Este artigo resume algumas das acções que os Islandeses levaram a cabo para colocar um travão à corrupção e repor a democracia, no país.
Deixo realçado a amarelo, as medidas que fizeram toda a diferença, permitindo aos cidadãos que retomassem para si, o direito e o poder da verdadeira democracia, o de participarem nas decisões do futuro do país, e de terem o poder de impedir os políticos corruptos e vilões de voltarem ao poder.
Uma das medidas fundamentais, foi terem redesenhado a constituição. Pois é a constituição que atribui direitos e deveres aos cidadãos e governantes. Actualmente, a nossa constituição admite excessivas limitações/deveres para os cidadãos e excessivas liberdades/direitos para os governantes, portanto claras vantagens para quem tem poder de mudar a constituição, e claras desvantagens para quem já não tem poder para nada.
Os cidadãos foram excluídos de exercer o seu direito e poder, de participar nas decisões vitais, para o país.
O essencial do sistema de protecção social escapou aos cortes, ou foi, até, melhorado.
Filha de um ex-governador do Banco Central, é professora de Ética, diretora do departamento, na Universidade da Islândia. "Nunca me interessei por política", diz, a rir, no seu novo gabinete, que ocupa desde novembro de 2010.
Ela é uma das 25 pessoas "comuns", cidadãos dos 18 aos 91 anos, eleitos pelo povo para reescrever a Constituição do país.
Os bancos faliram, o Governo não teve dinheiro para os salvar. Nacionalizou-os, mas não assumiu as maiores dívidas.
Vieram as histórias de compadrio, corrupção, o buraco negro de milhares de milhões de euros, a súbita e inesperada fragilidade das pessoas. A pobreza, o desemprego. "Era preciso dar uma resposta", explica Salvör.
Dois meses depois da crise, desencadeada em outubro de 2008, e de a revolução se ter instalado nas ruas de Reiquiavique a capital, com milhares de islandeses dispostos a tudo para conseguir uma solução para os seus problemas, Salvör integrou a Comissão Especial de Inquérito que reconstituiu a história da kreppa islandesa, o mais extraordinário e abrupto crash da história económica do mundo, parafraseando o Prémio Nobel da especialidade, Paul Krugman.
Eram apenas seis, na Comissão.
Três especialistas em Ética, dois advogados e um economista.
E muito já diz esta composição... Salvör leu todos os documentos, vasculhou a incrível história de banqueiros como Jon Asgeir Johnnesson, o maior acionista do banco Giltnir, o primeiro gigante a falir. Um multimilionário que vivia do crédito do seu próprio banco (e de outros). Tinha um iate de luxo, um avião privado e dois apartamentos de 25 milhões de dólares, em Manhattan, Gramercy Park.
Em 2 400 páginas, a Comissão de Salvör contou todas as histórias. E a população não fez orelhas moucas.
O relatório todo (investigado e escrito entre janeiro de 2009 e março de 2010) foi lido, por atores, no Teatro Municipal de Reiquiavique. A leitura era retransmitida pela rádio.
Mas há um resumo possível, numa página: ~
a "teia" de relações entre os banqueiros, os reguladores e os responsáveis políticos. Uma espécie de organograma da catástrofe, com linhas retas e ligações sinuosas.
Foi naquela comissão que nasceu a mais surpreendente das ideias: "É preciso repensar a República, tornar a discussão sobre as responsabilidades do poder mais democrática. É preciso empenhar as pessoas", explica Salvör, com uma expressão terna, enquanto caminha por uma sala ampla, dividida em cubículos numerados de 1 a 25, o local onde se reúnem os representantes do povo mandatados para rever a Constituição, pela primeira vez, desde que a Islândia se tornou independente da Dinamarca, em 1944.
Há ali pescadores, agricultores, professores, funcionários públicos. Cidadãos, entre os 18 e os 91 anos, que se propuseram para reescrever a lei fundamental do país, depois da crise. Salvör faz parte dos 25. "Foi a primeira vez que me candidatei a qualquer coisa", diz, a rir. Concorreram 552 islandeses. "Era uma experiência. Ninguém sabia como fazer... Os candidatos não sabiam como apresentar o seu programa. Os media não sabiam como proceder, não podiam dar espaço a mais de 500 candidaturas..." Resultado: "Usei o Facebook. Mandei mails a todos os meus contactos. Fui construindo uma rede", recorda. No dia 27 de novembro do ano passado, Salvör foi escolhida, numa eleição nacional inédita. E, na primeira reunião dos 25, elegeram-na para presidir aos trabalhos.
Tem agora pouco mais de dois meses para escrever a nova Constituição islandesa, que terá de ser sufragada pelo atual Parlamento, e pelo próximo que resultar das futuras eleições legislativas (uma salvaguarda que pretende tornar a lei mais importante da Islândia imune às conjunturas políticas).
Acusar os responsáveis
A desilusão não parece paralisar a "geração parva" da Islândia.
Johannes saiu à rua, no frio inverno de 2008, de frigideira na mão, como milhares de outros islandeses. Fez parte da revolução. Exigiu transparência, democracia, soluções para os seus problemas. E vá algum português atrever-se a explicar a um islandês que "tristezas não pagam dívidas"...
De um momento para o outro, os islandeses foram à procura dos culpados, apontaram o dedo. Mas também procuraram soluções. Houve quem inventasse um "Ministério das Ideias". E houve, também, uma reunião inédita da Thjodfondur, uma espécie de assembleia geral do povo, com mil representantes que debateram os "valores" que queriam para um novo país sair da crise.
Da comissão de inquérito saíram duas investigações.
Uma judicial, aos banqueiros, que procura responsabilidades criminais. Foi a magistrada francesa, Eva Joly, que montou as bases da Procuradoria-Especial para os Crimes da Banca, liderada pelo islandês Olafur Thor Hauksson, que já deteve para interrogatório e mandou arrestar bens dos principais banqueiros que dominavam o sistema financeiro do país, antes do colapso.
Dali saiu, também, e pela primeira vez na História da Islândia, uma investigação especial à responsabilidade política.
O Supremo Tribunal islandês, constituído por peritos em leis e políticos nomeados pelo Parlamento, vai reunir-se em breve para julgar o ex-primeiro-ministro Geir Haarde, acusado de incompetência e má gestão. Um terço dos funcionários da agência estatal de regulação passaram a trabalhar para os bancos que deviam fiscalizar. O Governo promoveu, até à véspera da falência, os feitos dos "novos vikings" (o cognome dos banqueiros). O Estado falhou.
Os Range Rovers estão a envelhecer. Os velhos edifícios de madeira, cobertos com chapas de zinco coloridas, vão manter-se no seu lugar. Não hão de nascer arranha-céus envidraçados nos quarteirões mais característicos de Laugavegur, a avenida central de Reiquiavique, como desejavam os banqueiros. Em vez de lojas Armani, abrem apenas modestos estabelecimentos como o da Associação de Tricotadeiras da Islândia ou lojas de roupa em segunda-mão.
E os todo-o-terreno que luziam de novos estão a caminho de integrar o parque automóvel mais velho da Europa. Chamam-lhes, agora, os "game-overs".
Ainda são muitos, mas já não representam a maior concentração do mundo por habitante, como até há dois anos.
Deixaram de ir comer fora, "cinema só uma ou duas vezes por ano". Alugaram um quintal, onde cultivam "saladas, cenouras, batatas". Para pouparem no supermercado, sim, mas também para "passar às crianças o valor da terra".
A frase de Haarde deixou os islandeses perplexos. Einar Mar Gundmundsson está em Copenhaga a falar sobre a sua obra literária e recebe a mensagem. "Deus abençoe a Islândia." Mete-se num avião para Reiquiavique, no dia seguinte. Thór Saari está no seu gabinete da OCDE, na Universidade de Reiquiavique, e vê a expressão preocupada de Haarde, na televisão. Diz: "O homem parece fora de si... Que discurso é este?" Raghneidur está grávida, sentada no sofá da sua sala, em repouso, e liga para o marido Ólafur. "O que é isto? O que se passa?" Lilja Mosesdóttir veio para Reiquiavique, a macrocéfala capital, que concentra quase metade da população, com um doutoramento em Regulação Financeira e a promessa de um contrato na Universidade da Islândia. Aos 48 anos, esta economista deixou a sua carreira universitária no Norte do país para ouvir, incrédula, a funcionária da Universidade dizer-lhe que o contrato não será assinado. Não há dinheiro.
De manifestante a deputada
Os bancos faliram. Foi como se uma praga do Velho Testamento atingisse a economia islandesa: o Giltnir, o Kaupthing e o Landsabanki, juntos, valiam dez vezes o Produto Interno Bruto do país. Como peças alinhadas de um dominó, as casas desvalorizaram-se, em média 30% (a de Johannes e Bryndis perdeu 31 mil euros do seu valor, em três dias), ao mesmo tempo que os empréstimos subiam (20%, no mínimo). A inflação aumentou e arrastou os empréstimos bancários para máximos históricos, que se manterão para sempre, a menos que uma vaga de deflação, muito improvável, corrija a subida.
O Governo desvalorizou a coroa islandesa para absorver o impacto, mas isso não ajudou nada a vida de quem tinha empréstimos em moeda estrangeira (ienes, euros, dólares ou francos suíços). Os preços subiram. Os salários perderam valor. Quase metade das empresas faliu. E o contrato de Lilja foi-se, no turbilhão. A professora universitária passou a integrar a mais inconcebível das novas estatísticas islandeses: 9% de desempregados, num país que sempre vivera em pleno emprego.
Johannes fez como Lilja, Thór, Einar Már e milhares de outros. Pegou numa frigideira da sua cozinha nova e veio para a rua. Bater em tachos e panelas foi a forma que os islandeses encontraram para protestar contra esta espécie de apocalipse que lhes trouxe o destino.
O destino e um grupo pequeno de banqueiros e políticos.
Hoje, dois anos e meio depois da "revolução das frigideiras", Lilja recebe-nos à porta do Althingi, o Parlamento islandês. É deputada.
Não há detetores de metais nem polícia. O funcionário trata a deputada pelo seu primeiro nome. E Lilja mostra-nos como viu, do lado de fora, o que agora vê por dentro.
Durante as manifestações, os deputados hesitavam em cruzar o passadiço de vidro que liga o velho edifício ao novo anexo onde se situam os gabinetes. "Houve quem atirasse pedras, mas os vidros são à prova de bala..." Com uma voz pausada e suave, Lilja Mosesdóttir conta como passou de manifestante a eleita do povo: "A economia colapsou em três dias. As pessoas tornaram-se ativas. Muito ativas... Deixei as minhas pesquisas académicas e fui ler tudo o que havia sobre políticas de reação à crise."
Na pequena sala de sessões do Althingi, as paredes são verdes e azuis. As cadeiras estão tão juntas que nenhum deputado se pode levantar, sem pedir licença ao colega do lado. Sentam-se aqui 63 eleitos, uma representação à medida deste país de 320 mil habitantes. Os lugares são rotativos. Os partidos não mandam na distribuição das cadeiras. Cada lugar é sorteado, anualmente, o que faz com que Lilja, que começou por integrar a bancada dos Verdes de Esquerda, e agora é independente, possa ter como vizinhos deputados da Aliança Social-Democrata, ou do Partido da Independência, ou do Partido do Progresso (ruralista, de direita), ou do Movimento, a nova formação que emergiu dos protestos de 2008.
Humor na 'fortaleza de marfim'
Thór Saari é o presidente do Movimento. Mas esse também é um cargo que roda, todos os anos. O Movimento é, aliás, um partido com os dias contados, explica Saari: "Temos um programa de três pontos: aprofundar a democracia; resolver o problema das famílias endividadas; e acabar com o desemprego. Ao fim de dois mandatos, se conseguirmos cumprir o nosso programa, acabamos. Se não conseguirmos, acabamos também", ri-se Thór que, tal como Lilja, é economista, especialista em dívida, e trocou as sebentas pela política, no calor da revolução de 2008. Trabalhava para a OCDE, em Reiquiavique, e já tinha sido quadro do Banco Central islandês e do Instituto de Gestão da Dívida. Encontrou-se com a rua. "Conhecemo-nos todos aqui", conta Thór Saari. "Passámos aqui seis dias e seis noites, sem sair, até que o Governo se demitiu.
Uma revolução pacífica, na rua, no inverno, na Islândia... Ninguém pensava que fosse possível. Mas foi." Entre o dia 8 de outubro (quando Bryndis pintava a sua sala e o primeiro-ministro disse "Deus abençoe a Islândia") e o dia 6 de janeiro de 2009, data em que Haarde se demitiu e convocou novas eleições, a praça Austurvöllur foi o verdadeiro Parlamento. Primeiro, surgiram as frigideiras e o protesto sem programa, o choque puro e simples. Depois, fez-se um cordão humano, mais simbólico que ameaçador, à volta do Althingi, para impedir os deputados de entrar.
A seguir, houve quem hasteasse uma bandeira da cadeira de supermercados Bónus (um porquinho sorridente) no mastro da bandeira nacional - porque essa cadeia pertence ao principal vilão islandês do momento, Jon Asgeir Jhanesson, o tal milionário a crédito.
À medida que se iam conhecendo os contornos da falência dos bancos, e da promiscuidade entre a alta finança e a política, houve quem passasse à ação direta: o carro do primeiro-ministro foi apedrejado, os banqueiros foram atingidos com ovos, as suas casas foram pintadas de vermelho.
No Althingi senta-se, também, o antigo responsável ministerial pela banca. "Arrasta-se pelas paredes, calado. É um tipo simpático, mas, depois do que aconteceu, não pode voltar a ser um político digno de confiança", observa Saari.
"O setor da construção foi dizimado, em 2008", explica Thorolfur Mathíasson, diretor do departamento de Economia da Universidade de Reiquiavique, no seu gabinete, onde há um quadro cheio de rabiscos com gráficos de curvas acentuadas. Ao contrário da construção, as pescas e a energia estão a trazer para cima os indicadores da Islândia.
A atividade vulcânica é aproveitada para fornecer água quente a todas as casas (a água fria nem sequer tem contador doméstico). E, também, para fazer funcionar as gigantescas fundições de alumínio, exploradas por multinacionais americanas, que rivalizam com a pesca, no topo das exportações islandesas.
Energia foi aquilo que o assunto Icesave retirou, na opinião de Mathíasson, ao país para sair, ainda mais depressa, da crise. O caso arrasta-se, depois de, por duas vezes, em referendo, os islandeses terem recusado o acordo estabelecido entre o seu Governo e a Inglaterra e a Holanda.
O Icesave era uma filial online do Landsbanki, que faliu, em outubro de 2008. Cerca de 400 mil depositantes britânicos e holandeses ficaram com o seu dinheiro congelado (cerca de 5 mil milhões de euros, no total). O Reino Unido aplicou a sua Lei Antiterrorista para forçar a Islândia a pagar. E, como não teve êxito, resolveu adiantar o dinheiro (como o Governo de Haia) do seu próprio orçamento, enviando a fatura para Reiquiavique. O Governo islandês procurou negociar um pagamento faseado. Mas o Presidente da República (ver entrevista) não assinou o acordo, levando o assunto a referendo. A população rejeitou aquela solução.
Como consequência, a Islândia não pode pedir dinheiro emprestado nos "mercados". Tem de viver com empréstimos bilaterais (China, Polónia) e com o empréstimo do FMI, negociado em 2008.
O principal negociador do FMI na Islândia foi o mesmíssimo Poul Thomsen, o dinamarquês de olhos azuis que aterrou em Lisboa há poucas semanas. Lilja Mosesdóttir reuniu-se com ele e considera-o "muito bem preparado" e até "permeável às reivindicações do povo". Na Islândia foi assim... "Em Portugal, também pode ser, se as pessoas lutarem pelo que querem", aconselha Lilja.
Mathíasson também considera "justa" a abordagem do FMI. "Impuseram uma redução do défice, mas não estabeleceram condições para os cortes. Isso acontece, talvez, porque o FMI não tem de convencer o eleitorado, como tem a chanceler alemã, Ângela Merkel..."
Na Islândia, os cortes orçamentais preservaram o sistema de proteção social.
No hospital de Bryndis, agora, há que "pensar duas vezes antes de fazer uma fotocópia". Os lápis estão contados, sim. Fecharam serviços públicos (hospitais e escolas), mas não houve cortes nos apoios sociais, nem privatizações. Pelo contrário, o welfare islandês foi elogiado pelo FMI, e até cresceu, nestes últimos anos (ver caixa). Há pressões para privatizar as empresas energéticas, mas o Governo opõe-se e, garante Sälvor Nordal, a futura Constituição vai defender que a propriedade dos setores essenciais (como a energia) seja pública.
Mesmo assim, o país está a crescer economicamente. "Há uma resiliência silenciosa da economia", explica Mathíasson.
Portugueses e islandeses: as diferenças
Talvez esta "resiliência silenciosa" esteja nos genes do povo, também.
Paulo Cardoso vive em Reiquiavique desde 1997. É um dos pouco mais de 600 portugueses registados na Islândia (já foram cerca de mil). Foi estudar. Apaixonou-se por uma islandesa. Casaram. É especialista em sistemas informáticos para a banca, mas continua a frequentar pós-graduações e mestrados (Relações Internacionais, Gestão).
Compara, assim, os dois povos que tão bem conhece: "A população, aqui, é muito ativa. Os portugueses toleram muito... Aqui, não há tanta tolerância como em Portugal." Esta impressão faz sentido aos olhos de uma islandesa com o trajeto de vida inverso ao de Paulo. Gudlaug Run Margeirsdóttir estudou em Portugal, licenciou-se em Literatura, em Coimbra. Apaixonou-se por um português. Casaram. Só regressou, de vez, a Reiquiavique em 2007. E vê assim as diferenças entres estes dois pequenos povos, com um acentuado "complexo de inferioridade": "Os islandeses são menos complacentes. No dia a dia, os portugueses são mais críticos. Os islandeses são mais reservados. Em Portugal, pode dizer-se que 'isto é uma porcaria' e continuar a gostar de viver assim. Parece que os portugueses têm medo de ser um pouco mais agressivos. Às vezes, pergunto-me por que os portugueses não agem mais em vez de falarem tanto..." Artigo completo: Visão
- A Islândia foi saqueada, tal como Portugal, mas lá o crime não compensa e a impunidade não venceu. ARTIGO COMPLETO
- A Islândia em nada se pode comparar a Portugal... ARTIGO COMPLETO
- O porquê de a Islândia não se juntar à União Europeia. As diferenças que afundam Portugal. ARTIGO COMPLETO
Mais uma vez, excelente artigo. Realmente a Zita, insiste que os portugueses abrem os olhos.
ResponderEliminarMas este País é mesmo um País do faz de conta. Agora a bandidagem quer combater na fuga ao fisco a sortear um carro topo de gama e quem mais consome mais tem probabilidades de ganhar. Isto realmente nem no terceiro mundo, eu pago impostos sim para ter melhor escolas, melhor estradas melhor justiça. Ora para encher os bolsos aos políticos da treta, não obrigado. Agora um simples café pede-se a factura com o numero contribuinte isto é só mesmo para o inglês ver. Se querem combater a fuga do fisco, que vão ao grande capital, ora os cafés e quem faz um biscaste é que lesa o País em milhões. Tenham juízo que isto são trocos, eu vou tomar café ninguém precisa de saber quantos tomo por dia, era só mais que me faltava eu ser controlado. Vou meter gasolina, não peço com numero de contribuinte, vou à farmácia tudo que seja medicamentos com 23 % de taxa de iva não peço com numero de contribuinte. Se entrasse nas despesas do irs, aí tinha alguma utilidade agora para um sorteio de um carro. Santa paciência. Estes políticos brincam com os portugueses e estes agora andam todos preocupados com as facturas com numero de contribuinte, como se ganhassem um topo de gama. Mas sonhar ainda não se paga impostos.
Mas os impostos não são para brincar as casinhas, mas sim ter utilidade e benefícios para o cidadão como ter melhor escolas, estradas e por aí fora. E mais porque não baixar a carga fiscal, se calhar teriam mais receitas, porque havia menos fuga logo mais pessoas a contribuir. Mas quem nos desgoverna, não tem inteligência suficiente para ver as coisas desta maneira. Devem pensar que os portugueses são todos estúpidos e burros como os políticos da treta.
Islândia excelente exemplo para todos nós (Portugueses), temos de acabar com a impunidade dos palhaços que nos desgovernam.
Fernando
É urgente sim acabar com os palhaços que nos afundam
EliminarMas esta União Europeia é uma treta. Que porcaria isto é bom é para a gorda da Merkel (Alemanha) ora para Portugal isto é uma treta. Acabamos com a agricultura, com as pescas agora estamos dependente de tudo e todos. Não somos auto-sustentareis praticamente em nada, apenas em azeite e em vinho. O estado tinha Ouro mas os mentecapos que nos desgovernam depressa se desfizeram para encher mais os bolsos da bandidagem. Mas como a União Europeia, não se preocupa com o grande capital, nao investiga as offshores e permite empresas como a Sonae e Pingo Doce ter sede fiscal na Holanda. Realmente estes políticos europeus são mesmo uns sacanas que não interessam a ninguém.
ResponderEliminarOutra situação no nosso triste Portugal, aqui os bandalhos dos políticos preocupam-se com quem pouco ou nada tem, então agora para vender meia dúzia de batatas e alfaces os agricultores tem de se registar nas finanças.
Os politiqueiros se estão empenados com o dinheiro do Estado, que taxam as PPP´S e as renegoceiam a sério, tenham interesse mas a sério para ter pagar o justo valor da taxa de juro da troika ora engordar mais os ricos, assim não se vai a lado nenhum. Investiguem os milhões dos políticos, de onde surgiu, porque a trabalhar honestamente ninguém enriquece. E investiguem o grande Capital em offshores e se deixam de perdão fiscal. Porque quem é honesto não foge ao que tem de pagar. Mas neste País premeia-se os ricos nem que sejam traficantes de droga ou chulos das casas de alterne.
Quem é honesto defende os honestos. Mas a bandidagem defende a bandidagem logo os politicos encobrem-se e não denunciam a corrupção, mas faz de conta que a vão investigar. E temos de tratar os bois pelos nomes.
Fernando
Nós por cá apenas nos preocupamos com os futebóis, enquanto as financeiras continuarem a dar crédito para comprar BMW's anda tudo feliz, e a marca agradece, afinal foi a que mais vendeu em Janeiro passado, alguma coisa está mal, pois uns não têm para comer e outros compram Bmw's. Não entendo porque razão temos tanto desempregado e não vejo ninguém a manifestar-se ou a ocupar praças como nos outros paises. Nas manifestações que fui o que via mais eram funcionários publicos que pelos vistos são os que mais se manifestam, mas e os outros, andam todos felizes. O português tem de compreender que a culpa desta crise é nossa, não dos politicos, afinal nós é que os elegemos e deixamos fazer tudo, porque num país de cidadãos preocupados não tinhamos esta classe politica. Tenho pena que muita gente prefira não falar destes assuntos, como se fosse um tema tabu. Tenho pena que muitas vezes apenas acreditem no que vêm nos media tradicionais, aqueles que nos dão as noticias que lhes interessa e quando interessa, a lacuna de noticias sobre a Islândia é prova disso. Portugueses acordem, manifestem-se, revoltem-se porque isto não pode continuar assim.
ResponderEliminarPois essa é que é a verdade, ninguém gosta de falar destes assuntos, mesmo na vida quotidiana...
EliminarEstamos mesmo a ser sugados até ao tutano ,mas estou convencido que em breve haverá nova revolução e tudo mudará.
ResponderEliminarO que os eleitores portugueses têm que perceber é que aqui a responsabilidade de obter a informação correcta é mesmo deles e as opções que tomam ao votar ou não ,vão amarga-las durante 4 ou mais anos. não vale a pena ir para as manifestações carpir lagrimas de crocodilo depois de fazerem a asneira num unico momento(ao votar)
ResponderEliminarMas o problema é que a maior parte dos portugueses vivem alheados da realidade, tal como disse anteriormente querem é BMW's e férias no estrangeiro e aqueles que ainda conseguem ter alguma qualidade de vida estão-se nas tintas para os que não têm para dar de comer aos filhos. Em todo o lado vejo as pessoas a revoltarem-se, nós por cá, temos a electricidade mais cara da europa os combustiveis idem, e tudo o resto anda lá perto, quem já entrou num supermercado em outro pais europeu pode comprovar isso. Numa coisa o Passos Coelho tem toda a razão, vivemos acima das nossas possibilidades mas no aspecto que pagamos o mesmo ou mais por produtos de primeira necessidade que pagam os habitantes de paises ricos com um poder de compra muito superior ao nosso. Aqui comemos e calamos, revolta-me imenso, mas sozinho nada posso fazer, mas uma coisa é certa temos de mudar o sistema, tenho um filho pequeno e pensar que quando chegar a altura dele entrar no mercado de trabalho tenho de emigrar não me agrada muito.
EliminarEu sempre defendi, perante as pessoas com quem converso, que o exemplo islandês devia ser seguido por nós. um país tão pequeno deu uma lição aos gigantes do capitalismo, e saiu vencedor. Se a Islândia tivesse optado por pagar a dívida dos bancos, nem daqui a duas gerações conseguiria liquidar a dívida, e entretanto o povo iria viver na miséria e qualquer hipótese de crescimento estaria fora de questão, porque o dinheiro dos contribuintes iria vazar todo do país para os credores.
ResponderEliminarOs grupos financeiros que assumam as suas responsabilidades e deixem os contribuintes fora dos problemas que criaram. Não acho certo que o dinheiro das pessoas que trabalham seja utilizado para salvar aqueles que deprezam o povo e as classes trabalhadoras. É só olhar para o olhar de desprezo que essa gente lança à "plebe",,,, no alto da sua arrogância e prepotência.
Tiro o chapéu à Islandia e gostaria de ver, um dia, o povo português a fazer o mesmo e a colocar essa gentalha no devido lugar, tanto cá de dentro como os estrangeiros que se acham no direito de mandar. Não interessa se são credores. Emprestaram o dinheiro a juros exorbitantes exactamente porque havia risco associdado. Confiaram em quem não deviam e perderam. Azar o deles.
Todos nós também perdemos muito nas nossas vidas e a nśo ninguém nos salva.
"""Emprestaram o dinheiro a juros exorbitantes exactamente porque havia risco associdado. Confiaram em quem não deviam e perderam. Azar o deles.
EliminarTodos nós também perdemos muito nas nossas vidas e a nśo ninguém nos salva.""""
Nem mais...
Em breve a revolução para ontem?
ResponderEliminarFalamos amiude dos casos de corrupção aqui e ali, queixamo-nos diáriamente das dores de costas que os pesado estado nos provoca, o sufoco, a angusta...
e entre umas cervejolas e jogos de futebol (novelas e programas popularistas) com que nos empanturramos diariamente, pouco mais fazemos que pequenos reparos.
Quantos se juntaram para fazer um barulho sério? Quantos se juntaram para discutir soluções? Quantos se juntaram para tomar as redeas, organizar uma justiça base e
a partir dai começar lavar o país enegrecido?
Talvez amanha... hoje joga o befica e é o ultimo episódio da novela... e afinal ainda tenho batatas.
ahh e o priomeiro ministro assegurou-me que embora tenhamos mais e mais ricos milionarios e embora alguns dobrem fortunas,
teremos descontos nos passes e ia jurar que ouvi tambem referir que vão oferecer calendários da seleção.
Aguardo ancioso pelas contas e espelhos.
Rui Azevedo
Rui, há muitos grupos de pessoas a reunir-se e a discutir soluções, há pessoas a lutar, há tudo isso e muito mais, basta pesquisar na net, no facebook e encontra... o problema é que as pessoas não aderem e não são 20 ou 1000 pessoas que consguem lutar contra os corruptos, a justiça, a maçonaria, etc.
EliminarPaulo Morais e Marinho Pinto estão fartos de fazer coisas e todos os acusam de não fazerem nada. Paulo Morais levantou mais de 30 processos, Marinho está farto de denunciar casos de corrupção onde pode e como pode.
O problema é que as pessoas continuam a preferir corruptos.
E enquanto tivermos nos nossos compatriotas, milhões de traidores a apoiar a corrupção, e milhões a desconhecer como e onde lutar contra eles, isto continuará assim.
Pessoas , reuniões, grupos, movimentos que lutam e continuam sem apoio
Eliminarporque as pessoas nem os procuram nem os divulgam.
http://www.mrb.pt/
https://www.facebook.com/SistemaIdeal
http://transparencia.pt/
http://venus.futuragora.pt/tvp-activismo/
http://pt.scribd.com/doc/179015233/Queixa-contra-Presidencia-Presidente-da-Republica-CADA-25-10-2013