SWAPS de 2008 são o “Apocalipse Now” da banca, diz jornal britânico

MAIS UMA VERGONHA NACIONAL
Swap da Metro do Porto é o “Apocalipse Now” da banca, diz jornal britânico

The Independent usa exemplo de swap comprado pela empresa pública portuguesa ao Goldman Sachs e ao Nomura para explicar como os bancos se aproveitam destes contratos para conseguir lucros elevados.
"A papelada que descreve estes contratos consiste em páginas e páginas de álgebra, que representam uma combinação sempre crescente, imprevisível, de riscos impenetráveis, cujos impactos de cada parcela se multiplicam como um vírus", escreve o jornal britânico The Independent, referindo-se a um swap comprado pela Metro do Porto ao Goldman Sachs em 2008 e reestruturado posteriormente pelo Nomura.

"Fez-me rir e chorar ao mesmo tempo. O que estariam eles a pensar? Já vi alguns produtos maus, mas isto é qualquer coisa diferente. Isto é o Apocalipse Now do sector bancário, quando tudo e todos estão a caminho da loucura", comenta Moorad Choudhry, um antigo banqueiro da city de Londres, e actual professor do departamento de Ciências Matemáticas da Brunel University, em declarações ao The Independent.
Esta não é a primeira vez que swaps comprados pela Metro do Porto são criticados de forma agressiva na imprensa internacional. A Risk Magazine, uma revista especializada em produtos e mercados financeiros, também já tinha dedicado um artigo de fundo a analisar um swap comprado pela empresa pública de transportes ao Santander.
Desta vez, o The Independent explica que o swap da Metro do Porto foi comprado para cobrir os custos com juros de um empréstimo de 126 milhões de euros, mas que rapidamente acumulou perdas de 120 milhões de euros.

Quando a Metro do Porto contratou o Nomura para reestruturar a operação, o que a empresa conseguiu foi um swap em parte simétrico ao que já tinha com o Goldman Sachs, mas que acrescentava novas variáveis de risco, incluindo um índice criado pelo próprio Nomura e que acabou por acumular novamente perdas avultadas (cerca de 80 milhões de euros).
Quando a Metro do Porto tentou colocar os dois bancos em contacto para anular a parte do swap que era simétrica, obteve uma proposta que incluía pagar mais 26 milhões de euros aos bancos, diz o The Independent, baseando-se em "documentos da altura". Ao jornal britânico, os bancos negaram os números, mas recusaram avançar os seus próprios cálculos, alegando confidencialidade da operação.

O Nomura recusou comentar o artigo do The Independent e um porta-voz do Goldman disse apenas que "o Goldman Sachs tem um longo historial de trabalho com o Governo português, com quem continua a manter uma relação construtiva".
O swap analisado pelo jornal faz parte do conjunto de operações que já foram canceladas pela equipa do IGCP, criada para lidar com este problema.
Tal como o Tesouro adiantou ao jornal Público, os cerca de 50 derivados que ainda são detidos por empresas públicas portuguesas apresentavam em 30 de Junho perdas potenciais de 1.690 milhões de euros.
Os swaps comprados ao Santander representam 76% do total de perdas potenciais. 
A Metro de Lisboa e a Metro do Porto são as duas empresas com perdas potenciais acumuladas mais elevadas - 725 milhões de euros estão por conta da empresa de transportes da capital, 534 milhões são prejuízos potenciais da Metro do Porto.
Leia a notícia do The Independent: http://www.independent.co.uk/news/business/analysis-and-features/exclusive-blinded-by-science-the-goldman-deal-that-went-off-the-rails-9613719.html#

SWAP - os intermediários estão multimilionários! 


Informação de 145 'swap' enviada a Maria Luís Albuquerque
O ex-diretor-geral do Tesouro e Finanças Pedro Felício enviou à agora ministra das Finanças ainda no verão de 2011 informação detalhada sobre 145 'swap' contratados por nove empresas públicas, com valores de perdas potenciais e testes de sensibilidade.



OS PORTUGUESES SÃO MOTIVO DE CHACOTA PELO MUNDO FORA POR CAUSA DOS CONTRATOS QUE OS NOSSOS POLÍTICOS CORRUPTOS FAZEM... E como é que os nossos partidos chegaram a este ponto, que sem medo e sem vergonha, fazem de nós parvos? Porque perceberam que em Portugal o povo não os pune nas urnas, votando contra os partidos mais sem vergonha e mais corruptos. O povo português ainda não sabe viver em democracia nem usar o voto, e não votam contra eles, 60% dos eleitores em Portugal votam branco nulo e abstêm-se. Mas para agravar este quadro de 3º mundo, o povo português, também não sabem ser leal ao país e pensam que devem ser leais aos partidos, e como tal por muito que roubem, mintam ou enganem, eles votam neles e apoiam o seu saque, a sua mentira e a sua desonestidade. Eles só roubam, mentem e lesam o estado, porque perceberam que não há nada a temer.

UM ESTUDIOSO DESCREVE A FORMA RIDÍCULA COMO OS POLÍTICOS PORTUGUESES FAZEM CONTRATOS ... só possível num país onde o povo não está atento e activo é que isto é possível.
Emmerich Krause é um Professor emérito de diversas Universidades do Estado de Turíngia, na Alemanha.
A sua tese de doutoramento é uma grossa reflexão de 4 volumes e meio intitulada "Ensaio sobre a Dinâmica Contratual Consoante o Credor - Contributo para uma Teoria Dinâmica do Dinamismo Contratual". O meio volume é apenas a bibliografia consultada.
Esta interessante obra, que está a marcar a ciência jurídica contemporânea, procura explicar a razão de haver contratos com destinos muito diferentes consoante as partes envolvidas.
O Professor Krause deslocou-se a Portugal na semana passada, pois parece que somos o país mais avançado do mundo nesta matéria, e realizou trabalho de campo valioso. Em rigoroso exclusivo, as notas do Professor Krause na sua viagem a Portugal.

"Portugal, que já deu novos mundos ao mundo, surpreendeu-me.
Afinal, Portugal também está a dar novos contratos ao mundo. Procurei por tantos países experiências que comprovassem as minhas teses, mas nunca tinha encontrado nada assim.
Para simplificar, fiz uma categorização dos tipos raros de contratos que descobri e que nunca tinham sido observados a olho nu:

1. Contratos-fingimento - Esta curiosa categoria de contratos é muito surpreendente. Trata-se de contratos em que uma das partes assume plenamente que as suas obrigações não são para cumprir, sabendo, de antemão, que a outra parte não irá exigir o seu cumprimento, nem se preocupar muito com o assunto. São muito utilizados quando há compras a empresas alemãs de material militar ou quando se vendem empresas à China.
Determina-se que as empresas estrangeiras têm que construir fábricas ou fazer outros investimentos, mas, passado uns tempos, o dinamismo contratual inerente faz com que essas obrigações desapareçam e fiquem adiadas até ver. É um extraordinário exemplo de obrigações contratuais descartáveis, uma brilhante inovação portuguesa.

2. Contratos-de-pedra - Dei este nome imortal a esta categoria de contratos. São contratos que vivem, sobrevivem e tornarão a viver para todo o sempre. Trata-se mesmo de uma situação de imobilismo contratual que daria para criar toda uma nova tese da ciência dos contratos. São contratos tão inalteráveis e rígidos que até dão para partir a cabeça de arremesso, se for necessário.
Quando se discute a sua alteração, decide-se sempre que não podem ser alterados sob pena de o Estado de Direito acabar já amanhã.
Exemplos destes contratos envolvem sempre investimentos avultados em contratações público-privadas e pagamentos ao Estado relacionados com energia. Admirável mundo novo contratual português.

3. Contratos de requalificação - Esta espécie exótica de contratos é uma originalidade portuguesa. Diria mesmo que no glorioso firmamento contratual, esta é a espécie que cintila destacada de todas as outras.
Trata-se de contratos de trabalho que contém em si os germes da sua própria destruição.
Eu explico. Através da celebração de um contrato de trabalho, poderá haver lugar à requalificação. Só que não é a requalificação do trabalhador. É mesmo a requalificação do contrato, que passa a ser requalificado na sua não existência. Ou seja, através da requalificação, faz-se desaparecer o contrato num golpe de magia. O contrato e o trabalhador. De génio. Estes portugueses sabem o que fazem.

4. Contratos-não contratos - Foi este o contrato pelo qual me apaixonei e ao qual gostava de dedicar a minha obra final.
Um contrato que se nega a si próprio. Um contrato que é em si um não contrato. Um contrato que nega a sua própria existência numa vertigem demente.
Um contrato que se contorce e desaparece. O exemplo mais típico e acabado deste contrato são os contratos envolvem pensões de reforma do Estado. Num momento, existem. No outro, não. Num momento, pode haver pensão. Passado uns meses, pode haver outra pensão bem mais baixa. E tudo com o mesmo contrato. No fundo, não existe contrato nenhum. Desde o astrolábio náutico que os portugueses não inventavam algo tão genial."
O Professor Krause não é apenas um cientista contratual. É mesmo o melhor cientista contratual do mundo. ARTIGO COMPLETO: 

Mais um contrato ridículo do PS. Assinam contrato com empresa de comunicações de emergência, que custou 5 vezes mais do que o necessário e que não funciona em casos de emergência. Mas está mesmo no contrato a salvaguardar que isso é permitido. O contrato foi feito à empresa do gang do BPN.

VIDEO QUE COMPLETA ESTE FILME CÓMICO 

Outro exemplo de contratos criminosos são as PPP. Como diz Paulo Morais, basta ler o Diário da Republica para perceber que as PPP são contratos criminosos e quem os fez devia estar preso. 


PERCEBA PORQUE RAZÃO AS PPP SÃO UMA VIGARICE DESCARADA



POR ISSO NÃO SE ESQUEÇA, SE NÃO GOSTA DE CORRUPTOS NEM DE CORRUPÇÃO, VOTE CONTRA ELES E CONTRA ELA. 












3 comentários:

  1. O caso em análise neste dossier levou à exoneração de dois secretários de estado do governo de Passos Coelho:

    Paulo Braga Lino - Secretário de Estado adjunto e da Defesa Nacional
    Foi membro da Comissão Instaladora da Autoridade Metropolitana de Transportes do Porto (2000-2006)
    Foi Controller da Metro do Porto e Director Administrativo e Financeiro da mesma empresa (2006-20011)
    Juvenal Silva Peneda - Secretário de Estado adjunto do Ministro da Administração Interna
    Foi presidente do conselho de administração da STCP (2003-2006)
    Foi membro da Comissão Empresarial da União Internacional de Transportes Públicos (2004-2006)
    Foi administrador da empresa Metro do Porto (2004-2008)
    Estes dois secretários de estado foram responsáveis pelo buraco na Metro do Porto, que se estima em mais de 800 milhões de euros.

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  2. Para além destes secretários de estado que foram exonerados, há mais envolvidos que ainda permanecem no governo:

    Maria Luís Albuquerque - secretária de Estado do Tesouro e posteriormente Ministra das Finanças
    Foi directora financeira da Refer (2001-2007)
    Explica-se não ter sido exonerada por ser responsável por "apenas" 14 contratos e pelo facto da situação na Refer não ser tão explosiva como nas outras empresas. As perdas estimam-se em 40 milhões de euros.
    Marco António Costa - secretário de Estado da Segurança Social
    Foi administrador não executivo na Metro do Porto
    Explica-se não ter sido exonerado justamente por não ter funções executivas.
    http://tretas.org/CasosDosSwaps

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  3. Nunca se vai ao fundo da porcaria para que a culpa continue a morrer solteira em vez de bater á porta dos culpados. Em Portugal a corrupção continua a tresandar.

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Olá caro leitor, obrigada por comentar... sei que apetece insultar os corruptos, mas não é permitido. Já não podemos odiar quem nos apetece... (enfim) Insultem, mas com suavidade.
Incentivos ao ódio, à violência, ao racismo, etc serão apagados, pois o Google não permite.