Isenção de 3 milhões de impostos ao Rock in Rio? Exploração de voluntariado?


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Lisboa isenta Rock in Rio de 3 milhões de euros, em taxas?
Desde a primeira edição em 2004, o município beneficiou sempre a Better World com generosas isenções de taxas e apoios com serviços municipais. A Assembleia Municipal de Lisboa aprovou a isenção de 3 milhões de euros para a próxima edição do festival Rock in Rio, em 2014, com críticas da oposição às prioridades da câmara. FONTE

AFINAL O VOLUNTARIADO NÃO SERVE PARA AJUDAR OBRAS E CAUSAS HUMANITÁRIAS?
O Instituo Português da Juventude (IPJ), oferece mais de 500 jovens voluntários, para ajudar a empresa a poupar em salários? Portanto não é pela criação de emprego, mesmo que temporário, que este evento merece a isenção de 3 milhões... 
Mas não basta... A morosa tarefa de seleccionar os voluntários, entre 8 mil ou mais, tarefa que requer tempo e recursos, ficou também ao cuidado do IPJ??
A Câmara Municipal de Lisboa disponibilizará, o Parque da Bela Vista?
Isentará o evento de licenças camarárias e taxas (3 milhões de euros)?
Contribuirá com os elementos de logística e segurança indispensáveis?
E a Better World assume a concretização de várias infra-estruturas orçadas em cerca de 400 mil euros, a exemplo da nova vedação do Parque e da construção de uma ciclovia a ela anexa. (documento)
Portantos... a Better World apenas terá que tratar da vedação e do abastecimento de água e esgotos no recinto. Já os contribuintes, para além de oferecerem a isenção de taxas superior a 3 milhões de euros, a CML fica ainda obrigada a prestar uma serie de serviços como segurança, protecção contra incêndios, trânsito, redes de energia e telecomunicações, etc. A Better World sabe negociar e encontrou em António Costa um bom parceiro.
Alias, lembrámos os vereadores José Sá Fernandes e Helena Roseta que em 2006 e 2009, respetivamente, intervieram, e bem, contra este acordo considerando as contrapartidas e isenções insuficientes perante os encargos do município com o evento.
Num momento em que se espalha pelo país, e pela cidade, um discurso de violência austeritária contra os "subsidiodependentes", a CML distribui generosos cheques a uma multinacional promotora de concertos estrangeiros.  FONTE
Portanto creio que só falta pedir, ao estado português, que se ofereça para pagar também o salário ás bandas de música INTERNACIONAIS, que vão actuar, assim o lucro sai limpinho??

2014 - «São 400 as vagas destinadas a jovens, a partir dos 16 anos, que irão trabalhar no evento, sem remuneração. A organização espera milhares de candidaturas (em 2013, foram 8 mil). Mas se cada uma destas pessoas trabalhasse 40 horas no total dos cinco dias do festival, a receber cinco euros por hora, o Rock in Rio teria uma despesa de 80 mil euros com estes trabalhadores. O valor corresponde a 0,32% do orçamento do evento (25 milhões de euros).»
Entidades autorizadas a usar o voluntariado:
Pessoas colectivas de direito público de âmbito nacional, regional ou local;
Pessoas colectivas de utilidade pública administrativa;
Pessoas colectivas de utilidade pública, incluindo as instituições particulares de solidariedade social.
Podem ainda reunir condições para integrar voluntários e coordenar o exercício da sua actividade organizações não incluídas no número anterior, desde que o ministério da respectiva tutela considere com interesse as suas actividades e efectivo e relevante o seu funcionamento.

Better World e Câmara Municipal de Lisboa
Área de intervenção: Projecto de Voluntariado do Rock in Rio - Lisboa 2006;
Entidades envolvidas: IPJ, Better World e CML;
Objectivos: Recrutamento, selecção e formação de no mínimo 500 jovens voluntários com o objectivo de participação activa nas actividades a desenvolver, no projecto de Voluntariado Millenium - Rock in Rio - Lisboa 2006;
Duração do protocolo: De 1 de Março de 2006 a 5 de Junho de 2006; fonte, Em 2008 , Em 2012
Os filhos dos políticos, dos juízes, dos gestores de empresas públicas, dos administradores e banqueiros, dos donos e presidentes de empresas apoiadas pelo estado, filhos dos autarcas e primos e anexos, e os filhos de todos os boys e girls que os circundam, precisam de diversão. Já devem ter esgotado a bilheteira!! 

Não sei se é da minha vista, mas talvez seja estranha a forma como as empresas de Roberta Medina mantém laços fortes e lucrativos, com a Câmara de Lisboa. Para além da isenção de impostos de mais de 3 milhões, desde 2004, uma das suas empresas recebeu 100 mil euros para Aquisição de serviços através de aluguer de espaço no recinto onde decorrerá o Rock In Rio Lisboa 2010. Ou seja Lisboa isenta de Impostos, dá o espaço e outros serviços, tudo de borla e ainda é o governo que tem que pagar 100 mil euros pelo aluguer de um espaço deles? Se alguém conseguir perceber que me explique que eu estou com dificuldades...
A empresa é também parceira na realização do evento em Portugal da Maior Árvore de Natal da Europa. Em época de crise, só por mero acaso a árvore de Natal, saiu cara... 
Roberta Medina é presidente e vice presidente das empresas de eventos Better World e da Dream Factory. É filha do poderoso publicitário brasileiro Roberto Medina.
A Artplan, sua empresa, é a preferida pelos governantes brasileiros.
"A agência Artplan se manteve na liderança para ser a próxima responsável pela publicidade da Câmara Municipal de São Paulo." fonte
"O Ministério Público tem agora outras preocupações além da investigação sobre a contratação, sem concorrência, da Artplan Prime na montagem do pavilhão brasileiro na feira mundial de Hannover, Alemanha. Essas irregularidades foram reveladas por ISTOÉ na semana passada. Mas agora os procuradores examinam também aditivos contratuais de R$ 10 milhões, cada um, para a Pejota e a Prime. “Há fortes indícios de que não existem dotações orçamentárias para atender o acerto com as duas agências. O mais grave foi um novo aditivo de R$ 14,1 milhões para a Artplan cuidar da feira de Hannover, sem que nada no contrato original pudesse justificar”, critica o procurador da República Luiz Francisco de Souza. Com as mãos no histórico da licitação que contratou as duas empresas, o procurador manifestou estranheza também com o fato de que, na concorrência para publicidade da Embratur no Exterior, tenham participado da disputa, além da Artplan Prime, a Artplan Comunicação S.A – de propriedade do empresário Roberto Medina e do deputado Rubem Medina (PFL-RJ), que também têm 30% da Prime. “Sem dúvida, isso indica uma irregularidade na licitação”, diz Luiz Francisco. “Vencemos limpamente a licitação. Vale destacar também que do objeto do contrato, entre outras atribuições, consta a atuação na organização e planejamento de exposições e eventos no Exterior”, defende-se o presidente da Artplan Prime, Ricardo Bornhausen" Fonte
Basta pesquisar no google, "Artplan ganha contrato"e eis-nos perante um mar de contratos.

NESTE ARTIGO CONHEÇA MAIS ALGUNS DESCALABROS FISCAIS.
- UM ARTIGO COM ALGUNS NÚMEROS SOBRE A CÂMARA DE LISBOA
- ASSESSORES ATÉ CANSAR O ORÇAMENTO?
- LISBOA GENEROSA COM AMIGOS, DÁ 3000 CASAS POR CUNHA?
- ANTÓNIO COSTA E AS OBRAS QUE DESFAZ
- LISBOA RENTABILIZA E PROTEGE OS PALÁCIOS?
- LISBOA AJUDA O BENFICA COM 65 MILHÕES?
- AS EMPRESAS PÚBLICAS DE LISBOA E DO SAQUE

- NESTE VIDEO AS DENÚNCIAS DO DESPESISMO DA CÂMARA DE LISBOA, PARA OS MAIS CURIOSOS



8 comentários:

  1. Pagar impostos é coisa de pobre e é bem verdade. Neste país da treta as grandes empresas pouco ou nada pagam de irc. Os grandes capitalistas, não pagam praticamente nada. Mas quem produz riqueza, com o seu trabalho, que trabalha por conta de outrem esses desgraçados pagam tudo e mais alguma coisa. Não faz mal, quem trabalhe que pague. Triste mentalidade.
    Os impostos são para se pagar, mas pelo justo valor, não é desta forma a sugar até ao tutano. E quem podia pagar apenas fogem porque as leis estão feitas para estes chulos. Por isso, estão conforme a lei. Há pois, como se diz é pela vontade do freguês.

    Eu nunca fui ao rock in rio, depois de ver esta notícia, realmente até mete nojo. Como é possível, a câmara podia dar um incentivo, mas não desta forma. Alguma coisa está mal. Mas ter o rock in rio em Lisboa, é chique para Portugal. Mas isto cria postos de trabalho, isto cria riqueza sustentável. Sinceramente a vida não é so festas. Temos de mudar de mentalidades a vida não é só Fado, Fátima e Futebol e agora Festas o ano inteiro.

    Portugueses abrem a pestana, qualquer dia quem é honesto neste País não tem 1 € para comprar pão. O estado não tem dinheiro, porque os políticos não lesam pelo bem comum, mas sim por interesses, negociatas debaixo da mesa.

    É CASO PARA DIZER EU NUNCA FUI AO ROCK IN RIO.

    Fernando

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    1. Não cria trabalho porque os escravos são voluntários e os músicos são estrangeiros, na sua maioria.

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  2. É a política do pão e circo! É sabido que toda a diversão/lixo que servir para tornar o povo estúpido e desviar a atenção do essencial tem o apoio dos poderes. Este povo é manipulado e ainda gosta! Esta é a parte mais grave. Se prestarem atenção também esta má imprensa que temos usa e abusa da diversão/lixo para tornar o povo estúpido. Este povo só critica os poderes eleitos, está mais do que na hora de criticar outros poderes como a imprensa. Acordem tugas!

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  3. Isenta estes de impostos mas o banco alimentar contra a fome tem que pagar milhões de impostos ao estado cada vez que faz uma campanha???
    Presidente da Cáritas diz que "Estado arrecadou vários milhões de euros com campanha do Banco Alimentar”

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  4. "boy da Câmara Municipal de Lisboa

    Lembram-se do caso do assessor da vereadora Graça Fonseca que ganhava “o salário de assessor a tempo inteiro ao mesmo tempo que recebe subsídios do IEFP”? A odisseia de Pedro Silva Gomes foi contada pelo jornal Público em 2010. “Sem currículo profissional nem formação de nível superior, foi contratado, em Dezembro, como assessor técnico e político do gabinete da vereadora Graça Fonseca na Câmara de Lisboa (CML). Remuneração mensal: 3950 euros ilíquidos a recibo verde. Desde então, o assessor - que estava desempregado, fora funcionário do PS e candidato derrotado à Junta de Freguesia de Belém. Filho de um funcionário do PS que residiu até 2008 numa casa da CML com uma renda de 48 euros/mês, Pedro Silva Gomes frequentou o ensino secundário e entrou muito novo para os quadros do partido. Em 2006 foi colocado na Federação Distrital de Setúbal, onde se manteve até meados de 2008, ano em que foi reeleito coordenador do secretariado da secção de Santa Maria de Belém, em Lisboa. Entre os membros deste órgão conta-se a vereadora da Modernização Administrativa da CML, Graça Fonseca.
    Logo em Dezembro, o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) aprovou-lhe também um subsídio, não reembolsável, de 57.439 euros, para apoio ao investimento na Construway e para a criação de quatro postos de trabalho, incluindo o seu. Deste valor Pedro Gomes recebeu 26.724 euros ainda em Dezembro, sendo 4086 para investimento e 22.637 para os postos de trabalho. No dia 1 desse mesmo mês, porém, o jovem empresário celebrou dois contratos de prestação de serviços com a CML, para desempenhar funções de "assessoria técnica e política" no gabinete de Graça Fonseca”, escreveu o Público. Encontra mais pormenores sobre esta história aqui.
    Os anos foram passando, a história do Público caiu no esquecimento e Pedro Silva Gomes lá continua na Câmara de Lisboa, onde vai receber 165.564 durante quatro anos, para desempenhar as mesmas funções. O contrato mais recente é do final do ano passado. Aliás, segundo o Base o assessor já conseguiu contratos ligados à vereação do PS de Lisboa no valor de 332 mil euros."

    Retirado de outro blog.

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  5. Eu já sabia que ia aparecer tudo em catadupla, a direita tem um pavor ao homem, mas ele vai-vos fazer a folha.

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  6. Eu ia partilhar este artigo no facebook, mas como emigrei para um país de língua portuguesa, e toda a gente ia entender o que lá está escrito, optei por não partilhar por sentir vergonha do país onde nasci.

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    1. partilhe mas diga que não é português... lol

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Olá caro leitor, obrigada por comentar... sei que apetece insultar os corruptos, mas não é permitido. Já não podemos odiar quem nos apetece... (enfim) Insultem, mas com suavidade.
Incentivos ao ódio, à violência, ao racismo, etc serão apagados, pois o Google não permite.