Filipe Vieira e Berardo presos não é sinal de que a justiça está a trabalhar. É sim sinal de como o polvo está bem vivo e dominante.

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O Polvo Socialista

Luís Filipe Vieira caiu no mesmo "erro" que Berardo, atreveu-se a falar do Polvo que se manobra por trás do mega assalto ao país, através da banca, há décadas, e levou o mesmo castigo. 
Deixou no seu testemunho na assembleia da República, vários momentos em que mostra que o polvo está por trás de todos estes assaltos à banca.
Referiu mesmo que Mário Centeno vendeu o BES de forma criminosa e lesou os contribuintes e o Vieira, segundo afirma o próprio Vieira no seu Inquérito parlamentar, Centeno que estranhamente, e contra a qualquer principio de ética, logo após a venda do BES, foi trabalhar para o Banco de Portugal, para passar o pano sobre todos esses mesmos crimes? Para que ninguém saiba os contornos do contrato com a Lone Star? Que Vieira afirma ir contra o interesse dos contribuintes? 
(neste video, Vieira tal como Berardo, parece ter muito mais para dizer...  mas que podem eles dizer quando sabem que mesmo induzidos ou enganados, cometeram um crime, e agora resta-lhes confiar nos indutores (políticos e bancários), pois são os únicos que os podem entregar ou salvar da justiça??? )
 
 José António Saraiva é um dos mais argutos cronistas portugueses e esta semana, na sua habitual crónica do jornal “Nascer do Sol,” coloca a questão da prisão de Joe Berardo na sua justa perspectiva, ao evocar “O Polvo” que fez a capa do seu jornal a 12 de Fevereiro de 2010. Era quando o Partido Socialista comandado por José Sócrates trabalhava na maior destruição da riqueza nacional depois do 25 de Abril e marcava o início de um longo período de decadência política e económica do país. Foi quando se iniciou a desgraça do então milionário Joe Berardo.
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Antes disso, nas vésperas do congresso do Partido Socialista que elegeu José Sócrates como secretário-geral, publiquei um texto sob a designação de “Carta Aberta aos Socialistas”, onde escrevi que José Sócrates era o pior dos três candidatos e onde previ que a sua eleição seria uma desgraça para os socialistas e para Portugal. Não me enganei e uso agora esse crédito para escrever que o “Polvo” desse tempo continua vivo na actualidade, ainda que dotado de maior subtileza e sofisticação. O “Polvo” não desapareceu, apenas cresceu e adaptou-se.

Primeiro erro de Joe Berardo é que ele nunca foi um homem do poder político e o seu erro foi pensar que quando se aliou a José Sócrates e a Ricardo Salgado no ataque ao BCP e colaborou para derrotar a OPA da PT, pensava, a meu ver mal, que poderia controlar o “Polvo”. 

A sua prisão, à revelia de todos os outros companheiros de aventura, só prova que o “Polvo” está bem vivo e não lhe perdoa ter ido à Assembleia da República dizer que a culpa do que lhe perguntaram não era dele, mas dos políticos e dos banqueiros, quando disse que estes “não sabiam o que andavam a fazer”.


 
O segundo erro de Joe Berardo foi pensar, onze anos depois, que era mais esperto e tinha maior competência do que o “Polvo” da política. O seu gosto pelo espectáculo e a confiança na superioridade da sua esperteza e na pouca inteligência dos políticos, a quem levara à certa no caso da sua colecção de arte, seriam razões suficientes para a sua defesa. 
Enganou-se, a sua prisão mostrou o contrário, mostrou que José Sócrates, Ricardo Salgado, Nuno Vasconcelos, Moniz da Maia, Luís Filipe Vieira, Henrique Granadeiro, Zeinal Bava, António Mexia, Manuel Pinho e tantos outros mantêm alguma protecção do poder político que a ele foi retirada. 
E o que dizer da protecção dada aos administradores dos bancos, como Santos Ferreira e Armando Vara, entre muitos, que foram os responsáveis pelos empréstimos feitos apenas com a garantia das acções? Ou o que dizer do Banco de Portugal sob a direcção de Victor Constâncio, que assistiu a tudo sem sequer ler o que sobre o assunto publicavam os jornais?

As últimas notícias indicam que Santos Ferreira poderá ser acusado. Duvido, mas então todos os outros que nas administrações dos bancos foram os verdadeiros responsáveis pelos empréstimos concedidos? E os que estavam na direcção do Partido Socialista e no grupo parlamentar? E todos os que estiveram nos governos de José Sócrates?

 

A resposta é que muitos dos seguidores de José Sócrates continuam nos governos de António Costa, como conhecemos o efeito da frase “à justiça o que é da justiça”, quando Joana Marques Vidal é afastada da Procuradoria-Geral da República e se inicia o cerceamento dos meios de investigação, a via que permite a continuidade do “Polvo” a dominar toda a política portuguesa e a controlar todas as nomeações para cargos públicos. A mesma vontade política que, pouco a pouco, desmontou a CRESAP criada por Passos Coelho na tentativa de contrariar a acção tentacular do PS sobre o Estado.

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A DETENÇÃO DE JOE BERARDO

Esta detenção só surpreende por ser tardia. Falando apenas daquilo que é público, há, pelo menos, duas situações que justificam investigação judicial:
a) Primeiro: gestão danosa na CGD. Um Banco que empresta milhões de euros a Berardo para comprar ações de outro Banco dando como garantias as próprias ações a adquirir só pode ter praticado gestão danosa. São garantias de favor. As ações desvalorizam e o Banco fica sem garantias. Se houve corrupção, não sei. Gestão danosa é impossível não haver. Por isso, deve haver no futuro mais arguidos que Santos Ferreira.

b) Segundo: dissipação de património. Berardo deve mais de mil milhões á banca. A banca não consegue executá-lo. Porquê? A explicação ficou clara na CPI à CGD. Berardo, num comportamento execrável, engendrou um conjunto de malabarismos para proteger o seu património e fugir às suas responsabilidades. Se isto não é fraude, não sei o que é fraude.

Para além desta investigação, há três outros aspetos a não ignorar:

a) A responsabilidade política de José Sócrates. O ex-primeiro-ministro tinha um projeto de poder pessoal. Passava pelo controlo da banca, da justiça e da comunicação social. Por isso é que houve empréstimos ruinosos; assalto ao BCP; intervenção na PT; tentativa de compra da TVI. Os responsáveis criminais podem ser vários. Responsável político só há um – José Sócrates.
b) A responsabilidade social dos empresários. Berardo, Moniz da Maia, Nuno Vasconcelos e outros não foram apenas "joguetes" ou idiotas úteis nas mãos de Sócrates. São exemplos de empresários sem escrúpulos e sem vergonha. Que vivem em grande mas têm as empresas falidas. Há que censura-los Os bons empresários não merecem ser comparados com esta gente sem carácter.

Uma fonte relevante da atividade bancária contactada pelo Jornal Económico, que prefere manter o anonimato, não tem dúvidas. “José Berardo” – diz – “foi um instrumento de Sócrates no seu caminho de poder pessoal, que passava pelo controlo da banca”. E explica: “Sócrates controlava a CGD através do Governo, tinha a cumplicidade de Ricardo Salgado no BES e só precisava deitar as mãos ao maior banco nacional, o BCP, para decidir quem eram os empresários que deviam, ou podiam, ter ou não financiamento. Utilizou Berardo, a troca da instalação de coleção no CCB, para ajudar a controlar o BCP. Foi um peão, como também o foram Carlos Santos Ferreira e Armando Vara”.

E os problemas chegaram
Foi então a banca que forneceu a Berardo os necessários meios para comprar ações do BCP e se tornar, em consequência da posição relevante adquirida (7%), presidente da comissão de remunerações. André Luiz Gomes, o advogado, também viria a ser vogal da Comissão de Governo Societário, Ética e Deontologia e da Comissão de Avaliação de Riscos do BCP. Berardo apoiou Paulo Teixeira Pinto contra Jardim Gonçalves. Santos Ferreira e Armando Vara, entre a CGD e o BCP, levaram avante o plano de Sócrates. Foi bom enquanto durou.

Com o fim do socratismo, a implosão do BES e do respetivo mundo empresarial, começaram as dificuldades para José Berardo, mesmo noutras empresas em que ganhou visibilidade, como a Portugal Telecom (onde votava invariavelmente no mesmo sentido do governo de Sócrates) e a Teixeira Duarte. É tudo isso, consubstanciado com o crédito concedido e que desaguou em ‘imparidades’, que a PJ agora investiga depois de, no início de abril, ter sido noticiado que o BCP, o Novo Banco e a CGD tinham avançado com um processo judicial conjunto contra Berardo, visando o objetivo de liquidar uma parte dos 980 milhões de euros que o empresário lhes deve. Tinham emprestado aquelas centenas de milhões com a garantia sobre os títulos da Associação Colecção Berardo e acabaram descobrindo que esses mesmos títulos não lhes davam controlo sobre a única coisa que tinha valor: as obras de arte. Além do mais, Berardo havia levado a efeito um aumento de capital sem avisar os credores, diminuindo-lhes a participação. É no processo a tudo isto, dirigido pelo juiz Carlos Alexandre, que estão os 439 milhões de euros de prejuízo à CGD que lhe valeram a detenção na manhã de terça-feira (na companhia do advogado André Luiz Gomes) com a suspeita de burla qualificada, fraude fiscal, branqueamento de capitais e gestão danosa. O resto do dinheiro é devido ao NB e ao BCP.

Em 2005, com Vara candidato a administrador da CGD; Vítor Constâncio “podia” ter ligado a Jorge Sampaio para saber porque tinha o bancário saído do Governo de Guterres em 2000. “Mas não fiz”, assume o ex-governador. Mesmo que o tivesse feito, as suspeitas não seriam suficientes para impedir a subida à administração
Armando Vara chegou a administrador da Caixa Geral de Depósitos, de onde era quadro, cinco anos depois de ter saído do Governo de António Guterres sob pressão do então Presidente da República, Jorge Sampaio. No processo de avaliação da sua adequação para a administração de uma instituição financeira, em 2005, o Banco de Portugal não tentou perceber quais os motivos para que, anos antes, o candidato tivesse sido afastado do Executivo.

“Não faço essa comparação”. Vítor Constâncio, ouvido na segunda comissão parlamentar de inquérito à gestão da Caixa Geral de Depósitos não aceitou que os argumentos que possam ter levado Armando Vara a sair do Governo – relacionadas com dúvidas sobre a sua Fundação para Prevenção e Segurança Rodoviária – fossem suficientes para impedir que chegasse ao conselho de administração de um banco.
Desde logo, porque o então governador do Banco de Portugal, ex-secretário-geral do Partido Socialista, não tinha informação de quais as causas daquela demissão em 2000. “Não tenho documentação sobre o que está a dizer de que o Presidente da República, de alguma forma, atuou para o afastamento do Dr. Armando Vara. Veio nos jornais, porventura. Não tive conhecimento direto disso”.
“Podia, podia. Mas não o fiz”. Foi o que disse Constâncio quando questionado pelo deputado social-democrata Duarte Marques sobre se telefonou a Jorge Sampaio para saber qual o motivo para que Vara tivesse saído do Governo.

Mas mesmo que tivesse telefonado e tivesse sido informado das suspeitas de Sampaio, era possível que nada fizesse. “As decisões de idoneidade não podem ser tomadas meramente com indícios de coisas que não estão sob decisões condenatórias", defendeu-se Vítor Constâncio. Só seria possível pela "existência de casos em tribunal por essa pessoa [estar] como arguido. Não existia isso na altura”.

Qual dívida? Quando a verdade vier ao de cima vão ter de me pagar para trás. É um empréstimo que estou a fazer", adiantou, na inauguração do Museu Berardo Estremoz, que custou 3,5 milhões, financiados a 75% por fundos comunitários.

Mais: já que o Ministério Público não vê na negociata um crime mais explícito, não podemos ver ali um daqueles crimes implícitos, assim ao jeito de gestão danosa? Os gestores que deram os créditos que geraram semelhante mar de imparidades não deviam ficar impunes. Mas, claro, a impunidade é o nome do meio desta terra de Deus.

BERARDO TENTA APRESENTAR QUEIXA DOS VERDADEIROS CRIMES, MAS O POLVO VENCE-O 
O juiz António da Hora, que hoje declarou nulas as provas apresentadas pelo accionista Joe Berardo na ação do Banco de Portugal contra seis administradores do BCP, considerou que o processo "sofre de mal formação genética" desde o início.
O juiz do processo que opunha o Banco de Portugal (BdP) a seis antigos administradores do BCP iniciou a leitura da decisão sobre o pedido de nulidade das provas apresentadas pelo empresário e acionista da instituição Joe Berardo.
A nulidade das mesmas deveu-se à violação do sigilo bancário. fonte

O investidor Joe Berardo manifestou-se hoje confiante "na justiça portuguesa" depois de o juiz ter declarado nulas as provas que apresentou na ação do Banco de Portugal contra seis administradores do BCP.
"Confio plenamente na justiça portuguesa. Toda a gente sabe que o Banco de Portugal já recorreu. Aquilo é um caso muito estranho", disse à agência Lusa.
"É preciso não esquecer que eles (ex-administradores) têm influência substancial ao nível político e religioso", declarou.

"O que está aqui em causa não é o crime, é a informação que alguém mandou para mim, diversas pessoas enviaram informação para mim e eu, como cidadão, transmiti isso ao Banco de Portugal, à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários e à Procuradoria Geral da República", declarou.

Violação do sigilo bancário
"Fiz o que um cidadão deve fazer. E não deve temer o poder dessas pessoas. Eles estão a tentar fugir à responsabilidade", reiterou.
O advogado do ex-administrador do BCP António Rodrigues (Rogério Alves), classificou de "notável" a decisão do juiz, considerando que a "justiça foi feita".
Também o advogado Magalhães e Silva, representante do ex-presidente do BPC Jorge Jardim Gonçalves apelidou a decisão de "corajosa".
O ex-administrador do BCP Christopher Beck ficou igualmente satisfeito, considerando uma "boa decisão" a nulidade das provas apresentadas pelo acionista Joe Berardo no julgamento das sanções e coimas pelo Banco de Portugal a seis ex-administradores do banco.
O processo resulta do recurso destes seis elementos e um diretor do BCP, condenados a pagar pelo Banco de Portugal coimas entre 230.000 euros e um milhão de euros e a inibição de atividade entre três e nove meses. fonte
( Todos satisfeitos e impunes
Mais um caso de impunidade... o processo foi anulado por questões que se prendem com procedimentos. Infringiu-se uma regra no processo de investigação e por isso perdoam-se todas as infracções e crimes cometidos pelos que deveriam ser julgados.
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Berardo acusa BCP de "roubo" e "aldrabice"

Joe Berardo vai mais longe, desta vez sobre o BCP, instituição em que detém uma posição de 6,2 por cento. Apesar de não especificar a identidade dos visados nas acusações, o terceiro maior accionista do banco afirmou que "o BCP continua a roubar ainda hoje em dia e posso provar".
O investidor critica ainda os elevados valores das reformas de administradores. "São valores extremamente elevados. Não tenho problema de eles serem bem remunerados, mas sim com as aldrabices feitas, alterados os resultados para daí beneficiarem eles próprios".

O VERDADEIRO CRIME DO BES FOI CENTENO TER VENDIDO O BANCO COMO VENDEU, afirma Vieira, sobre o contrato criminoso da venda do BES à Lone Star
Talvez tal como Berardo, tenha sido usado, para perpetuar e manter esta corrida... esta febre do ouro da banca, que tem sido o assalto aos bancos e ao dinheiro dos portugueses, sob a capa de pseudo empréstimos, estranhamente quase impingidos pelos bancos, e ignorados pelas entidades de supervisão e politicas, responsáveis.,.. 
Um assalto descarado à vista de todo o país, uns a seguir aos outros, mas claro nada de alarme, não sintam pena,  pois o povo tenciona votar nos protagonistas políticos desses mesmos saques que nos assolam há décadas, desde o BPN, nacionalizado e oferecido o buraco ao povo, pelo Sócrates e Teixeira do Santos, desde aí tem sido o regabofe. 
  Que através de fingidos empréstimos de muitos milhões, pura e simplesmente transferem, roubam /desviam o dinheiro dos clientes dos bancos para amigos dos políticos, e depois colocam o país todo a pagar. 
Entretanto neste esquema, todos eles ganham, só o povo e os clientes perdem.
Como já referiu Gomes Ferreira, eles, os políticos recebem luvas neste esquema. 
O banco de Portugal fecha os olhos, os bancos alinham, a justiça vai fingindo que faz, e aqui está um esquema milionário com que enriquecem todos eles, e não para.  


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