O medo é uma arma poderosa que os governos usam, e sempre usaram, para forçar sociedades a seguir o caminho que eles querem ou precisam. De outra forma levaria décadas a mudar sociedades. O medo foi criado e semeado pela falsa urgência de pagar, pelas ameaças de bancarrota, por todo um quadro bem preparado, levando o povo a ceder abdicando, sem resistência, de direitos que de outra forma nunca abandonaria pacificamente.
Os sacrifícios impostos pelo governo continuam a revelar-se um suicídio inútil. Vários especialistas mundiais incluindo o prémio Nobel da economia, são da opinião que as dividas não são para pagar, mas para gerir com prudência e tempo.
O que significa que estamos a reduzir a cinzas a economia nacional e a sacrificar os cidadãos por uma causa perdida. Estamos sim a anular a capacidade de diminuir ou pagar a dívida, por exageros e incompetências.
Os sacrifícios impostos pelo governo continuam a revelar-se um suicídio inútil. Vários especialistas mundiais incluindo o prémio Nobel da economia, são da opinião que as dividas não são para pagar, mas para gerir com prudência e tempo.
O que significa que estamos a reduzir a cinzas a economia nacional e a sacrificar os cidadãos por uma causa perdida. Estamos sim a anular a capacidade de diminuir ou pagar a dívida, por exageros e incompetências.
O estado é o responsável por muitas falências, os pagamentos de obras em atraso desequilibram o já de si frágil estado das empresas. O caos económico, que se instala, impede uma futura retoma da economia saudável.
Sendo assim, quais os interesses que se ocultam, e de quem, em criar urgência de pagar uma dívida, urgência essa que atropela vidas e empresas?
Urgência que apenas conduz a economia do país à ruína, conduz os cidadãos a perdas de direitos, os estados a perdas de património, as nações a perdas de autonomia, e oferece lucro aos usuários famintos de juros?
O nosso país está a ser devastado e certamente não é para nosso proveito. As noticias sucedem-se... O governo está errado!! Na pressa de cumprir imposições que não soube, nem quis, negociar, à medida do seu país, destrói irracionalmente as "armas"e os meios que tinha para as cumprir.
O quadro é este!
# "Fecham duas empresas por dia em Braga e Viana.
O quadro é este!
# "Fecham duas empresas por dia em Braga e Viana.
A Associação industrial do Minho antevê um "cataclismo social", caso o Estado não liquide, nos próximos três meses, as dívidas que tem às empresas de construção civil. 60% dos activos das construtoras são dívidas de clientes, promessas de pagamento." JN
# "Mais vitimas da austeridade irracionalmente criminosa de Passos Coelho. O número de doentes que chegam às urgências com problemas cardíacos porque não têm dinheiro para comprar os medicamentos está a crescer." fonte
# Fecha uma empresa de pão por dia na região Norte.
# "Mais vitimas da austeridade irracionalmente criminosa de Passos Coelho. O número de doentes que chegam às urgências com problemas cardíacos porque não têm dinheiro para comprar os medicamentos está a crescer." fonte
# Fecha uma empresa de pão por dia na região Norte.
Seguem-se opiniões que em tudo divergem das do governo.
Não deixe também de ler a esta entrevista ao politólogo belga Éric Toussaint, que afirma que a situação actual de austeridade, segundo a experiência de um politólogo especialista na matéria, irá arrastar-se por 15 ou 20 anos, sem que o país tenha a capacidade de inverter a espiral de miséria em que se afunda e que com o tempo tende a piorar. Afirma ainda que a divida é ilícita...
1 - Caímos num paradoxo sem fim à vista. O estado critica os cidadãos que recorrem ao crédito para pagar dividas, acusando nisso uma atitude suicida e irracional, pois acumular dividas para pagar dividas é entrar num ciclo vicioso sem saída. No entanto foi nesse ciclo vicioso que o estado caiu, como afirma Max Kaiser, analista financeiro.
4 - Sócrates opina que as dividas gerem-se, não se pagam. O sabichão... as dividas gerem-se, diz ele, quando nem para a gerir, deixou dinheiro nos cofres.
"Para pequenos países como Portugal e Espanha, pagar a dívida é uma ideia de criança. As dívidas dos Estados são por definição eternas. As dívidas gerem-se. Foi assim que eu estudei", afirmou o ex-primeiro ministro José Sócrates, em Paris, citado pelo "Correio da Manhã".
"É essencial para países como Portugal financiamento para desenvolver a sua economia. É assim que eu vejo as coisas", acrescentou. fonte
Os problemas arrastam-se até ao esquecimento. Teme-se por isso mesmo que o grande mistério do BPN (tal como, noutra dimensão, o do BPP) nunca sejam cabalmente esclarecidos e tudo fique esquecido após a acção do Estado que foi despejando toneladas de dinheiro em cima de um problema criado por ausentes em parte incerta.
O problema é que o BPN representa muito do regime constituído depois do 25 de Abril, onde as cumplicidades subterrâneas acabaram por fazer do Estado um clube de interesses bem distribuídos política e economicamente. Numa altura de crise do país é evidente que uma coisa destas não deveria passar em claro. Mas parece que o dinheiro dos contribuintes esbulhados à força serve sobretudo para isso: para pagar os benefícios privados de alguns."( Jornal de Negócios.)
Não deixe também de ler a esta entrevista ao politólogo belga Éric Toussaint, que afirma que a situação actual de austeridade, segundo a experiência de um politólogo especialista na matéria, irá arrastar-se por 15 ou 20 anos, sem que o país tenha a capacidade de inverter a espiral de miséria em que se afunda e que com o tempo tende a piorar. Afirma ainda que a divida é ilícita...
1 - Caímos num paradoxo sem fim à vista. O estado critica os cidadãos que recorrem ao crédito para pagar dividas, acusando nisso uma atitude suicida e irracional, pois acumular dividas para pagar dividas é entrar num ciclo vicioso sem saída. No entanto foi nesse ciclo vicioso que o estado caiu, como afirma Max Kaiser, analista financeiro.
2 - Não pagar a divida poderia ser a melhor saída?
Por outras palavras, se a Grécia ou outro país europeu entrar em incumprimento, quais são as perspetivas? Há vários exemplos de países que deixaram de pagar as suas dívidas, e a vida deles não foi assim tão má", disse Stiglitz, prémio Nobel da Economia em 2001
"A Rússia [entrou em incumprimento] em 1999, e voltou aos mercados ao fim de um par de anos. A Argentina [entrou em incumprimento] em 2001 - e antes disso teve vários anos de estagnação e de desemprego a aumentar. Depois do 'default', cresceu muito rapidamente até à grande recessão de 2008. fonte
Por outras palavras, se a Grécia ou outro país europeu entrar em incumprimento, quais são as perspetivas? Há vários exemplos de países que deixaram de pagar as suas dívidas, e a vida deles não foi assim tão má", disse Stiglitz, prémio Nobel da Economia em 2001
"A Rússia [entrou em incumprimento] em 1999, e voltou aos mercados ao fim de um par de anos. A Argentina [entrou em incumprimento] em 2001 - e antes disso teve vários anos de estagnação e de desemprego a aumentar. Depois do 'default', cresceu muito rapidamente até à grande recessão de 2008. fonte
3 - Programas de austeridade afundam a confiança. Deveria apostar-se na redução da divida e perdão.
"Os países mais endividados na Europa estão a sofrer os maiores retrocessos económicos graças a estes
programas de austeridade, pelo que a confiança está a afundar-se, em vez de aumentar", afirma Krugman, sublinhando que Jean-Claude Trichet é responsável pelas "fantasias económicas" nos países da moeda única.
"Há ilusão, em partícular, quando se acredita que os cortes de gastos vão acabar por criar empregos, porque a austeridade fiscal aumentará a confiança dos sector privado", acrescenta.
Segundo o Prémio Nobel da Economia, a Grécia, Portugal e a Irlanda não vão conseguir pagar a totalidade da sua dívida. O responsável adverte, que é preciso apostar na redução da dívida. fonte
programas de austeridade, pelo que a confiança está a afundar-se, em vez de aumentar", afirma Krugman, sublinhando que Jean-Claude Trichet é responsável pelas "fantasias económicas" nos países da moeda única.
"Há ilusão, em partícular, quando se acredita que os cortes de gastos vão acabar por criar empregos, porque a austeridade fiscal aumentará a confiança dos sector privado", acrescenta.
Segundo o Prémio Nobel da Economia, a Grécia, Portugal e a Irlanda não vão conseguir pagar a totalidade da sua dívida. O responsável adverte, que é preciso apostar na redução da dívida. fonte
4 - Sócrates opina que as dividas gerem-se, não se pagam. O sabichão... as dividas gerem-se, diz ele, quando nem para a gerir, deixou dinheiro nos cofres.
"Para pequenos países como Portugal e Espanha, pagar a dívida é uma ideia de criança. As dívidas dos Estados são por definição eternas. As dívidas gerem-se. Foi assim que eu estudei", afirmou o ex-primeiro ministro José Sócrates, em Paris, citado pelo "Correio da Manhã".
"É essencial para países como Portugal financiamento para desenvolver a sua economia. É assim que eu vejo as coisas", acrescentou. fonte
5 - A única forma seria o perdão ou a renegociação da divida.
Boaventura Sousa Santos (Prémios recentes Harry J. Kalven Jr. 2011, pela Law and Society Association. 2010 - Prémio México de Ciência e Tecnologia 2010)
De uma coisa estou certo, a Grécia nunca vai poder pagar esta dívida à União Europeia se não houver uma reestruturação da dívida. Nem a Irlanda vai conseguir! Estes processos só resultam com um perdão de parte dessa dívida. Como se fez à Alemanha em 1950. As dívidas pagam-se com dinheiro, não é? De onde é que vem o dinheiro para o Estado? Dos impostos. De onde é que vem o dinheiro dos impostos? Do crescimento económico! Se não houver emprego e crescimento económico não encontro forma de a Grécia, a Irlanda, e de amanhã Portugal, a Espanha ou a Itália também pagarem. São os que estão na fila - Portugal, Espanha e Itália - e os mercados financeiros estão a apostar na bancarrota destes países porque vão ganhar muito dinheiro até que ela ocorra. Como é que é possível que os países funcionem nesta base quando se aposta na nossa falência e no lucro que ela dá?(...)enquanto ninguém é tão veemente no que respeita ao facto de os mercados financeiros poderem ganhar rios de dinheiro com a nossa crise e até se façam apostas para ver se a dívida portuguesa será paga e que se ganhe muito dinheiro na aposta. Isto é crime contra a humanidade!
Então, Portugal não será capaz de pagar a sua dívida?
Então, Portugal não será capaz de pagar a sua dívida?
Se estas medidas de austeridade de curto prazo não forem compensadas com as de médio prazo, que só podem vir da União Europeia, para poder repor o crescimento económico, Portugal, Espanha, Grécia e Irlanda não poderão pagar a sua dívida porque entrarão numa fase de estagnação económica e ficarão sem recursos para pagar. Precisamos de medidas a médio prazo e de uma refundação da Europa com políticas conjuntas e solidárias, de modo a que a Europa se afirme como uma alternativa aos Estados Unidos e não permaneça totalmente subserviente da desregulação dos mercados.
Penso que neste momento o Governo poderia aproveitar alguma transformação que ocorresse ao nível do Banco Central Europeu, onde há medidas urgentes que têm de ser tomadas. O Banco Central Europeu não pode continuar a ter o papel de emprestar aos bancos a um juro baixo e deixar que estes emprestem caro aos Estados. Nem podemos continuar a ter 10% do nosso PIB em offshores! DN
6 - A demagogia sobrepondo-se à verdade. A face oculta da história.
Os comentários são vagos mas, com alguns números sonantes, procuram transmitir uma imagem de tal gravidade que são muitos os portugueses que já vêm o País na bancarrota.
Há 8 anos o alarme social sobre o tema economia, também foi utilizado, mas em torno do “défice excessivo” das contas públicas, que serviu de base para a campanha eleitoral de Durão Barroso.
Quanto à campanha actual de que o País está endividado, importa desmistificar esta afirmação.
Sem pôr em causa os valores do “endividamento”, é importante que se refira a outra face desta realidade, que são os activos (imóveis e equipamentos) das famílias, das empresas e do Estado (central, regional e local).
Para dar um exemplo: Quando se diz que uma família está endividada com 150 mil euros que pediu de crédito ao banco, para a compra de uma casa, também se devia dizer que essa família passou a ter um activo no valor de 200 mil euros, que é o valor da casa ou seja, a família não está endividada pois o activo é superior ao passivo, tem é uma dívida ao banco.
Fácil é de ver que se esta família, para se livrar desta dívida, entregar a casa ao Banco, põem termo à mesma. Não o faz porque tinha que alugar uma casa e pagar uma renda de valor superior ao que paga, mensalmente ao Banco.
Esta realidade que acabo de referir é aplicável às empresas, que têm dívidas à Banca mas é incorrecto que se diga estarem endividadas quando os seus activos (património e outros activos financeiros) são superiores à referida dívida. (...)
Penso que neste momento o Governo poderia aproveitar alguma transformação que ocorresse ao nível do Banco Central Europeu, onde há medidas urgentes que têm de ser tomadas. O Banco Central Europeu não pode continuar a ter o papel de emprestar aos bancos a um juro baixo e deixar que estes emprestem caro aos Estados. Nem podemos continuar a ter 10% do nosso PIB em offshores! DN
6 - A demagogia sobrepondo-se à verdade. A face oculta da história.
Os comentários são vagos mas, com alguns números sonantes, procuram transmitir uma imagem de tal gravidade que são muitos os portugueses que já vêm o País na bancarrota.
Há 8 anos o alarme social sobre o tema economia, também foi utilizado, mas em torno do “défice excessivo” das contas públicas, que serviu de base para a campanha eleitoral de Durão Barroso.
Quanto à campanha actual de que o País está endividado, importa desmistificar esta afirmação.
Sem pôr em causa os valores do “endividamento”, é importante que se refira a outra face desta realidade, que são os activos (imóveis e equipamentos) das famílias, das empresas e do Estado (central, regional e local).
Para dar um exemplo: Quando se diz que uma família está endividada com 150 mil euros que pediu de crédito ao banco, para a compra de uma casa, também se devia dizer que essa família passou a ter um activo no valor de 200 mil euros, que é o valor da casa ou seja, a família não está endividada pois o activo é superior ao passivo, tem é uma dívida ao banco.
Fácil é de ver que se esta família, para se livrar desta dívida, entregar a casa ao Banco, põem termo à mesma. Não o faz porque tinha que alugar uma casa e pagar uma renda de valor superior ao que paga, mensalmente ao Banco.
Esta realidade que acabo de referir é aplicável às empresas, que têm dívidas à Banca mas é incorrecto que se diga estarem endividadas quando os seus activos (património e outros activos financeiros) são superiores à referida dívida. (...)
Concluindo, era importante que o actual Presidente da República viesse dizer, tal como o Presidente Jorge Sampaio o fez, “há mais vida para além da Dívida Externa”, pois perante a actual crise financeira mundial, o investimento público é determinante para arrancar com a economia, criar empregos e apoiar socialmente os mais atingidos.
E não se venha com a demagogia de que estamos a deixar dívidas aos nossos filhos e netos, porque sempre assim será.
O grave era se não construíssemos hoje os equipamentos que serão determinantes para os jovens do futuro crescerem com qualidade, contribuindo também para a sua amortização, tal como nós estamos a pagar as dívidas dos equipamentos construídos no passado. Artigo na integra, importante perceber o que existe por trás das demagogias. Muito interessante ler o resto.
7 - O antigo líder do PCP Carlos Carvalhas defende que a dívida pública portuguesa "é impagável", e que mais tarde ou mais cedo terá de ser renegociada nos seus prazos e juros, e perdoada uma parte.
E não se venha com a demagogia de que estamos a deixar dívidas aos nossos filhos e netos, porque sempre assim será.
O grave era se não construíssemos hoje os equipamentos que serão determinantes para os jovens do futuro crescerem com qualidade, contribuindo também para a sua amortização, tal como nós estamos a pagar as dívidas dos equipamentos construídos no passado. Artigo na integra, importante perceber o que existe por trás das demagogias. Muito interessante ler o resto.
7 - O antigo líder do PCP Carlos Carvalhas defende que a dívida pública portuguesa "é impagável", e que mais tarde ou mais cedo terá de ser renegociada nos seus prazos e juros, e perdoada uma parte.
No entendimento de Carlos Carvalhas, renegociar a dívida significa prazos maiores para o seu pagamento e diminuição nas taxas de juro.
"E naturalmente uma parte [da dívida] que não será paga para sairmos desta situação, e apostarmos no crescimento económico. Sem crescimento económico não haverá solução, nem para o défice, nem para a dívida, nem para o nosso país" sustentou.
Para o dirigente comunista, com a política que tem vindo a ser seguida pelo Governo liderado por Passos Coelho "a economia portuguesa vai ficar um descalabro", sem expectativas de retoma.
"Podemos resolver o problema do défice, mas é pelo estrangulamento da actividade económica, da economia, do consumo. Quando quisermos dar um passo para recuperar, como não fizemos alterações estruturais do ponto de vista de desenvolvimento económico, o défice vai continuar, outra vez, a aumentar", considerou.
Entende que mesmo as privatizações de empresas "não resolvem o problema, antes o agravam".
Realçou que hoje, o "dinheiro que sai em lucros e dividendos para o exterior já é superior a tudo aquilo que entra da União Europeia, nos diversos fundos", e isso sem ter em conta "os lucros que sairão no futuro" através da REN, da EDP, e de outras empresas que também passarão para o sector privado.
"É necessário alterar este rumo, e no plano da União Europeia era preciso um prazo muito maior para a redução do défice público", sustenta, lembrando que um director geral do Fundo Monetário Internacional já advertiu que "a redução do défice não deve ser feita em forma de sprint, mas de maratona".
Reportando-se ao combate ao défice, Carlos Carvalhas considerou que o Governo português "parece que é mais papista que o papa e acha que deve ser num sprint, e um sprint forçado". Fonte
8- Criar desemprego é suicídio, travar a corrupção era vital.
"Está a criar-se em nome da austeridade os germens de uma convulsão social em larga escala. Parece já só faltar um motivo fútil para que tudo se incendeie.
"E naturalmente uma parte [da dívida] que não será paga para sairmos desta situação, e apostarmos no crescimento económico. Sem crescimento económico não haverá solução, nem para o défice, nem para a dívida, nem para o nosso país" sustentou.
Para o dirigente comunista, com a política que tem vindo a ser seguida pelo Governo liderado por Passos Coelho "a economia portuguesa vai ficar um descalabro", sem expectativas de retoma.
"Podemos resolver o problema do défice, mas é pelo estrangulamento da actividade económica, da economia, do consumo. Quando quisermos dar um passo para recuperar, como não fizemos alterações estruturais do ponto de vista de desenvolvimento económico, o défice vai continuar, outra vez, a aumentar", considerou.
Entende que mesmo as privatizações de empresas "não resolvem o problema, antes o agravam".
Realçou que hoje, o "dinheiro que sai em lucros e dividendos para o exterior já é superior a tudo aquilo que entra da União Europeia, nos diversos fundos", e isso sem ter em conta "os lucros que sairão no futuro" através da REN, da EDP, e de outras empresas que também passarão para o sector privado.
"É necessário alterar este rumo, e no plano da União Europeia era preciso um prazo muito maior para a redução do défice público", sustenta, lembrando que um director geral do Fundo Monetário Internacional já advertiu que "a redução do défice não deve ser feita em forma de sprint, mas de maratona".
Reportando-se ao combate ao défice, Carlos Carvalhas considerou que o Governo português "parece que é mais papista que o papa e acha que deve ser num sprint, e um sprint forçado". Fonte
8- Criar desemprego é suicídio, travar a corrupção era vital.
"Está a criar-se em nome da austeridade os germens de uma convulsão social em larga escala. Parece já só faltar um motivo fútil para que tudo se incendeie.
Face a isso o núcleo duro da UE continua a insistir numa austeridade sem limites, esquecendo o desemprego e a necessidade urgente de relançamento económico.
Os problemas arrastam-se até ao esquecimento. Teme-se por isso mesmo que o grande mistério do BPN (tal como, noutra dimensão, o do BPP) nunca sejam cabalmente esclarecidos e tudo fique esquecido após a acção do Estado que foi despejando toneladas de dinheiro em cima de um problema criado por ausentes em parte incerta.
O problema é que o BPN representa muito do regime constituído depois do 25 de Abril, onde as cumplicidades subterrâneas acabaram por fazer do Estado um clube de interesses bem distribuídos política e economicamente. Numa altura de crise do país é evidente que uma coisa destas não deveria passar em claro. Mas parece que o dinheiro dos contribuintes esbulhados à força serve sobretudo para isso: para pagar os benefícios privados de alguns."( Jornal de Negócios.)
(Toni 2) Por falha minha acho que nunca lhe dei os parabéns pelo excelente Blog. Aliás muita gente que anda por aí a dizer asneiras fazia-lhe muito bem se o consultassem. Cts
ResponderEliminarBASTAVA O POVO SABER COMO SE VOTA CONTRA OS PARTIDOS CORRUPTOS E PORTUGAL SERIA LIMPO DA CORRUPÇÃO. VOTEM EM PARTIDOS SEM ASSENTO PARLAMENTAR SÓ ISSO TEM VALOR E PUNE OS PARTIDOS CORRUPTOS. Nos paises menos corruptos do mundo a democracia funciona porque as pessoas sabem votar e usam o voto, 90% votam... aqui só temos eleitores ignorantes por isso quem não funciona são os eleitores e não a democracia.
EliminarA abstenção afinal obtém um resultado contrário, ao que pretendem os abstencionistas
Por isso, o que me chateia na vossa abstenção é a falta de colaboração num trabalho importante. Não é uma questão de direitos ou deveres cívicos em abstracto. O problema é concreto. Temos uma tarefa difícil, da qual depende o nosso futuro, e vocês ficam encostados sem fazer nada.
Isto tem consequências graves para a democracia. Quando a maioria não quer saber das propostas dos partidos, está-se nas tintas para o desempenho dos candidatos e nem se importa se cumprem os programas ou não, o melhor que os partidos podem fazer para conquistar votos é dar espectáculo. Insultarem-se para aparecerem mais tempo na televisão mentirem para agradar. Vocês dizem que se abstêm porque a política é uma palhaçada mas a política é uma palhaçada porque vocês não votam. Vocês não exercem o vosso dever de votar contra quem faz mal ao país. O vosso de dever e direito de punir os que lesam o país nas urnas.
A culpa é vossa porque não é preciso muita gente votar em palhaços para os palhaços ganharem. Basta que a maioria não vote.. Basta abanar o pano da cor certa e, se mais ninguém vota, eles ficam na maioria. Mas se vocês colaborassem e se dessem ao trabalho de avaliar as propostas, julgar e punir os partidos que há 40 anos destroem o teu país, se os responsabilizassem pelas promessas que fazem e votassem contra os que mentiram, deixava de haver palhaços, interesseiros e imbecis na política.
MAIS ARTIGOS SOBRE CIDADANIA E EDUCAÇÃO CIVICA, NESTE LINK, APRENDA A VIVER EM DEMOCRACIA SE QUER QUE ELA FUNCIONE::.. INFORME-SE VEJA ESTE LINK http://apodrecetuga.blogspot.pt/2015/10/percebam-que-abstencao-afinal-obtem-um.html#.WM_ogfmLTIU
ARTIGO COMPLETO: http://apodrecetuga.blogspot.com/2012/03/aristocratas-arrogantes-e-petulantes.html#ixzz4cBcYCbtr
Subscrevo inteiramente as palavras do anterior comentário.
ResponderEliminarParabéns pelo blog, e que continue a espalhar a verdade...
1. Em geral, os portugueses falam muito, muito, muito. Em geral, inconsequentemente. Efetivamente, falamos, falamos, atacamos palavrosamente, dizemos mal, diagnosticamos (há um ror de diagnosticadores de todos os males de Portugal). A nossa cidadania não é a do diálogo, da discussão, do debate de ideias, dum aprofundamento vivo dos assuntos com vista à ação, mas sim de conversas acesas sobre casos, fulano e cicrano. Mesmo quando falamos dos maus governos, fulanizamos. A sociedade espanhola, aqui mesmo ao lado, logo que foi anunciado o corte do subsídio de Natal aos funcionários públicos, e outras medidas de austeridade, saiu para a rua. Mas mais do que isso, a cidadania encontra palavras reativas mais acertadas, que não se limitam à ladainha de que "eles" são corruptos, "ladrões", etc. Embora também usem slogans alusivos a essa dimensão, são muito mais genéricos e abstratos. Isso não significa neutralidade, mas, antes, que meia dúzia de palavras podem vir a volver conceção de alguma coisa, a inscrever-se numa ideia ativa . São mais participativos. Não exercem a cidadania no sofá. Depois, ao conhecermos as cidades (habitadas fortemente) espanholas principais, constatamos que são feitas para os cidadãos, para todos a fruírem na rua, não contra eles. E é também, entre outras, esta diferença crassa que os põe muito sistematicamente na rua. A denúncia é, claro, útil. A identificação dos casos de favorecimento também pode produzir moça, desde que seja exigida sistematicamente a erradicação das práticas de discriminações positivas e negativas, com regalias insustentáveis e incompreensíveis para alguns num país pobre, em alto contraste com países ricos, isentos de mordomias. Não votar "neles" resolve o quê? Alternativas?: um vazio. Não votar simplesmente é mau (melhor será o voto em branco ou nulo maciço, pois evidencia participação, ao contrário da abstenção, e retira legitimidade no escrutínio que resultar para os eleitos). Portugal tem todas as semelhanças com alguns seus parceiros europeus no tocante às dívidas. Porém, o que é gritante em Portugal é o uso reiterado de subvenções e privilégios para alguns, sendo bem identificados nos organismos do Estado, nos políticos e nalgumas funções a ele ligados que são censuráveis. Ora, parece-me sobremaneira importante que a sociedade civil saia para a rua, e comece por lutar, primeiro, por erradicar o privilégio, mediante uma lista curta bem identificada dos focos ou alvos. De uma forma reativa e determinada. Ruidosa, mas estruturada. É, no panorama atual, mais fácil do que se julga, embora os portugueses achem normalmente que não serve para nada, que as coisas não mudam (mas queixam-se, todavia). Depois, as pessoas deveriam organizar-se em associações não partidárias que congregassem variadas fontes de sensibilidades, que esgrimissem ideias e modos de atuar para o benefício geral. Enquanto nalgumas sociedades europeias os interesses de alguns são pontualmente beliscados, com pronta reação, os interesses da maioria, em Portugal, são regular e sistematicamente castigados, feridos, apenas, no mais das vezes, com a reação da palavra. Só para vermos algumas diferenças que deveriam conferir uma força esmagadora, barulhenta e capaz de incomodar e provocar alterações de política; a percentagem de funcionários públicos, e a sua penetração no sociedade, é, em geral, muito mais elevada em Portugal do que nos países europeus principais. A penetração dos partidos na máquina do Estado é brutal (quanto à administração local, Portugal é um país com excesso de autarquias, que mais interessa aos costumeiros, PS e PSD), contribuindo, através de uma legiferação irritante - estonteante! - com regulamentações sempre em turbulência que visam criar intermediações idiotas - que detêm a exegese dos mecanismos a elas associadas, pretendendo-se a confusão e a demissão dos cidadãos da compreensão do sistema, obscurecendo-os - propícias à corrupção, favorecimento e discriminação. Os portugueses cansam-se, desinteressam-se; e isto favorece pequenas e grandes elites.
ResponderEliminarF. Lop.
2. Vou dar-lhes um pequeno exemplo da objetividade inglesa: no aeroporto internacional de Liverpool, John Lennon, junto a uma das portas que confina com o passeio e parqueamento de táxis, está um cartaz enorme no vidro com a informação do tarifário aproximado dos serviços de táxi entre as 6 horas e as 23 e entre as 23 e as 6, que são, respetivamente, 15 e 19 libras. Próximo, numa folha A4, noutro local do vidro, em linhas a 2 espaços que não enchem a folha, se explica como obter a licença ou concessão de exploração de espaços comerciais de comida e bebida e com música, referindo em que horários podem funcionar, a morada do departamento da Câmara e contactos (telefones e e-mail), acrescentando que as falsas declarações, deliberadas ou por desconhecimento, dão lugar à multa de 5.000 libras. Em praticamente todos os mercados municipais, se anuncia ou publicita, atrativamente, em grandes cartazes, de forma clara, o modo de alugar e montar negócio; nalguns casos, um endereço ou sitio da internet é fornecido, para adiantar todos os esclarecimentos. Isto não seria possível, face ao estado de coisas atual (retirava intermediações e toda a sua importância), pois não interessa aos políticos e, lamentavelmente, a muitos portugueses, para quem, a corruptela não tem nada de mal, pois se os exemplos que chegam de cima e se espalham são o que são, vai daí, porque não são tansos e estúpidos, e porque são roubados, vá de fazer o mesmo. Má política. Aliás, sinal deste alarde em chavões e palavrões, que parecem causar impacto e chamam a atenção, são as expressões de que "eles" são gatunos, que "roubam" (ali em cima "impostos gastos em roubos"), aplicados não só semanticamente de modo errado e impreciso, e mesmo figurativamente. Também, a cidadania não é um exercício para as ocasiões (elas podem despertar mais), mas deve ser permanente, continuado.
ResponderEliminarF. Lop.
A Solução é declarar que não se paga a dívida ? Talvez seja mas os credores não vão ficar muito felizes. SE declarassemos isso das duas 1.
Eliminar1- começariam longas negociações para ver quanto da divida seria perdoado. Entretanto para emprestimos a curto prazo os juros subiam.
2- Declaravamos " Não pagamos e pronto !!!" . Isso implicava saída do euro. Comparar-mo-nos com a Russia é ridiculo. A Russia é maior que toda a europa junta . Estende-se por não sei quantos fusos horários. A Russia tem recursos que nós não temos. Nomeadamente petróleo.
3- O facto de não concordar com algumas opiniões aqui expressas não me coibe de dar os parabéns à autora.
Um blog assim dá trabalho.
Obrigado.
O meu nome é Fernando Lopes. Se saiu anónimo, foi porque no momento eu estava com um problema na conta do google por que estava a tentar publicar; por preguiça, seleccionei "anónimo". De momento, venho (estou na hora de almoço e depois não poderei continuar) ao palanque para, considerando as observações contidas nos últimos parágrafos do seu escrito, retractar-me. Talvez não seja tão descabido utilizar palavras que todos entendam. Concedo-o. Não tenho nenhuma repulsa figadal pelas expressões. Escuso-me, se a melindrei com as minhas palavras. Não obstante, sinto algum facilitismo na utilização. Genericamente, chamam a atenção e inscrevem-se numa tradição popular portuguesa. Se quiser enquadrar e debitar os desvios de fundos e subvenções, os peculatos, as fraudes, o tráfico de influências, a gestão danosa, etc., estando especialmente em jogo os nossos dinheiros (fruto das contribuições diversas), o erário público, nada de extraordinário, de facto. Considerava apenas que os argumentos capciosos dos políticos (de cada vez mais requintada retórica) deviam ser respondidos com a bofetada, ao barulho concertado nas ruas. conquanto eu aceite que a bofetada verbal também é útil. É por esta razão que disse que vinha retractar-me. De resto, até ver, eu não me movo particularmente noutros campos. Não tenho fervor político. Nem panaceias. Gosto de exercer a cidadania tal como a Zita (desculpe-me se o trato não for acertado). Pelo menos num momento, em frequências de difusão algo diferentes. Clamo pelo dever cívico da participação, do diálogo, da troca de ideias que, entre outros, consubstanciam o aprofundamento democrático. E isto é muito difícil em Portugal. Pode ser um problema meu, admito-o (até porque faço estes comentários solitariamente, individualisticamente). De qualquer modo, a minha reação inscreve-se num leque mais vasto (porventura mais abstrato) de notas que não estavam ventiladas nos meus comentários.
ResponderEliminarReitero-o: respeito as suas posições. Tomo, pelo menos para mim, como boa a prática do contraditório, pois é uma modalidade ou forma de diálogo que consente o estabelecimento de sínteses. Por questões horárias e de labor, como disse inauguralmente, abrevio-me assim.
Fernando Castro Lopes.
fandocast@gmail.com