A democracia é o que os eleitores permitem que ela seja.

UM DOS MELHORES RETRATOS DA NOSSA "DEMOCRACIA".
A náusea
Conhecem aquele tipo de beatas ou ratas de sacristia, essas matronas que se apoderam das igrejas católicas, mudam as dálias do altar, barricam o acesso aos padres e lhes engomam os paramentos em êxtases ambíguos, destratando os humildes e adiantando-se nas naves para serem as primeiras a comungar, de olhos em alvo e estendendo, papudas, as mãos à hóstia? Essas, precisamente! E sabem por que motivo me enervam mais do que qualquer pecador cristão? É simples: porque não pecam na casa delas, mas na de Jesus.

Cândida de Almeida e Pinto Monteiro eram os mais destacados guardiões da corrupção.


João Cravinho contra a corrupção... salvo se for do PS.
João Cravinho, o político do PS com antiguidade suficiente para falar de cátedra da corrupção endémica que afecta a classe política diz muito claramente que " a corrupção beneficia uma guarda pretoriana intensíssima e que há uma tropa de choque da guarda pretoriana que protege a corrupção e é poderosíssima".
Ao ler isto lembramo-nos inevitavelmente de Cândida de Almeida e Pinto Monteiro que afirmaram publicamente que "Portugal não era um país de corruptos".
"A Justiça não está bem, mas não está tão mal como isso. Se corrermos a Europa, não encontramos Justiça melhor do que a portuguesa", disse Pinto Monteiro.(...)"
Cândida de Almeida, hoje magistrada no STJ e Pinto Monteiro, hoje jubilado do mesmo STJ, foram inevitavelmente dois dos mais destacados elementos dessa "tropa de choque" e mesmo do topo. Porquê? Diz Cravinho:
"Qual é o topo de elite dessa guarda pretoriana? São os inocentes úteis, os que estão sempre cheios de dúvidas e nunca sabem nada",

João Cravinho acha que " a corrupção mudou em Portugal e já não é o que era". Porque só nos últimos 10-15 anos subiu a reprovação da pequena corrupção." Cravinho acha ainda que " O grande problema é a corrupção por tráfico de influências. Há a ideia de que as decisões são tomadas por interesses. Isso mostra que há uma impossibilidade das instituições democráticas atacarem o sistema. Há até uma protecção pretoriana para esses interesses por parte de uma rede colocada no aparelho de Estado, com participação dos partidários, que é pluripartidária, em que, a cada eleição, muda quem decide, mas a rede está lá.
Há um grupo de avençados, que são pagos em carreiras políticas e que até podem achar que não participam na rede de corrupção, que não se reconhecem como agentes e beneficiários, mas são-no."

Este discurso de João Cravinho, redundante e algo deletério, deixa sempre tudo por dizer. Não nomeia evidentemente ninguém e deixa à imaginação de quem lê, a identificação dos não nomeados para estes óscares da corrupção.
É portanto uma corrupção sem corruptos.
E contudo, a João Cravinho é preciso perguntar o seguinte: quando se lembrou de desmantelar a antiga JAE, por ser um couto de corrupção, o que veio a seguir?
As parcerias público-privadas, além do mais. Sôfregamente defendidas por luminárias tipo Paulo Campos, outro inenarrável da nossa cena política, antes disso vivamente acolitados por advogados tipo José Miguel Júdice e Proença de Carvalho.
O que aconteceu com estas PPP? Cravinho saberá dizê-lo em modo claro e frontal? O que sobra da sua acção no antigo ministério das obras públicas? Qual o papel de um tal Lino, antigo comunista arrependido, neste lamaçal? Saberá dizê-lo, João Cravinho?

Marinho Pinto desafia Cavaco Silva, Carlos Costa e o governo a não esconderem o rasto do dinheiro do BES




Há pessoas que foram burladas pelos governador do Banco de Portugal, pelo presidente da Republica, e pelo governo. Tem responsabilidade politica.
O dinheiro que foi desviado deixa rasto eles que sigam esses rasto e devolvam o dinheiro ás pessoas.
 "Ando a pedir responsabilidades para aqueles que os levaram a investir num banco estrangeiro, como o presidente da República, que disse que o banco estava sólido e passadas três semanas antes dele se desfazer, como o Governo, como o governador do Banco de Portugal. O presidente da República acusou o governador do Banco de Portugal de o ter enganado e, como recompensa reconduziram Carlos Costa".
Marinho Pinto criticou o enriquecimento ilícito e aqueles que saíram a ganhar com a pobreza dos portugueses. "Para alguns empobrecerem houve outros que enriqueceram, às ocultas, em negociatas por debaixo da mesa com os políticos e o poder político. Nós podemos combater a pobreza em Portugal, com políticas corretas em favor do povo e não a favor dos membros do BES, ou do BPN, do BCP, ou desses bancos todos, que andaram a chular o país há décadas", acusa.

Os deputados divididos entre os subornos dos privados e o salário "miserável" de deputado

NESTE VIDEO É EXPOSTO UM FENÓMENO QUE EXPLICA A IMPORTÂNCIA DE SE TER OU NÃO TER O BENEFÍCIO DAS INFLUÊNCIAS DE POLÍTICOS NAS EMPRESAS




Deputados são escolhidos a dedo para exercerem o poder público em áreas de intervenção, onde detêm interesses em empresas amigas, privadas. 
O deputado João Serpa Oliva, o conflito de interesses entre os cargos públicos e privados.
João Serpa Oliva, eleito nas listas do CDS-PP, integrava a Comissão de Saúde (CS), tal como na legislatura anterior.
Funções que acumulava com as de administrador da Serpa Oliva Lda. (desde 1999) e da Melhormatik (desde 2008).
gustavo sampaio priveligegiados
Também é presidente da Assembleia Geral da FMUC (desde 2010).
A Serpa Oliva Lda. e a Melhormatik operam no sector da Saúde, enquanto a FMUC se dedica ao fabrico de artigos de papel para uso doméstico e sanitário (incluindo equipamentos para uso clínico).
Aos cargos de administração correspondem participações sociais: Serpa Oliva detém 100% do capital da Serpa Oliva Lda. e da Melhormatik e 9% da FMUC. 

O grande salto para o endividamento de Portugal, fez-se no período 2000 a 2008

Entre 1995 e 2000, Portugal manteve uma dívida pública, em percentagem do PIB, substancialmente inferior à média da Europa. 
O grande salto para o endividamento faz-se no período 2000 a 2008, antes da crise internacional. 
Em 1995, só 4 países tinham dívidas mais baixas do que o nosso país. 
Em 2000, Portugal tinha das dívidas mais baixas; só 3 países (Irlanda, Reino Unido e Finlândia) tinham valores inferiores. 
Em 2008, só 3 países (Grécia, Itália e Bélgica) tinham valores superiores. 
Nenhum país conheceu neste período maior acréscimo do peso da dívida. 
Neste período, metade dos países conheceram decréscimos. Tivemos um acréscimo de 42,1% contra uma média de apenas 0,5% em média na Europa. Já no período pós-crise, embora Portugal esteja entre os países que mais viu crescer a dívida, a diferença é menos marcante; tivemos um acréscimo de 50,6% contra uma média de 39% e 3 países (Irlanda, Espanha e Reino Unido) conheceram um crescimento maior.

A narrativa que atribui à crise o insuportável endividamento publico português não é apenas uma atrevida e errónea interpretação do passado. Ela serve o desígnio de alimentar a insistência nos mesmos erros de política económica que nos trouxeram à desgraçada situação de falência: sempre mais dívida, agora trasvestida de euro-obrigações, obrigações de projecto, acréscimo de créditos e de massa monetária do BCE e o mais que por aí circula loucamente. Justifica-se, assim, duplamente a sua refutação. Avelino de Jesus no Jornal de Negócios

A continuação da subida vertiginosa da dívida mesmo após a saída de Sócrates, não se deveu à continuação das obras públicas, pois essas pararam. Não se deveu ao aumento de subsídios e outros benefícios sociais sem critério. Deveu-se aos compromissos assumidos no governo Sócrates com as PPP e com os credores.

Deputado António Leitão Amaro representa empresas privadas que recebem milhões do estado.

Como bem sabemos o abuso descrito em baixo, é já um hábito não de um partido especifico, mas de todos que possuem poder e influências.
Cargos no sector público... 
Iniciou a XII Legislatura - a 20 de Junho de 2011 - como deputado à AR, mas acabou por transitar para o Governo em funções. António Leitão Amaro foi empossado como secretário de Estado da Administração Local em 2013. A partir de então cessou o exercício dos cargos de membro efectivo e coordenador do grupo parlamentar do PSD na Comissão do Ambiente, Ordenamento do Território e Poder Local (CAOTPL) e membro suplente da CEOP.
Na XI Legislatura, entre 2009 e 2011, Leitão Amaro foi membro efectivo da CAOTPL e membro suplente da Comissão de Assuntos Económicos, Inovação e Energia (CAEIE), além de ter integrado dois grupos de trabalho: Regulação da Concorrência e Defesa do Consumidor; Energia e Eficiência Energética.

No privado... 
Em simultâneo, foi membro do Conselho de Administração e detentor de 14% do capital da Construtora do Caramulo, entre 2006 e 2013. Mais precisamente até ao dia 28 de Fevereiro de 2013, data em que afirma ter cessado o mandato e vendido a posição accionista. Tem ainda uma participação de 7% no capital da Arbogest (desde 1990), empresa que se dedica à recolha, transporte e comercialização de resíduos florestais, à implementação de empreendimentos florestais e ao comércio de madeiras e seus derivados, entre outras actividades.
E outra participação de 30% do capital da Belongplanet - Distribuição, Comércio e Exportação de Mercadorias.

Para ele não há conflitos de interesses.

Novabase recebe 74 milhões de euros do estado.Deputado do CDS, como consultor. Mais uma empresa protegida por todos os governos.

Conflitos de interesse privado versus público, nas Tecnologias de informação aplicadas à Defesa Nacional.
Quanto ganham as empresas privadas por albergarem tachos de políticos e ex políticos? E quanto perdem os contribuintes por terem os seus representantes, a representar os privados?
João Rebelo, deputado do CDS-PP, é vice-presidente da comissão da defesa nacional (CDN), tal como nas duas legislaturas anteriores, enquanto desempenha as funções paralelas de consultor da Novabase desde 2004. Aliás, é membro da CDN desde que foi eleito deputado pela primeira vez, em 1999, e integra a delegação portuguesa na APNATO desde 2002.
A Novabase é uma empresa privada portuguesa de tecnologias de informação que tem 932 contratos por ajuste directo com o Estado registados no portal Base
num valor total de 74.901.489,40 euros.

Há 40 anos que os governos lesam o estado, mas uns lesam mais que outros?

Sócrates hipotecou as finanças públicas até 2035. 
O Estado assumiu os riscos e aos privados permitiram-se todos os ganhos.
José Sócrates foi, de entre os maus governantes que temos experimentado, dos que mais danos causaram ao país.
A sua governação fica marcada por casos de corrupção e pela promiscuidade entre interesses privados e gestão pública.
O facto de hoje Sócrates ser perseguido pela Justiça não surpreende. O que admira é que os seus cúmplices ainda não tenham sido incomodados.
Foi Sócrates quem levou o país à bancarrota, não por má gestão ou pela crise internacional, mas porque celebrou negócios ruinosos para o Estado.
Foi no seu consulado que se contratou a maioria das parcerias público-privadas (PPP).
Neste modelo de negócio, o Governo garantiu aos seus concessionários rentabilidades milionárias a troco de risco... zero!
O Estado assumiu todos os riscos e aos privados permitiram-se todos os ganhos.
Com as PPP, Sócrates hipotecou as finanças públicas até 2035.

Foi ainda da sua responsabilidade a estatização do BPN, banco que integrava o grupo SLN (Sociedade Lusa de Negócios). Este grupo gravitava na órbita do PSD de Dias Loureiro e Oliveira e Costa, mas foi nacionalizado por Governo do PS, que propôs a sua estatização, assumindo prejuízos de cerca de sete mil milhões. Nesta operação, os acionistas da SLN mantiveram intacto até hoje o seu património milionário.

Deputada Elsa Cordeiro ganha contratos estatais de 170.260 para as empresas do marido


A lei não permite que os deputados tenham interesses no privado e no público em simultâneo, mas isso não interessa nada, o eleitor continua a votar nos partidos que mais abusam, portanto o povo gosta e o povo é quem mais ordena.

Deputada Elsa Cordeiro ganha contratos estatais para as empresas do seu marido 
No registo de interesses de Elsa Cordeiro, deputada do PSD, são declaradas as participações no capital social de três empresas, através do cônjuge: 100% da Mártires Unipessoal (comércio), 65% da Royal Green (construção e manutenção de espaços verdes) e 5% da Bio-Positivo – Construção e Manutenção de Jardins e Espaços Verdes.
No caso da Bio-Positivo, trata-se de uma empresa que tem três contratos por ajuste directo registados no portal Base, no valor de 170.260,00 euros. O contrato mais recente foi celebrado a 16 de Agosto de 2011, quando Elsa Cordeiro já tinha assumido o mandato de deputada à AR. Mais uma situação que se aproxima do limiar de 10% estipulado no artigo 21.° do Estatuto dos Deputados.
Fonte: LIVRO: «Os Privilegiados» de Gustavo Sampaio


Já desde 2009 que os negócios com o estado, abundam
FONTE: Site de despesas do governo

Adjudicante
Adjudicatário
Aquisição de Serviços de Manutenção para Espaço Verde Urbano na...
15.000,00 €
21-05-2010
Municipio de Castro Marim
Royal Green, Lda
+
Aquisição de Serviços de Limpeza e Requalificação em Espaço Verde...
15.600,00 €
18-02-2010
Municipio de Castro Marim
Royal Green - Construção e Manutenção de Espaços Verdes, Lda
+
Prestação de Serviços para Manutenção de Relvados e Zonas Circundantes...
67.500,00 €
31-07-2009
Município de Vila Real de Santo António
Royal Green - Construção e Manutenção de Espaços Verdes, Lda.
+
Serviços de Manutenção e Conservação dos Espaços Verdes no Município...
16.500,00 €
08-07-2009
Município de Vila Real de Santo António
Royal Green - Construção e Manutenção de Espaços Verdes, Lda.
+
AQUISIÇÃO DE SERVIÇOS DE MANUTENÇÃO E CONSERVAÇÃO DE ESPAÇOS VERDES...
21.500,00 €
03-06-2009
VRSA – Sociedade de Gestão Urbana, EM, SA
ROYAL GREEN – Construção e Manutenção de Espaços Verdes, Lda.
+
Manutenção de Espaços Verdes Públicos na Freguesia de Monte Gordo...
64.500,00 €
15-04-2009
VRSA – Sociedade de Gestão Urbana, EM, SA
ROYAL GREEN – Construção e Manutenção de Espaços Verdes, Lda.
+
Manutenção de Espaços Verdes Públicos na Freguesia de Monte Gordo...
43.000,00 €
02-03-2009
VRSA – Sociedade de Gestão Urbana, EM, SA
ROYAL GREEN – Construção e Manutenção de Espaços Verdes, Lda.
+
 Para ver os detalhes de cada contrato, basta clicar no sinal +, na última coluna

Girl de carreira do PCP reforma-se aos 47 anos com 1.859 euros, o povo paga

Mais uma reforma de luxo e de longa duração, que todos teremos que pagar, porque ela não a pagará, certamente, segundo a lógica da matemática.
Apenas por passar pela vida politica terá direito a receber de reforma, por muitos e muitos anos, mais do que a maioria recebe de salário. Esta é a vergonha da democracia dominada pelos partidos e abandonada pelos eleitores.

Ana Teresa Vicente Custódio Sá é uma menina de 47 anos, é autarca do PCP (presidente da Câmara de Palmela) e vai reformar-se pela Caixa Geral de Aposentações. Com apenas 26 anos de

Henrique Neto desafia os portugueses a tomarem as rédeas contra a corrupção

A democracia em crise
Ao longo dos últimos 20 anos a qualidade da democracia portuguesa tem-se degradado, ao mesmo tempo que os portugueses empobreceram e perderam qualidade de vida, nomeadamente a classe média, que foi a grande perdedora do desvario do endividamento e da política de austeridade que se seguiu.
Pouco a pouco, os partidos políticos no poder tornaram-se mais conservadores e as direcções partidárias tornaram-se mais poderosas, enquanto os governos foram aumentando o seu poder sobre a sociedade, fenómeno que tem muito a ver com o declínio intelectual, cívico e profissional da classe política, que por sua vez passou a dedicar-se aos negócios.
Ao mesmo tempo, o poder e a independência das instituições da sociedade, como as associações empresariais, de consumidores e de grupos de cidadãos, foram sendo sucessivamente reduzidos, quer na lei quer na prática.
Paralelamente, os reguladores das diferentes actividades foram-se tornando cada vez mais amigos do poder político e dos governos. Por exemplo, sempre pouco a pouco, os conselhos consultivos das entidades reguladoras foram sendo marginalizados das decisões, que no passado eram quase colegiais, deixando de ter acesso às informações que faziam chegar aos cidadãos.

O Ministério das Finanças tornou-se um ser omnipotente e omnipresente na sociedade, a viver acima da lei, e a cobrança de impostos, taxas e multas passou a constituir o momento de terror das famílias e das empresas à abertura do correio. A solução é sempre pagar, a alternativa, e apenas a posteriori, seria recorrer à justiça e esperar anos pela decisão, já que o Estado anda determinado a fechar os centros regionais de arbitragem, através da asfixia financeira.

Medidas de combate à corrupção, propostas pelo presidente da Associação Transparência e Integridade




O autor do video, Luís de Sousa, que explicou a todos nós, a profundidade e a abrangência da corrupção em Portugal, vem agora propor a forma de solucionar o problema identificado no video. 
O presidente do TIAC, explicou no programa Negócios da Semana, qual é doença terminal  que fulmina Portugal.
Não é a corrupção de luvas e de favores que preocupa... não é essa a pior chaga, nem a mais dispendiosa forma de corrupção. A pior forma de corrupção é a nova classe de políticos,  conhecidos como os políticos homens de negócios, que tomaram para si o poder legislativo, o poder regulador, fiscalizador, o poder de decisão, o poder público... e abusaram da liberdade e da impunidade para por e dispor dos dinheiros públicos, do poder público, sem se preocuparem com a economia do país nem com os cidadãos. Esta corrupção sistémica e profunda que abrange as instituições, permite "legalizar" o ilegal, 

Medidas apresentadas por Luís de Sousa, presidente da Associação para a Transparência e Integridade como forma de combate à corrupção. Por motivos que creio serem óbvios para os leitores deste canal, destaco a nº5. O cruzamento de dados que tece uma malha em torno do cidadão é uma miragem no corpo político. A saber:

1. ABRIR O DEBATE À SOCIEDADE CIVIL
Fecharmo-nos e tornar o processo hermético, sem ouvir peritos, sem ouvir pessoas que estão no terreno e que podem dizer se de facto este tipo de moldura penal lhes vai ou não trazer mais eficácia no combate à corrupção, sem ouvirmos académicos, juristas – mas não sempre os mesmos. A mesma doutrina penal tem levado a resultados muito fracos ao longo dos anos nesta matéria. Não partir do pedestal em que 'mal de nós pensarmos em opções desta natureza que são praticadas por democracias frágeis'.

2. TER HUMILDADE
Portugal não está propriamente numa condição sã em termos do funcionamento das suas instituições, sobretudo da justiça, e, se calhar, temos de ser um bocadinho humildes e aprender com outras democracias que têm vindo a implementar este tipo de medidas para limpar a imagem do país. Criar um ambiente de negócios com uma imagem de eficácia, de modernidade, mas também de integridade.

Soares moveu montanhas para ajudar Salgado a ser o Dono Disto Tudo.




Neste video Mário Soares assume que ajudou a família de Ricardo Salgado a voltar a Portugal e a reaver o controlo do banco, perdido nas nacionalizações de 1975, favorecendo diplomaticamente a aliança com a francesa Crédit Agricole. Os meandros obscuros do poder. Das amizades e das influências.
A amizade entre Mário Soares e Ricardo Salgado remonta aos anos 80, quando o fundador do PS quis ajudar a família Espírito Santo a regressar a Portugal, depois das nacionalizações e do exílio no estrangeiro. O clã admitia voltar, mas debatia-se com um problema: estava sem dinheiro. Soares recorreu então à Internacional Socialista. Pediu a intervenção do amigo François Mitterrand e assim foi dado o impulso à parceria dos Espírito Santo com os franceses do Crédit Agricole, que se estendeu até 2014 e foi fundamental para a reconstrução do grupo. Não é, por isso, de estranhar que Mário Soares já tenha visitado Ricardo Salgado, o preso domiciliário mais mediático do país. SOL

“Um banco de todos os regimes”
Diz-se que era o banqueiro do regime. Mas era mais do que isso, como ele próprio admitia. Porque Salgado era o líder de um banco de origem familiar quase a completar 150 anos de existência, “um banco de todos os regimes”, pois “tem de dialogar com todos os governos e todos os regimes” – da monarquia à ditadura, do Portugal com sonhos vindos da Europa ao país da crise. Mas, dizia, tinha amigos “em todos os partidos”.
“[Salgado] Tem a secreta missão de ajudar a construir o país, e isso levou-o sempre a ser o banqueiro do regime, aquele que está sempre disponível para colaborar com os governos”, escreveu o “Diário Económico”.
O nome Espírito Santo – “a mais antiga família da alta finança do país”, lembrava o Económico no mesmo artigo - esteve sempre ligado aos regimes vigentes.

Ricardo Espírito Santo Silva, avô de Ricardo Salgado, era visto como o banqueiro do Estado Novo. O tio-avô de Salgado, Manuel Espírito Santo, chegou a ser convidado por Marcello Caetano, presidente do Conselho, para ser embaixador de Portugal nos Estados Unidos. Richard Nixon, príncipes e reis eram visitas de casa de Manuel Espírito Santo.
Até à revolução de 1974 (que obrigou o clã a sair do país – foi para o Brasil e a Suíça), os Espírito Santo estavam presentes nos mais diversos sectores da economia nacional (dos pneus ao gás, da celulose às cervejas, do cimento ao tabaco), lemos em “O Último Banqueiro”.
Com as nacionalizações de 1975, perderam quase tudo. Mas regressaram a Portugal nos anos 1980 e conseguiram recuperar ou construir de raiz diversos negócios em múltiplas áreas, da banca aos seguros, do imobiliário à energia.
Mário Soares ajudou a família a voltar em Portugal e a reaver o controlo do banco, perdido nas nacionalizações de 1975, favorecendo diplomaticamente a aliança com a francesa Crédit Agricole.

Paulo Morais: ‘A promiscuidade entre políticos e negócios está ao nível da Mongólia’


ENTREVISTA E VIDEOS DE PAULO MORAIS.
Queria ser astrónomo mas acabou candidato à Presidência da República para combater a corrupção.
Em entrevista ao SOL, Paulo Morais afirma que não pretende ser um D. Sebastião e que tem como alvo os políticos desonestos.

Quem é Paulo Morais?
É um cidadão empenhado e preocupado que nasceu em Viana do Castelo já lá vão 51 anos. Estudei Matemática na Universidade de Ciências do Porto, porque queria ser astrónomo. Fiz uma carreira académica, fui presidente da JSD em Viana, onde vivi até aos 17 anos, fui dirigente académico no Porto, estive na Câmara do Porto e na Associação Transparência e Integridade. O que senti em todas as posições que ocupei é que invariavelmente a corrupção minava o funcionamento das instituições. E quando vejo que há necessidade de intervir e não vejo ninguém a avançar, avanço eu.

Porque se decidiu candidatar?
Porque mais ninguém a quem reconheça credibilidade teve coragem e vontade para se lançar e é fundamental ter como primeira prioridade o combate à corrupção. A corrupção é o maior problema da política portuguesa e só pode ser combatida de forma transversal, no Parlamento, com uma maioria larga de deputados, mas isso neste momento não existe, ou ao nível da Presidência da República com alguém livre de qualquer tipo de compromissos.

Tem feito várias denúncias de corrupção. Alguma já levou a investigação com efeitos práticos?
Uma coisa são denúncias em tribunal que o Ministério Público tem de investigar, não sou eu. Sempre que detectei que havia indícios de tráfico de influências, casos de potencial corrupção, apresentei queixas no local próprio, os tribunais, nomeadamente crimes urbanísticos. Se me perguntar se houve alguma condenação? Até agora, infelizmente não. Muitos não estão concluídos e muitos foram arquivados, alguns com alguma frustração minha. Depois há uma denúncia de uma promiscuidade absoluta entre a política e os negócios. Em Portugal, política e negócios são quase sinónimos, infelizmente. Essa é uma análise política e portanto não há apresentação de queixas em tribunal.

Uma das críticas que lhe fazem é lançar suspeitas sem provas...
Não entendo. Quando digo que as pessoas que estiveram na governação na área das Obras Públicas foram todas trabalhar para empresas de PPP, as provas são públicas. Em Portugal, a corrupção é tão generalizada, tão impune que as provas são públicas. Para provar que o eng. Ferreira do Amaral, que mandou construir a Ponte Vasco da Gama e hoje trabalha na concessionária, que Jorge Coelho foi trabalhar para a Mota-Engil não é preciso procurar provas, basta fazer um google.

30 Euros por cheques sem cobertura? Mais um abuso da banca, sem punição

Espalhem este abuso. Partilhem. Os bancos colocam os clientes a pagar o risco? 
Um roubo que os bancos nos fazem, com cobertura legal
"Esta pergunta é para todos os deputados da Assembleia da República e para todos os administradores do Banco de Portugal:
Quando é que acabam de vez com o roubo, coberto por lei, que os bancos nos fazem quando depositamos um cheque passado por alguém e que afinal não tem cobertura?

Este fim de semana, fiquei a conhecer duas histórias de portugueses prejudicados, que ilustram bem a imoralidade desta prática dos bancos em Portugal.
Um jovem que trabalha numa empresa habituada a pagar tarde e a más horas recebeu um cheque de 500 euros referente a apenas uma parte do salário do mês.
O patrão pediu-lhe que aguardasse uns dias antes de o depositar porque não teria o valor necessário na conta. Quando o trabalhador recebeu luz verde, foi depositá-lo.
No dia seguinte, recebeu uma chamada do banco: não só o cheque não tinha cobertura como o titular da conta tinha de pagar uma comissão de 30 euros por causa disso.

Em vez de 500 euros de salário, o jovem tem agora uma conta bancária com um saldo negativo de 30 euros…
Outro caso é ainda mais surreal. No dia do casamento, uma jovem noiva recebeu várias prendas dos convidados, como é habitual nestas ocasiões. Entre as prendas estava um determinado cheque.
No dia seguinte, a jovem depositou-o na sua conta bancária.

Cigarra e a formiga um conto que se aplica ao estado de Portugal

VERSÃO MODERNA E PORTUGUESA DA FÁBULA "A cigarra e a formiga"

I A formiga trabalha arduamente, debaixo de um calor abrasador, durante todo o Verão, construindo a sua casa e armazenando provisões e mantimentos para aguentar o Inverno. A cigarra pensa que a formiga é uma tola e ri, dança e brinca durante o Verão. Chega o Inverno, e a enregelada cigarra convoca uma conferência de imprensa para denunciar a situação em que vive, pretendendo saber por que razão é permitido à formiga estar bem aquecida e alimentada enquanto outros sofrem com frio e fome.

II RTP, SIC e TVI apresentam-se em força para transmitir imagens da pobre cigarra, completamente transfigurada pelo frio e pela fome, ao mesmo tempo que passam outras imagens da formiga na sua casa bem confortável e com a mesa cheia de boa comida. O país está chocado perante este contraste. Como é possível, nos dias que correm, uma pobre cigarra sofrer tanto? Durante semanas não se fala de outra coisa.

III
O Primeiro-Ministro aparece num programa especial da RTP com um ar consternadíssimo, repetindo, vezes sem conta, que o Governo fará tudo o que estiver ao seu alcance para ajudar a pobre cigarra, a qual, como toda a gente deverá entender, está a ser vítima da má política dos anteriores governos do PS.

A abstenção afinal obtém um resultado contrário, ao que pretendem os abstencionistas


Por isso, o que me chateia na vossa abstenção é a falta de colaboração num trabalho importante. Não é uma questão de direitos ou deveres cívicos em abstracto. O problema é concreto. Temos uma tarefa difícil, da qual depende o nosso futuro, e vocês ficam encostados sem fazer nada.
Isto tem consequências graves para a democracia. Quando a maioria não quer saber das propostas dos partidos, está-se nas tintas para o desempenho dos candidatos e nem se importa se cumprem os programas ou não, o melhor que os partidos podem fazer para conquistar votos é dar espectáculo. Insultarem-se para aparecerem mais tempo na televisão ou porem o Marinho Pinto como cabeça de lista, por exemplo. Vocês dizem que se abstêm porque a política é uma palhaçada mas a política é uma palhaçada porque vocês não votam.
A culpa é vossa porque não é preciso muita gente votar em palhaços para os palhaços ganharem. Basta que a maioria não vote. Também é por vossa culpa que os extremistas estão a ganhar terreno, e pela mesma razão. É fácil pôr os fanáticos a votar. Basta abanar o pano da cor certa e, se mais ninguém vota, eles ficam na maioria. Mas se vocês colaborassem e se dessem ao trabalho de avaliar as propostas dos partidos, se os responsabilizassem pelas promessas que fazem e votassem de acordo com o que acham ser a melhor solução, deixava de haver palhaços, interesseiros e imbecis na política.

Quando opta por não votar pode estar a atingir o resultado contrário daquilo em que acredita.
Esclareça-se e compreenda porque é importante votar em consciência contra os partidos corruptos.
Faça uma escolha, opte por votar com quem mais se identifica, e quem menos o lesou, o poder é seu! Use-o para ajudar todos nós.

 

 EU VOTO, NÃO DEIXO QUE OS INCONSCIENTES DECIDAM QUEM MERECE GOVERNAR A MINHA VIDA, O MEU PAÍS E O FUTURO DE TODOS NÓS

Marinho Pinto denuncia a farsa e manipulação das campanhas que escondem a corrupção.

Campanhas eleitorais de farsantes que nem falam da corrupção. Tabu? 



Neste video, MARINHO PINTO critica o PS, PSD, CDS, PCP E BE, pela farsa das campanhas silenciosas, em determinados temas, que para eles continuam a ser tabu: a corrupção!
Todos eles e todos nós, sabemos que o maior problema de Portugal é a corrupção, mas as campanhas nem tocam nos assuntos sobre o combate à corrupção, nem sobre os corruptos que estão presos ou a ser investigados por corrupção politica, em exercício de cargos públicos. “Nenhum partido quer falar de corrupção porque todos têm culpas no cartório"
Encobrem-se uns aos outros e ninguém fala dos maiores escândalos de corrupção que abalaram Portugal, nem dos crimes que estão na justiça.
Critica ainda a comunicação social que ajuda na farsa, pois limita-se a colocar o microfone à frente dos políticos sem sentido critico nenhum, repetindo apenas o que eles dizem mesmo que sejam mentiras e nunca questionando o que é pertinente.
Os principais partidos políticos não querem debater, na campanha eleitoral para as próximas legislativas, o tema da corrupção, porque esse tema é a sua vergonha e eles querem que os eleitores os esqueçam... e infelizmente os eleitores de memória curta, esquecem mesmo.
"Não querem falar da corrupção, porque isso prejudica-os. Os grandes corruptos de Portugal estão dentro do PS, do PSD e do CDS", afirmou à agência Lusa, Marinho e Pinto.
Acusou o"PS, PSD/CDS-PP, CDU e Bloco de Esquerda, os partidos que estão no sistema", de fazerem uma "encenação grotesca" e "palhaçada eleitoral" para "distrair" os portugueses "dos problemas fundamentais".

Financiar partidos com tostões rende sempre milhões.

Antes de ler o artigo que se segue veja este video... os maiores empresários de Portugal sobrevivem graças ao parasitismo do estado, sem ele, desapareciam....
Depois de ver o video, percebe que os financiamentos aos partidos que dominam o estado... vêm dos tais empresários protegidos pelo estado, que em troca sustentam partidos.
É uma forma de todos eles ficarem a ganhar lesando o povo. Tu das-me dinheiro para eu ir roubar o estado e depois eu pago-te com o que roubar ao estado.




A família Mota, da Mota-Engil, está no topo dos donativos. Deu o máximo permitido por lei tanto ao PS, como ao PSD e ao CDS em anos de eleições. Luís Champalimaud também foi generoso.
Os maiores financiadores dos partidos políticos são empresários, muitos com negócios com o Estado. E há mesmo quem financie mais do que um partido ao longo de vários anos.
Depois de o Presidente da República ter pedido no 5 de outubro maior transparência no financiamento partidário, o Observador consultou os processos das contas dos partidos do poder, PS, PSD e CDS, para lhe dizer de onde partem os donativos e a angariação de fundos.

A família dona da construtora Mota-Engil distribuiu cerca de 95 mil euros entre PS, PSD e CDS entre os anos de 2004, 2005, 2008 e 2009. António Manuel Mota, Maria Manuela Vasconcelos Mota, Maria Paula Vasconcelos Mota Meireles e Maria Teresa Vasconcelos Mota Neves da Costa são quatro dos dirigentes do grupo Mota-Engil que aparecem com maior frequência nos donativos aos partidos políticos.
Todos estes quatro membros da família deram dinheiro ao PS, PSD e CDS, registados no exercício dos partidos, em anos de eleições legislativas. António Manuel da Mota, chairman do grupo Mota-Engil, é mesmo um dos principais financiadores dos vários partidos, tendo doado mais de 32 mil euros aos três partidos.

Sem armas nem chaimites nas ruas, Marinho Pinto quer uma revolução de mentalidades

ENTREVISTA A MARINHO E PINTO
Pergunta, resposta, pergunta, resposta. O ritmo da conversa chega a ser alucinante porque Marinho e Pinto não espera um segundo para responder ao que lhe é perguntado. Tinha chegado há poucos minutos de Bruxelas quando o gravador foi ligado. Embarcou para o Funchal assim que a conversa terminou. Esse vaivém do último ano serviu de ponto de partida a uma das entrevistas mais pessoais – e menos confortáveis – que o eurodeputado alguma vez deu.
-Se estivesse à frente deste país não teríamos chegado a este ponto?
Seguramente que não. E se tiver um dia responsabilidades ou capacidade para intervir nas políticas, vamos melhorar muito a nossa situação. Vamos cortar em despesas que não são fundamentais.

-Pensa seriamente nessa hipótese?
Penso em todas as hipóteses. Vou candidatar-me a umas eleições que dão essa possibilidade. Quem decidirá é o povo português. Não há vitoriosos à partida. Vou preparado para tudo, para ganhar e para perder. Aliás, ninguém está preparado para ganhar se, simultaneamente, não estiver preparado para perder. 
-Presta atenção às sondagens?
Não me preocupo nada com elas. Sempre me deram 1/5 dos votos que acabei por ter nas urnas, quer na Ordem dos Advogados quer nas eleições europeias.

 -A ser assim vai ter um resultado estrondoso. Dão-lhe 5 por cento das intenções.
Não estou preocupado com isso. Temos um programa e uma visão política para os problemas do país e vamos apresentá-los em plano de igualdade com os outros. O eleitorado decidirá e esperamos que não se deixe manipular pelas campanhas de informação a favor dos partidos tradicionais.

Sócrates e Vale de Azevedo, diziam verdades e mentiras exactamente com a mesma cara e a mesma convicção.





Sócrates não distingue a verdade da mentira
Há 4 anos, era José Sócrates ainda primeiro-ministro, escrevi uma crónica onde lhe chamei «o Vale e Azevedo da política».
Porquê?
Conhecia pessoalmente os dois, falei com eles em várias ocasiões, e percebi que tinham uma característica em comum: não distinguiam entre a verdade e a mentira.
Diziam verdades e mentiras exactamente com a mesma cara e a mesma convicção.
Não se podia afirmar que ‘mentiam’, pela simples razão de que os seus códigos mentais eram outros.
(...) Mas, voltando ao nosso Vale e Azevedo, quando comparei José Sócrates ao ex-presidente do Benfica não o fiz inocentemente: sem o dizer, quis sugerir que ele poderia ter o mesmo fim.
E disse-o a vários familiares, para que ficasse registado: «Depois de Sócrates sair do Governo vai ser preso, como foi Vale e Azevedo depois de sair do Benfica».
Esta previsão assentava em quê?
No conhecimento pessoal que tinha de Sócrates e no que sabia dos sucessivos casos obscuros em que o seu nome aparecia sempre envolvido.
Fora o aterro da Cova da Beira, o Freeport, o Face Oculta, o Tagus Park…, já não falando do diploma da Universidade Independente e dos mamarrachos.
No Freeport tudo apontava na sua direcção – e acabou por escapar por entre os pingos da chuva.
O Face Oculta foi uma vergonha, com a tentativa de silenciar alguns jornais e de usar a PT para comprar a TVI, para expulsar Manuela Moura Guedes e José Eduardo Moniz.
O Taguspark constituiu um escândalo que nunca foi devidamente valorizado: Sócrates ‘aceitou’ ser apoiado por Figo no mesmo dia em que este celebrava um contrato milionário com uma entidade pública!
Por estas e por outras, foi-se percebendo que José Sócrates, tal como não distinguia entre a verdade e a mentira, não destrinçava entre o bem e o mal, podendo envolver-se nas maiores trapalhices.
E a cumplicidade com pessoas que foram caindo nas malhas da justiça, como Armando Vara ou José Penedos, não ajudava nada.

Marinho Pinto exige responsabilização de Carlos Costa e Cavaco Silva, no caso BES.




NESTE VIDEO MARINHO DESCOMPÕE OS RESPONSÁVEIS PELOS LESADOS DO BES
Há pessoas que foram burladas pelos governador do Banco de Portugal, pelo presidente da Republica, e pelo governo. Pessoas que foram induzidas a injectar dinheiro no BES, por pessoas com responsabilidade pública. Essas pessoas têm que ser responsabilizadas politicamente por esse crime.
Os lesados do BES têm que ser ressarcidos pelas perdas. O dinheiro dos cidadãos que foi desviado, que foi desviado do BES, deixa rasto, hoje em dia existem registos de tudo, eles que sigam esses rastos e devolvam o dinheiro ás pessoas.

Critica ainda a estranheza de reconduzirem Carlos Costa apesar do caos que ele não evitou ou mesmo causou. Inclusive o presidente da Republica, afirmou que foi enganado por Carlos Costa. E ele é reconduzido? Premiado? Promovido? Mas nunca responsabilizado? Penalizado? Punido? Criticado?
 "Ando a pedir responsabilidades para aqueles que levaram pessoas a investir num banco, como o presidente da República, que disse que o banco estava sólido três semanas antes dele se desfazer, como o Governo, como o governador do Banco de Portugal.
O presidente da República acusou o governador do Banco de Portugal de o ter enganado e, como recompensa reconduziram Carlos Costa".
Marinho Pinto criticou o enriquecimento ilícito e aqueles que saíram a ganhar com a pobreza dos portugueses.
"Para alguns empobrecerem houve outros que enriqueceram, às ocultas, em negociatas por debaixo da mesa com os políticos e o poder político. Nós podemos combater a pobreza em Portugal, com políticas corretas em favor do povo e não a favor dos membros do BES, ou do BPN, do BCP, ou desses bancos todos, que andaram a chular o país há décadas", acusa.
Dinheiro de pequenos acionistas do BES desviado para grandes clientes, para administradores do BES e para familiares e amigos.

BES DESOBEDECE AO BANCO DE PORTUGAL E O DINHEIRO DO VAI PARAR ÁS MÃOS DOS CLIENTES RICOS?
O dinheiro colocado numa conta do Espírito Santo International, destinada a reembolsar papel comercial vendido a pequenos clientes, foi utilizado para pagar empréstimos a grandes clientes, conclui a auditoria forense pedida pelo Banco de Portugal à Deloitte.

Só os votos válidos em partidos entram nas contagens por isso o que penaliza um partido, não é a abstenção ou votos brancos/nulos, é votar noutro partido





Dado que só votos em partidos entram nas contagens, o que penaliza um partido, não é a abstenção ou votos brancos/nulos, é votar noutro partido - porque se não votarmos, não estamos a negar o voto a ninguém. Estamos apenas a deixar que as decisões se concentrem num conjunto mais restrito do eleitorado, uma minoria - que inclui sempre as clientelas dos partidos e os clubistas acríticos.
Temos também de esquecer o hábito da idolatria onde os maiores partidos são instituições que muitos acreditam que se devem preservar ao longo do tempo, independentemente do seu desempenho: com as regras actuais, temos sim de mostrar aos partidos que são descartáveis e têm de se esforçar para obter o apoio do eleitorado, caso contrário serão descartados.



Num sistema que impõe o monopólio político dos partidos, é essencial que ocorra a renovação do espectro partidário para que a democracia se mantenha minimamente "fresca".
A oportunidade de mostrar algum poder do eleitor, é não abdicar nunca do voto válido, o único que transmite uma mensagem positiva ou/e negativa. 
Convém compreender que, quanto mais fraca é a influência/vigilância do eleitorado sobre os deputados e governantes, mais forte é a influência de outras "forças" . Nunca há vazios de poder. O escrutínio dos portugueses foi sendo neutralizado devido ao aumento constante da abstenção, ao que temos que somar os votos brancos e nulos, é uma falha muito grave dos eleitores, na vigilância dos partidos que culmina no aumento da corrupção. Como os partidos não temem a critica nem a censura da maioria dos eleitores, porque esses não usam o voto válido, são os grupos de interesse que estão representados no parlamento, não os eleitores.

O perigo da abstenção eleitoral é a impunidade dos partidos e uma democracia doente.

voto branco eleições pdr O perigo da abstenção eleitoral
 Em 1976 a abstenção, foi de 35%, agora foi de 47%.
O que sucede quando a abstenção atinge estes patamares?
Haverá, sem dúvida, a consequente perda de qualidade democrática. Uma perda imputada à falta de competência dos governantes e que tenta justificar a negação do pilar cívico da democracia: o voto.
Trata-se de uma ampla perda, porque os políticos, menos pressionados pela exigência cidadã, entram
voto branco eleições gráfico
evolução da abstenção desde 1976
num processo governativo autocrático,
e porque os cidadãos, verdadeiros soberanos da democracia, já auto-desresponsabilizados, fragmentam-se em preocupações individuais e grupais, considerando todas as instâncias do Estado etéreas e até hostis.
É um processo perigoso para a democracia, uma vez que tende a evoluir em crescendo, assumindo a forma de uma espiral desvinculativa.
Não interessa depois estabelecer se é a fraca capacidade da governança que afasta os cidadãos ou se é o desinteresse dos cidadãos que fomenta a má prestação política.
voto branco eleições urnas 2015

O que se sabe é que o cidadão tem o papel fundamental na realização da higiene mínima democrática, quer porque opina soberano no ato eleitoral, seja porque permanece vigilante durante o mandato.
Se os representantes autocentrados ampliam a desvinculação da generalidade das pessoas, também é certo acontecer o contrário, isto é, a omissão cívica conduzir a uma soberba política, por ausência de contrapoderes que lhe inibam as ações desviantes.
O termo desvinculação traduz eficazmente esta ideia. O vínculo é a capacidade psicológica e emocional de nutrirmos simpatia por outrem, para que sintamos alguma responsabilidade pelo que lhe acontece.
voto branco eleições democracia 2015O vínculo cria-se entre pais e filhos, amigos, colegas, profissionais e clientes, vizinhos, enfim, entre seres humanos. Quando se esboroa esse laço destrói-se também os travões emocionais que evitam a indiferença absoluta, a instrumentalização do outro, a desconfiança ou a violência.
(...)
Aquele abstém-se porque ignora ou odeia o político, considerando-o corrupto, incompetente, snobe; e, inversamente, o governante despreza-o, tomando-o por básico, emocional, ilógico, insignificante.
voto branco inútil voto válido hondtÉ o primeiro passo da desvinculação: a indiferença e, logo imediatamente, o desprezo.
Numa segunda fase, o político entrega-se ao aparelhismo partidário e denota falta de qualidades reais de liderança, contentando-se, por um lado, em vender slogans e ter uma imagem mediática aprazível e, por outro, em jogar nos bastidores com seu pessoal-de-mão dentro do aparelho partidário.