DINAMARCA, O PAÍS MAIS FELIZ DO MUNDO. O INCRÍVEL PAÍS ONDE SE REFERENDAM OS ELEVADOS IMPOSTOS E O POVO DECIDE MANTER A CARGA FISCAL. PAGAM IMPOSTOS COM PRAZER, MESMO SENDO OS MAIS ELEVADOS DO MUNDO, O PAÍS ONDE AS PESSOAS DETESTAM RECEBER SUBSÍDIOS...
No top 5 dos países mais felizes do mundo está a Suécia/5, a Holanda/4, Suiça/3, Noruega/2, Dinamarca/1. Nos últimos lugares do top da UE, estão Portugal no honroso penúltimo lugar e a Bulgária, no último. Impressionado?
O Dia Internacional da Felicidade foi no dia 20 de Março, mas por cá, não há grandes motivos para celebrar: os portugueses estão no grupo de cidadãos europeus menos satisfeitos com a sua vida.
É na Finlândia, Dinamarca e Suécia que há cidadãos europeus mais satisfeitos: os três países dão nota 8 à sua satisfação com a vida.
O estudo divulgado pelo Eurostat concentra-se no indicador de satisfação com a vida porque ele é "um indicador-chave de bem-estar subjectivo". "A satisfação com a vida é um conceito multi-dimensional que é muito moldado por vários factores sócio-demográficos, que conduzem a situações de vida distintas, bem como a diferentes expectativas e preferências", lê-se no destaque da publicação.
Surpreendentemente, ou não, não é o salário que mais contribui para os europeus estarem satisfeitos com a sua vida. "As condições de saúde são um dos factores determinantes na satisfação com a vida, à frente de outros factores como a posição financeira, a situação do mercado laboral ou as relações sociais", conclui o Eurostat. jornaldenegocios
Para chegar ao ranking, a ONU fez perguntas diretas ao povo a respeito de sua felicidade e otimismono momento, além de perspectivas de vida. Depois, a pesquisa levou em conta o PIB per capita da população, expectativa de vida saudável, percepção de corrupção no país e liberdade, por exemplo.
Com elevados índices de educação, saúde e renda, a Dinamarca ficou no melhor lugar. Mas o que, realmente torna os dinamarqueses felizes é “o extremo grau de confiança que as pessoas têm umas nas outras e nas instituições”, segundo o professor de Economia Christian Bjornskov, doutorado em “Felicidade e economia” pela Aarhus Business School.
“Nós perguntamos ás pessoas se elas acham que desconhecidos são dignos de confiança. Cerca de 70%, na Dinamarca, confiam. No Brasil, esse índice é de apenas 7%”, compara o professor.
A confiança que os dinamarqueses têm nas instituições do seu país – especialmente políticos e polícia, também os torna um povo mais feliz. “
Para um brasileiro, confiar nos políticos pode parecer estranho, mas a Dinamarca conta com um sistema de justiça que não deixa corrupção impune. Até 1840, explica Bjornskov, quem fosse apanhado em esquemas de corrupção passaria o resto da vida na cadeia.
O professor acredita que essas políticas rigorosas tenham tido como resultado a honestidade atual na política: “Você vai rir, mas o último grande escândalo político que tivemos por aqui foi quando um ex-primeiro ministro não conseguia justificar todas suas despesas”. Quanto dinheiro foi gasto sem explicação? “Cerca de 145 dólares. Aquilo foi um escândalo”. O professor se refere a Lars Lokke Rasmussen, que foi primeiro-ministro entre 2009 e 2011.
Os países onde as pessoas são mais felizes, segundo a ONU
Não é só no ranking de felicidade que a Dinamarca aparece entre as primeiras posições.O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), um dos principais medidores de qualidade de vida, do país é de 0.901. O IDH avalia critérios da educação, economia e saúde para classificar de 0 a 10 os países. Quanto mais perto do 1, melhor.
Na Dinamarca, a esperança de vida também está entre as mais elevadas do mundo. Em média, um dinamarquês vive até aos 79 anos, cinco a menos que o Japão, primeiro no ranking com esperança de vida de 83,6 anos.
No país, gasta-se mais de 5.600 dólares anualmente com saúde por pessoa, o que dá um total de 11,2% do PIB. O resultado do investimento aparece nos números: mais de 90% das crianças receberam as principais vacinas necessárias no primeiro ano de vida e 98,5% dos partos são assistidos por profissionais capacitados.
O país também tem notas altas quando avaliamos a educação. Segundo o Index de Educação, publicado pela ONU, a Dinamarca tem 0.993, empatado em primeiro lugar com Austrália, Finlândia e Nova Zelândia. 99% dos homens e mulheres são alfabetizados.
O salário anual dos dinamarqueses é de 30.777 Euros anuais. Para se ter ideia, um brasileiro ganha em média 9.321, Euros por ano. Em alguns países, como os Estados Unidos, o salário médio é maior (os norte-americanos recebem mais de 39.483 Euros anuais), mas na Dinamarca os gastos com serviços de saúde, educação, e outras necessidades sociais, são totalmente grátis.
Mesmo em outros rankings que consideram critérios mais gerais, a Dinamarca destaca-se. Segundo a Instituição Legatum, o país foi é um dos mais prósperos. Estão ainda em primeiro lugar no empreendedorismo e oportunidades. É o 12º país no ranking de competitividade do Fórum Económico Mundial e a taxa de desemprego é das mais baixas da Europa.
Segurança: É considerado um dos países mais seguros do mundo e o 7º melhor país do mundo para se viver e trabalhar, de acordo com o ranking 2013 OCDE.
Um video muito elucidativo de como todos os critérios acima referidos, afectam a vida das pessoas
Estudar na Dinamarca
A Dinamarca, como país membro da UE, possibilita a todos os cidadãos europeus o acesso às suas universidades de forma completamente gratuita. Para facilitar esse acesso, existe já um leque alargado de cursos leccionados em língua inglesa, como forma de cativar estudantes de vários cantos da Europa.
Os jovens são considerados o activo mais importante do país. Uma das principais preocupações é a necessidade de proporcionar a melhor qualidade possível na formação e na educação, por isso, a qualidade do ensino e investigação é reconhecida mundialmente.
O modelo de ensino dinamarquês assenta num sistema prático baseado na resolução de problemas: "Practice-Oriented Education" apresentando uma enorme articulação entre empresas, indústrias e universidades. Um estudante em part-time consegue chegar facilmente aos 800€ por mês.
Qualidade de vida:
A Dinamarca possui duas políticas particularmente relevantes para o aumento do custo de vida (e não vou falar sobre gastos governamentais, presentes também no resto da Europa): uma das economias mais livres do mundo e uma das políticas de imigração mais restritivas do mundo, ao mesmo tempo. Isso significa que sua economia permite uma enorme geração de riqueza para aqueles que moram no país, mas a sua política migratória impede que pessoas de fora possam entrar e desequilibrar o próspero ambiente económico, pois contribuiriam para baixar salários e preços ao competirem com os locais.
Na Dinamarca as igrejas estão vazia...
70% dos dinamarqueses confiam em
pessoas desconhecidas e confiam nelas próprias para melhorar a sua vida, no Brasil, país marcadamente religioso, onde as igrejas possuem milhões de seguidores que até pagam para o ser, apenas 7% dos cidadãos confiam em pessoas estranhas, preferem acreditar e confiar num deus jesus desconhecido.
Sabia que cerca de um terço dos portugueses dizem acreditar na existência do Inferno, enquanto menos de 10% dos suecos dizem o mesmo?
Países menos religiosos são também menos violentos.
A afirmação parece contraditória, sendo que a maioria das religiões prega a paz e o amor, mas, segundo o Índice Global da Paz (IGP) de 2012, apesar do mundo em geral ter ficado um pouco mais pacífico nos últimos anos, são os países menos religiosos que continuam sendo menos violentos.
O que é o IGP?
O que é o IGP?
O Índice Global da Paz, desenvolvido pelo Instituto de Economia e Paz, em conjunto com a Unidade Economista de Inteligência com a orientação de uma equipe internacional de académicos e peritos em paz, classifica as nações do mundo pela sua tranquilidade.
Composto por 23 indicadores, que vão desde o nível de despesas militares de uma nação às suas relações com os países vizinhos e o nível de respeito aos direitos humanos, incluindo os níveis de democracia e transparência, educação e bem-estar material, o IGP usa uma ampla gama de fontes respeitadas, incluindo o Instituto Internacional de Estudos Estratégicos, do Banco Mundial e várias entidades da ONU, para contribuir significativamente para o debate público sobre a paz mundial.
Na sexta edição, o IGP indica que o mundo se tornou mais pacífico pela primeira vez desde 2009; todas as regiões, excepto o Oriente Médio e o Norte da África (que sofrem atualmente as consequências da Primavera Árabe) viram uma melhoria nos níveis de tranquilidade geral. O Brasil, em particular, subiu duas posições, passando de 85º para 83º país mais pacífico dentre os 158 analisados.
A Islândia é o país mais pacífico do mundo, pelo segundo ano consecutivo, e a Somália continua a ser nação menos pacífica do mundo pelo segundo ano consecutivo.
A Síria foi o país que caiu pela maior margem: mais de 30 lugares, indo para 147º. Isso com certeza têm a ver com o fato de estar passando por uma guerra civil, sofrendo uma escalada da violência nos últimos 14 meses, que matou mais de 16 mil pessoas no país. O contrário ocorreu com o Sri Lanka, já que o fim de sua guerra civil elevou o país em 30 lugares.
Pela primeira vez, a África Subsaariana não é a região menos pacífica do mundo, aumentado seus níveis de paz desde 2007. Como já dissemos, o Oriente Médio e Norte da África é hoje a região menos pacífica, refletindo a turbulência da Primavera Árabe.
Pelo sexto ano consecutivo, a Europa Ocidental continua a ser a região mais pacífica, com a maioria dos seus países no top 20. A América do Norte experimentou uma ligeira melhoria, mantendo uma tendência desde 2007, enquanto a América Latina experimentou uma melhora geral com 16 dos 23 países aumentando sua pontuação de paz.
Composto por 23 indicadores, que vão desde o nível de despesas militares de uma nação às suas relações com os países vizinhos e o nível de respeito aos direitos humanos, incluindo os níveis de democracia e transparência, educação e bem-estar material, o IGP usa uma ampla gama de fontes respeitadas, incluindo o Instituto Internacional de Estudos Estratégicos, do Banco Mundial e várias entidades da ONU, para contribuir significativamente para o debate público sobre a paz mundial.
Na sexta edição, o IGP indica que o mundo se tornou mais pacífico pela primeira vez desde 2009; todas as regiões, excepto o Oriente Médio e o Norte da África (que sofrem atualmente as consequências da Primavera Árabe) viram uma melhoria nos níveis de tranquilidade geral. O Brasil, em particular, subiu duas posições, passando de 85º para 83º país mais pacífico dentre os 158 analisados.
A Islândia é o país mais pacífico do mundo, pelo segundo ano consecutivo, e a Somália continua a ser nação menos pacífica do mundo pelo segundo ano consecutivo.
A Síria foi o país que caiu pela maior margem: mais de 30 lugares, indo para 147º. Isso com certeza têm a ver com o fato de estar passando por uma guerra civil, sofrendo uma escalada da violência nos últimos 14 meses, que matou mais de 16 mil pessoas no país. O contrário ocorreu com o Sri Lanka, já que o fim de sua guerra civil elevou o país em 30 lugares.
Pela primeira vez, a África Subsaariana não é a região menos pacífica do mundo, aumentado seus níveis de paz desde 2007. Como já dissemos, o Oriente Médio e Norte da África é hoje a região menos pacífica, refletindo a turbulência da Primavera Árabe.
Pelo sexto ano consecutivo, a Europa Ocidental continua a ser a região mais pacífica, com a maioria dos seus países no top 20. A América do Norte experimentou uma ligeira melhoria, mantendo uma tendência desde 2007, enquanto a América Latina experimentou uma melhora geral com 16 dos 23 países aumentando sua pontuação de paz.
Religião x paz
Na Nova Zelândia, Dinamarca e Noruega, países que estão no top 10 de mais pacíficos, o conflito religioso na sociedade é praticamente inexistente. Também, um ranking feito pelo sociólogo Phil Zuckerman mostrou que todos os países desse top 10, menos a Irlanda, estão entre os 50 menos crentes do mundo.
Quanto à religião, de acordo com a pesquisa do instituto alemão Bertelsmann Stifung, 95% dos jovens brasileiros (entre 18 e 29 anos) explicitam suas ligações religiosas: somos o terceiro país mais religioso do mundo, atrás apenas dos nigerianos e dos guatemaltecos.
“Se alguém não paga os impostos, é um insulto para toda a gente”
Karina Kim Elgaard, investigadora de direito fiscal na Universidade de Copenhaga, diz que sociedade dinamarquesa é pouco tolerante para com quem tenta contornar as regras.
PÚBLICO: O que é que faz com que a Dinamarca seja vista como um país de "contribuintes felizes"?
Karina Kim Elgaard: Muitos contribuintes não verificam as declarações fiscais porque confiam na administração tributária e na informação automática. Embora sendo um sistema complexo, é compreendido pelos contribuintes. É um círculo virtuoso. É um sistema fiscal onde é fácil as pessoas perceberem para onde vai o dinheiro dos impostos. As pessoas pensam: “Pagamos taxas muito altas e muitos impostos, mas, directa ou indirectamente, temos todos estes benefícios: hospitais grátis, apoios sociais, boas escolas”. O sistema social funciona bem. É claro que encontramos pessoas que consideram que há quem "abuse" do Estado social, mas são situações muito pontuais.
Em Portugal olha-se muitas vezes para o pagamento dos impostos como uma quebra de rendimento. Como é que há visões tão diferentes?
Há muitos anos que as pessoas respeitam a figura do ministro dos Impostos. As pessoas acreditam no ministério como instituição, no sistema político como um todo e acreditam que os responsáveis estão a agir no interesse de todos. É uma questão de mentalidade enraizada há muito, muito tempo. Se alguém não paga os impostos, isso é um insulto para toda a gente. Esta percepção de exigência de cumprimento das obrigações fiscais, historicamente enraizada, é perceptível um pouco por toda a sociedade. É uma questão de mentalidade. Ninguém considera aceitável que alguém não pague os impostos, que alguém tente contornar as regras ou ganhar alguma coisa por baixo da mesa.
As pessoas respeitam a figura do ministro dos impostos, acreditam no ministério como instituição e no sistema político como um todo.
O que é que se pode aprender com o modelo nórdico para uma reforma do sistema fiscal? É um modelo replicável noutros países?
Qualquer outro país pode olhar para a Dinamarca e tentar implementar algumas reformas fiscais, mas não todo o sistema, porque a génese do modelo escandinavo está muito enraizada na sociedade dinamarquesa. Se me pergunta se o modelo nórdico poderia ser exportado e se funcionaria em Portugal, penso que não. Mas há boas práticas que podem ser inspiradoras – a forma como as autoridades dinamarquesas fazem campanhas publicitárias na televisão a alertar para o prazo de pagamento dos impostos, para o combate à economia paralela. Nos últimos anos houve uma grande aposta na presença nas redes sociais, para aproximar a administração fiscal dos cidadãos. O fisco é muito acessível e os contribuintes sentem que o fisco lhes está a prestar um serviço. Há uma relação de confiança. Os outros países podem aprender com isto.
Que medidas podem ser implementadas em países com níveis mais elevados de evasão fiscal?
É mais complicado do que isso. Não é uma soma de reformas. Tem de começar por uma mudança de mentalidade e por uma mudança na forma de actuar das autoridades. É preciso, primeiro, que as instituições, os ministros ou as organizações responsáveis sejam respeitadas pela população e que actuem de forma harmoniosa, com regras simples e compreendidas pelas pessoas. É preciso que o ministério [responsável pelos assuntos fiscais] seja transparente, explicando, por um lado, porque é que é preciso pagar impostos e, por outro, como é que o Estado administra o dinheiro dos impostos. Isto ajuda os cidadãos a perceberem que o pagamento dos impostos é necessário para assegurar as funções sociais do Estado.
Na Dinamarca só há 28 repartições de finanças, para uma população de 5,6 milhões. Permite ao fisco ser eficiente?
Foi uma decisão pensada a longo prazo, para reduzir recursos e tornar o sistema efectivo, mais centralizado e funcional, para que a administração fiscal seja capaz de tomar decisões de forma mais equitativa. O objectivo da reforma foi introduzir uma política uniformizada. Qualquer contribuinte pode contactar a SKAT [por telefone] porque depois é direccionado para a pessoa certa com quem deve falar. Há um telefone geral – a porta de entrada é a mesma –, o que torna mais fácil a um contribuinte conseguir chegar à fala com o funcionário especializado que lhe vai resolver o problema.
Uma auditoria realizada em 2011 mostra que o nível de cumprimento é elevado. Como se explica este nível de adesão ao sistema fiscal?
O facto de os contribuintes verem os resultados dos impostos que pagam. Cada um toma a responsabilidade de pagar os impostos correctos.
Há um grande nível de educação cívica que se revela fundamental no momento em que um cidadão começa a pagar os impostos.
Identifica pontos negativos no sistema fiscal dinamarquês?
Bem, há sempre a outra face da moeda. As regras dos impostos são muito complicadas. Muitos cidadãos simplesmente dizem “sim” ao pré-preenchimento da declaração de IRS proposto pela administração fiscal. Se quiserem perceber ao detalhe todas as implicações, têm de contratar um contabilista ou uma empresa de consultoria. A vantagem de um sistema fiscal avançado é que as regras são mais fáceis de concretizar. Queremos ter um modelo equitativo e, para o conseguir, o sistema fiscal acaba por exigir alguma complexidade. A economia paralela é outra preocupação de qualquer ministro dos impostos. A SKAT, a polícia e muitas outras instituições trabalham para combater a evasão fiscal no IVA. Há muitas iniciativas e uma boa mobilização de recursos para combater a fraude.
Académicos defendem para Portugal a necessidade de apostar em programas educativos sobre as obrigações fiscais dos contribuintes. Na Dinamarca hoje não existe essa tradição. Porquê?
É ao ministério da Educação que cabe a tarefa de definir as disciplinas ensinadas nas escolas. Há, no entanto, matérias sobre o Estado Social, política e cidadania – onde se inclui o funcionamento dos impostos. Há um grande nível de educação cívica que se revela fundamental no momento em que um cidadão começa a pagar os impostos.
Na Nova Zelândia, Dinamarca e Noruega, países que estão no top 10 de mais pacíficos, o conflito religioso na sociedade é praticamente inexistente. Também, um ranking feito pelo sociólogo Phil Zuckerman mostrou que todos os países desse top 10, menos a Irlanda, estão entre os 50 menos crentes do mundo.
Quanto à religião, de acordo com a pesquisa do instituto alemão Bertelsmann Stifung, 95% dos jovens brasileiros (entre 18 e 29 anos) explicitam suas ligações religiosas: somos o terceiro país mais religioso do mundo, atrás apenas dos nigerianos e dos guatemaltecos.
“Se alguém não paga os impostos, é um insulto para toda a gente”
Karina Kim Elgaard, investigadora de direito fiscal na Universidade de Copenhaga, diz que sociedade dinamarquesa é pouco tolerante para com quem tenta contornar as regras.
PÚBLICO: O que é que faz com que a Dinamarca seja vista como um país de "contribuintes felizes"?
Karina Kim Elgaard: Muitos contribuintes não verificam as declarações fiscais porque confiam na administração tributária e na informação automática. Embora sendo um sistema complexo, é compreendido pelos contribuintes. É um círculo virtuoso. É um sistema fiscal onde é fácil as pessoas perceberem para onde vai o dinheiro dos impostos. As pessoas pensam: “Pagamos taxas muito altas e muitos impostos, mas, directa ou indirectamente, temos todos estes benefícios: hospitais grátis, apoios sociais, boas escolas”. O sistema social funciona bem. É claro que encontramos pessoas que consideram que há quem "abuse" do Estado social, mas são situações muito pontuais.
Em Portugal olha-se muitas vezes para o pagamento dos impostos como uma quebra de rendimento. Como é que há visões tão diferentes?
Há muitos anos que as pessoas respeitam a figura do ministro dos Impostos. As pessoas acreditam no ministério como instituição, no sistema político como um todo e acreditam que os responsáveis estão a agir no interesse de todos. É uma questão de mentalidade enraizada há muito, muito tempo. Se alguém não paga os impostos, isso é um insulto para toda a gente. Esta percepção de exigência de cumprimento das obrigações fiscais, historicamente enraizada, é perceptível um pouco por toda a sociedade. É uma questão de mentalidade. Ninguém considera aceitável que alguém não pague os impostos, que alguém tente contornar as regras ou ganhar alguma coisa por baixo da mesa.
As pessoas respeitam a figura do ministro dos impostos, acreditam no ministério como instituição e no sistema político como um todo.
O que é que se pode aprender com o modelo nórdico para uma reforma do sistema fiscal? É um modelo replicável noutros países?
Qualquer outro país pode olhar para a Dinamarca e tentar implementar algumas reformas fiscais, mas não todo o sistema, porque a génese do modelo escandinavo está muito enraizada na sociedade dinamarquesa. Se me pergunta se o modelo nórdico poderia ser exportado e se funcionaria em Portugal, penso que não. Mas há boas práticas que podem ser inspiradoras – a forma como as autoridades dinamarquesas fazem campanhas publicitárias na televisão a alertar para o prazo de pagamento dos impostos, para o combate à economia paralela. Nos últimos anos houve uma grande aposta na presença nas redes sociais, para aproximar a administração fiscal dos cidadãos. O fisco é muito acessível e os contribuintes sentem que o fisco lhes está a prestar um serviço. Há uma relação de confiança. Os outros países podem aprender com isto.
Que medidas podem ser implementadas em países com níveis mais elevados de evasão fiscal?
É mais complicado do que isso. Não é uma soma de reformas. Tem de começar por uma mudança de mentalidade e por uma mudança na forma de actuar das autoridades. É preciso, primeiro, que as instituições, os ministros ou as organizações responsáveis sejam respeitadas pela população e que actuem de forma harmoniosa, com regras simples e compreendidas pelas pessoas. É preciso que o ministério [responsável pelos assuntos fiscais] seja transparente, explicando, por um lado, porque é que é preciso pagar impostos e, por outro, como é que o Estado administra o dinheiro dos impostos. Isto ajuda os cidadãos a perceberem que o pagamento dos impostos é necessário para assegurar as funções sociais do Estado.
Na Dinamarca só há 28 repartições de finanças, para uma população de 5,6 milhões. Permite ao fisco ser eficiente?
Foi uma decisão pensada a longo prazo, para reduzir recursos e tornar o sistema efectivo, mais centralizado e funcional, para que a administração fiscal seja capaz de tomar decisões de forma mais equitativa. O objectivo da reforma foi introduzir uma política uniformizada. Qualquer contribuinte pode contactar a SKAT [por telefone] porque depois é direccionado para a pessoa certa com quem deve falar. Há um telefone geral – a porta de entrada é a mesma –, o que torna mais fácil a um contribuinte conseguir chegar à fala com o funcionário especializado que lhe vai resolver o problema.
Uma auditoria realizada em 2011 mostra que o nível de cumprimento é elevado. Como se explica este nível de adesão ao sistema fiscal?
O facto de os contribuintes verem os resultados dos impostos que pagam. Cada um toma a responsabilidade de pagar os impostos correctos.
Há um grande nível de educação cívica que se revela fundamental no momento em que um cidadão começa a pagar os impostos.
Identifica pontos negativos no sistema fiscal dinamarquês?
Bem, há sempre a outra face da moeda. As regras dos impostos são muito complicadas. Muitos cidadãos simplesmente dizem “sim” ao pré-preenchimento da declaração de IRS proposto pela administração fiscal. Se quiserem perceber ao detalhe todas as implicações, têm de contratar um contabilista ou uma empresa de consultoria. A vantagem de um sistema fiscal avançado é que as regras são mais fáceis de concretizar. Queremos ter um modelo equitativo e, para o conseguir, o sistema fiscal acaba por exigir alguma complexidade. A economia paralela é outra preocupação de qualquer ministro dos impostos. A SKAT, a polícia e muitas outras instituições trabalham para combater a evasão fiscal no IVA. Há muitas iniciativas e uma boa mobilização de recursos para combater a fraude.
Académicos defendem para Portugal a necessidade de apostar em programas educativos sobre as obrigações fiscais dos contribuintes. Na Dinamarca hoje não existe essa tradição. Porquê?
É ao ministério da Educação que cabe a tarefa de definir as disciplinas ensinadas nas escolas. Há, no entanto, matérias sobre o Estado Social, política e cidadania – onde se inclui o funcionamento dos impostos. Há um grande nível de educação cívica que se revela fundamental no momento em que um cidadão começa a pagar os impostos.
Nos vídeos que se seguem conheça mais vantagens de se viver em países sem corrupção
Suécia versus Portugal, democratas versus parasitas,conheça a verdadeira democracia.
Modelo económico Sueco, porque funciona? um caso a estudar?
SUIÇA: país onde os reformados não são lixo, nem há reformados de luxo, democracia do povo
COMO A ISLÂNDIA ACABOU COM A CORRUPÇÃO E A CRISE?
Marinho Pinto:- os nossos políticos, em países nórdicos, iam para o lixo.
OCDE: Portugal destruído pela corrupção de décadas.
Portugal país mais pobre da Europa. Pobreza infantil
SNS de Inglaterra versus Portugal, prevenção e produtividade
Excelente. A ver se pela positiva espicaça os distraidos eleitores das vantagens de ir votar e não passar quatro anos a resmungar por ser governado por quem não gosta e lhe faz a vida negra. Pensem só nos anos que vamos andar a pagar as trafulhices e incompetencias de 7 anos de Socrates e Cª. Isto porque uma maioria não quis ir votar.
ResponderEliminarNão pertence á comunidade Europeia
Eliminarnão usa o "euro", e repudia-o
tem uma policia mínima
Não há operações stop, nem nenhum tipo de controle policial dos residentes
a policia é eleita pelo povo não nomeada
a população pede contas á policia todos os dias
tem um estado mínimo
toda a gente tem armas
a família é valorizada e o poder publico sobrevalorizado
as economias familiares socialmente valorizadas - como a produção do queijo
Não tem criminalidade quase nenhuma
não valorizam a competição desportiva
Não sabem o que é o socialismo
tem a medicina mais avançada do planeta, privada e acessível.
a participação publica na politica é massiva
E um país conhecido como ter a constituição mais avançada e simples do planeta
Controlam a emigração
Controlam as seguradoras que são obrigadas a apresentar contas á população
Controlam os bancos que são obrigados a apresentar contas á população
O franco suíço é a moeda mais segura do mundo
porque todo o planeta confia no sistema democrático e financeiro da Suiça - e não nos países da comunidade europeia.
as cidades e o urbanismo é desvalorizado
O rural é valorizado e hiper-lucrativo
Em duas guerras mundiais, nem Hitler nem Mussolini conseguiram invadir a Suiça porque os helenístico estão armados.
Os EUA não conseguem interferir na Suiça
A comunidade europeia não consegue interferir na Suiça - na verdade a maior parte dos comissários europeus tem as suas poupanças na Suiça.
A elite financeira e politica tem as suas poupanças na Suiça, porque não confiam nos seus países - e por isso os arruinam.
O dinheiro do Vaticano está na Suiça
A Suiça é o país mais avançado do mundo devido á sua Constituição não devido á sua riqueza.
É o pais mais avançado do planeta pela sua humildade de saberem que é um pais que ainda não está completo
A Suiça é apenas metade de Portugal, só que é muito mais bem organizado.
A Suiça tem menos de metade do território agricola de Portugal mas produz mais -mais do dobro -, porque está mais bem organizado, a Suiça não sabe o que é desperdício.
AH AH AH ISTO FAZ-ME IR ENTÃO O QUE ESTAMOSA PAGAR FOI O SOCRETES QUE FEZ ....,E ENTÃO QUAL A RAZÃO DA DIVIDA NACIONAL AUMENTAR COM ESTE GOVERNO ?
ResponderEliminarAGORA IMAGINEM SE ESTE DESGOVERNO ESTIVESSE LÁ HA MAIS TEMPO ,ENTÃO ACABAVAM DE VENDER PORTUGAL INTEIRO SÓ PARA PAGAR A SDIVIDAS DECVIDO AS MÁ POLITICAS DESTE !!!
Há aí muita explicação bem fundamentada porque é que as dívidas aumentam durante muito tempo desde que se atinja um descalabro grande demais, mesmo depois de começarem a ser corrigidas. Mas claro contra crenças é perca de tempo argumentar. Experimente convencer os peregrinos de Fatima que os pastorinhos não fazem milagres a vai ver a inutilidade de contrariar crenças.
EliminarOlhe que se você acha que este governo é melhor do que o anterior também padece de algumas crenças de difícil fundamentação...
EliminarNão percebo como pessoas de alguns destes países vêm cá e ficam maravilhadas com o tempo. Deve-se ser muito feliz com um Inverno bastante rigoroso e falta de Sol!
ResponderEliminarJá agora os políticos não são assim tão maus, eles até nos deixam elege-los! Eles até permitem eleições!
Para férias até há quem fique maravilhado com a Etiópia. Quanto ao votar, eles até deixam mas depois manipulam o povinho para não o fazer e tem resultado, mantém os indignados, os revoltados e os pobres afastados das urnas, treinando-os que votar em branco, nulo ou abstenção é revolução, e assim afasta os inimigos das urnas. Deixando caminho livre para se poderem ganhar eleições com os votos dos amigos militantes boys e corruptos.
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