Por vezes levantamos suspeitas infundadas.
Como foi o badalado caso das nomeações da EDP. Na nossa boa fé e ingenuidade acreditávamos que o governo, apenas seguia o percurso do costume, ao colocar os seus boys em bons tachos como os da EDP!
Pois ... subestimamos a estratégia, não de trata afinal de um mero acto de tráfico de influências, nem de um simples pagamentos de favores, nem das insignificantes nomeações partidárias... muito menos nos deve preocupar o desrespeito pela democracia e igualdade de direitos, nem tão pouco os salários que julgamos escandalosos.
Afinal os interesses ocultos, na nomeação desta poderosa equipa, para a EDP, terá um peso muito mais considerável nas nossas vidas. As coisas são muita mais complexas, muito menos democráticas e menos éticas ainda do que aquilo que suspeitávamos. E os interesses que ocultam, vão-nos sair muito mais caros, que míseros salários que nos exaltaram.
Segundo Paulo Morais, o saque que representam as nomeações para a EDP, será apenas o inicio de muitos outros saques e de maiores dimensões.
Aquilo que tanto nos exaltou e ofendeu foi apenas o colocar das peças no tabuleiro para dar inicio ao jogo. O jogo, esse desenrolar-se-á, muitas vezes longe da nossa percepção mas bem junto das nossas carteiras.
Paulo Morais
"Resta então admitir que foram os accionistas que, de moto-próprio, decidiram convidar alguns dos principais apoiantes de Passos Coelho e de Portas para obterem influência num sector completamente regulamentado e dependente do estado.
Paulo Morais
"Resta então admitir que foram os accionistas que, de moto-próprio, decidiram convidar alguns dos principais apoiantes de Passos Coelho e de Portas para obterem influência num sector completamente regulamentado e dependente do estado.
É aliás na capacidade de obtenção de favores do estado que se tem baseado a actividade dos accionistas portugueses de referência na EDP, como a família Mello ou o grupo Espírito Santo."
Quando dermos por ela estamos a pagar mais impostos em facturas da EDP, estamos a ir ao Continente sem saber bem porquê, estamos a trocar os hospitais privados pelos públicos, sem opção, estamos falidos e eles dirão que, por culpa nossa.
Os accionistas escolheram esta equipa de senhores para que possa existir pressão politica no governo. Para que os interesses da EDP e do governo sejam os mesmos, mesmo quando vão contra os interesses do contribuinte e do país.
"O gestor diz que a controvérsia apenas existe porque as pessoas estavam habituadas a que o anterior Governo interferisse neste tipo de assuntos e "ainda não estão habituadas que com este Governo não é assim". aqui
Em suma... o outro era um mau governo que abusava das nomeações e colocava amigos em cargos estratégicos para exercer pressões e zelar por interesses privados. Mas este é um governo mais integro, permite que os seus amigos sejam bajulados por cargos de luxo estratégicos para depois exercer pressões e zelar por interesses privados. Mais uma vez o Catroga e as suas incoerências...
Em suma... o outro era um mau governo que abusava das nomeações e colocava amigos em cargos estratégicos para exercer pressões e zelar por interesses privados. Mas este é um governo mais integro, permite que os seus amigos sejam bajulados por cargos de luxo estratégicos para depois exercer pressões e zelar por interesses privados. Mais uma vez o Catroga e as suas incoerências...
ARTIGO DE PAULO MORAIS, completo.
"A nomeação de alguns elementos do núcleo duro do primeiro-ministro para o conselho geral da EDP não foi certamente uma opção de Passos Coelho. Pelo contrário, estas escolhas são a forma que os grupos económicos dominantes encontraram de o tentar condicionar. Ou cercar. Só três razões poderiam explicar estas nomeações.
A primeira seria a de que o primeiro-ministro pretendia influenciar a gestão da EDP através de pessoas de sua confiança. Não sendo hoje a EDP uma entidade pública, esta constituiria uma forma de dar continuidade à tradição de José Sócrates de intromissão no sector privado, a ponto de indicar nomes tão pouco recomendáveis como Rui Pedro Soares para a PT ou Armando Vara para o BCP. Não quero crer neste cenário.
A segunda hipótese seria a de que Passos Coelho queria proteger os seus amigos e teria metido umas "cunhas" aos accionistas da EDP, e em particular aos chineses. Hipótese também a descartar. Seria mau demais!
Resta então admitir que foram os accionistas que, de moto-próprio, decidiram convidar alguns dos principais apoiantes de Passos Coelho e de Portas para obterem influência num sector completamente regulamentado e dependente do estado.
A segunda hipótese seria a de que Passos Coelho queria proteger os seus amigos e teria metido umas "cunhas" aos accionistas da EDP, e em particular aos chineses. Hipótese também a descartar. Seria mau demais!
Resta então admitir que foram os accionistas que, de moto-próprio, decidiram convidar alguns dos principais apoiantes de Passos Coelho e de Portas para obterem influência num sector completamente regulamentado e dependente do estado.
É aliás na capacidade de obtenção de favores do estado que se tem baseado a actividade dos accionistas portugueses de referência na EDP, como a família Mello ou o grupo Espírito Santo. Que contam agora com a cumplicidade dos membros do partido comunista chinês, também eles especialistas em promiscuidade entre estado e negócios.
Influenciar o poder será pois a missão que os chineses destinaram aos amigos de Passos Coelho e Paulo Portas, a troco de uns milhares.
Influenciar o poder será pois a missão que os chineses destinaram aos amigos de Passos Coelho e Paulo Portas, a troco de uns milhares.
A Eduardo Catroga, coordenador do programa económico do PSD, a Paulo Teixeira Pinto, que liderou o projecto de revisão constitucional, passando por Celeste Cardona ou Rui Pena, com enorme ascendente junto de Portas.
Aceitando os convites, esta gente descredibiliza-se ao permitir que os coloquem na posição de traficantes da influência que têm sobre Passos Coelho e Portas. E – pior! – colocam estes na situação de políticos permeáveis" Paulo Morais
Sete ex-governantes, do PSD, PS e CDS, ganharam, em 2013, mais de 812 mil euros como membros do Conselho Geral e de Supervisão da EDP, órgão de aconselhamento da elétrica liderada por António Mexia, também ele ex-ministro. Eduardo Catroga, ex-ministro das Finanças e presidente daquele órgão, obteve a remuneração anual mais elevada: 490 500 euros. Do PSD, são, além de Catroga, os ex-ministros Jorge Braga de Macedo (Finanças, 1991-1993) e Luís Filipe Pereira (Saúde, 2002-2005). Do PS, são os ex-ministros Rui Pena (Defesa, em 2001 e 2002) e Augusto Mateus (Economia, 1996-1997). Do CDS-PP, Celeste Cardona (Justiça, de 2002 a 2004). Paulo Teixeira Pinto é o ex-secretário de Estado. Correio da Manhã.
Aceitando os convites, esta gente descredibiliza-se ao permitir que os coloquem na posição de traficantes da influência que têm sobre Passos Coelho e Portas. E – pior! – colocam estes na situação de políticos permeáveis" Paulo Morais
Sete ex-governantes, do PSD, PS e CDS, ganharam, em 2013, mais de 812 mil euros como membros do Conselho Geral e de Supervisão da EDP, órgão de aconselhamento da elétrica liderada por António Mexia, também ele ex-ministro. Eduardo Catroga, ex-ministro das Finanças e presidente daquele órgão, obteve a remuneração anual mais elevada: 490 500 euros. Do PSD, são, além de Catroga, os ex-ministros Jorge Braga de Macedo (Finanças, 1991-1993) e Luís Filipe Pereira (Saúde, 2002-2005). Do PS, são os ex-ministros Rui Pena (Defesa, em 2001 e 2002) e Augusto Mateus (Economia, 1996-1997). Do CDS-PP, Celeste Cardona (Justiça, de 2002 a 2004). Paulo Teixeira Pinto é o ex-secretário de Estado. Correio da Manhã.
Cara Zita,
ResponderEliminarHouve um aumento no custo da electricidade há cerca de um ano que passou completamente despercebido por ter sido ocultado pelo conluio jornaleiro. O aumento não foi nas tarifas, mas na sua aplicação. Os inícios das tarifas mais baixas, tanto no ciclo semanal como no diário, no verão e no inverno, foram avançados. Ao ciclo diário que tinha dois períodos, foi acrescentado um terceiro período intermédio. Vale a pena dizer como o resultado passou para as facturas?
Aí está um exemplo de como o compadrio funciona na perfeição para eles.
EliminarE nós, tolos estávamos preocupados com o salário exorbitante, com a falta de ética do Passos Coelho... No entanto os golpes conseguem ser mais baixos e mais sujos ainda do que aquilo que pensamos.
~Quantos milhões de euros não serão extorquidos aos contribuintes todos os dias, sorrateiramente? Deveria dar para sustentar muitos salários de Catrogas.
Obrigada pelo contributo e pelo esclarecimento... e parabéns pelo seu blog. Todos unidos talvez consigamos mostrar a verdade a muitos mais. A verdade faz falta.