INSTITUTO CIENTIFICO FINANCIA ARTISTAS? SE FOREM FILHAS DO PRESIDENTE, E COM DINHEIRO PÚBLICO, CLARO QUE SIM.


O mais interessante, desta história, é o envolvimento familiar, parece que o mundo gira em volta da família Macedo. Comovente... mas paga com dinheiro
público... uma afronta aos contribuintes que são forçados a pagar as exposições da filha de Braga de Macedo que preside o instituto que a financiou, para expor homenagens ao pai de Braga de Macedo??? Será que alguma vez saberemos quanto pagamos pelas exposições, pelo mundo fora, desta menina do papá?
Não estranharemos se em breve nos depararmos com a noticia que atesta o financiamento de viagens para os netos irem à Disneyworld, e dos bisnetos, porque o vicio é extensível a toda a família, e por várias gerações. São muito unidos.
Entretanto... O dinheiro falta a quem o merece "Algo está mal no reino da FCT quando dois dos melhores alunos de Física do país não recebem bolsa." Público

"A filha de Braga de Macedo e o nosso dinheiro
Sabemos que Braga de Macedo foi ministro das Finanças de Cavaco Silva e que é militante do PSD, pelo qual foi deputado.
Sabemos que foi nomeado por Passos Coelho para definir a política externa económica deste governo, à qual Paulo Portas não ligou pevide.
Sabemos que depois disso foi escolhido, com Eduardo Catroga, Celeste Cardona e Paulo Teixeira Pinto, todos do PSD e do CDS, para o Conselho de Supervisão da EDP.
Sabemos que é Presidente do Conselho Diretivo do Instituto de Investigação Científica Tropical (IICT).
Não sabemos, nem em princípio teríamos nada que saber, que tem uma filha, Ana Macedo, que é artista plástica.

Ana Macedo fez, em Julho do ano passado (só agora tive acesso a essa informação) uma exposição em Maputo. "Caras e Citações: uma interpretação estética sobre Universidade, Cultura e Desenvolvimento".
A exposição teve o apoio do Instituto Camões. E, coisa rara, não foi no seu centro cultural, mas na bonita estação de caminhos-de-ferro (que tive oportunidade de conhecer).
Teve o apoio do Instituto Camões. Continuo a não ter nada para dizer. É excelente que o Instituto Camões apoie e divulgue os artistas plásticos portugueses (deixo de fora deste texto qualquer consideração sobre a qualidade da exposição, que aqui não vem ao caso, até porque só vi as fotos da dita ).
E o facto da artista ser filha de quem é não a deve prejudicar. Portugal é pequeno e a probabilidade de alguém ser filho de alguém com responsabilidades em alguma área não é pequena.

O problema vem depois. Além do Instituto Camões, outra instituição do Estado apoiou o acontecimento. Sim, já adivinharam: o Instituto de Investigação Científica Tropical. O mesmíssimo que o pai da artista plástica dirige. Garante um português que vive em Maputo há quinze anos e que conhece bem a vida cultural da cidade que nunca o IICT patrocinou algum acontecimento cultural em Maputo .
Alertado por este post, fui investigar a coisa. Bastaram uns telefonemas e umas buscas na Net. É tudo é feito às claras, como se se tratasse da coisa mais natural do mundo. O apoio do IICT a esta exposição e a esta artista já vem de Lisboa, com uma parceria entre a Faculdade de Letras (no âmbito do seu centenário) e este laboratório do Estado , através do seu projeto "Saber Continuar".
Na altura, a artista agradeceu "por esta oportunidade de criar um projeto que se tem revelado propício à partilha de metas comuns de desenvolvimento cultural" . Mas mais ainda: outra exposição Ana Macedo, em Março de 2010, agora sobre Jorge Borges de Macedo (pai do presidente e avô da artista - fica tudo em família), contou com o apoio desta instituição pública, mais uma vez no âmbito do tal projeto "Saber Continuar". E parei aqui a investigação, com a certeza que iria encontrar muito mais nesta frutuosa relação familiar com dinheiros públicos.

É natural que Braga de Macedo goste da sua filha e a tente ajudar na sua carreira. Assim fazem todos os pais. Não é natural que use os nossos recursos para o fazer.
O IICT não lhe pertence nem é uma fundação ou empresa privada.
É-me desconfortável falar da vida familiar de qualquer pessoa. Até porque odeio que falem da minha. Mas é quem usa o que é de todos para ajudar os seus que expõe a sua família ao escrutínio público. Faz mal duas vezes: a nós e a quem quer ajudar.
Caberá a Braga de Macedo explicar este comportamento eticamente inaceitável. Com que critérios usou dinheiros do Estado (pouco ou quase nada, tanto faz) para apoiar a carreira da sua própria filha? Como explica o mais despudorado dos nepotismo na gestão da coisa pública? E mais não digo, que começo a ficar cansado de tanto desplante. FONTE
JÁ VAI EM TRÊS EXPOSIÇÕES FINANCIADAS POR TODOS NÓS, É PARA ISTO QUE SERVEM OS INSTITUTOS, AS FUNDAÇÕES E OS OBSERVATÓRIOS? PARA USAR O DINHEIRO PÚBLICO COMO BEM ENTENDEM?
"Ana de Macedo, filha de Jorge Braga de Macedo, teve pelo menos três exposições apoiadas pelo Instituto de Investigação Científica Tropical, presidido pelo pai.
O EXPRESSO confirmou ainda que a artista plástica tem também um espaço nas instalações do instituto.
O Instituto de Investigação Científica Tropical (IICT), presidido Jorge Braga de Macedo, apoiou exposições da artista plástica Ana Macedo, filha do ex-ministro das Finanças do PSD.
(...) Braga de Macedo terá favorecido a filha, uma vez que o Instituto a que preside deu apoio a exposições de Ana Macedo, tanto em Lisboa, como em Maputo, notícia confirmada pelo EXPRESSO junto do IICT.

No site do IICT estão divulgadas efetivamente três exposições da filha do presidente. "Caras e Citações, uma interpelação estética sobre Universidade, Cultura e Desenvolvimento", "Jorge Borges de Macedo Privado e Publicado" e "Jorge Borges de Macedo - A Colagem é História". A primeira trata-se de uma exposição inserida nas comemorações do Centenário da Faculdade de Letras, em parceria com o projeto "Saber Continuar" e foi apresentada primeiro em Lisboa e depois em Maputo. A segunda e a terceira, uma homenagem ao pai de Braga de Macedo, avô da artista plástica, e está integrada no mesmo projeto, conduzido pelo IICT desde fins de 2004 (ano em que Braga de Macedo assumiu a presidência do instituto), em parceria com a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

Consultada pelo EXPRESSO, Teresa Albino, responsável pela comunicação do IICT, explicou que uma das exposições foi "um dos eventos promovidos e seleccionado pela Faculdade de Letras" e que o apoio das outras duas veio de "financiamentos privados".
"Participação de Ana Macedo no projecto é natural"
A mesma responsável confirmou ainda que Ana Macedo usufrui de um espaço nas instalações do IICP: "disponibilizamos, conforme as situações, uma secretária ou um espaço momentaneamente devoluto e a residência artística", escreveu Teresa Albino no mail que respondeu a perguntas enviados pelo jornal.
Por último, Teresa Albino fez ainda questão de sublinhar que "o projecto 'Jorge Borges de Macedo: Saber Continuar' foi criado em 2004 com financiamento privado e em parceria com a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa para prestar homenagem ao eminente professor por ocasião da doação do seu espólio bibliográfico. Desde então diversos actos e publicações têm tido lugar. A participação de Ana Macedo no projecto é natural não havendo qualquer prática contrária à lei ou à ética".
Bloco de Esquerda quer esclarecimentos
Entretanto, o Bloco de Esquerda, na sequência da crónica de Daniel Oliveira, já questionou formalmente o Ministério da Educação e Ciência. A deputada Ana Drago quer esclarecimentos concretos sobre os montantes gastos com as exposições em causa.
O EXPRESSO tentou em vão contactar Jorge Braga de Macedo, mais do que uma vez, no entanto, o telemóvel do presidente do IITC encontrou-se sempre desligado nesses momentos. fonte
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5 comentários:

  1. Isto não podia estar a acontecer. Muito mal Sr Braga Macedo

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  2. Não há um que se aproveite!
    O contribuinte vai continuar a ser roubado eternamente!

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    1. Enquanto houver milhões de portugueses a votar neste regime doente, sim, continuaremos a ser roubados e eles impunes

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  3. Cambada de ladrões!!! Temos que correr com estes tipos!

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Olá caro leitor, obrigada por comentar... sei que apetece insultar os corruptos, mas não é permitido. Já não podemos odiar quem nos apetece... (enfim) Insultem, mas com suavidade.
Incentivos ao ódio, à violência, ao racismo, etc serão apagados, pois o Google não permite.