Portugal e os portugueses ao serviço das elites... os servos da monarquia


Paulo Morais, sem medos e de forma concisa e certeira descreve como os poderosos se apossaram de Portugal e usurparam aos portugueses, o direito de viver de forma justa e democrática.
Os políticos usam e abusam dos impostos que os contribuintes pagam cada vez com mais sacrifícios.
É sobejamente conhecido o descaramento com que distribuem, entre eles, os impostos que serviriam para ajudar os mais desfavorecidos entre os portugueses e fazer de Portugal um pais digno para todos - doentes, idosos, crianças, estudantes - mas todos os serviços que protegiam as minorias, vão sendo desmantelados até que desapareçam por completo.
O dinheiro dos impostos vai sendo desviado para sustentar os luxos dos ricos gananciosos que nos usurparam os direitos e a paz.
Disfarçam a transferência do dinheiro do estado, para as suas contas privadas, através do compadrio e da traição dos que nos governam.
Através das rendas das PPP (hospitais privados e estradas ás quais o estado aceitou pagar rendas e financiar  a obra, traindo o interesse nacional e os cidadãos) 
Através dos juros da divida pública ( a banca pede emprestado ao BCE a 1% e empresta ao estado a 6% ou a 7%) , etc etc 
E ainda através da criação constante de albergues de boys, como são as fundações, os institutos, os observatórios, sociedades, etc
Pequenos favores a amigos, ao estilo do pedinchão "pobre" de espirito que pede aos amigos umas bolsas, ou umas adjudicações estranhas, ou obras inúteis,  regabofes !!!
É vê-los, que nem ratos, a sugar o dinheiro alheio.

"Até hoje, cativam uma parte significativa do orçamento de estado, à custa do qual se habituaram a enriquecer. Beneficiam de rendas das parcerias público-privadas da saúde, como acontece com o grupo Mello ou Espírito Santo. Recebem milhões pelo pagamento de juros da dívida pública. Obtêm concessões em monopólio, como acontece com a Brisa, detentora, por autorização governamental, das auto-estradas de Porto a Lisboa.
Os favores que recebem do estado têm revestido as mais diversas formas. No tempo do fascismo, obtinham licenças num regime de condicionamento industrial, em que só os amigos do regime podiam criar empresas. O seu domínio sobre a economia e a política vem dos tempos da monarquia, onde pontificava o conde do Cartaxo, antepassado da família Mello. Já os Espírito Santo descendem do poderoso conde de Rendufe.
Assim, estes grupos conseguiram trazer até ao século XXI, incólume, a lógica feudal, a tradição de atribuição de prebendas aos poderosos. Com uma diferença. Enquanto no tempo do feudalismo o rei atribuía privilégios que consistiam na doação de benefícios económicos (terras), a par de poder político (títulos), hoje apenas se concedem favores económicos. Assim, estes grupos mantêm o poder sem os incómodos do escrutínio democrático. 

Sabem que mais importante do que ter o poder na mão é ter a mão no poder. Até porque sempre influenciaram a política. Conseguiram-no no tempo de Salazar, através do fascínio que Ricardo Espírito Santo exercia sobre o ditador. Em democracia, contratam políticos de todas as tendências. Eanistas como Henrique Granadeiro, socialistas como Manuel Pinho ou social-democratas como Catroga.
Neste jogo democrático viciado, os cidadãos são hoje como os servos da gleba de outrora, mas agora sob a forma de contribuintes usurpados. E reféns do sistema vigente, que muitos chamam de neoliberalismo, mas que não é novo nem é liberal. É apenas a manutenção do velho feudalismo."
Paulo Morais 

Resta acrescentar a este belíssimo retrato de Portugal, que no tempo do feudalismo os servos não podiam votar e era-lhes imposto o regime e os que o comandavam... mas agora é o povo que vota nestes senhores, elegendo os seus próprios carrascos e usurpadores. É o povo que elege aqueles que abusam dele, dos seus impostos e dos seus direitos, que fazem dele um servo, com o seu próprio consentimento... mete dó, não é?
Antes vivia-se na ignorância, era compreensível que o povo pactuasse com os próprios traidores por desconhecer a realidade, por ingenuidade e ignorância, mas agora que quase tudo se deslinda e sabe... não há explicação para que os portugueses elejam partidos com provas dadas de traição, e amigos dos inimigos e traidores.


6 comentários:

  1. Este é para nós o melhor texto jamais escrito neste blog. Parabéns a quem o escreveu!

    Revela prespicácia, absorpção correcta e digestão histórica mas também, projecção preocupada com o futuro.
    Nós já tínhamos, levemente, referido este assunto em
    http://desabafosdeumtraido2.blogspot.pt/search?q=gleba
    porém, sem a profundidade que este texto consegue.

    Da forma como analisamos, e para um futuro muito próximo, necessitamos que:

    1 - Um Homem da dimensão do Paulo Morais se decida a avançar politicamente, (Não haverá possibilidade de realizar uma sondagem de opinião onde seja perguntado às pessoas se votariam num partido no qual ele fosse o rosto mais visível?)

    2 - Disseminar por aqueles que não leem jornais a forma como as suas consciências são manobradas. (Publicidade, forma de dar a notícia, processos de ocultar escândalos, manobras de diversão...)

    Mas notem por favor:

    Nesta armadilha financeira global, o país está, cada vez mais, dependente de acontecimentos externos.
    Claro que há muito que se pode melhorar por cá.

    Mas parece-nos que a "Grande Bofetada" virá a surgir de longe.

    Por isso não basta, agora, rectidão na atitude e processos limpos por aqui.

    Seja o Poder nacional de quem for, quem lá estiver, nos tempos mais próximos, vai ter de suportar períodos muito difíceis.

    Ser honesto é necessário mas, que fique bem claro, pode não ir a tempo de ser suficiente...

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  2. Lembrei-me de fazer upload deste artigo da Sábado: http://www.scribd.com/doc/100957780/As-Despesas-de-Socrates-Durante-a-Crise

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  3. Obrigado Zita pelos elogios! Depois de ler isto e para não ficar muito deprimido, resolvi "fazer" um pequeno filme de homenagem a um dos mais queridos portugueses: http://youtu.be/h5xZ5ucXMaU

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  4. Concordo em pleno com todas as suas ideias transmitidas Zita! É sempre um gosto vir ao seu blog.

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  5. Tudo bem, concordo com a denúncia mas ninguém diz como inverter este estado de coisas?

    Porque não irem todos às urnas e votarem em branco?

    Uma acção tão simples bastava para criar uma hecatombe entre os proxenetas da política portuguesa e não só.

    Se forem escolhidos os cavalheiros referidos para representarem qualquer movimento de certeza que terão o meu voto em branco. Todos eles dão uma no cravo e duas na ferradura.

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    1. BASTAVA O POVO SABER COMO SE VOTA CONTRA OS PARTIDOS CORRUPTOS E PORTUGAL SERIA LIMPO DA CORRUPÇÃO. VOTEM EM PARTIDOS SEM ASSENTO PARLAMENTAR SÓ ISSO TEM VALOR E PUNE OS PARTIDOS CORRUPTOS. Nos paises menos corruptos do mundo a democracia funciona porque as pessoas sabem votar e usam o voto, 90% votam... aqui só temos eleitores ignorantes por isso quem não funciona são os eleitores e não a democracia.
      A abstenção afinal obtém um resultado contrário, ao que pretendem os abstencionistas
      Por isso, o que me chateia na vossa abstenção é a falta de colaboração num trabalho importante. Não é uma questão de direitos ou deveres cívicos em abstracto. O problema é concreto. Temos uma tarefa difícil, da qual depende o nosso futuro, e vocês ficam encostados sem fazer nada.
      Isto tem consequências graves para a democracia. Quando a maioria não quer saber das propostas dos partidos, está-se nas tintas para o desempenho dos candidatos e nem se importa se cumprem os programas ou não, o melhor que os partidos podem fazer para conquistar votos é dar espectáculo. Insultarem-se para aparecerem mais tempo na televisão mentirem para agradar. Vocês dizem que se abstêm porque a política é uma palhaçada mas a política é uma palhaçada porque vocês não votam. Vocês não exercem o vosso dever de votar contra quem faz mal ao país. O vosso de dever e direito de punir os que lesam o país nas urnas.
      A culpa é vossa porque não é preciso muita gente votar em palhaços para os palhaços ganharem. Basta que a maioria não vote.. Basta abanar o pano da cor certa e, se mais ninguém vota, eles ficam na maioria. Mas se vocês colaborassem e se dessem ao trabalho de avaliar as propostas, julgar e punir os partidos que há 40 anos destroem o teu país, se os responsabilizassem pelas promessas que fazem e votassem contra os que mentiram, deixava de haver palhaços, interesseiros e imbecis na política.
      MAIS ARTIGOS SOBRE CIDADANIA E EDUCAÇÃO CIVICA, NESTE LINK, APRENDA A VIVER EM DEMOCRACIA SE QUER QUE ELA FUNCIONE::.. INFORME-SE VEJA ESTE LINK http://apodrecetuga.blogspot.pt/2015/10/percebam-que-abstencao-afinal-obtem-um.html#.WM_ogfmLTIU

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Olá caro leitor, obrigada por comentar... sei que apetece insultar os corruptos, mas não é permitido. Já não podemos odiar quem nos apetece... (enfim) Insultem, mas com suavidade.
Incentivos ao ódio, à violência, ao racismo, etc serão apagados, pois o Google não permite.