Victor Constâncio mentiu. Desde os anos 90 que havia razões para investigar o BPN. Censura descarada dos que denunciaram.
Mas ainda há dúvidas quanto à negligência criminosa de Victor Constâncio? Não foi certamente por falta de avisos, alertas, pistas e denuncias que o Banco de Portugal deixou o BPN saquear o país até à ruína, vitima da maior fraude financeira de sempre, como se explica no video.
Aconselho-o a ver estes vídeos e assim perceber que:
Vítor Constâncio e toda a sua equipa, tinham muito por onde começar a travar o saque do BPN, não precisavam de andar a vigiar todas as operações financeiras, como vêm agora afirmar os seus colaboradores. Nem era preciso vir Durão Barroso com perguntas pouco concretas, porque Victor Constâncio possuía provas muito concretas, que desprezou.
Havia pistas, denuncias, dados, que eram enviados ao BdP sobre o BPN, e ele nada fazia. Havia atitudes dos administradores do BPN, também muito suspeitas.
Veja neste video os factos, e as datas.
O Paulo Portas é apenas o porta voz da investigação que resultou neste video, onde são revelados dados muito graves sobre o BPN que desmentem Victor Constâncio, e é nisso que devemos focar-nos, nos factos. "Quando o sábio aponta a lua o idiota olha para o dedo" Não olhem para o dedo, olhem para os factos, por favor.
Só não percebo qual a razão porque se vem agora falar deste assunto como se nunca tivesse existido esta comissão parlamentar onde fica mais que claro a falha de Victor Constâncio?
O povo desconhece este video? O povo desconhece estes factos? Como é possível tanta hipocrisia?
Depois do que foi apurado nesta comissão parlamentar, o que Durão Barroso afirmou, deveria ser insignificante e Victor Constâncio deveria estar a ser julgado!!
Neste outro video, mais testemunhas ridicularizam a supervisão do Banco de Portugal, por exemplo, perguntam a Vítor Constâncio como foi possível que uma auditoria externa tenha descoberto, em 6 horas, o que o BdP nunca descobriu em anos??
OLIVEIRA E COSTA EXIBIA UM RASTO DE DESONESTIDADE CONHECIDO, MAS VICTOR CONSTÂNCIO VEM DIZER QUE ERA IMPOSSÍVEL DESCONFIAR DE ALGUÉM COMO OLIVEIRA E COSTA, FOI APENAS POR INGENUIDADE QUE NUNCA DESCONFIOU DELE? Pessoas ingénuas chegam a governador do BdP e vice-presidentes do BCE?
Para complementar as estranhas incompetências denunciadas nos vídeos, acrescento mais esta denuncia de João Rendeiro:
"O antigo presidente do Banco Privado Português (BPP), João Rendeiro, acusou o Banco de Portugal de ter conhecimento das práticas do BPP, garantindo que o supervisor "não só conhecia como sempre consentiu na comercialização das estratégias de retorno absoluto com garantia de capital", segundo um relatório do Banco de Portugal citado pelo "Diário Económico".
A investigação do primeiro video, foi feita por Nuno Melo, que afirmou, agora:
"Constâncio devia ter informado Barroso sobre BPN. O eurodeputado do CDS Nuno Melo disse hoje que as inspeções do Banco de Portugal ao BPN em 2003, 2005 e 2007 já revelavam "ilegalidades gravíssimas", considerando que, pelo menos de uma dessas ações Vítor Constâncio deveria ter informado Durão Barroso."
Vítor Constâncio disse hoje que não se lembra de ter sido chamado por Durão Barroso, como o presidente da Comissão Europeia disse em entrevista, para falar "exclusivamente" sobre o BPN, mas admitiu conversas com o ex-primeiro-ministro sobre o tema.
"Se, com esta declaração o doutor Vítor Constâncio quer dizer que o Banco de Portugal não foi informado, a declaração é grave porque das inspeções de 2003, 2005 e 2007 constam irregularidades, e mais do que isso, ilegalidades gravíssimas", disse Nuno Melo, que integrou a primeira comissão de inquérito parlamentar ao BPN.
Numa entrevista publicada este sábado pelo semanário Expresso, Durão Barroso disse, sem ser questionado sobre o tema, que enquanto foi primeiro-ministro (entre 2002 e 2004) chamou por três vezes o então governador do Banco de Portugal a São Bento para "saber se aquilo que se dizia do BPN era verdade", indicando possíveis irregularidades no banco nacionalizado pelo Estado português em 2008.
(...)"Se quer dizer que não foi informado pelo então primeiro-ministro Durão Barroso relativamente ao BPN haverá no mínimo uma inversão das expectativas, porque o que seria suposto era o Banco de Portugal informar o primeiro-ministro porque é o Banco de Portugal que tem os recursos, os meios e as competências para investigar a atuação bancária e não o contrário", disse Nuno Melo.
"O que me leva a uma pergunta ainda mais grave: com esta declaração, o que Vítor Constâncio agora indicia é que o primeiro-ministro Durão Barroso o questionou especificamente sobre o BPN e, assim sendo, importa saber se o governador do Banco de Portugal não deu conta ao primeiro-ministro do conteúdo da inspeção de 2003, já que Durão Barroso foi primeiro-ministro até 2004", questionou.
Por outro lado, Nuno Melo frisou "como é possível dizer-se nunca ter sido informado até 2008 quando todas as inspeções anteriores revelavam informações gravíssimas".
"Nuno Melo anunciou hoje ter redigido uma questão escrita ao BCE e também ao seu vice-presidente, Vítor Constâncio, "perguntando se confirma ou desmente as declarações do presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, o que terá dito em consequência e principalmente se em consequência o Banco de Portugal também terá decidido alguma coisa". fonte
A falta de memória é terrível quando afecta pessoas com cargos de responsabilidade nacional e internacional!!
Todo este novo escândalo reside agora na definição de coisas da palavra "concretas". Vítor Constâncio garante que Durão Barroso não disse nada de concreto... talvez porque quem deveria concretizar era o Vítor Constâncio e não Durão Barroso.
EM DEFESA DE VICTOR CONSTÂNCIO, VÊM 5 COLEGAS?
O BANCO DE PORTUGAL NÃO PODE INVESTIGAR EM TEMPO REAL?? 1 SUPERVISOR NÃO PODE INVESTIGAR MILHÕES DE OPERAÇÕES? QUEM ACREDITA QUE SÓ HÁ UM SUPERVISOR NO BdP? NÃO PODE INVESTIGAR MILHÕES MAS PODIAM INVESTIGAR AS OPERAÇÕES SUSPEITAS? AS DENUNCIADAS? AS GRAVES? OU CONTRATAR UMA AUDITORIA EXTERNA, JÁ QUE GASTAM MILHÕES EM AUDITORIAS?
"Agora, cinco ex-membros da Administração do Banco de Portugal defendem a actuação de Vítor Constâncio no caso BPN, afirmando que quem coloca em causa aquilo que foi feito pelo vice-governador não compreende “a natureza dos bancos centrais e, em particular, das suas funções de supervisão bancária”.
Num texto enviado ao PÚBLICO, Miguel Beleza, Teodora Cardoso, José da Silva Lopes, Artur Santos Silva e Rui Vilar dizem que “a supervisão bancária não é um sistema de investigação de crimes financeiros” e que “é irrealista a imagem criada de um supervisor que pudesse acompanhar em tempo real os milhões de operações que ocorrem a cada instante no sistema financeiro”. “Lamenta-se que prevaleça uma enorme confusão sobre a natureza dos bancos centrais e, em particular, das suas funções de supervisão bancária. E que essa confusão venha pôr em causa a competência e a honestidade de uma pessoa a quem o país muito deve”, afirmam.
(...)José da Silva Lopes foi governador entre 1975 e 1980 e Teodora Cardoso fez parte do conselho de administração entre 2008 e 2010. Vítor Constâncio ocupou, entre 1977 e 2010, com interrupções, os cargos de governador ou vice-governador do Banco de Portugal.
Esta tomada de posição surge cinco dias depois de, numa entrevista publicada no Expresso, Durão Barroso ter dito que, enquanto primeiro-ministro tinha revelado ao então governador a sua preocupação em relação ao BPN. “Quando eu era primeiro-ministro chamei três vezes o Vítor Constâncio a São Bento para saber se aquilo que se dizia do BPN era verdade”, afirmou o presidente da Comissão Europeia." fonte
Competências do Banco de Portugal
"Compete especialmente ao Banco de Portugal "velar pela estabilidade do sistema financeiro nacional,(...) Assim, o Banco exerce a supervisão prudencial das instituições de crédito, das sociedades financeiras e das instituições de pagamento.
O Banco de Portugal exerce também a supervisão da actuação das instituições na relação com os seus clientes – supervisão comportamental. Neste âmbito, o Banco de Portugal intervém no domínio da oferta de produtos e serviços financeiros – para que as instituições actuem com diligência, neutralidade, lealdade, discrição e respeito no relacionamento com os clientes – e também ao nível da procura de produtos e serviços – estimulando e difundindo informação junto dos clientes bancários, promovendo uma avaliação cuidada dos compromissos que estes assumem e dos riscos que tomam.
O Banco de Portugal produz estudos e análises da economia portuguesa, da economia da área do euro e do seu enquadramento internacional e dos mercados e sistemas financeiros. ARTIGO COMPLETO:
Link para o video completo do Inquérito Parlamentar a Victor Constâncio. (34 minutos)
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As prisões fizeram-se para os pobres, não para os ricos e poderosos!
ResponderEliminarA falta de moral é terrivel quando afecta responsaveis de quem parte da nossa vida depende. Muito antes do escandalo do BPN tentei arranjar bom investimento para uns dinheiros e fui tentar encontrar um balcao do BPN; ao passar na baixa de Lisboa passei a porta do B.Portugal e um conhecido fazia serviço de segurança e aproveitei para perguntar onde era o BPN; quando soube para que disse-me: não ponhas lá odinheiro que aquilo é corrupçao que até ferve. Quando anos depois ouço responsaveis do BP dizerem que não sabiam de nada calculam como os classifico ...não,não é santos ...tente outra vez
ResponderEliminarVitor Constâncio sabia do BPN ?
ResponderEliminarNão. Muito pior do que isso.
Vitor Constâncio não só sabia do BPN como sabia do BPP e de muitos outros " jogos de casino" existentes na banca e nas finanças do Estado Português, assim como ele, o actual Presidente do Banco de Portugal , Carlos Costa que na altura estava ligado a digna administração do " Banco Opus Dei " Millenium BCP, Miguel Beleza seria apenas mais um se lá estivesse, mas como cidadão, sabe e sempre soube.
É o Estado português que resolve corromper, para isso utiliza seus funcionários públicos, pagando salários que deixam todos incrédulos, pois é ... " para cumprir ordens, correr riscos patrióticos e exercer o papeis de testa de ferro " , tem de ser bem pagos.
A verdade é incómoda e tem de ser assumida por todos nós cidadãos que com a coragem possível temos de exigir aos partidos políticos mudanças definitivas no raciocínio e na forma de planear os desígnios nacionais. Colocar telhados de vidro sobre todos os portugueses não é garantia de que todos vão ficar ricos pela corrupção de Estado, muito pelo contrário, os casinos enriquecem alguns deixando sempre a maioria sem dinheiro, evitando aqui, falar em questões de princípio julgo... ridicularizados todos os dias por uma enorme casta de cidadãos sem carácter a frente do poder político e Institucional.
Quais são as consequências desta política de encobrimento ou proteção de crimes financeiros ?
Descrédito na economia, desconfiança entre cidadãos, e enriquecimentos ilícitos que colocam mais cedo ou mais tarde, portugueses contra portugueses.
De facto aquilo que alguns países europeus fizeram ao sonhar com uma gigantesca praça financeira não foi mais do que desistir de ser industrial e comercial dado que a " fábrica " mudou-se para a Ásia. Não foi fácil, nem é fácil reinventar modelos, optaram pela forma mais cômoda " gestão criativa". O erro cometido pelo Estado Português e outros, são erros básicos que se cometem na banca desde a criação dos papeis financeiros, holdings bancárias e mais recentemente com os produtos financeiros, uma história antiga que já no século XVII fazia estragos pela europa. Sendo esta uma história antiga, gasta, sabida só adere quem quer, só arrisca quem é irresponsável e sobretudo, nunca alguma vez com dinheiro do Estado.
Vários nomes de ex colegas vieram socorrer Vitor Constâncio, é bom ver esta solidariedade que nos ajuda a saber quem são aqueles que poderão em breve fazer defesa e companhia a Vitor Constâncio nem que seja nos tribunais Internacionais dado que em Portugal não será possível. Nesta matéria, tudo é manipulado pelo governo da altura no " modus operandi " dando continuidade a impunidade, com absoluta subscrição da Justiça," o vergonhoso terceiro poder constitucional português" absolutamente vendido.
Mais importante do que a integridade pessoal de Vitor Constâncio ou de quem quer que seja, está a responsabilidade de gestão para a previsão e cautela, atitude natural de quem preside o funcionamento de um organismo no seu todo.
Estar de bem com toda gente é hipocrisia, é preciso mudar a rota exigindo entidades reguladoras e um terceiro poder Constitucional dignos deste nome, isso, ou a indignação poderá virar violência, aceite compreendida, com a mesma vista grossa que eles fizeram na economia que condenou milhões às dificuldades.
Espero que corra tudo bem, eu particularmente não quero ser confrontado no futuro com a hipócrita pergunta... Não condena isso ? Não condena aquilo ?
Mauro Burlamaqui Sampaio
se eu fosso invisível matava estes gatunos todos cambada de gatunos
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