A RESPONSABILIDADE DO ABSTENCIONISTA NA CRISE NACIONAL O desalento leva à desvinculação/abstenção a arma dos poderosos contra o povo

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A punição eleitoral é o principal instrumento, de que os cidadãos dispõem, para exigir ao governo responsabilidade e respeito pelas pessoas que serve.
O voto serve para escorraçar do poder os que desempenham mal as suas funções, votando contra eles, ou seja, noutro partido. Esta é uma forma de punição. Depressa os partidos perceberão que ser desonesto e criminoso não tem futuro na politica, pois o povo aprendeu a votar. E todos os partidos que se seguem, se esforçarão para agradar aos eleitores e corresponder às suas exigências. Sejamos exigentes e os políticos de qualidade aparecem.  
Por outro lado a abstenção passa a mensagem aos políticos de que nada exigimos, aceitamos qualquer um, e foi isso que começou a atrair criminosos para a politica, porque perceberam que têm futuro lá, os eleitores não os despedem, abstém-se de os punir, perdoam-lhe os crimes e permitem que regressem. Eles agora sabem que criminosos e incompetentes têm futuro na politica em Portugal. Basta terem lata para tudo. E contam com o silêncio cobarde dos abstencionistas. 
Quando o povo aprende a punir os maus políticos, eles tendem a desaparecer da politica e os mal intencionados, perdem o interesse pela politica, com um povo que sabe punir os maus usando sempre o voto em massa, para avaliar, punir, ou elogiar um partido. 
É isso que falta em Portugal. 
Eleitores que saibam usar o voto para a democracia funcionar e a corrupção acabar. 
Portugal é neste momento um país à deriva abandonado pelo povo. 67% não usa o voto... os políticos estão à vontade. Podem fazer o que querem há 40 anos, que o povo não sabe puni-los. 
Portugal é como uma empresa sem patrão... porque os cidadãos portugueses que não votam e são a maioria, são um patrão desleixado e incompetente, até cobarde, pois não se ralam de ver o país a sucumbir nas mãos de máfias a quem eles não sabem punir nas urnas.
Portugal é como uma escola sem avaliação, o regabofe é total e os alunos sem avaliação e sem recompensas ou punição, transformaram-se em delinquentes.
Portugal é um país sem justiça, porque o eleitor que deveria fazer justiça nas urnas e escorraçar do poder todos os partidos criminosos, através do voto em outros partidos, neste caso para começar, em partidos novos, não fazem nada, ficam no sofá a vê-los ganhar e a roubar aos biliões de euros.
Portugal é já um paraíso para corruptos e para os bandidos mas um inferno para os trabalhadores e os honestos.  




Voto obrigatório: ato mínimo de cidadania


Já em 1976, período de euforia democrática, a abstenção nas legislativas foi superior a 15%; depois, em 2011, escalou os 40%, quando a onda de indignação no país parecia arrasadora. Quando contemplamos o quadro global entra-nos pelos olhos uma evolução negativa preocupante.
COMO CHAGAMOS A ESTE PONTO DE ELEGER PARTIDOS
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CADASTRADOS, ANO APÓS ANO?
À medida que o povo fica descontente, a abstenção sobe. Ou seja aqueles que são contra a corrupção pensam erradamente que a forma de mostrar o descontentamento é não votar, ou votar branco ou nulo. Mas à medida que a abstenção sobe, a corrupção já está fora de controle. A justiça já foi engolida, os políticos salteiam bancos. Os corruptos ocupam os cargos de maior poder do país... etc etc... 
Infelizmente o povo não percebe o erro. Então se estás descontente não despedes os piores partidos? Não colaboras na limpeza dos mais corruptos? Não votas em partidos novos, fora do velho sistema de corrupção? Nada fazes para proteger Portugal? Até facilitas a vitória ao inimigo, nunca comparecendo a jogo??? 
Será assim tão difícil de perceber que o que falta em Portugal é que os descontentes votem? E parem de deixar apenas aos contentes o poder de escolher quem nos governa? 
A contínua e excessiva abstenção conduz a uma dissolução das instituições democráticas, quer das políticas quer das sociais, através de uma espiral desvinculativa, que cava abismos entre população e dirigentes.

A assunção das responsabilidades é atirada apenas para os políticos e jamais para o cidadão eleitor e, menos ainda, para o cidadão abstencionista.

Em Portugal, nestas últimas eleições autárquicas, apesar do voto da representação camarária ser tipicamente nominal (prevalência do nome próprio sobre o partido), a abstenção foi de 47%. O problema, portanto, permanece. 
A chave da alteração reside em criar um mecanismo suficientemente forte para impedir a abstenção, arrancando os cidadãos do seu papel de consumidores políticos. Olhemos para a raiz da árvore democrática.

Desde Locke (séc. XVII), passando por Rousseau (séc. XVIII), é juízo assente que a democracia é uma soberania popular, em que reside no povo o poder máximo de escolher os seus representantes. A nossa Constituição declara-o no artigo 3º. Os membros do governo são os ministros, que vem do minus latino, que significa "menor" ou aquele que presta um serviço, um criado, afinal.

Porém, as elites do poder ou que à volta dele giram, como os grupos económicos e financeiros, desde sempre condicionaram objetivamente e emocionalmente o voto das pessoas mais desfavorecidas e, logo, mais descontentes.
O desalento e a desvinculação são também uma arma usada pelos poderosos, que se consuma no jargão "eles são todos iguais". Não são, evidentemente.
Só cerca de uma vintena de democracias em todo o mundo deu o passo lógico que o pressuposto democrático contém: o voto obrigatório.

O soberano tem que imperiosamente escolher os seus criados e exercer a sua potência sobre eles. Um soberano que assim não haja corre o risco de ser apeado pelos seus serviçais, pois não usa o poder que é seu de direito. Na democracia (demos = povo + kratos = poder) o soberano não é senão o povo.

Os cidadãos portugueses, ao não exercerem a escolha, demitem-se de uma autoridade que é única e exclusivamente sua, arriscando-se a que essa ausência de vontade seja ocupada por outros com motivações mais fortes e bem organizados.
É uma obrigação concreta, e não um dever moral, cumprir o ritual do voto. O conceito de soberania popular deixa poucas dúvidas ao dilema entre obrigação e dever, porque sendo um poder supremo só tem realidade e substância quando é exercido, senão é apenas uma virtualidade que se esfuma com um bafo.
O voto obrigatório é o ato mínimo de cidadania que qualquer cidadão pleno deve cumprir. Aligeire-se o gesto, por exemplo, através da implementação do voto electrónico. A importância desde facto é de tal ordem que não pode ser simplesmente abandonado às vicissitudes da liberdade individual consagrada, já que num Estado desta natureza todos são primeiramente cidadãos, o que significa pertencer a um colectivo.

O ónus que o voto obrigatório traz para o cidadão é diminuto em comparação com os benefícios decorrentes, que são principalmente dois: a maior legitimação dos políticos eleitos, que serão mais pressionados para a boa governança, e a melhoria cívica do público, obrigado a informar-se para efetuar escolhas conscientes, canalizando o seu desagrado para um sistema político operativo e não para um niilismo sem qualquer valor na resolução das suas vivências reais.
Para agravar tudo isto o eleitor português, continua a não saber o que deveria sobre as eleições, a democracia, o voto e desconhece que OS VOTOS DESPERDIÇADOS DOS ABSTENCIONISTAS, NULOS E BRANCOS SÃO OFERECIDOS AOS PARTIDOS MAIS VOTADOS E TRANSFORMADOS EM DEPUTADOS... ELES, OS CORRUPTOS AGRADECEM UM ELEITORADO QUE TUDO IGNORA. 117 LUGARES NA ASSEMBLEIA SÃO OFERECIDOS PELOS ABSTENCIONISTAS PELOS NULOS E BRANCOS... ao PS já que é ele que ganha quase sempre. 

Países muito religiosos estão negativamente correlacionado com a importância da punição eleitoral, sugerindo que a lealdade versus os valores e tradições religiosas implicam o apoio incondicional dos cidadãos ao governo. Ao estilo de uma religião as pessoas tornam-se leais ao partido mesmo que ele os roube, ou destrua, votam sempre no mesmo, e fecham os olhos a tudo... 
A LEALDADE RELIGIOSA E CLUBISTICA TURVAM A LUCIDEZ DO
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ELEITOR
O combate à corrupção é um aspecto vital da boa governança. No entanto, também é um fenómeno altamente persistente, porque não é do interesse do politico, o combate à corrupção. Uma maneira de resolver esse problema é participar nas eleições pois as votações são também avaliações de desempenho de corrupção; isto é, usar as eleições para punir os titulares dos altos níveis de corrupção. 
Infelizmente o segmento de eleitores que desejam responsabilizar os titulares é limitado por suas preferências partidárias, suas expectativas sobre governos futuros, nunca acreditam em nenhum e acabam por ficar sempre com o mesmo. 

Suborno, apropriação indevida de fundos públicos, uso indevido de fundos públicos de partidos e clientelismo estão entre as práticas corruptas cujos graves efeitos prejudiciais à economia e à sociedade estão bem documentados. Os partidos do governo são punidos por seu fraco desempenho no combate à corrupção?
Claro que quando o eleitor abdica de votar, não pune ninguém. Apenas diz aos corruptos que podem fazer o que quiserem que eles não estão preocupados com o país nem com os impostos. 

A primeira restrição significativa que impede o eleitor de defender o país nas urnas, é a orientação geral dos cidadãos em relação aos velhos partidos titulares. Muitos indivíduos tem fortes laços com um partido, como tem sido o caso na maioria dos países da Europa Ocidental desde o final da Segunda Guerra Mundial. Esses eleitores "sentem-se próximos" de um determinado partido e raramente estão dispostos a votar em outro. Em contraste, os não partidários (ou independentes) carecem dessas fortes predisposições e, portanto, mesmo pequenas diferenças em seu desempenho partidário percebido podem ter efeitos significativos em sua escolha de voto.
Entre os eleitores fanáticos partidários o nível de corrupção não influencia o voto se os eleitores se sentirem próximos do titular.

A segunda restrição importante refere-se às expectativas dos cidadãos sobre alternativas ao governo atual. Algumas pessoas pensam que quem está no poder realmente não faz uma grande diferença. Na verdade, muitas mudanças no governo são parciais, já que alguns partidos do "antigo" governo também estão incluídos no "novo". Mesmo que a composição do partido mude, alguns eleitores têm a impressão de que os partidos são todos iguais e, portanto, 'expulsar os patifes' significa apenas trazer novos patifes. Assim, apenas os cidadãos que acreditam no efeito de mudança da rotatividade do governo realmente se envolvem na votação de desempenho de corrupção.
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Nos países menos corruptos do mundo apostaram na rotatividade, os partidos são expulsos do poder assim que cometem o menor deslize e desistem da politica, pois o julgamento social, deixa-os logo inaptos para poderem voltar a ganhar. Perdem a confiança do eleitor em geral. 
Só o facto de os partidos perceberem, que o eleitor está atento, vota, pune e renova os partidos através da rotatividade fará com que eles saibam que estão sob vigilância e senão fizerem um bom trabalho, o povo saberá despedi-los nas urnas. 
Em Portugal ainda optam por ficar em casa a fazer birra, ou a achar que é assim que se exerce democracia e cidadania. 

A corrupção é um fenómeno altamente persistente, pois é conveniente aos políticos e aos que rondam os políticos, grupos de interesses. O país apenas pode contar com os cidadãos para cuidar deste problema, através do voto. Não é simples usar o voto não tem propriamente instruções, mas os países menos corruptos do mundo já aprenderam a usar o voto... em Portugal continuam a eleger corruptos sem parar ano após ano e ninguém consegue travar este fenómeno, porque não sabem como se usa o voto.
Os cidadãos só podem contar com a ferramenta grosseira do voto para expressar a sua insatisfação com os níveis atuais de corrupção. Por isso era importante que aprendessem a fazê-lo, mas há 40 anos que nada aprendem. 

VIDEOS DE CIDADANIA E CIVISMO E DE COMO FUNCIONA A DEMOCRACIA E O VOTO 





















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