Paulo Morais critica os cortes do Governo, que continuam a proteger a "corte".


"Os cortes e a Corte.  
O estado português tem de reduzir a despesa em quatro mil milhões de euros, por imposição dos as rendas atribuídos aos mais poderosos e não seja feita à custa de mais sofrimentos infligidos ao povo.
compromissos que assumiu com a troika. Na hora de proceder a cortes, exige-se que esta redução atinja os privilégios e
Até porque ao nível dos privilégios há muito por onde cortar. Comecem, de uma vez por todas, por reduzir os custos das parcerias público-privadas (PPP), desde logo as rodoviárias. Não é admissível que se continuem a garantir, apenas pela existência e disponibilidade de uma qualquer autoestrada, rentabilidades anuais de dezassete a vinte por cento aos concessionários privados. E muito menos se admite que no fim de cada ano estes sejam ainda compensados com bónus milionários... por causa da baixa sinistralidade.
Os governantes estão obrigados a baixar os custos que as PPP representam para o erário público em, pelo menos, mil milhões de euros. Para tal, negoceiem a sério ou, em alternativa, expropriem os equipamentos pelo seu real valor, o que diminuiria brutalmente os custos. Em qualquer caso, suspendam de imediato os pagamentos.

Haja ainda coragem de estancar a sangria dos juros da dívida pública, que representam a maior despesa do estado e consomem treze por cento dos impostos pagos por todos os cidadãos e empresas. Para baixar o custo do serviço da dívida é necessário competência para a reescalonar e renegociar, coragem para enfrentar o "lobby" financeiro e credibilidade para colocar parte da dívida no mercado interno. Com uma nova atitude, o estado pouparia bem mais de dois milhões de euros.
Poder-se-iam ainda economizar largas centenas de milhões nas rendas imobiliárias que o estado continua a pagar para favorecer amigos, começando no Campus de Justiça de Lisboa e acabando em qualquer pequena repartição pública na província.
É ao nível dos grandes negócios de favor e da Corte indecente de privilégios que se deve provocar a diminuição da despesa do estado; antes sequer de se discutirem quaisquer novos cortes na saúde ou na educação.
Reduzir mais as regalias sociais, apenas para manter intactas as prebendas dos grupos económicos favorecidos pelo regime, seria uma infame traição ao povo." fonte

2 comentários:

  1. Este sr. Faz-me lembrar o Miguel Sousa Tavares numa coisa, o Miguelito não se atreve a bater no BES, este sr. Que já foi vereador de urbanismo, assiste calado a alguns dos maiores crimes urbanísticos recentes, PDM de Lisboa, Fundação EDP, Museu dos Coches, etc e está caladinho, será que vai virar Sá Fernandes, bate, bate até conseguir algo e depois cala-se e destribui favores? Que pena, até tinha esperança nele.

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    1. Mas o Paulo Morais não pode fazer tudo sozinho... Ele não é um activista anti crimes urbanísticos, ele denuncia corrupção, que é aliás a função da sua associação.
      Não podemos ser tão duros com quem denuncia, até porque me estão sempre a fazer o mesmo a mim.
      Se eu escrevo um artigo a denunciar coisas do PS, dizem logo que sou do PSD e que estou a manipular etc, quando escrevo um sobre o PSD, dizem que sou do PS uma vendida, manipuladora etc...
      Quando escrevo um artigo onde denuncio PSD e PS sou comuna, sou fascista, sou anarca, sou ingénua...
      Temos que perceber que por vezes é apenas falta de tempo e De espaço, e tenta-se ir pelos casos mais conhecidos. Paulo Morais tenta sempre usar os casos mais escandalosos. Ele tem que falar para todos os portugueses e chamar a atenção para a calamidade da corrupção, e para chamar a atenção ele fala do que conhece bem e do mais escandaloso.
      Esta é a minha visão sobre o assunto, pois acho que Paulo Morais não anda movido por interesses partidários.

      Mas acho que todos sabemos onde está o inimigo, não adianta andarmos sempre a desviar a nossa atenção daqueles que bem ás claras e descaradamente nos enganam e roubam ... e é nesses que temos que nos focar.
      Em vez de esgotar energias a descobrir o que esconde Paulo Morais, concentremos-nos no que os políticos já não conseguem esconder. E esses lesam o nosso bem e muito. Paulo Morais, não.

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Olá caro leitor, obrigada por comentar... sei que apetece insultar os corruptos, mas não é permitido. Já não podemos odiar quem nos apetece... (enfim) Insultem, mas com suavidade.
Incentivos ao ódio, à violência, ao racismo, etc serão apagados, pois o Google não permite.