«Vejo a situação atual com muita apreensão e muita tristeza. Porque sinto que temos uma mentira institucionalizada no país. Não há verdade. Fale-se verdade e o país será diferente. Isto é gravíssimo», disse, em entrevista à Lusa.
«Há uma inversão que não compreendo desses valores e dessa ética. Não aceito a atuação de dirigentes como, por exemplo, o Presidente da República, que já há pelo menos dois anos, como economista, tinha obrigação de saber em que estado estava o país, as finanças e a economia. Tinha obrigação moral e não só de dizer ao país em que estado estavam as coisas», defendeu.
O general deu como exemplo o salário do administrador executivo da Eletricidade de Portugal (EDP) para sublinhar que «este Governo deve atender a privilégios que determinadas classes têm».
«Não compreendo como Mexia recebe 600 mil euros e há gente na miséria sem ter que dar de comer aos filhos. Bem pode vir Eduardo Catroga dizer que é legal e que os acionistas é que querem, mas isto não pode ser assim. Há um encobrimento de situação de favores aos mais poderosos que é intolerável. E se o povo percebe isso reage de certeza», disse.
Para Pires Veloso, «se as leis permitem um caso como o Mexia, então é preciso outro 25 de abril para mudar as leis», considerando que isto contribui para «a tal mentira institucionalizada que não deixa que as coisas tenham a pureza que deviam ter».
Casos como este, que envolvem salários que «são um insulto a um povo inteiro, que tem os filhos com fome», fazem, na opinião do militar, com que em termos sociais a situação seja hoje pior, mesmo, do que antes do 25 de Abril: «Na altura havia um certo pudor nos gastos e agora não: gaste-se à vontade que o dinheiro há de vir».
Quanto ao povo, «assiste passivamente à mentira e ao roubo, por enquanto. Mas se as coisas atingirem um limite que não tolere, é o cabo dos trabalhos e não há quem o sustenha. Porque os cidadãos aguentam, têm paciência, mas quando é demais, cuidado com eles».
«Quando se deu o 25 de Abril de 1974, disseram que havia de haver justiça social, mais igualdade e melhor repartição de bens. Estamos a ver uma inversão do que o 25 de Abril exigia», considerou Pires Veloso, para quem «o primeiro-ministro tem de arrepiar caminho rapidamente».
Pires Veloso, 85 anos, considera que não poderão ser as forças militares a promover um novo 25 de Abril: «Não me parece que se queiram meter nisto. Não estão com a força anímica que tinham antigamente, aquela alma que reagia quando a pátria está em perigo».
«Para mim, o povo é que tem a força toda. Agora é uma questão de congregação, de coordenação, e pode ser que alguém surja» a liderar o processo."
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Ex-ministro António Mexia (actual presidente executivo da EDP) CONTRATOU Pedro Santana Lopes assessor jurídico (MAIS UM JOB) e vai ganhar cerca de 10.000/mês. QUANDO SANTANA LOPES ERA 1º MINISTRO também fez o "favor" ao sr António Mexia de o contratar para ministro. (É assim mesmo amigos é para os tachos, pessoal competente é que não interessa nada. Agora metes-me tu... depois meto-te eu.)
"E voltem a pôr o senhor Dias Loureiro no Conselho de Estado, de onde o obrigaram, por maldade e inveja, a sair. Quero o senhor Mexia no Terreiro do Paço, no lugar D. José que, aliás, era um pateta. Quero outro mártir qualquer, tanto faz, no lugar do Marquês de Pombal, esse tirano." fonte
E depois do massacre do Povo, que dura há três anos, sem resultados directos e visíveis para melhorar ou dar sequer uma ténue esperança de melhoria da vida aos mais frágeis e abandonados do país - desempregados jovens, desempregados de longa duração, desempregados sem futuro, futuros desempregados, velhos e velhas, velhos e velhas sós, alguns com 80 ou 90 anos e mais, pobres, doentes, crianças com fome, crianças com pais emigrados, trabalhadores por conta e outrem e reformados e pensionistas, com salários e pensões de estrita sobrevivência básica etc., etc. -, mesmo que sejamos "o melhor Povo do mundo", não seria necessário um estudo internacional para detectar que Portugal está "mais vulnerável a episódios de agitação social em 2014".
ResponderEliminarBasta andar nas ruas, conhecer a realidade e dispor de um bem hoje raro que dá pelo nome de Bom Senso para disso ter a certeza!
As vozes populares, que tantas vezes se ouvem nos MCS ou nas sondagens, aparentemente conformadas não exprimem a verdade e o sentir íntimo das pessoas. São as vozes de muitos medos e de muitos politicamente correctos!
Esta é a minha percepção da realidade, esta é a minha experiência da vida, este é o meu conhecimento das pessoas e do país no qual vivo desperto e atento! Carlos Moreno, 27.12.2013 - apenas para memória futura - .