Em Cuba os cidadãos são obrigados a escolher "socialismo ou morte", mas em Braga podemos ter "socialismo e morte", tudo ao mesmo tempo. O melhor de 2 mundos: este e o outro.
Já nem os falecidos escapam à desesperada guerra pelo apetecido poder em Portugal. Um "trono" onde tudo lhes é permitido e todos os crimes perdoados.
Profanar o sossego dos mortos é mais uma medida desesperada para engrossar as fileiras da seitas partidárias e exibir poder.
Aos gladiadores de poleiros milionários, já não lhes bastavam as mentiras, as promessas falsas, a manipulação, a demagogia e até as simuladas guerras internas.
Agora partiram para atacar no além!?
Vale tudo para alcançar o poleiro em Portugal. Ricardo Araújo Pereira, expõe o ridículo das hienas esfomeadas.
"Exmo. Sr. Presidente da Federação do PS de Braga,
Na qualidade de socialista falecido em 2005, venho felicitar a sua federação por possibilitar a
participação de mortos no processo eleitoral.
Durante demasiado tempo, só pessoas vivas eram chamadas a votar, pelo que se saúda o alargamento do espectro eleitoral a espectros eleitores.
A iniciativa de V. Exa. produz efeitos ideológicos que, tenho a certeza, hão-de marcar a história do socialismo.
A velha divisa cubana "Socialismo ou morte" terá de merecer actualização, na medida em que a federação socialista de Braga demonstra que socialismo e morte não são conceitos que se excluam.
Talvez em Cuba os cidadãos sejam obrigados a escolher "socialismo ou morte", mas em Braga podemos ter "socialismo e morte", tudo ao mesmo tempo. É, literalmente, o melhor de dois mundos: este e o outro.
Note que não falo em nome dos mortos-vivos, mas sim dos muito mais prosaicos mortos.
Os mortos-vivos, pese embora a fama de que vêm gozando, não merecem direito de voto. As criaturas lendárias já estão muito bem representadas na vida política pelos vampiros.
Acrescentar os mortos-vivos seria redundante.
Os mortos, em contrapartida, nunca obtiveram representação política.
O falecimento, ocorrência tantas vezes alheia à vontade do cidadão, retira-lhe o direito de voto, sem que seja apresentada uma justificação válida.
A ausência de actividade cerebral não serve de desculpa, uma vez que também se verifica, quer em outros eleitores, quer em boa parte dos eleitos.
Como é evidente, coloca-se a questão de saber de que modo pode o morto participar no processo eleitoral, dadas as suas limitações.
Neste ponto, permita-me que lhe apresente o meu sobrinho Nelson, que é bruxo em Esposende. É a ele que estou a ditar estas palavras. Por uma verba simbólica, o Nelson está disponível para colaborar com a concelhia do PS, transmitindo aos seus dirigentes a posição política de um vasto leque de defuntos.
Todos os dias, o Nelson recebe a visita de inúmeras almas de antigos socialistas, ansiosos por participar na vida partidária. O morto, hoje em dia, já não se satisfaz com as tradicionais aparições fantasmagóricas em casa dos familiares para bater com portas e abrir torneiras.
O defunto moderno quer continuar a ter uma palavra a dizer na vida cívica.
O meu sobrinho Nelson pode ajudar a concelhia a registar as opiniões de antigos socialistas, por apenas dois euros por alma. No entanto, o Nelson está preparado para lhe oferecer um preço especial por atacado, a saber: 15 euros por cada palete de 10 defuntos.
Creia que somos muitos, neste lado, a querer participar. E está aqui um senhor chamado Engels que quer dar uma palavrinha a V. Exa. acerca do que é, na verdade, um partido socialista.
Com os melhores cumprimentos, Fernando Manuel T. Guedes. Defunto
Por Ricardo Araújo Pereira, in Visão:
Para que se perceba porque razão a politica só atrai este tipo de gente - artistas e habilidosos.
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Gostei do comentário, pôrra!
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