Governos que nunca se preocuparam em desenvolver o país lado a lado com os parceiros europeus para permitir aos empresários portugueses, uma luta mais igual.
Um país cada vez mais isolado e menos desenvolvido.
A preocupação dos políticos portugueses visa apenas ganhar eleições e perceberam que dá menos trabalho apoiar e fomentar o parasitismo do que desenvolver o país. Dar esmolas aos pobres em vez de apoiar a economia promovendo a autonomia e sustentabilidade dos que investem e lutam por sobreviver sem parasitismo.
Dá menos trabalho dar um peixe aos pobres do que ensina-los a pescar, mesmo sabendo que o peixe ia acabar, e acabou.
Os governos optam pelo caminho mais fácil, que é por exemplo, investir em PPP´s sem racionalizar e sem se preocupar com o futuro. Decidem alcatroar o país inteiro apenas para poderem garantir rendas aos grandes grupos económicos parasitas do estado, estradas que agora o povo paga e não usa.
Ou semear universidades privadas sem regra ou limites apenas para dar subsídios a ex políticos e depois deixar os jovens descobrir que andaram a pagar cursos sem saída, porque os governantes são uns desgovernados e não regulam nada. Que emigrem os doutores, porque Portugal apenas fomenta parasitas e não empreendedores que criem emprego.
Decide ainda investir em mais 9 barragens inúteis apenas para ajudar amigos e nem importa o perigo que representam para a destruição das praias e da costa portuguesa. Estes políticos vivem o presente, o futuro não os preocupa porque as empresas amigas que eles colocaram a parasitar o estado, farão deles ricos e importantes, por muitos e longos anos.
Decide manter fundações, institutos, observatórios, e empresas públicas para ampliar os albergues dos boys parasitas, e garantir subsídios e isenções de impostos à malta amiga.
Todo este despesismo e abuso apenas para ganhar e manter o poder e assim garantir o futuro das elites politicas.
Mas não se fica por aqui para além do poder também precisam dos votos, portanto de agradar aos eleitores, e em vez de conquistarem os eleitores mostrando que são competentes, honestos, e patriotas, colocando Portugal nos TOPS dos países mais ricos, mais sustentáveis, menos corruptos, com menos desemprego, os mais felizes, melhores escolas e SNS, mais competitivo, melhores salários, etc etc, decidem ir pelo caminho mais fácil e sujo... devastam Portugal, colocam-no nos ranks mais vergonhosos mas mesmo assim conquistam os eleitores com "rebuçados". Como? Distribuindo impostos, que os eleitores pagam, sem qualquer controle, justiça ou rigor e assim continuar a arruinar o país, minar o estado social e empobrecer os cidadãos com uma insuportável carga fiscal.. mas o importante é ganhar votos e os eleitores, esses parece que nem pensam... por isso o jogo sujo é para continuar, porque os votantes gostam.
Os slides que se seguem são mais um dos exemplos de uma obra que deveria ser feita para o bem de todos nós, mas que parece não preocupar ninguém entre os governantes.
Segundo o estudo abaixo, Portugal está a deixar passar uma oportunidade que sairá cara a todos os portugueses.
O Corredor ferroviário do Atlântico em bitola europeia a que Portugal tem que se ligar com urgência.
A ligação ao Corredor ferroviário do Atlântico vai ser, nos próximos anos, um dos mais importantes investimentos que Portugal terá que efetuar. Esta nova realidade poderá trazer enormes benefícios económicos.
O prazo para Portugal entregar projectos termina a 16 de Fevereiro de 2015. Os fundos europeus do Quadro 2014-2020 podem ser perdidos.
REDE TRANSEUROPEIA DE TRANSPORTES - RTE-T (CEF) - CORREDOR DO ATLÂNTICO from Rui Rodrigues
Ministro da Energia, Jorge Moreira da Silva, diz que esta dependência do petróleo não é sustentável
"Não me conformo com o facto de Portugal importar 7 a 10 mil milhões de euros de petróleo por ano"
TEMAS EM DEBATE
PREÇO DO PETRÓLEO
CUSTOS DO TRANSPORTE
PROBLEMA DA DIFERENÇA DA BITOLA
REDE DE BITOLA EUROPEIA
RTE-T
TRANSPORTE FERROVIÁRIO DE MERCADORIAS
CORREDOR DO ATLÂNTICO
CONCLUSÃO
@. Preço do petróleo barato terminou
Em 1998, o barril de petróleo custava 12 dólares. Nos últimos anos tem superado os 100 dólares por barril e, se a economia portuguesa não estivesse ligada ao Euro, a nossa situação seria ainda pior.
Cada acréscimo de 1 dólar por barril representa um aumento de 100 milhões de dólares por ano, na nossa economia (no total) .
Em 1998, a fatura energética portuguesa foi de 1320 milhões de euros (264 milhões de contos) a preços correntes. Em 2008, o valor foi de 8252 milhões de euros. Uma diferença de quase 7 mil milhões de euros, o que corresponde a 7 Pontes Vasco da Gama.
@. Previsões erradas
O Ministério da Indústria e Energia efetuou um estudo sobre o preço do Petróleo em 1996. No documento governamental publicado no mesmo ano, as previsões eram, para o ano 2000, 23 dólares por barril; para o período de 2005 até 2015, o preço ficaria estabilizado nos 28 dólares por barril!
Outro dado interessante é que, em 2001, um litro de gasóleo custava 0,65 euros. Em 2012 atingia cerca de 1,5 euros. O salário mínimo, em 2001, era de 348 Euros e, em 2012, era de 485 Euros.
Quando o preço do petróleo supera os 100 dólares por barril, os países industrializados entram em recessão. A maioria dos países produtores entram em crise, quando o preço do petróleo fica abaixo dos 80 dólares por barril.
@. CRESCIMENTO E ENERGIA
Crescimento económico depende do preço da energia
Até à 1ª Revolução Industrial o PIB mundial não crescia. A energia mais utilizada era a energia animal e dos escravos. A utilização da energia do carvão e da máquina a vapor fez disparar o PIB.
A outra energia que fez aumentar o PIB mundial foi o Petróleo.
Na maioria dos países industrializados, as economias estão estagnadas devido ao elevado preço da energia.
@. CUSTOS DO TRANSPORTE
Actualmente, mais de 50 % das exportações portuguesas são transportadas por rodovia. Se optarmos por uma alternativa com menores custos, estamos a criar condições para que os nossos produtos sejam mais competitivos. Fonte: Comissão Europeia
@. CUSTOS DO TRANSPORTE
As vantagens da eletrificação ferroviária
O rendimento energético de um motor é a relação entre a quantidade de energia consumida e a energia fornecida.
Nos motores elétricos o rendimento é cerca de 90%, enquanto nos motores de combustão interna esse valor anda à volta dos 30 a 34%.
Em média, um comboio elétrico (que não depende do petróleo), considerando o consumo de energia por passageiro e por quilómetro percorrido, é 7 vezes ou mais eficiente que o avião e 4 vezes mais que o automóvel.
@. CUSTOS DO TRANSPORTE
Transporte de passageiros (Fonte : UIC e AIE) Considerando a unidade de medida passageiro-quilómetro (pkm), que corresponde ao transporte de um passageiro na distância de um quilómetro, os valores de 2009, em percentagem, são:
UE27: Carro (73,7%), Aéreo (8,1%), Ferrovia (5,9%), Marítimo (0,6%)
EUA: Rodovia (82,1%), Aéreo (17,7%), Ferrovia (0,2%), Marítimo (0,0%)
CANADÁ: Rodovia (91,8%), Aéreo (7,9%), Ferrovia (0,3%)
RÚSSIA: Rodovia (28,6%), Aéreo (30,1%), Ferrovia (41,1%), Marítimo (0,2%)
CHINA: Rodovia (54,4%), Aéreo (13,6%), Ferrovia (31,7%), Marítimo (0,3%)
JAPÃO: Rodovia (64,9%), Aéreo (5,8%), Ferrovia (29%), Marítimo (0,3%)
@. CUSTOS DO TRANSPORTE Transporte de mercadorias
Considerando a unidade tonelada-quilómetro (tkm), correspondente à deslocação de uma tonelada de mercadorias na distância de 1 Km, os valores de 2009, em percentagem, são:
UE27: Rodovia, (48,2%), Aéreo (0,1%), Ferrovia (6,9%), Marítimo (38,1%)
EUA: Rodovia, (35,8%), Aéreo (0,4%), Ferrovia (48,3%), Marítimo (15,6%)
CANADÁ: Rodovia, (28,2%), Aéreo (0,2%), Ferrovia (67,9%), Marítimo (3,8%)
RÚSSIA: Rodovia, (8,6%), Aéreo (0,2%), Ferrovia (88,8%), Marítimo (2,5%)
CHINA: Rodovia, (31%), Aéreo (0,1%), Ferrovia (21%), Marítimo (47,9%)
JAPÃO: Rodovia, (63,8%), Aéreo (0,2%), Ferrovia (3,9%), Marítimo (32%)
@. CUSTOS DO TRANSPORTE
Transporte de mercadorias (Fonte: UIC e AIE) O transporte ferroviário de mercadorias atinge quotas muito elevadas nos países de maior área, por terem uma rede homogénea e sem problemas de interoperabilidade
@. CUSTOS DO TRANSPORTE
A Europa necessita de um sistema integrado de transportes de passageiros e de mercadorias O transporte ferroviário de mercadorias na U.E.27 tem uma quota muito baixa (7%).
A resolução deste problema passa pela aposta de novos corredores ferroviários que percorram os diferentes países da U.E. Serão necessárias linhas mistas de bitola europeia para permitir o transporte de passageiros e mercadorias do nosso território para Espanha e a U.E. Os diferentes modos de transporte deverão funcionar como peças de um puzzle, que se encaixam harmoniosamente.
@. PROBLEMA DA DIFERENÇA DA BITOLA
Disparo de custos, por contentor, devido à operação de transbordo na fronteira francesa.
Forte limitação do número de comboios que circulam entre Espanha e França por dia.
Um bom exemplo deste problema era o que ocorria na linha existente entre Barcelona e França onde, por dia, só circulavam 10 comboios devido ao tempo que se perdia em cada transbordo (1 hora ou mais). Se a bitola for igual, são 280.
O transporte ferroviário de mercadorias, entre a Península Ibérica e países da U.E., além Pirinéus, é quase nulo.
@. PROBLEMA DA DIFERENÇA DA BITOLA O Porto de Gioia Tauro (no sul de Itália) cilindrou o de Barcelona
@. MERCADORIAS - Para maiores distâncias a ferrovia é competitiva. - Transportar camiões e atrelados sobre vagões “Ferroutage” será um investimento adequado. - As empresas poderiam deslocar os seus contentores por estrada até um porto seco (terminal), utilizando a ferrovia de bitola europeia através do sistema de “Ferroutage” (camiões sobre vagões).
@. REDES TRANSEUROPEIAS
A Rede Transeuropeia de Transportes (RTE-T) que agora se designa por Connecting Europe Facility (CEF Transport) tem por objetivo eliminar todo o tipo de constrangimentos à livre circulação de mercadorias e pessoas, entre os diferentes países da União Europeia (UE), de modo a potenciar o Mercado Único e a coesão territorial da UE.
A ideia principal é transferir a Carga e os Passageiros para o transporte público de tração elétrica, de modo a diminuir o consumo de petróleo.
Na U.E., estão em construção um conjunto de infraestruturas, tais como: rodovias, ferrovias, portos, canais, rios navegáveis, aeroportos, plataformas logísticas, portos secos, etc., essenciais para o funcionamento de toda uma rede de transporte de pessoas e bens que engloba os modos ferroviário, marítimo, aéreo e rodoviário.
Além do sector dos transportes, vão existir mais outras duas redes europeias, respeitantes à energia (RTE-E) e telecomunicações (eTEN).
@. REDE - RTE-T
No passado, a Comissão Europeia tinha definido 30 Projetos Prioritários (co-financiados) no pacote financeiro 2007-2013 e, mais outros 9, para o actual pacote financeiro 2014-2020 da RTE-T. A maioria destes projetos são ferroviários, que terão comparticipação comunitária direta e financiamento do BEI.
Um exemplo estratégico para Portugal, financiado pelo anterior pacote financeiro 2007-2013 é o novo troço ferroviário de bit. Europeia, Poceirão-Caia, para mercadorias (25 Ton/eixo) e passageiros (AV) que faz parte do Corredor do Atlântico, que fará a ligação Poceirão-Badajoz-Madrid-Valladolid-Irun-França.
Este corredor ferroviário vai permitir a livre circulação e sem transbordos para a U.E. de comboios de mercadorias, de tração elétrica com 750 metros de comprimento, reduzindo em 50% o custo do transporte por contentor e sem depender do petróleo.
Os novos corredores, para mercadorias (Vel. Méd 100 Km/h) e passageiros, serão constituídos por vias duplas de Alta Velocidade e Velocidade Elevada, 25 Mil Volts (AC) e Sinalização ERTMS. As estações ferroviárias e os portos deverão ser comuns à nova e antiga rede. O porto de Barcelona, por exemplo, possui 2 bitolas, a Ibérica para servir o mercado nacional e a europeia para o tráfego internacional.
No futuro, a infraestrutura ferroviária será utilizada por diferentes operadores, o que permitirá a livre concorrência (tal como já acontece na Aviação).
@. CORREDOR DO ATLÂNTICO
Em território nacional, o Corredor do Atlântico, será constituído pelas novas vias duplas, em bitola europeia, Lisboa-Porto, Aveiro-Salamanca e Lisboa-Sines-Poceirão-Caia que farão a ligação direta e sem transbordos à U.E.
@. REDE - RTE-T
Exemplos de alguns corredores
Eixo ferroviário Berlim-Verona/Milão-Bolonha-Nápoles-Messina;
Comboio de alta velocidade Paris-Bruxelas/Bruxelas-Colónia- Amesterdão-Londres;
Eixo ferroviário de alta velocidade do sudoeste da Europa;
Eixo ferroviário de alta velocidade Leste (incluindo a ligação Paris-Estrasburgo/Luxemburgo);
Caminho-de-ferro clássico/transporte combinado ou linha de Betuwe;
Eixo ferroviário Lyon-Trieste-Divaca/Koper-Liubliana- Budapeste-fronteira ucraniana;
Eixo de auto-estradas Igoumenitsa/Patra-Atenas-Sófia- Budapeste.
@. REDE - RTE-T
Estes corredores são verdadeiras “autoestradas ferroviárias” para mercadorias e passageiros, com características normalizadas, com bitola, sinalização e eletrificação europeias de modo a resolver os atuais problemas de interoperabilidade.
@. REDE DE MERCADORIAS E AV
Ponto estratégico para a Região Norte: Medina del Campo, porque dá acesso à U.E., Madrid e Norte- Sul de Espanha Ponto estratégico para a Região Sul: Madrid Público Carga e Transportes Vigo
@. TRÁFEGOS DE PASSAGEIROS
Todas as cidades vão ligar-se entre si. Já existem comboios que ligam Barcelona a Sevilha sem passar por Madrid Lisboa-Madrid-Barcelona Lisboa-Madrid-Valência-Múrcia Vigo-Braga-Porto-Salamanca-Madrid Vigo-Braga-Porto-Europa Lisboa-Reg. Centro-Aveiro-Salamanca-Madrid Lisboa-Região Centro-Europa Vigo Lisboa-Porto-Braga
24. CORREDOR DO ATLÂNTICO
Após a finalização da nova rede em território nacional e em bitola europeia, o transporte de mercadorias, provenientes do Sul e Norte do nosso País, circulará de e para a Europa, através da linha Aveiro – Salamanca, via Irun, pelo Corredor do Atlântico (amarelo), tornando-se este eixo o mais importante e uma autêntica “auto-estrada ferroviária” na ligação para a U. E.
@. O QUE ACONTECERÁ SE NADA SE FIZER?
Neste caso, Portugal ficará completamente isolado da U. E. em termos ferroviários, e as consequências económicas serão bastante graves, uma vez que será menos atraente para o investimento nacional e estrangeiro.
Provavelmente, algumas empresas irão deslocar-se para o país vizinho, por forma a terem acesso à nova rede ferroviária, que lhes permitirá colocar os seus produtos a um custo mais baixo, nos restantes países da U. E.
@. O QUE ACONTECERÁ SE NADA SE FIZER?
Linhas de bitola Ibérica a suprimir na nossa fronteira
Valença - 2018 Salamanca – 2015-2016 Badajoz 2016-2020 Fonte: El País 13/5/2013
@. O QUE ACONTECERÁ SE NADA SE FIZER?
Se nada for feito, Portugal ficará dependente de 3 portos secos: Galiza, Salamanca e Badajoz Connecting Europe Facility
@. O QUE SE DEVERIA FAZER?
No Quadro Financeiro 2014-2020, Portugal tem direito a financiamento de fundos europeus com compartipação de 85%. De 2007-2013, como nenhuma obra foi executada, o nosso país perdeu as verbas a que tinha direito (centenas de milhões de euros).
O único projeto de execução terminado é o do troço ferroviário Poceirão-Caia. A sua construção deveria ser realizada, efetuando a sua ligação ao Pinhal Novo (nó de passageiros) e do Poceirão (nó de mercadorias) aos portos de Sines e Setúbal, em bitola europeia. As candidaturas terminam a 26-02- 2015.
Sobre o Troço Aveiro-Salamanca ainda vai ser necessário realizar o respetivo projeto de execução. Lisboa-Porto só poderá ser realizado numa próxima fase.
@@@@. CONCLUSÃO
A ligação ao Corredor do Atlântico é do máximo interesse para Portugal, porque vai permitir que o nosso País tenha um acesso mais competitivo à Europa, para as mercadorias.
Várias regiões de Espanha terão uma ligação mais direta e rápida aos nossos portos de mar.
A nova rede permitirá transferir tráfego da rodovia e do avião para a ferrovia, diminuindo o consumo de energia e os custos do transporte. A ligação ao Corredor ferroviário do Atlântico vai ser, nos próximos anos, um dos mais importantes investimentos que Portugal terá que efetuar. Esta nova realidade poderá trazer enormes benefícios económicos.
Ministro da Energia, Jorge Moreira da Silva, diz que esta dependência do petróleo não é sustentável
"Não me conformo com o facto de Portugal importar 7 a 10 mil milhões de euros de petróleo por ano"
TEMAS EM DEBATE
PREÇO DO PETRÓLEO
CUSTOS DO TRANSPORTE
PROBLEMA DA DIFERENÇA DA BITOLA
REDE DE BITOLA EUROPEIA
RTE-T
TRANSPORTE FERROVIÁRIO DE MERCADORIAS
CORREDOR DO ATLÂNTICO
CONCLUSÃO
@. Preço do petróleo barato terminou
Em 1998, o barril de petróleo custava 12 dólares. Nos últimos anos tem superado os 100 dólares por barril e, se a economia portuguesa não estivesse ligada ao Euro, a nossa situação seria ainda pior.
Cada acréscimo de 1 dólar por barril representa um aumento de 100 milhões de dólares por ano, na nossa economia (no total) .
Em 1998, a fatura energética portuguesa foi de 1320 milhões de euros (264 milhões de contos) a preços correntes. Em 2008, o valor foi de 8252 milhões de euros. Uma diferença de quase 7 mil milhões de euros, o que corresponde a 7 Pontes Vasco da Gama.
@. Previsões erradas
O Ministério da Indústria e Energia efetuou um estudo sobre o preço do Petróleo em 1996. No documento governamental publicado no mesmo ano, as previsões eram, para o ano 2000, 23 dólares por barril; para o período de 2005 até 2015, o preço ficaria estabilizado nos 28 dólares por barril!
Outro dado interessante é que, em 2001, um litro de gasóleo custava 0,65 euros. Em 2012 atingia cerca de 1,5 euros. O salário mínimo, em 2001, era de 348 Euros e, em 2012, era de 485 Euros.
Quando o preço do petróleo supera os 100 dólares por barril, os países industrializados entram em recessão. A maioria dos países produtores entram em crise, quando o preço do petróleo fica abaixo dos 80 dólares por barril.
@. CRESCIMENTO E ENERGIA
Crescimento económico depende do preço da energia
Até à 1ª Revolução Industrial o PIB mundial não crescia. A energia mais utilizada era a energia animal e dos escravos. A utilização da energia do carvão e da máquina a vapor fez disparar o PIB.
A outra energia que fez aumentar o PIB mundial foi o Petróleo.
Na maioria dos países industrializados, as economias estão estagnadas devido ao elevado preço da energia.
@. CUSTOS DO TRANSPORTE
Actualmente, mais de 50 % das exportações portuguesas são transportadas por rodovia. Se optarmos por uma alternativa com menores custos, estamos a criar condições para que os nossos produtos sejam mais competitivos. Fonte: Comissão Europeia
@. CUSTOS DO TRANSPORTE
As vantagens da eletrificação ferroviária
O rendimento energético de um motor é a relação entre a quantidade de energia consumida e a energia fornecida.
Nos motores elétricos o rendimento é cerca de 90%, enquanto nos motores de combustão interna esse valor anda à volta dos 30 a 34%.
Em média, um comboio elétrico (que não depende do petróleo), considerando o consumo de energia por passageiro e por quilómetro percorrido, é 7 vezes ou mais eficiente que o avião e 4 vezes mais que o automóvel.
@. CUSTOS DO TRANSPORTE
Transporte de passageiros (Fonte : UIC e AIE) Considerando a unidade de medida passageiro-quilómetro (pkm), que corresponde ao transporte de um passageiro na distância de um quilómetro, os valores de 2009, em percentagem, são:
UE27: Carro (73,7%), Aéreo (8,1%), Ferrovia (5,9%), Marítimo (0,6%)
EUA: Rodovia (82,1%), Aéreo (17,7%), Ferrovia (0,2%), Marítimo (0,0%)
CANADÁ: Rodovia (91,8%), Aéreo (7,9%), Ferrovia (0,3%)
RÚSSIA: Rodovia (28,6%), Aéreo (30,1%), Ferrovia (41,1%), Marítimo (0,2%)
CHINA: Rodovia (54,4%), Aéreo (13,6%), Ferrovia (31,7%), Marítimo (0,3%)
JAPÃO: Rodovia (64,9%), Aéreo (5,8%), Ferrovia (29%), Marítimo (0,3%)
@. CUSTOS DO TRANSPORTE Transporte de mercadorias
Considerando a unidade tonelada-quilómetro (tkm), correspondente à deslocação de uma tonelada de mercadorias na distância de 1 Km, os valores de 2009, em percentagem, são:
UE27: Rodovia, (48,2%), Aéreo (0,1%), Ferrovia (6,9%), Marítimo (38,1%)
EUA: Rodovia, (35,8%), Aéreo (0,4%), Ferrovia (48,3%), Marítimo (15,6%)
CANADÁ: Rodovia, (28,2%), Aéreo (0,2%), Ferrovia (67,9%), Marítimo (3,8%)
RÚSSIA: Rodovia, (8,6%), Aéreo (0,2%), Ferrovia (88,8%), Marítimo (2,5%)
CHINA: Rodovia, (31%), Aéreo (0,1%), Ferrovia (21%), Marítimo (47,9%)
JAPÃO: Rodovia, (63,8%), Aéreo (0,2%), Ferrovia (3,9%), Marítimo (32%)
@. CUSTOS DO TRANSPORTE
Transporte de mercadorias (Fonte: UIC e AIE) O transporte ferroviário de mercadorias atinge quotas muito elevadas nos países de maior área, por terem uma rede homogénea e sem problemas de interoperabilidade
@. CUSTOS DO TRANSPORTE
A Europa necessita de um sistema integrado de transportes de passageiros e de mercadorias O transporte ferroviário de mercadorias na U.E.27 tem uma quota muito baixa (7%).
A resolução deste problema passa pela aposta de novos corredores ferroviários que percorram os diferentes países da U.E. Serão necessárias linhas mistas de bitola europeia para permitir o transporte de passageiros e mercadorias do nosso território para Espanha e a U.E. Os diferentes modos de transporte deverão funcionar como peças de um puzzle, que se encaixam harmoniosamente.
@. PROBLEMA DA DIFERENÇA DA BITOLA
Disparo de custos, por contentor, devido à operação de transbordo na fronteira francesa.
Forte limitação do número de comboios que circulam entre Espanha e França por dia.
Um bom exemplo deste problema era o que ocorria na linha existente entre Barcelona e França onde, por dia, só circulavam 10 comboios devido ao tempo que se perdia em cada transbordo (1 hora ou mais). Se a bitola for igual, são 280.
O transporte ferroviário de mercadorias, entre a Península Ibérica e países da U.E., além Pirinéus, é quase nulo.
@. PROBLEMA DA DIFERENÇA DA BITOLA O Porto de Gioia Tauro (no sul de Itália) cilindrou o de Barcelona
@. MERCADORIAS - Para maiores distâncias a ferrovia é competitiva. - Transportar camiões e atrelados sobre vagões “Ferroutage” será um investimento adequado. - As empresas poderiam deslocar os seus contentores por estrada até um porto seco (terminal), utilizando a ferrovia de bitola europeia através do sistema de “Ferroutage” (camiões sobre vagões).
@. REDES TRANSEUROPEIAS
A Rede Transeuropeia de Transportes (RTE-T) que agora se designa por Connecting Europe Facility (CEF Transport) tem por objetivo eliminar todo o tipo de constrangimentos à livre circulação de mercadorias e pessoas, entre os diferentes países da União Europeia (UE), de modo a potenciar o Mercado Único e a coesão territorial da UE.
A ideia principal é transferir a Carga e os Passageiros para o transporte público de tração elétrica, de modo a diminuir o consumo de petróleo.
Na U.E., estão em construção um conjunto de infraestruturas, tais como: rodovias, ferrovias, portos, canais, rios navegáveis, aeroportos, plataformas logísticas, portos secos, etc., essenciais para o funcionamento de toda uma rede de transporte de pessoas e bens que engloba os modos ferroviário, marítimo, aéreo e rodoviário.
Além do sector dos transportes, vão existir mais outras duas redes europeias, respeitantes à energia (RTE-E) e telecomunicações (eTEN).
@. REDE - RTE-T
No passado, a Comissão Europeia tinha definido 30 Projetos Prioritários (co-financiados) no pacote financeiro 2007-2013 e, mais outros 9, para o actual pacote financeiro 2014-2020 da RTE-T. A maioria destes projetos são ferroviários, que terão comparticipação comunitária direta e financiamento do BEI.
Um exemplo estratégico para Portugal, financiado pelo anterior pacote financeiro 2007-2013 é o novo troço ferroviário de bit. Europeia, Poceirão-Caia, para mercadorias (25 Ton/eixo) e passageiros (AV) que faz parte do Corredor do Atlântico, que fará a ligação Poceirão-Badajoz-Madrid-Valladolid-Irun-França.
Este corredor ferroviário vai permitir a livre circulação e sem transbordos para a U.E. de comboios de mercadorias, de tração elétrica com 750 metros de comprimento, reduzindo em 50% o custo do transporte por contentor e sem depender do petróleo.
Os novos corredores, para mercadorias (Vel. Méd 100 Km/h) e passageiros, serão constituídos por vias duplas de Alta Velocidade e Velocidade Elevada, 25 Mil Volts (AC) e Sinalização ERTMS. As estações ferroviárias e os portos deverão ser comuns à nova e antiga rede. O porto de Barcelona, por exemplo, possui 2 bitolas, a Ibérica para servir o mercado nacional e a europeia para o tráfego internacional.
No futuro, a infraestrutura ferroviária será utilizada por diferentes operadores, o que permitirá a livre concorrência (tal como já acontece na Aviação).
@. CORREDOR DO ATLÂNTICO
Em território nacional, o Corredor do Atlântico, será constituído pelas novas vias duplas, em bitola europeia, Lisboa-Porto, Aveiro-Salamanca e Lisboa-Sines-Poceirão-Caia que farão a ligação direta e sem transbordos à U.E.
@. REDE - RTE-T
Exemplos de alguns corredores
Eixo ferroviário Berlim-Verona/Milão-Bolonha-Nápoles-Messina;
Comboio de alta velocidade Paris-Bruxelas/Bruxelas-Colónia- Amesterdão-Londres;
Eixo ferroviário de alta velocidade do sudoeste da Europa;
Eixo ferroviário de alta velocidade Leste (incluindo a ligação Paris-Estrasburgo/Luxemburgo);
Caminho-de-ferro clássico/transporte combinado ou linha de Betuwe;
Eixo ferroviário Lyon-Trieste-Divaca/Koper-Liubliana- Budapeste-fronteira ucraniana;
Eixo de auto-estradas Igoumenitsa/Patra-Atenas-Sófia- Budapeste.
@. REDE - RTE-T
Estes corredores são verdadeiras “autoestradas ferroviárias” para mercadorias e passageiros, com características normalizadas, com bitola, sinalização e eletrificação europeias de modo a resolver os atuais problemas de interoperabilidade.
@. REDE DE MERCADORIAS E AV
Ponto estratégico para a Região Norte: Medina del Campo, porque dá acesso à U.E., Madrid e Norte- Sul de Espanha Ponto estratégico para a Região Sul: Madrid Público Carga e Transportes Vigo
@. TRÁFEGOS DE PASSAGEIROS
Todas as cidades vão ligar-se entre si. Já existem comboios que ligam Barcelona a Sevilha sem passar por Madrid Lisboa-Madrid-Barcelona Lisboa-Madrid-Valência-Múrcia Vigo-Braga-Porto-Salamanca-Madrid Vigo-Braga-Porto-Europa Lisboa-Reg. Centro-Aveiro-Salamanca-Madrid Lisboa-Região Centro-Europa Vigo Lisboa-Porto-Braga
24. CORREDOR DO ATLÂNTICO
Após a finalização da nova rede em território nacional e em bitola europeia, o transporte de mercadorias, provenientes do Sul e Norte do nosso País, circulará de e para a Europa, através da linha Aveiro – Salamanca, via Irun, pelo Corredor do Atlântico (amarelo), tornando-se este eixo o mais importante e uma autêntica “auto-estrada ferroviária” na ligação para a U. E.
@. O QUE ACONTECERÁ SE NADA SE FIZER?
Neste caso, Portugal ficará completamente isolado da U. E. em termos ferroviários, e as consequências económicas serão bastante graves, uma vez que será menos atraente para o investimento nacional e estrangeiro.
Provavelmente, algumas empresas irão deslocar-se para o país vizinho, por forma a terem acesso à nova rede ferroviária, que lhes permitirá colocar os seus produtos a um custo mais baixo, nos restantes países da U. E.
@. O QUE ACONTECERÁ SE NADA SE FIZER?
Linhas de bitola Ibérica a suprimir na nossa fronteira
Valença - 2018 Salamanca – 2015-2016 Badajoz 2016-2020 Fonte: El País 13/5/2013
@. O QUE ACONTECERÁ SE NADA SE FIZER?
Se nada for feito, Portugal ficará dependente de 3 portos secos: Galiza, Salamanca e Badajoz Connecting Europe Facility
@. O QUE SE DEVERIA FAZER?
No Quadro Financeiro 2014-2020, Portugal tem direito a financiamento de fundos europeus com compartipação de 85%. De 2007-2013, como nenhuma obra foi executada, o nosso país perdeu as verbas a que tinha direito (centenas de milhões de euros).
O único projeto de execução terminado é o do troço ferroviário Poceirão-Caia. A sua construção deveria ser realizada, efetuando a sua ligação ao Pinhal Novo (nó de passageiros) e do Poceirão (nó de mercadorias) aos portos de Sines e Setúbal, em bitola europeia. As candidaturas terminam a 26-02- 2015.
Sobre o Troço Aveiro-Salamanca ainda vai ser necessário realizar o respetivo projeto de execução. Lisboa-Porto só poderá ser realizado numa próxima fase.
@@@@. CONCLUSÃO
A ligação ao Corredor do Atlântico é do máximo interesse para Portugal, porque vai permitir que o nosso País tenha um acesso mais competitivo à Europa, para as mercadorias.
Várias regiões de Espanha terão uma ligação mais direta e rápida aos nossos portos de mar.
A nova rede permitirá transferir tráfego da rodovia e do avião para a ferrovia, diminuindo o consumo de energia e os custos do transporte. A ligação ao Corredor ferroviário do Atlântico vai ser, nos próximos anos, um dos mais importantes investimentos que Portugal terá que efetuar. Esta nova realidade poderá trazer enormes benefícios económicos.
Excelente post, com informação sólida e detalhada para que cada um possa ter uma opinião fundamentada.
ResponderEliminarSeria bom que aparecesse um sobre as ligações electricas tambem. Somos bem penalizados por não podermos(ibericos) a energia renovavel a toda a UE em horario de grande consumo(deles) e grande produção aqui.
Como sempre informação importante.
ResponderEliminarAgora só falta mesmo é encontrar as soluções para mudar este marasmo em que estamos.