FMI assume o erro, Governo prossegue o erro, contra tudo e contra todos.

banca rota Portugal
Afinal qual o intuito de o FMI declarar que a austeridade imposta padecia de um erro de cálculo, se os nossos governantes se divertem a prosseguir no erro? Será para mostrarem à Europa e ao mundo que conseguem forçar os portugueses a tudo... até ao suicídio colectivo????


O previsto era que por cada euro gasto a menos pelo estado representaria uma retracção do PIB de €0,5. Contudo, diz agora o FMI, esse multiplicador deve ser muito superior, oscilando entre os €0,9 e os €1,7 (ponto central €1,3). 
Ou seja, o FMI admite agora que cortar €1 na despesa pode fazer cair o PIB do país até €1,7. Por outra palavras, o efeito recessivo pode ser mais de três vezes superior ao presente nos modelo de partida em que se basearam os planos de austeridade.
Mas o governo persistirá em levar a cabo esta previsão ruinosa? Resta saber se esta constatação terá algum reflexo na revisão do modelo de política económica preferido e dominante entre as instituições da troika de que o FMI faz parte.
Eis um excerto da peça de Jorge Nascimento Rodrigues.
” (…) A entidade que mais errou foi o FMI e depois a Comissão Europeia (CE). Por cada 1% do PIB em ajustamento orçamental (austeridade), o FMI subestimou 1 ponto percentual no efeito negativo e a CE 0,8. O erro de subestimação na previsão do desemprego foi na ordem de 0,5 pontos percentuais por cada 1% do PIB em cortes. E no investimento foi arrasador, na ordem de uma quebra de 2 pontos percentuais mais por cada 1% de PIB de corte orçamental.
Este disparo do efeito multiplicador recessivo das políticas de austeridade deve-se, explica o FMI, ao contexto atual de Grande Recessão e crise financeira, em que o crescimento é “frouxo”, a margem de atuação da política monetária pelos bancos centrais está no limite (com taxas de juro de referência já perto de 0%) e os países resolveram proceder a ajustamentos simultâneos, ampliando o efeito negativo das políticas de austeridade.
Portugal foi um exemplo claro  Segundo Olivier Blanchard, o conselheiro económico do Fundo, e que assina o Prólogo do WEO agora divulgado, foi o reconhecimento expresso deste facto, de que o efeito recessivo da austeridade é muito superior, que levou à revisão das metas nominais do défice orçamental no caso português e à extensão do seu plano de ajustamento.(…)” fonte - Expresso Online

Do napalm aos alicates, as medidas inscritas no Orçamento do Estado para 2013 provocaram reacções violentas de várias áreas do espectro ideológico. As metáforas bélicas foram o modo de ilustração preferido de políticos, economistas e comentadores.

António Bagão Félix, antigo ministro das Finanças

A ideia que se dá ao País é que não vale a pena investir no futuro, no trabalho, na dedicação, no profissionalismo, no êxito, no sucesso. Não, não vale a pena. Porque, a partir de uma determinada altura, é um napalm fiscal, arrasa tudo. É devastador.

O que nós estamos em presença é de um terramoto fiscal. A única dúvida é, na escala de Richter, se é 7, que é destruidor; se é 8, que é devastador. Porque isto dá cabo da economia.

António José Seguro, secretário-geral do PS

Vem aí uma bomba atómica fiscal com o próximo Orçamento. 2,5 mil milhões de euros que os portugueses vão pagar pelos erros do seu Governo.

Luís Marques Mendes, ex-líder do PSD

Estamos perante um assalto fiscal. Não se pode chamar agravamento fiscal, nem sequer aumento fiscal enorme, como argumentou o ministro das Finanças. Trata-se de uma espécie de assalto à mão armada feito ao contribuinte.

Francisco Louçã, coordenador do Bloco de Esquerda

É um massacre fiscal. Quem ganha 800 euros vai pagar mais 40% em imposto.

Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP

O Governo está preso por arames e temos que apelar aos portugueses que comecem a ficar munidos com alicates corta-arame, pois quanto mais depressa cortarmos o arame, mais depressa o Governo sai pelos fundos.

As propostas do Governo no aumento brutal dos impostos para trabalhadores e reformados é ummassacre completo.

António Carlos Santos, ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais

É um massacre fiscal inversamente proporcional à competência e coragem do executivo [e apresentado] com um cinismo borgesiano.  
Contra tudo e contra todos o governo insiste em levar a cabo a chacina da classe média, que por consequência exterminará a economia e o país. 
- Arruína Portugal e os portugueses
- Sacrifica os que menos têm para dar. 
- Vai contra toda a lógica e contra todas as opiniões.
- Finge que é culpa da TROIKA, mas engana a TROIKA, e finta as suas imposições.
- Insiste na inconstitucionalidade
- Prossegue a permitir a impunidade dos que saqueiam os contribuintes.
- Mantém os interesses privados acima dos públicos
- Não assume o papel de defensor do interesse público
- Permite o abuso criminoso dos impostos
- Age como se exterminar a classe média fosse positivo
- Impõe austeridade... selectiva
- Semeia boys e oferece tachos parasitas

5 comentários:

  1. "Mãos alto alto...isto é um assalto"

    Sem falar que as medidas estão a ser tomadas numa proporção 4/5 do lado da receita e 1/5 do lado da despesa ao invés dos tão afamados 2/3 despesa e 1/3 receita. E quando se fala despesa a 1a coisa que referem é saúde, educação e SS sem falarem de fundações e subvenções...deve ter sido um "lapso".

    Outro problema reside na incapacidade de perceber que só se sai de uma crise PRODUZINDO. Que País evolui sem produzir? A sério, eu não sei de onde vem esta classe política, que trabalho têm realizado, quais as suas competências, NADA. Mas sei que o que mostram é uma incompetência e uma inutilidade assombrosas!

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  2. Já não consigo levar a sério político e supostos economistas que integraram governos anteriores e/ou estão envolvidos na manutenção do "status quo" vigente.

    Essa gente faz parte do problema e não da solução! São responsáveis ou co-responsáveis pela actuação dos governos que nos últimos 40 anos nos trouxeram até ao "pântano" em que hoje nos encontramos.

    Há um ano atrás quem sugerisse que deveríamos renegociar o prazo de pagamento da dívida era apelidado de comuna (com um sentido pejorativo). Não era preciso ser um catedrático de Economia (estilo Dr. Borges) para perceber que hoje nos encontraríamos nesta situação.

    Com o adiamento pela Alemanha e seus comparsas (Holanda e Finlândia)da entrada em funcionamento do mecanismo de socorro do Euro (ESM), Merckel pretende forçar os países da zona Euro a avançarem para a união bancária. Caso contrário, dentro de um ano Grécia e Portugal deverão estar de saída da moeda única.

    Mais uma vez, as pitonisas do regime dirão hoje que tal cenário (saída do Euro) é catastrófico e irresponsável. Mas dentro de um ano será apresentado como inevitável ou um mal menor.

    Cumps.
    Falso Vate

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  3. Chega de marasmo!
    Esta lenta agonia austeritária já demonstrou que não é solução. A UE é gerida por burocratas ao serviço da oligarquia financeira e os estados-membros são governados por gente incompetente, medíocre e ao serviço da mesma oligarquia.

    A Europa vai continuar a persistir na vertigem austeritária até as economias da França, da Holanda, da Finlândia, da Alemanha implodirem. É como um jogo da Pirâmide e a bolha vai rebentar.

    Existem alternativas. Nenhuma delas é miraculosa, isenta de riscos e indolor. Mas são as únicas que proporcionam uma saída efectiva deste ciclo austeritário sem fim.

    Estudem História do séc. XX e Keynes. Quando as economias colapsaram: nos anos 30, depois de choque financeiro de 1929 ou quando a Europa teve de se reerguer depois de 1945, as teorias de Keynes foram implementadas e resultaram.

    A escola de M. Friedman e dos "Chicago Boys" inspiraram o "Reaganomics" e o "Tatcherismo" com os resultados desastrosos que se lhes conhecem.

    Se tivermos de sair do Euro ou optarmos por um "default" como a Islândia, será doloroso no imediato, mas recuperaremos autonomia em matéria de política económica e financeira. E com técnicos competentes (não vendidos aos interesses partidários e da oligarquia financeira, nem licenciados à bolonhesa)seremos capazes de encontrar uma saída que a seu tempo dará bons resultados, sem termos de suportar o garrote fiscal e a ignóbil incompetência dos partidos que nos governaram.

    Cortar onde é preciso e faz falta (Função Pública, PPP´s fundações, viaturas do Estado, efectivos militares etc), para aliviar as classes médias e os reformados. Sanear a banca e relançar o crédito às PME´s com controlo rigoroso dos projectos/empresas a financiar.

    Tabelar preços e ordenados.
    Nacionalizar as auto-estradas (afinal quem as pagou fomos nós e a UE).

    Deputados em regime de exclusividade total, com 1800€ de ordenado, sem mais regalias/benefícios adicionais e sem viaturas oficiais.

    Regulação efectiva pelo Estado do preço dos combustíveis e extinção das empresas municipais. As redes de esgotos, saneamento e de abastecimento de água foram construídas ao longo de décadas pelo Estado através do poder local e com o nosso dinheiro e entregues de mão beijada aos "amigos" mediante a ficção jurídica das empresas municipais.

    Extinção das taxas moderadoras e distribuir médicos e enfermeiros de forma ajustada pelo país.

    Renegociar quotas de pesca e de produção agrícola (no imediato). A prazo, definir um programa de relançamento da actividade agrícola e pesqueira.

    Relançar a produção e a actividade industrial. Concessão de incentivos/apoios fiscais a projectos maioritariamente nacionais (em termos de capital accionista, domicílio fiscal).

    Relançar a indústria de construção/reparação naval.

    Taxar em 60% as mais-valias financeiras e as transferência de capital para o exterior.

    Estas são algumas medidas.

    Saudações,
    Revolucionário de Poltrona

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  4. Caro Revolucionáeio de Poltrona:

    Concordo quase a 100% consigo. Mas para quê 308 municípios continentais? E para quê continuar com a compra de material bélico conforma lei de programação militar?

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  5. Apenas enunciei algumas medidas de âmbito geral. Haveria que analisar em pormenor as diversas áreas de actuação.

    Não conheço o que está previsto na Lei de Programação Militar (LPM). Mas relativamente à Defesa proponho a redução de efectivos (temos 124 generais no activo!) e suspensão de novas aquisições de meios até que se proceda a uma reavaliação do modelo de Forças Armadas (FA).

    Quanto a uma reforma administrativa é necessário uma avaliação. Se no litoral é possível uma certa concentração, noutras zonas devido às especificidades locais/regionais e carência de infra-estruturas sociais e administrativas (centros de saúde, tribunais, etc) será aconselhável não proceder a uma tal concentração para não privar as populações de um efectivo acesso a esses bens.

    Entendo que se poderia extinguir os representantes da República nas Regiões Autónomas. Pessoalmente, e sem dispor de dados suficientes para uma opinião fundamentada, questiono as autonomias regionais (e respectiva máquina legislativa, leia-se parlamentos regionais). Compreendo o momento histórico da sua criação mas parece-me que já não se verificam os pressupostos em que assentaram a sua criação (e...seria preciso alterar a Constituição).

    Deveria ser efectuada uma auditoria ao poder local por entidade credível e isenta (estrangeira, se necessário). Realizadas eleições autárquicas, toda a estrutura administrativa (leiam-se funcionários) seriam admitidos através de concurso público idóneo devidamente supervisionado por entidade externa. Os únicos elementos com ligações partidárias seriam os titulares sufragados e eleitos nas eleições autárquicas para a presidência da câmara e da junta de freguesia. a assembleia municipal.

    Defendo uma auditoria exaustiva às empresas do sector empresarial do Estado, com efectivo apuramento de responsabilidades civis e/ou criminais e consequente acção judicial. Daí em diante, o pessoal seria admitido por concurso público devidamente supervisionado (tanto cargos de Direcção como pessoal técnico).

    Reduzir o IVA para 10% na restauração, reduzir o IVVA (imposto sobre a venda de veículos automóveis, até 1800cc nos ligeiros e 2500cc nos comerciais, aqui com limites a estudar mehor).

    Na Educação, estabelecimento de uma genuína rede de transporte escolar (como nos países nórdicos e nos EUA) e adopção da política de manuais escolares gratuitos (como na França, no Reino Unido ,na Noruega). Turmas de 16 alunos e criar um quadro supletivo de professores para apoiarem os alunos nas tarefas escolares e actividades de tempos livres - os clubes temáticos (em vez de os pais terem de pagar explicadores e centros educativos). Há muita escola e edifício público abandonado que com um investimento mínimo serviriam a função em caso de não existir espaço disponível escola.

    Com tabelamento de ordenados e preços, definir um valor mínimo de pensão e de remuneração mensal (p.e. 600€, a estudar)e um valor máximo de 5000€.

    Estabelecimento de um regime único de Segurança Social (comum ao sector público e ao privado). Garantir o acesso imediato e gratuito a todos a cuidados de saúde. Quem quiser medicina privada, pague do seu bolso. Por exemplo, podem estudar-se o modelo francês actual e outros... .

    Combater a evasão fiscal e a economia paralela. Todos sabemos que apesar de contestarem os funcionários públicos, no sector privado existe muita sub-facturação e contabilidades "habilidosas" e "criativas" com folhas de remunerações irrealistas e fraudulentas.

    Adopção de nova pauta alfandegária para países extra-comunitários, mais penalizadora, em particular sobre bens/produtos não-essenciais.

    E muitas mais medidas.. e com maior grau de concretização.

    Saudações,
    Revolucionário de Poltrona

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Olá caro leitor, obrigada por comentar... sei que apetece insultar os corruptos, mas não é permitido. Já não podemos odiar quem nos apetece... (enfim) Insultem, mas com suavidade.
Incentivos ao ódio, à violência, ao racismo, etc serão apagados, pois o Google não permite.