A abstenção tem um valor ilusório. Só os votos válidos legitimam o partido mais votado.


A lei permite legitimar as eleições, mesmo com elevada abstenção, pois os votos brancos, nulos e a abstenção, são ignorados pela lei, nem são dignos de contar para qualquer tipo de contagem. A lei diz claramente que só contabilizam os votos válidos.
Afinal para eles, votar é a vontade dos que votam, não votar é uma opção dos que não votam. 

As pessoas optam por não votar, têm esse direito. Mas a abstenção não significa nada mais que isso... a vontade de não votar e que é geralmente interpretada subjectivamente como sendo  ou por comodismo ou por mera liberdade de escolha. Não possui interpretação legal ou constitucional.

No entanto as pessoas tendem a inventar significados para cada uma das opções.
Uns dizem que o voto nulo é que seria a solução porque anula eleições o que já foi desmentido. Outros acham que é o voto em branco que resolve a corrupção, mas é também inofensivo. 

E outros acreditam que é a abstenção que vai resolver tudo... porque não votam em corruptos, porque não os legitimam, porque não dão dinheiro aos corruptos, porque abstenção é um não, etc etc. A imaginação pode ser fértil, mas a lei é concisa... apenas os votos válidos possuem valor, o valor de legitimar uma eleição. Por isso votar branco nulo ou abster-se é apoiar o regime indirectamente, é apoiar os partidos de sempre, os mais corruptos. Ao contrário do que muitos propagam, a abstenção elevada tem sido claramente a maior responsável pela manutenção dos mesmos de sempre no poder. Contribuindo para perpetuar este regime de corrupção intocável e impune, em Portugal, que cada vez mais se mostra uma ditadura de partidos.

Não votar é desperdiçar uma oportunidade de quebrar este ciclo vicioso e viciado em que o país vive há décadas.
A única forma válida de luta, é utilizar o voto contra eles. Isso sim, seria uma revolta.
Votar, em força, em partidos novos, sem vícios, sem cadastro e com um currículo claramente ligado à luta contra a corrupção.


"O nosso povo não é rigoroso não é exigente com os nossos políticos"  por  muito que sejam contra o que os políticos fazem, quando chegam as eleições lá vão os portugueses legitima-los votando neles outra vez, e dar-lhes a sensação de impunidade para poderem continuar.
A greve à democracia, no dia das eleições, seria a melhor forma de responder ás nossas elites politicas, era a grande punição democrática para a mediocridade, para o oportunismo para a incompetência de todos os políticos portugueses. Era envergonha-los publicamente perante o mundo.
Não desperdicemos a oportunidade de fazer a revolução pacificamente, acabar com a abstenção e usa-la para revolucionar a politica em Portugal.

Ditadura moderna, que nos despoja de direitos e poder.
Era importante mudar o panorama e exigir que num futuro próximo, o povo tenha direito a participar na politica, não apenas pelo voto.
Porque...
Se o voto é a voz e a vontade do povo, então deveria ser o povo a decidir qual o significado do voto em branco, do voto nulo e da abstenção... jamais os políticos, que mais uma vez, tomaram para si um direito que era nosso. Que seja o povo a decidir o que pretende dizer com a abstenção, com o voto nulo e com o voto em branco, e que consequências isso traz, para os políticos e para o país.
Não tenho solução, nem respostas, nem certezas, e pelos vistos ninguém tem, pois andamos há décadas a ser roubados e enganados e ninguém sabe como os deter.
ESTÁ NA HORA DE SERMOS CONSULTADOS NAS GRANDES DECISÕES NACIONAIS, PARA O BEM DE TODOS. E BASTA DE SERMOS IGNORADOS PARA O BEM DE ALGUNS.




Paulo Morais não desiste 

Marinho P. quer cidadãos a participar na politica. Uma alternativa 



7 comentários:

  1. Eu, já lá vão 10 anos que não perco tempo com essa gentalha.
    Bem gostaria de poder votar, escolher alguém competente para governar o país; mas como não adianta de nada, e como não sou hipócrita, não perco mais tempo com essas tretas.

    Mas, pergunto: Será que as pessoas votam? Porque mostram números enormes de abstenção? Não será uma mostra da população contra os governantes?

    ResponderEliminar
    Respostas

    1. A abstenção é o apoio ao prolongamento da actual situação.
      Votar sim, mas em partidos fora dos que estão na AR.

      Votar em Paulo Morais para PR.

      Eliminar
    2. A abstenção é uma não-acção. Sabemos qual é o resultado da não acção. abstenção é o cancro da democracia directa, semi-directa ou outra, é lamentável, sobretudo para o povo . O Método de Hondt é como um jogo de playstation, só se joga votando num partido, de outra forma não se está a jogar. Abstenção não é desobediencia civil como muitos manipuladores tentam fazer crer, porque você não está sequer a desobedecer, porque não votar é um direito.
      Desobedecer aqui é votar fora dos que nos têm desgovernado e reduzi-los à sua insignificância. Por cada voto noutro partido, encolhem. Mais, há Anonymous que apelam ao voto em massa. O resultado de não votar está à vista. Você quando faz algo para resolver um problema e não funciona persiste tentando resolver o problema exactamente da mesma forma, ou tenta outra solução ? Só os burros persistem em coisas que sabem que não funcionam.
      Na Suiça onde existem métodos de democracia directa também há partidos e também se vota neles. A diferença está na Lei das Petições e do Referendo, que é necessário mudar em Portugal

      Eliminar
    3. A LUTA COM SANGUE E REVOLTA SÃO DESNECESSÁRIAS nas democracias modernas e com eleitores activos E CÍVICOS. O VOTO está nas nossas mãos, votemos contra a corrupção, o voto não serve apenas para votar a favor de politicas mas também para votar contra, mesmo que não possua um partido que queira escolher, votemos contra os que não quer que sejam escolhidos. Basta de nulos brancos e abstenção, usem o voto para salvar o país da corrupção. NÃO DESPERDICEM MAIS VOTOS, usem o voto para punir os piores nas urnas, basta de impunidade

      Eliminar
  2. A Sugestibilidade Humana

    "Os ideais da democracia e da liberdade chocam com o facto brutal da sugestibilidade humana. Um quinto de todos os eleitores pode ser hipnotizado quase num abrir e fechar de olhos, um sétimo pode ser aliviado das suas dores mediante injecções de água, um quarto responderá de modo pronto e entusiástico à hipnopédia. A todas estas minorias demasiado dispostas a cooperar, devemos adicionar as maiorias de reacções menos rápidas, cuja sugestibilidade mais moderada pode ser explorada por não importa que manipulador ciente do seu ofício, pronto a consagrar a isso o tempo e os esforços necessários.
    É a liberdade individual compatível com um alto grau de sugestibilidade individual? Podem as instituições democráticas sobreviver à subversão exercida do interior por especialistas hábeis na ciência e na arte de explorar a sugestibilidade dos indivíduos e da multidão? Até que ponto pode ser neutralizada pela educação, para bem do próprio indivíduo ou para bem de uma sociedade democrática, a tendência inata a ser demasiado sugestionável? Até que ponto pode ser controlada pela lei a exploração da sugestibilidade extrema, por parte de homens de negócios e de eclesiásticos, por políticos no e fora do poder?"

    Aldous Huxley

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Depois de ler vários comentários, proponho formação de novo partido que mesmo sendo maioritário, nunca governaria mas fiscalizava o 2º partido mais votado que seria governo e teria de respeitar o anunciado no programa eleitoral.

      Eliminar

Olá caro leitor, obrigada por comentar... sei que apetece insultar os corruptos, mas não é permitido. Já não podemos odiar quem nos apetece... (enfim) Insultem, mas com suavidade.
Incentivos ao ódio, à violência, ao racismo, etc serão apagados, pois o Google não permite.