identificados em listas como a do HSBC? 
Quanto teria podido descer em impostos sobre reformados e classes médias?
E quanto teria podido canalizar para saúde, educação e contra a pobreza?
O que foi perdoado aos evasores fiscais acaba pago com língua de palmo pelos cidadãos cumpridores. A injustiça fiscal agrava-se com o fingimento sobre os 'SwissLeaks'. Por isso, além da autocrítica que ainda não fez pelos RERT I e II, também importa que o PS confronte o Governo com a iniquidade e perversidade do sistema fiscal e apresente propostas para as combater.
É intolerável que se use o fisco para roubar pobres e remediados e dar a enriquecidos sabe-se lá como. Basta de Robins dos Bosques ao contrário.»
[Ana Gomes, in "Expresso", edição 21 Fev. '15].

revoltante saber que o Parlamento aprovou sem hesitar todos os regimes especiais de regularização tributária, os RERT I, II e III, quando sabiam que a respetiva formulação jurídica iria apagar todos os crimes fiscais associados à repatriação do dinheiro de origem obscura que tinha sido posto lá fora. Os deputados foram previamente avisados desse gigantesco efeito de "esponja" pelos mesmos altos responsáveis tributários que me avisaram a mim...
Os mesmos RERT que passaram uma esponja sobre as verbas de Ricardo Salgado e as do recetador agora identificado no caso do ex-primeiro Ministro.
Sim, o Parlamento continua lamentavelmente a ser a mesma central de interesses.
Mas há esperança. Tal como o país está a mudar, o Parlamento também há de mudar.
A nós, cidadãos e jornalistas, assiste o direito de fazer perguntas, face a sinais estranhos que alguns políticos insistem em transmitir. Face a esses sinais, é legítimo supor." Expresso

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3 comentários:

  1. E já não nos bastava a pontaria dos nossos eleitores que teimam em colocar lá em cima os melhores servidores dos corruptos ainda nos tinha que calhar um presidente da UE que toda a sua vida fez de capacho da fuga ao fisco o seu lema e pratica politica no Luxemburgo.

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  2. Zita o que acha da candidatura do Sampaio da Nóvoa?

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    1. Não conheço o suficiente para opinar, mas só o facto de ter dos dinossauros do ps por trás, já é de desconfiar. Além do mais, para mim não restam dúvidas que os mais honestos e de confiança são o Paulo Morais e o Henrique Neto, portanto são os que aconselho.

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Olá caro leitor, obrigada por comentar... sei que apetece insultar os corruptos, mas não é permitido. Já não podemos odiar quem nos apetece... (enfim) Insultem, mas com suavidade.
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