PARTIDO SOCIALISTA ASSEGURA UM FUTURO DOURADO A TODOS OS ELEMENTOS DO GANG, COM TACHOS ESTRATÉGICOS DE DOMÍNIO

pedro adão e silva mentiras manipulção tacho dourado
O longo 25 de Abril de Pedro Adão e Silva 

A pouco e pouco, chega o desinteresse. Não é algo que venha por uma decisão qualquer ou por uma simples necessidade privada. Vem do tédio, do puro e simples tédio que resulta da observação de uma repetição para a qual parece não haver fim à vista. 
O PS tomou conta de tudo. Não é preciso dar exemplos de cargos ou nomes, porque eles estão em todo o lado. 
Todos os dias chega algo de novo - uma nomeação, uma lei, qualquer coisa assim – que confirma, e consegue ainda acentuar, o que já vinha de trás. Não há nada que lhe escape. Portugal está inteirinho nas mãos do PS. 
Vale sem dúvida a pena analisar o processo que conduziu a esta situação, mesmo as melhores explicações não produzem efeito na realidade. 

Em perfeita democracia, o PS meteu Portugal, onde a liberdade não é um bem que se preze por aí além, no bolso. E viver no bolso do PS, enquanto o PS vive do nosso bolso, é um destino que vai ser o dos portugueses – porque muitos o querem, sem dúvida – por muito, muito tempo.
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Não há, é claro, alternativa discernível. O maior partido da oposição, o PSD, que deveria naturalmente congregar em seu torno as forças que se opõem a este Governo cada vez mais comandado por um Partido-Estado, abdicou por completo da sua missão. O seu chefe iniciou-se com querelas teológicas – "O PSD não é de direita" – e prolongou o seu discurso com um auto-elogio ético permanente que é o vazio exibicionista da política levado aos seus extremos mais radicais. Falta-lhe ainda toda e qualquer sensibilidade para a questão da liberdade e nenhuma transformação do seu carácter inteligível é sequer remotamente previsível. 
Pelo caminho, lançou pela borda fora todas as cabeças pensantes que o PSD tinha adquirido nos tempos de Passos Coelho, quanto mais não seja porque o poderiam confrontar com os seus limites. No mais fundo do seu ser, continua a ser um candidato à presidência da Câmara do Porto, como facilmente se vê pelas suas querelas, a propósito ou a despropósito, com o actual presidente da Câmara.

O PS não tem com que se incomodar. As avenidas à sua frente estão todas abertas.

 Ao ponto de se poder celebrar a si mesmo sem pudor algum. 
O pudor é uma virtude política, mas o PS não precisa dela. 
Daí ter nomeado, para a organização dos 50 anos do 25 de Abril, um indivíduo que é todo ele um precipitado dos costumes da casa, Pedro Adão e Silva. 
Sob o manto diáfano do comentário político – e, ó versatilidade!, também do comentário futebolístico -, este excelente Pedro nunca hesitou em participar em todas as iniciativas em que o PS julgou poder beneficiar dos seus talentos. 
Entre elas, no consulado de Sócrates (mas a sua actividade começa já nos tempos em que Ferro Rodrigues era secretário-geral), a colaboração num projecto que, sejam quais forem os critérios adoptados, qualifica definitivamente como infrequentável quem por lá tenha passado. Refiro-me ao blog "Câmara Corporativa", onde, sob o nome genérico de "Miguel Abrantes", vários apoiantes de Sócrates (Pedro Silva Pereira, João Galamba, e por aí adiante) atacavam anonimamente quem ousasse pôr em questão o "menino de ouro" (obscena expressão) do PS. Dos mais relevantes aos mais insignificantes. Até eu, que escrevia à altura no jornal i, passei por lá referido uma vez ou outra, uma delas sugerindo generosamente o meu despedimento.

Pois bem, os serviços, mesmo os anónimos, foram recompensados. Pedro Adão e Silva vai presidir, durante cinco anos, seis meses e vinte e quatro dias, por resolução do Conselho de Ministros, à comissão executiva das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril (tal como há uma "longa C0Vd", também há um "longo 25 de Abril"). 
E isso com o simpático ordenado mensal de 3.745, 26 euros, mais 780.36 euros de despesas de representação. Isto, podendo manter a sua remuneração enquanto professor auxiliar no ISCTE e o que recebe como colaborador do Expresso, da TSF, do jornal Record, da RTP e da Sport TV. Além de, é claro, este titã do pensamento e da acção socialistas, poder contar com mordomias diversas e uma equipa, obviamente também remunerada, motorista e comum a extensão que se pode alargar. 

Decididamente, se não foi para isto que "se fez o 25 de Abril", devia ter sido.  




Marcelo Rebelo de Sousa revelou que, aos seus olhos, esta nomeação é "relativamente consensual", até porque estamos na presença de um "historiador" com obra feita. Suponho que o consenso que ele vê foi detectado ao inspeccionar a velocíssima e contraditória movimentação das suas próprias sinapses. Infelizmente, Pedro Adão e Silva não é historiador, é sociólogo. Houve por ali uma badana mal lida. E é sociólogo mesmo na acepção que há muitos anos deu ao termo Vasco Pulido Valente: o produto do cruzamento de um socialista e de um astrólogo. Deve, de resto, ter sido isto que o tornou num apetecível objecto de eleição para António Costa.
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Uma vez não são vezes, escrevi este artigo mais para me aliviar do que por outra coisa. Portugal está de rastos e a tentação de desviar o olhar é cada vez mais forte. Ver o que se passa à nossa volta dói e faz mal, até porque não se vê saída alguma. Reduz-nos e menoriza-nos. No outro dia, li um provérbio da costa do Malabar: Aquele que olha por demasiado tempo os macacos, torna-se semelhante à sua sombra. É exactamente assim. E, no tempo que me restar de vida, gostaria de ter um destino diferente.
Paulo Tunhas 

Em Portugal confunde-se família política com política familiar e política partidária com política nacional! 


 

Os oportunistas sabem que podem contar com o poder normativo do factual porque este é confirmado pelo povo nas eleições. A Geringonça sabe que governa um povo cego e por isso não se preocupa em abusar dele; o povo não nota e vota nela; tal é a arrogância da pobreza governativa portuguesa. Tal é a pobreza cívica do eleitor que, em massa, abdicam voluntariamente do poder do voto, o único que poderia colocar um travão neste caos dos que votam cegamente. 
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Um Estado sem emenda e com um presidente da República que nada nota e que bem sabe usar do mecanismo clubista português: para se ser neutro não se combate a corrupção, para se lavar as mãos de Pilatos basta argumentar com os males dos adversários. 
Assim se vão sucedendo os governos uns aos outros vivendo cada um do falar mal dos outros; assim Portugal marca passo.
Podíamos ser um país pequeno mas grande como a Suiça! Não o somos porque nos contentamos em ser um povo de clubismos e abstencionistas.



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