
Chegamos a um ponto tal de abuso que já achamos tudo normal.
Achamos até normal que os políticos que supostamente deveriam estar do lado dos cidadãos, se coloquem contra os cidadãos, e
que façam tudo para se proteger da ira que provocam neles.
Nem achamos estranho que se estas pessoas que nos desgovernam fossem pessoas de bem, honestas, leais ao país e justas, não teriam que se proteger do povo, mas sim dos que atentam contra o povo e o país.
Se fossem pessoas de bem teriam os cidadãos do seu lado e a apoia-los.
Mas adormecidos nem questionamos porque se protegem eles do poder e da ira do povo?
Porque ocultam privilégios?
Porque encomendam e aprovam leis sem consultar ninguém, para ampliar os seus privilégios?
Porque encomendam e aprovam leis para saírem sempre impunes de qualquer tramóia?
Porque desprezam as manifestações?
Porque utilizam o referendo apenas em situações em que o povo nada pode decidir que lese os interesses da elite politica e seus protegidos?
Porque as petições são invalidadas por decisão dos deputados?
Ao povo nada aos corruptos tudo?
Porque construíram um forte intocável, atrás do qual se protegem, forçando o cidadão a assistir impávido e impotente ao saque do seu país, sem nada poder fazer para os travar ou punir?
Porque as campanhas são um engodo repletas de mentiras sem consequências?
Para eles, os mentirosos, vale tudo para enganar inocentes e ingénuos e levar o povo a perpetuar os inimigos de Portugal, no poder.
O poder que eles precisam para decidir que é o povo que tem que pagar as dividas e os juros deles, e dos banqueiros amigos.
O poder que eles tanto precisam para colocar 10 milhões de portugueses escravos ao serviço do BCE.
O poder que eles tanto precisam para fazer de Portugal o paraíso deles e o inferno do povo.
O poder que eles tanto precisam para legislarem em seu beneficio e protecção.
"O segredo dos privilégios dos políticos já é lei.
Já tem a forma de Lei n.º 64/2013, de 27 de agosto, o sigilo dos privilégios dos políticos e foi hoje publicado no Diário da República.
Portanto, por proteção da lei agora aprovada pela Assembleia da República, com os votos favoráveis do PSD, CDS/PP e do PS, passaram a ser secretos os privilégios dos políticos.
Vejam-se, neste caso e segundo esta lei, por exemplo, as chamadas pensões de luxo atribuídas aos ex-políticos (ex-deputados, ex-Presidentes da República, ex-ministros e ex-primeiros-ministros, ex-governadores de Macau, ex-ministros da República das Regiões Autónomas e ex-membros do Conselho de Estado) e os ex-juízes do tribunal constitucional, passaram a ser escondidas do povo português.
A partir de agora e na vigência desta lei, os portugueses e contribuintes ficam a desconhecer quem são e quanto recebem financeiramente do erário público e do orçamento geral de estado os ex-políticos e governantes.
O que é o mesmo que dizer que os políticos e governantes passam a poder decidir secretamente entre eles a atribuição a si mesmos dos benefícios, regalias, subsídios ou outras mordomias, sem que os portugueses, o povo português portanto, ou até mesmo os tribunais, tenham direito a saber o que os políticos fazem com o dinheiro que é de todos nós.