Partidos portugueses que propõem democracia directa ou participativa e nova lei eleitoral.

Após anos a ouvir os portugueses a inventarem desculpas, sem fundamento legal ou prático, para não votar, fantasiando que não votar derruba governos ou generalizando que não adianta votar porque os partidos são todos iguais, decidi reunir, neste artigo, o enquadramento legal dos actos eleitorais e uma lista dos partidos que poderão ser uma alternativa.
Importa que os portugueses se informem, em vez de optarem por permanecer na ignorância que conduz à inércia.
Um recente estudo mostrou que os abstencionistas desconhecem a maioria dos partidos e o que eles defendem.
Uma universidade fez um estudo para entender porque a abstenção é tão elevada em Portugal e a conclusão foi desoladora, as pessoas não votam porque em Portugal a maturidade cívica é tardia e a iliteracia politica é elevada.
Para facilitar a informação criei uma lista de links, para os partidos que propõem mudanças na lei eleitoral e uma nova democracia: participativa/directa.
Para dar inicio ás mudanças que muitos exigem em Portugal, já existem alternativas, faltam eleitores informados, cívicos, com coragem e que saibam dar inicio à mudança, votando diferente.
Há muitos eleitores que não votam porque rejeitam a democracia representativa e a actual lei eleitoral, no entanto nem se dão ao trabalho de se informar se já existem partidos que querem mudar isso. É um paradoxo as pessoas criticarem com tanta facilidade o estado do país mas abdicarem de ajudar a mudar, ao votar e escolher algo melhor para o país, ou pelo menos tentar eliminar o pior, votando contra os que mais criticam.
Não percebem como funciona a democracia nem o voto, nem estão conscientes da responsabilidade e do poder que possuem, para mudar o caos instalado no país. O voto não serve apenas para eleger, mas também para votar contra e assim punir, castigar, julgar, censurar, criticar, condenar, mostrar o cartão vermelho, aos corruptos, desincentivando e eliminando a corrupção.
Este artigo pretende reunir informações de cidadania. A compilação é importante para o destino do país e de todos que o prezam e querem ajudar.


1º Partidos que defendem democracia participativa:
*--PDR - Partido Democrático Republicano (Video) defende mudanças na lei eleitoral e democracia participativa e o recurso ao referendo. Defende a possibilidade de os cidadãos poderem candidatar-se em listas próprias a todos os órgãos políticos. 
*--NOS - Nós, Cidadãos! Moralização e responsabilização dos eleitos perante os eleitores, mediante a separação entre política e negócios, aprofundamento da democracia participativa.
*--PEV – Partido Ecologista "Os Verdes"- Artigo 3º (Democracia Participativa e Descentralização)
*--PTP/AGIR – Partido Trabalhista Portuguêso aprofundamento da democracia participativa.
*-- O LIVRE promove e desenvolve práticas de democracia participativa, inclusive através da realização de eleições primárias abertas para escolha dos seus candidatos; e democracia deliberativa, como processo inclusivo
(Poderão existir mais partidos com propostas de democracia directa e participativa, esta lista contém apenas alguns exemplos)

2º Validade e conversão em mandatos dos votos brancos, nulos e abstenção.
Clique nas imagens para ampliar
Sempre que se aproxima um acto eleitoral, aparece uma série de informações erradas que desincentivam o exercício da cidadania e afastam cada vez mais o povo das decisões politicas. Eis as leis que regem as eleições:
**Validade do voto
Um voto em branco verifica-se quando o boletim não for objecto de qualquer tipo de marca feita pelo eleitor, nos termos do artigo 98º, n.º 1 da Lei eleitoral da Assembleia da República – Lei 14/79, (este critério é aplicável a qualquer sufrágio, incluindo as europeias).
Seja num acto eleitoral ou num referendo, uma declaração de vontade tem que ser praticada e esta só é possível através do assinalar de um xis num dos quadrados constantes no boletim de voto. A ausência de expressão da vontade não é considerada. Logo, nos termos do artigo 16º da referida Lei 14/79, o voto em branco – no qual nenhuma declaração de vontade é expressa – não é válido para efeitos de determinação do número de candidatos eleitos, pois não tem influência no apuramento do número de votos e na respectiva conversão em mandatos. (Tal como a abstenção que não expressa nenhuma vontade concreta)
Por sua vez, as alienas a), b) e c) do nº 2 do artigo 98º da lei 14/79 determinam o que é um voto nulo. Este acontece quando se fazem mais do que uma marca, uma marca num candidato, partido ou coligação que tenha desistido ou ainda quando se verificam rasuras, desenhos ou palavras no boletim de voto. São automaticamente desconsiderados.

**Conversão em mandatos
Mesmo na eventualidade de o número de votos em branco e nulos serem maioritários, uma vez que estes não são votos expressos, não representam uma vontade considerada por lei, a eleição é legitimada e validada apenas pelos votos expressos e só estes é que contam para efeitos do apuramento de resultados. (a abstenção não é um voto válido, também não conta)
Por outras palavras, se apenas 49% dos portugueses votarem válido – relembro que nas ultimas presidenciais somente votou 46,52% da população – apenas estes votos contarão e o calculo da sua distribuição será equivalente a 100%. No caso das legislativas a totalidade dos 230 lugares do Parlamento será sempre distribuída de acordo com os votos válidos que cada partido obteve, sem qualquer consideração objectiva ou subjectiva, pelos votos brancos, nulos ou abstenção. Os votos válidos serão sempre 100% quer votem apenas 20% ou 30%.
Nas eleições legislativas apenas são contados os votos válidos nas listas de candidatas. Por isso, abster-se de escolher uma lista não produz nenhum efeito que impeça a legitimação de mandatos. Apenas nos referendos, como em muitas assembleias, a lei refere e exige que mais de metade dos eleitores votem, para que o resultado seja vinculativo.

**Abstenção nem é considerada na lei eleitoral, já que está definido que só os votos válidos contam.
Imagem fotográfica da CRP.
A lei esclarece que não existe um número mínimo de votos para que estes se convertam e legitimem os mandatos. Ou seja não importa se a abstenção for de 80% ou 5%, porque só os votos válidos contam.
Artigo 152.º - Representação política.
1. A lei não pode estabelecer limites à conversão dos votos em mandatos por exigência de uma percentagem de votos nacional mínima. (CRP)
Desconhecedores da lei que assegura que apenas o voto válido num partido, possui valor e poder, a maioria dos eleitores continua na ignorância a utilizar o voto contra si próprio, a recorrer à abstenção, ao voto nulo e branco a para fortalecer os que corrompem o sistema. 
LISTA DE VIDEOS SOBRE O TEMA
3º Em Portugal andamos a raciocinar ao contrário e por isso a democracia não funciona.
Não são os corruptos que vão deixar de ser corruptos por opção, é o nosso voto contra os corruptos que os expulsará do poder . Que lhes mostrará que somos contra os desonestos. Os eleitores ainda não perceberam o erro de afirmar que só votam quando os políticos deixarem de ser corruptos, porque é precisamente por não votarmos, por os deixarmos impunes, que eles se tornam corruptos e que os chicos espertos, sentem apetência por ingressar na carreira politica. Dizer que só votamos quando a corrupção acabar ou a democracia funcionar bem, é o mesmo que um doente dizer que só chama o médico quando a doença se curar, ou o mesmo que alguém que está a ser assaltado dizer que só chama a policia se os ladrões pararem de roubar. Não faz sentido mas é isto que os eleitores portugueses fazem.
É imprescindível, urgente e VITAL nesta equação democrática, o exercício do poder do povo através do voto percebendo que este, não serve apenas para eleger. Se não encontra um partido perfeito que o motive a sair da cadeira no dia de votar, certamente que existe um partido contra o qual deseja usar o voto para fazer justiça, para o punir, censurar, julgar, educar, travar e eliminar os abusos e abusadores do poder, e só assim ter mão firme nos políticos. O voto contra é como um cartão vermelho que mostras ao infractor se continuas a abdicar de mostrar o cartão vermelho, estás à espera que o jogo corra bem?
O correcto para não nos paralisar, não é analisar todos os partidos à lupa, pois todos tem defeitos e claro que nenhum satisfaz ninguém a 100%, muito menos pessoas que exigem tudo e mais alguma coisa dos partidos, e até caprichos pessoais ... os partidos devem ser analisados sim mas numa balança, pesar os prós e os contras, os piores e os melhores, e votar no menos corrupto e no que mais se aproxima do que queremos para o país e para a democracia,  e assim, eles, por tentativa e erro os políticos perceberão o que o povo quer e o que não quer. Existirá uma comunicação mais justa entre eleitorado e políticos.
Pensem... Seria eficaz se uma pessoa responsável por vigiar e moldar comportamentos, (educar um filho delinquente, pacificar um cão agressivo, travar um ladrão reincidente, punir um politico corrupto, ou um jogador de futebol agressivo) decidisse que só iria agir quando a pessoa fosse honesta e justa? Não tem lógica pois não? Mas é isso que os eleitores portugueses pensam e fazem em relação ás eleições.
O filho é mal educado, delinquente, negligente, e até rouba, mas os pais fazem birra e dizem que só o vão educar quando ele deixar de ser assim, enquanto for assim não o educam? O jogador está sempre a fazer faltas, mas o árbitro diz que só mostra o cartões quando ele for correcto?

Outro erro/desculpa é afirmar que se recusam a votar alegando que os candidatos são corruptos e os que não o são, depressa se tornarão.
Importa aqui perceber porque isso acontece. A resposta é eficaz quando se conhecem os países onde isso não acontece, como a Suécia. Onde os políticos não são corruptos e nem o poder os corrompe e 90% dos eleitores votam.
Um jornalista português, questionou deputados suecos, para perceber porque é que eles não exercem duplas funções como é hábito em Portugal, onde os deputados que representam o interesse público ao mesmo tempo trabalham e defendem empresas privadas, esta é uma das maiores causas de corrupção em Portugal, no entanto a lei sueca é igual à nossa. A resposta do deputado foi simples, ele respondeu que nunca teriam tempo nem lhes passaria pela cabeça tal promiscuidade.  Não é a lei só por si, que trava a corrupção... mas sim um povo que sabe punir os maus políticos e censurar as más politicas, e desta forma moralizar a classe politica.
A conclusão é óbvia, em Portugal não sabemos usar a democracia nem o voto para proteger o país e a democracia dos abusos.
Só quando o povo votar e souber votar, para punir os piores políticos e eleger os melhores ou menos maus, aí sim eles passarão a temer o poder de justiça do povo. Os políticos começarão a perceber que o eleitor já sabe discernir, julgar e usar o voto, e serão forçados a ser honestos e competentes, tementes do poder do povo. E os próprios partidos serão finalmente impelidos a não aceitar maus políticos e corruptos, no seu partido. 

Os corruptos não possuem nenhuma razão para deixarem de o ser e possuem muitas para continuarem a ser. Sentem-se impunes graças a um povo ausente e inerte, que abdica de os punir no dia do julgamento, votando contra. Ser corrupto garante imenso poder, dinheiro e glória, fácil e sem risco, porque haveriam de deixar de ser corruptos?
É urgente perceber que está nas nossas mãos o poder e o dever de os fazer parar, de os educar, de exigir respeito pela nossa vontade e temos que iniciar esse processo, votando.
Não tem sido fácil porque muitos dos que habitualmente votam contra a corrupção, estão a desistir de votar, porque não existem eleitores suficientes e unidos neste dever. E ao sentirem que nada muda por serem uma minoria, perdem a esperança e estão também a desistir de votar. Mas não podemos desistir, temos que nos unir e continuar a votar, aguardar que mais pessoas acordem. E aí sim os corruptos serão derrubados ao fim de 40 anos a corromper o sistema.
Começar a votar mostrando o que abominamos e quem queremos excluir, para que eles percebam que afinal o povo não quer pessoas desonestas na politica, pois votará contra elas, e a desonestidade e mentira, passarão a fazer perder eleições.
Desta forma, votando, agindo e educando-os eliminaríamos os actuais corruptos e preveníamos a entrada de novos aspirantes. Os mal intencionados desistirão de ambicionar a vida na politica, pois sentirão que não tem futuro e os que são eleitos, farão tudo para não "queimar" o partido a que pertencem ou decepcionar o povo que os elegeu, pois arriscam-se a desaparecer da politica.

Este é o processo que em Portugal precisa de ser urgentemente iniciado, mas os manipuladores ao serviço dos políticos criminosos, criam grupos de falsos revoltados, que continuam a fazer crer ao povo que votar nulo, branco ou abstenção é que é revolução, é que é protesto e é que vai mudar o caos do país...  e alguns eleitores acreditam. Confusos e manipulados seguem qualquer um que prometa uma revolução, sem questionar os métodos e as consequências.
Bastaria perceber que a abstenção elevada, tem sido uma constante desde os anos 70 e o resultado é o aumento da corrupção, da impunidade e do descaramento dos políticos. Está na hora de despertar, acorda, luta, pune, faz justiça, escolhe quem não queres na politica, ajuda a fazer a limpeza da classe politica, TEMOS O PODER, VAMOS APRENDER A USA-LO.

4º Causas da abstenção, em Portugal
Existem dezenas de razões diferentes, que levam o eleitor a não comparecer nas urnas. Uns porque não querem, outros porque não podem, outros porque já nem existem (imagem). Qualquer pessoa sabe que as causas da abstenção são subjectivas e dispersas, variam de pessoa para pessoa, poderiam ser as seguintes;
Pessoas não votam porque: 10% que preferiram a praia, 5% não lhes apeteceu votar, 3% que estão longe das urnas, 4% que se estão a lixar para o país, 4% de iludidos que acreditam que abstenção é revolução de sofá, 5% porque estão zangadas com o seu partido que o roubou, 1% porque estão acamados, 2% porque desconhecem a lei, 2% porque querem monarquia, e 10% de abstencionistas fixos, fornecidos pelos governos, que se recusam a actualizar os cadernos eleitorais, onde estão contabilizados mais de 1 milhão de eleitores que já faleceram ou emigraram, etc etc etc. (Ver imagem, esta é mais uma prova de que a abstenção não possui valor ou poder que lese os corruptos, pelo contrário. Prova que eles não a temem e até a promovem... tal é o medo que os corruptos possuem da abstenção que são eles próprios a ajudar os abstencionistas com um exército de mais de 1 milhão de abstenções. Afinal o governo também é um revolucionário que quer acabar com ele próprio?)

Como sabemos a abstenção não é uma vontade porque possui muitas causas diferentes e legalmente só os votos válidos e expressos é que representam uma vontade. Mas existem teóricos, pagos pelos corruptos para causar o caos e promover a abstenção, que decidiram que a causa da abstenção é 100% uma vontade só... e para além de decidirem o que é a abstenção também decidiram que ela possui o poder mágico de derrubar governos, a partir do sofá? Segundo esta lógica seria como organizar uma manifestação para derrubar o governo mas só contavam os manifestantes que ficavam em casa... Boa ideia não era? Para os teóricos pagos pelos corruptos, que tudo fazem para afastar os revoltados das urnas, inventam teorias absurdas sem qualquer lógica ou fundamento, mas que encontram terreno fértil quando dirigidas a um povo inculto e com fraca literacia politica.
Eles decidiram que todos os abstencionistas têm uma só vontade de acabar com o governo. Mesmo os que foram à praia, mesmo os que nem sabem quem é o governo, mesmo os que se estão a marimbar para a politica, mesmo os acamados, os doentes e os mortos... todos eles querem acabar com o governo?
Independentemente da intenção subjectiva da abstenção, ela é objectivamente inócua para a luta contra ou por algo.
A abstenção reflecte desinteresse, indiferença, alienação e delegação da responsabilidade, logo a abstenção é a aceitação das escolhas dos outros. É fortalecer o que outros escolheram por nós. Tu abstencionista e que votas em branco e nulos, é que decides deixar nas mãos dos votam válido, a escolha de quem te governa. Ainda confias nas escolhas dos outros? Vais continuar a deixar que escolham por ti?
Importa ainda desmistificar que a abstenção nunca pode ser considerada desobediência civil, esta é mais uma mentira dos manipuladores que querem afastar o povo das urnas, porque não votar é um direito, e exercer um direito, nunca poderá ser desobediência civil.

A imaginação é fértil, mas objectivamente a abstenção não quer dizer nada, nem poderia ser de outra forma, porque cada um abstém-se por razões diferentes e pessoais, não por uma vontade comum ou revolucionária. Não é realista concluir que todos os abstencionistas o são pela mesma razão e com a mesma motivação. E mesmo que a abstenção tivesse uma só causa e fosse uma só vontade, teria de estar estipulado na lei que assim era, para ter poder, e não está nada na lei, nem pode estar porque não tem lógica.
Teria lógica fazer de uma ausência, de uma não acção, muitas vezes involuntária, uma manifestação de vontade? E qual vontade?
Parece-me que o exercício de procurar um sentido na abstenção é inútil porque é uma não atitude e é demasiado fácil aproveitar-se do vazio, da ausência, do não fazer nada, e manipula-la, alegando que o "não fazer nada" é fazer alguma coisa.
É o mesmo que concluir, que todas as pessoas que não foram hoje ao "El Corte Inglês", querem dizer que se deve fechar o "El corte Inglês". Milhões de pessoas não foram! Era uma maravilha decidir assim.
Não é legitimo retirar conclusões através de uma ausência, ou de uma não expressão de vontade, são sempre situações de ambiguidade que não podem ser generalizadas. Só o voto expresso é consciente, voluntário e exacto e portanto passível de interpretar como uma vontade.

A abstenção, segundo a constituição Portuguesa actual, reforça o poder dos partidos com mais votos, devido ao método de HONDT, (aqui em video). Se os mais de 56% de Portugueses que se tem abstido, ou votado nulo e em branco, fossem votar em outros partidos sem representação parlamentar, aí sim estariam a tirar o tapete aos que se apoderaram do poder há 40 anos. Votar contra os partidos corruptos identificados, isso sim é que seria dizer basta, seria protestar contra os corruptos, mostrar a indignação contra os piores.
Há quem critique o método porque acham que este, favorece os partidos corruptos. O método favorece os partidos com mais votos. O que favorece os corruptos não é o método de Hondt mas sim os que votam em massa, nos partidos corruptos. E claro a abstenção, nulos e brancos que dá mais força aos votos dos que votam.
O sistema favorece o partido com mais votos, se em Portugal os partidos com mais votos, são os partidos corruptos, certamente que o HONDT jamais pensou que as pessoas optassem por votar em partidos mais corruptos. Quem dá os votos aos corruptos é o eleitor, não o HONDT, portanto o sistema só favorece os corruptos porque é a eles que o povo dá mais votos.

O país é o retrato dos portugueses, logo todos somos responsáveis pela situação actual de impunidade e criminalidade. Todos conhecemos os partidos criminosos envolvidos nos vistos Gold? no BES? nos Pandur? BPN? TGV? PPP, nas rendas da EDP, nos Swaps? nos submarinos? E no entanto ainda nos abstemos de votar contra eles? De os punir? De eliminar do poder os partidos que albergam essas personagens, responsáveis pelos maiores crimes cometidos contra o país e o povo!! Para nós é indiferente??!!!
Na nossa constituição nada consta sobre a abstenção, pois o assunto fica arrumado com o artigo 152, da lei eleitoral, que estabelece que independentemente do numero de abstencionistas, não interessa se votaram 90% dos eleitores ou 10%, a eleição é legitima e os 230 deputados são eleitos para o mandato. O método de hondt, serve exactamente para dividir os votos, por muito poucos que sejam para preencher todas as cadeiras.
O método de "hondt",  existe para evitar que com a elevada abstenção, fiquem cadeiras de deputados vagas. Se a população elegeu 50 deputados mas existem cadeiras para 100 como fazer? E segundo o Método de Hondt, todos os eleitores são contabilizados e quer votem nulos, brancos, ou se abstenham, são colocados no mesmo saco e divididos pelos cargos (deputados) em conformidade com os votos válidos atribuídos, por isso a abstenção vale menos de zero, porque em nada lesa os maus políticos e até amplifica o seu poder. Se queremos protestar contra PSD\CDS\PS\etc, temos que ser objectivos e fazer algo que os penalize na prática e a única
forma é o voto válido contra eles.

Se a abstenção correspondesse a cadeiras vazias na assembleia, ainda poderia ponderar-se não votar, mas esses lugares que correspondem aos votos nulos e brancos e abstenção, são distribuídos pelos partidos mais votados, os que têm máquinas partidárias mais poderosas... e as máquinas partidárias representam pelo menos 30% de votos... Porque na hora de eleger só os votos válidos contam.
Nas eleições que elegeram Cavaco Silva como presidente, a abstenção foi superior a 54% e ele ganhou com maioria absoluta com apenas 23% dos votos reais... 77% dos portugueses não votaram nele, e no entanto ele foi eleito presidente da republica com MAIORIA ABSOLUTA! 77% deviam ter votado contra ele.
Temos o caso mais recente da Madeira, em que o PSD obteve a percentagem de votos maior apesar de ter tido menos 15.000 votos, graças ao aumento da abstenção os míseros 15000 votos transformaram-se num jackpot. (imagem)
Querem protestar contra o regime, contra a democracia representativa, contra a corrupção, então votem nos partidos pequenos e mais recentes que querem democracia participativa e directa, querem mudar o regime e a lei eleitoral, e não estão cheios de vícios e clientelas nem têm cadastro.
Porque não haver 20 partidos com 5 %? Na Itália já foi assim na época pre-Berlusconi e a Itália funcionava.Não desistam, mesmo que dispersem os votos, é melhor que deixar continuar a ganhar os mesmos de sempre.

Se houver abstenção elevada, mais facilmente ofereceremos uma maioria absoluta ao PSD/CDS com cerca de 15-20% dos votos. Basta fazer as contas... Quanto menos votos válidos, mais facilmente os grandes partidos obterão grandes percentagens... Se votarem mil, serão precisos 501, se votarem 100 são precisos 51... É simples...
Temos que tomar decisões conscientes e saber medir as consequências. Dizer que não votar é não participar ou não colaborar com os corruptos, é mentira. Porque todos sabemos que não votar também é colaborar com os corruptos. Basta pensarem. Com a abstenção elevada quem tem sido eleito? O PS OU PSD. Todos sabemos a resposta, então porque continuamos a fingir que abster-se é fazer algo contra o PSD/PS/CDS? Se todos votassem contra os políticos e partidos identificados como corruptos, talvez após Outubro, quando perdessem as maiorias, muitos deles estariam presos. Porque as coligações e as maiorias garantem IMUNIDADE PARLAMENTAR.
Ainda acha que não tem o dever de ir votar contra eles? Será que os portugueses não sentem vontade de deixar actuar a justiça, e obrigar os corruptos que nos tem assaltado durante anos, a ir fazer companhia ao 44?
Se está a ser votada por 50 pessoas uma decisão de matar uma criança inocente e alguém se abstém... essa pessoa está a participar também no resultado final. Também é responsável pelo que acontecer à criança, não adianta dizer que o abstencionista é aquele que não participa nem apoia o sistema, porque ele participa e apoia, porque quem cala consente, quem não faz nada contra consente.
Se está uma criança a ser espancada e o abstencionista passa e não faz nada, não censura, não denuncia, não ajuda a criança vitima de injustiça, claro que está a colaborar com os criminosos.

Existem ainda os teóricos que não votam porque idealizam exterminar a democracia e criar um sistema melhor, que ainda nem existe.
Mais uma vez utopias da treta, porque não é com a abstenção que isso se alcança. Mas em Portugal acredita-se em tudo... ainda teremos pessoas a tentar convencer o povo que se não votar, fica rico, e eles acreditam. Além do mais os países menos corruptos do mundo, mais ricos, com melhor justiça e melhor nível de vida, sem criminalidade e sempre no topo dos ranks de qualidade de vida são países com democracia, com a diferença que os eleitores votam e vigiam assim os políticos. São povos com cultura, informados, cívicos, e interessados na politica.
Talvez um dia quem sabe poderemos alcançar esse ideal, um sistema melhor que a democracia. Mas se nem conseguimos sair deste impasse, se nem conseguimos retirar do poder os partidos que impedem qualquer mudança, porque andam os teóricos da utopia, a desacreditar a democracia que ainda nem sabem utilizar? Usam palavras bonitas!! Teorias lindas, onde até podemos vislumbrar unicórnios... arco-íris... e borboletas a esvoaçar... Agora descendo à terra... Para que aconteçam essas coisas bonitas integralistas e imperativas, que no fundo não querem dizer nada, só existem 2 caminhos, ou uma revolução armada com a tomada do poder pela força, com derrame de sangue de inocentes, ou votando com inteligência em partidos que querem mudar a CRP e o regime, a fim de se conseguir 2/3 dos lugares na Assembleia da República e assim poderem iniciar-se as mudanças necessárias para fundar algo de novo, uma verdadeira democracia, ou o tal regime dos unicórnios.
Como pretendemos mudar a politica actual por uma nova!! Não será nas urnas? A abstenção é o mesmo que dizer que se concorda com o sistema actual e que se pretende a sua manutenção.
Os que agora estão no governo, seus pares, seus "boys", seus lacaios, apenas existem com o poder atribuído por 2,81 milhões, 29% de portugueses que neles puseram a cruzinha. Faltou a força dos opositores, os eleitores que nada fazem para contrariar esta tendência. O anterior governo foi eleito com apenas 2,08 milhões, são apenas minorias que votam e não há adversários à altura. Mas já Camões nos dava a lição:"Fracas elites tornam fraca a forte gente." De facto, até um burro é capaz de diferenciar um homem de um cavalo, mas a maioria dos portugueses não é capaz de diferenciar um homem de um animal! Somos incapazes de votar porque não sabemos distinguir os honestos dos corruptos.
Para os políticos mais corruptos, enquanto o povo estiver entretido a manifestar o seu descontentamento e revolta, em casa abstendo-se, ou nas urnas inutilizando votos, eles permanecerão tranquilos a ganhar eleições sem qualquer esforço ou oposição. E os eleitores continuam entretidos em revoltas ilusórias pensando que estão a punir os políticos com votos nulos e com a abstenção... que mauzinhos. Somos livres de escolher, rejeitar e seleccionar. Recusamos fazê-lo? Temos que aceitar as escolhas dos outros.

É incoerente a estratégia dos que apelam à abstenção, só os mais distraídos não percebem o embuste. Os revoltados, os descontes, as vitimas e os indignados que odeiam o ps psd cds, são convidados a afastar-se das urnas... e a remeterem-se ao silencio, neutralizando a sua indignação. Que conveniente... Mas será que ainda existe quem não perceba incoerência desta teoria e o ridículo?
Acham que é no silêncio da abstenção, que eles vos ouvem ou temem? Se a abstenção até os favorece? Ainda confias nos que escolhem sempre o PS/PSD/CDS? Eles votaram, eles escolheram, eles ganharam, tu não votas... assistes e queixas-te que não te sentes representado? Como podes sentir-te representado se a tua vontade não contou?
A grande maioria do povo (trabalhadores, pobres e desfavorecidos) demitem-se de participar nas eleições. E a minoria (ricos e privilegiados) podem assim, sem qualquer oposição, eleger quem os representa e favorece. Quando a participação politica é reservada apenas aos exploradores e beneficiários do sistema que resultados podemos esperar? Não será a nossa demissão, a causa da nossa miséria? Não será dessa forma que estamos a colaborar com quem nos rouba e explora? Compreendo o desânimo com o estado das coisas, mas a política e os políticos que nos desagradam são os que agradecem a abstenção. Só com a abstenção da maioria é que continuarão a ser permitidos e legitimados os ataques da austeridade e à dignidade. A abstenção é o gesto mais inofensivo, nada tem de revolucionário e, em termos práticos, não exprime qualquer indignação contra o sistema. Na realidade, não exprime rigorosamente nada. Está na hora de ser a maioria a decidir.

5º A importância do voto válido para purgar a classe politica
Não é difícil perceber que a quase totalidade dos lugares de governação são ocupados por filiados do partido, por pessoas que nunca trabalharam fora do âmbito partidário, seja a colar cartazes ou a fazer outra actividade afim. Aqui, para além doutros cenários, gravitam o caciquismo, o clientelismo, e, mais grave ainda, a falta de qualificação dos nossos líderes e/ou governantes.
Evidentemente, como são os deputados os detentores das prerrogativas capazes de realizar alterações na lei, não é de esperar que o façam de boa vontade. Afinal, serão os principais prejudicados.
E ouvindo as vozes de descontentamento que a população manifesta para com os seus representantes políticos e o crescente afastamento entre eleitores e eleitos, à primeira vista é bastante atractivo a não participação nas eleições ou o manifestar do desagrado através do voto branco ou nulo. Mas trata-se de uma ilusão que apenas beneficia os candidatos. A melhor maneira de provocar incerteza do resultado nos candidatos é expressar validamente uma escolha, votar, mas sem ser branco ou nulo.
Independentemente da escolha de cada um, relembro que a influência do cidadão está praticamente
confinada à participação nos sufrágios eleitorais, pelo que é muito importante que a sua actuação seja activa, não se abstendo e fazendo com que o número de votos brancos e nulos não continue a atingir os níveis que tem atingido. Só assim será possível evitar os vencedores antecipados.

Por fim – porque ao contrário do que possa parecer, a democracia não é um dado adquirido mas uma dádiva que se conquista e que se deve manter e moldar ao eleitor, e para isso é vital a participação em massa do eleitor, que deve fazer valer a sua vontade, dizendo não aos politicos e ás politicas que criticam. O povo que se una e vote massivamente contra os que condenam e talvez um dia se saiba como poderia ser Portugal sem o PSD/PS/CDS. E moldado pelo povo.
De facto, desde as eleições legislativas de 1980 que o valor da abstenção não registou uma diminuição e dos modestos 8,34%, registados em 1975, passámos para os assustadores 41,93% em 2011. Assustadores, porque quando pensamos que quase metade da população portuguesa não vota, isto é, abdica de um dos seus escassos momentos de decisão do rumo do seu país, não podemos deixar de nos sentir preocupados com o futuro de Portugal e, até mesmo, de nós próprios.
Abstenção é o silêncio
É no auge destas reflexões que as palavras ditas por Florbela Espanca há quase 90 anos, ressoam na nossa mente: “O Silêncio é às vezes o que faz mais mal quando a gente sofre”. Preparamo-nos para as eleições de 2015 com receio de que o som mais ouvido seja o silêncio dos que vêem que algo está mal e não percebem que o que pensam, precisa de ser dito através de uma linguagem impossível de não perceber, mas que por ignorância, comodismo ou pseudo protesto, não dizem, esquecendo-se que a sua voz é fundamental para a melhoria de Portugal.

O sistema está podre, essa é a má noticia. A boa é que está nas nossas mãos mudar o sistema e para tal bastará começar a VOTAR NOUTROS PARTIDOS! Sem vícios, sem cadastro e sem passagens de décadas na AR.
Somos o médico que diagnostica mas não trata; o policia que identifica o ladrão mas não o prende; o prisioneiro inocente que não luta pela liberdade. É preciso mudar o nosso comportamento. É uma questão de DEVER, HONRA E LEGITIMA DEFESA!!! É também uma questão de respeito pelos que lutam, partilham, divulgam, denunciam e circulam em contra mão. Circular em contra mão é circular contra o sistema, o sistema são os partidos com assento na AR, os criminosos dos grandes grupos económicos, o sector financeiro e os agentes estrangeiros que os comandam. Todos morreremos um dia. Escolhe como, se de pé ou de joelhos. DEFINE O TEU DESTINO! DESENHA O TEU FUTURO! Vota contra o sistema...

Os abstencionistas também alegam que não votam porque se recusam a pactuar na eleição de corruptos.  O método de Hondt, explicado em cima, invalida por completo esta teoria.
Além do mais, não agir, em determinadas circunstancias é também pactuar.  E nas eleições é precisamente uma dessas circunstancias.
Se estão 2 pessoas a atacar uma criança, e tu assistes e não ages, és cúmplice. Se não tentas travar o crime, não condenas, não punes nem denuncias quem comete um crime, és cúmplice.
Outro exemplo...
50 pessoas têm que eleger o novo líder, entre 6 lideres. Todos sabem que 3 deles são corruptos, incompetentes e protegem alguns dos 100 eleitores. Contudo apenas votam válido 50, entre os 100. Porque os outros 50 não gostam do sistema nem do método, estão fartos dos corruptos, outros não lhes apeteceu. Como facilmente se compreende, os amigos e protegidos dos corruptos, estão motivadissimos a votar e bem focados em alguém e por isso votam em força. Os 50 que não votaram claro que facilitaram a vitória dos piores, dos que possuíam beneficiados entre os eleitores. Nunca podemos esquecer que os mais motivados são-no pela negativa, pelos interesses.
Mas algum pensador lúcido, acredita que quem não vota não tem responsabilidade no resultado das eleições? Que não tem responsabilidade nas decisões finais? Que não tem responsabilidade pela impunidade dos criminosos?
Por um voto se ganha por um voto se perde. O arco da corrupção, só será derrubado quando os que não gostam de corruptos, nem são beneficiados por eles, votarem.
O problema político em Portugal é sério e grave, mas só vai mudar quando mais portugueses estiverem conscientes disto e tomarem uma atitude séria e válida. Por agora, a opção é o denominado voto útil. Lamento não podermos ser nós a escolher os candidatos, mas há partidos novos a querer mudar isso. Tenham eles votos.

Deve-se votar conscientemente porque a Burguesia reaccionária e seus comparsas votam sempre e até mesmo gente da plebe manipulada ou aconselhada pelos Vigários, vota nos Caciques Burgueses.
Sem dúvida que os abstencionistas fanáticos que tentam efectuar lavagens ao cérebro das pessoas com publicações e republicações falaciosas, recorrendo a técnicas de marketing à boa maneira das grandes agências de publicidade, estão a ser pagos pelas mesmas entidades que patrocinam PSD, PS e CDS! 
Utilizam sempre a mentira e a manipulação rasca. O truque que eles usam é começar por constatar uma realidade que a todos indigna e depois terminar com a pseudo solução milagrosa da abstenção, ou seja uma mentira. Para eles a abstenção resolve todos os problemas, até as nódoas da roupa, ou a fome em África. Também costumam citar uma lei e depois fazem um comentário distorcido. O mais flagrante e ridículo é quando citam o artigo sobre a vontade popular ser soberana, exigindo que quando a abstenção for superior a 50% não se pode formar governo... esquecem-se é de explicar que a abstenção não é uma vontade, nem é sempre voluntária, e não é motivada pelas mesmas razões em 100% dos abstencionistas, nem em 50%, sequer. Ninguém sabe ou pode saber quais são as dezenas de causas que motivam os abstencionistas, como podem eles afirmar que todos os abstencionistas o são, porque não querem que o governo tome posse? Só mesmo gente de má fé faz este tipo de manipulação e só gente muito obtusa não repara na incoerência.
Claro que os abstencionistas descrentes, porque não têm tempo para se debruçarem sobre a política, a quem faz muita confusão toda a terminologia usada nos debates políticos, acabam por ser "enrolados" por esses fanáticos e, assim, nada muda!
O grande trabalho a fazer-se em Portugal é desmistificar os conceitos de esquerda e direita que somente servem para dividir, ir junto das populações e ensiná-las a compreender os conceitos, e passarmos a discutir políticas em concreto em vez de teorias políticas que servem apenas como exercício académico!
Certamente, o mundo inteiro precisa de uma autêntica revolução que elimine de uma vez por todas o estúpido conceito de direitas e esquerdas que já o exímio filósofo ibérico Ortega e Gasset na sua obra cume (A Rebelião das Massas) considerava simplesmente ridículo. Os seres humanos devem lutar pelo direito a uma democracia plena. A produzir, criar e viver em liberdade dentro de um autêntico sistema de justiça. Pondo o Estado no seu justo lugar, pois ele se deve ao povo e não o povo a ele. Certamente, a Revolução pela liberdade, a justiça e a democracia autêntica, será também a revolução da inteligência com o renascer da supremacia da consciência humana como única reitora dos nossos actos perante a sociedade com a que partilhamos as nossas emoções, os nossos anelos, o nosso bem-estar colectivo, e, em definitiva, a nossa vida. Ou aprendemos a utilizar a razão em função da nossa consciência, ou a cada vez mais corrompida humanidade, da maneira cada vez mais auto destrutiva, continuará o seu desbocado tropel aos abismos da sua própria tragédia...! E, por favor, não se esqueçam nunca desta verdade autêntica das sociedades corrompidas; "OS LADROES, OS CORRUPTOS E AS SUAS VOCIFERANTES MASSAS ADEPTAS, UNEM-SE POR UMA CAUSA COMUM; OS HONESTOS QUASE NUNCA...!"

ESTRANHAMENTE AS PESSOAS ACREDITAM NA ABSTENÇÃO, COMO SE A AUSÊNCIA, FIZESSE SURGIR, COMO POR MILAGRE, UMA POLÍTICA COM POLÍTICOS PERFEITOS. O numero de corruptos na política Portuguesa tem aumentado na mesma proporção em que aumenta a abstenção, para mal dos nossos pecados!...
Mas meus amigos de boa fé, continuem assim misturando esses conceitos, metendo todos no mesmo saco, abstendo-se que aqueles que vos querem confundir,  continuarão a vos enterrar até ao tutano!
Não se esqueçam, só os votos em partidos são contados. O que castiga um partido é votar noutro partido. Não é a abstenção nem os votos brancos ou nulos, pois estes não entram nas contagens (nem dão dinheiro aos partidos- Lei 19/2003 de 20 Junho - art 5º).
Como tem um significado ambíguo, os partidos pouco se incomodam com o aumento da abstenção e apenas choram cínicas lágrimas de crocodilo. É tudo e é pouco.
De facto, mais uma pessoa a abster-se pode ser muita coisa: o sujeito morreu, mudou de residência, o eleitor está com uma amigdalite, está descrente na política, foi à praia, ou ainda os cadernos eleitorais estão desactualizados. Pode ainda ser um sujeito que não acredita na democracia ou, simplesmente, nesta democracia. Nunca saberemos.
Politicamente a abstenção não tem, de facto, muito significado, por muito elevada que seja. Além disso, para qualquer partido perder um voto para a abstenção é meia vitória: menos um que não vai votar no partido concorrente e menos um sujeito com quem se preocuparem. Ou seja, a abstenção não faz qualquer pressão para os partidos se abrirem e reformarem, nem incentiva a que apareçam novas alternativas de voto, ou seja, novos partidos. Por isso, abster-se é pouco inteligente. Abster-se é um erro grave e sinal de fraca inteligência.
Temos de ser práticos e realistas. Votar em branco, nulo ou abster-se, é estar a filosofar. Ora já vimos que os políticos são imunes a filosofias, e a poesias, porque a lei está do lado deles. O único voto que os pode derrotar é o voto expresso. Logo, não há muito por onde escolher.
Quando uma pessoa não se revê em nenhum partido, mas acha que o partido A é o pior de todos, acho que a sua consciência o manda votar noutro partido para que o A não ganhe. Não vejo nenhum mal nisso, pelo contrário, melhor isso do que se abster.

6º Dicas sobre como saber em quem votar? O guia do bom eleitor.
- O voto não serve apenas para votar a favor, também serve para votar contra. Portanto e atendendo a
que apenas os votos válidos possuem poder e valor, eis mais uma razão para votar. Mesmo que não encontre partidos perfeitos, porque não os há certamente, tem o dever e o direito de votar nos menos imperfeitos, votando assim contra os mais imperfeitos, mais corruptos, mais anos de provas dadas de vilagem e más politicas. Não podemos deixar de penalizar nas urnas os piores, e isso só é possível através do voto válido, não falte no dia de exercer esse poder, esse direito e esse dever de ajudar Portugal.
Temos que analisar os partidos na balança. Os portugueses analisam os partidos à lupa e encontram sempre um defeito qualquer para se desculparem e afirmarem que não há nenhum bom, nem alternativas que lhe mereçam o voto. Mas essa atitude conduz sempre ao mesmo beco sem saída e inútil: a abstenção. Os partidos devem ser analisados na balança e não à lupa. Pesar os prós e os contras de cada um e escolher o menos mau, e desta forma todos perceberão que se devem esforçar por ser os melhores, por satisfazer o eleitor e não o trair ou roubar e assim criar níveis de exigência crescentes. 

- É importante analisar o carácter das pessoas que estão nos partidos, detectar se existe falta de seriedade e integridade. Partidos que utilizam recurso a golpes baixos, ataques pessoais e mentiras, para desacreditar adversários políticos, deve ser entendido como um sinal negativo na análise do carácter dos que o fazem ou permitem que façam.
Por exemplo Marinho Pinto tem sido vitima de distorções frequentes dos seus comentários, e existem partidos que tiram proveito disso para difamarem o adversário, sem fundamento. Isso é condenável, demonstra que são pessoas que em vez de procurarem a verdade ou, pelo menos, não fomentarem a mentira, preferem jogar sujo para ganhar votos a todo o custo, e esse tipo de pessoa na politica, deve ser considerada um perigo.
Cabe ao cidadão censurar (votar contra) comportamentos pouco dignos, nas urnas e filtrar as (des)informações da comunicação social. É assim que os eleitores de países menos corruptos, analisam em quem votam. Um exemplo, a Suécia, onde 90% dos eleitores votam, é um país onde a justiça que condena os maus políticos e os corruptos, é exercida pelo eleitor activo, que pune nas urnas, e através da opinião pública, uma justiça pesada e eficaz. Na Suécia, os mais activos denunciantes de corrupção, são os órgãos de informação e os cidadãos. Por isso, casos de corrupção politica, são acontecimentos tão raros, que se perdem na memória. É também um país onde a politica é levada a sério tanto pelos cidadãos, como pelos políticos, não se admitem jogos sujos, insultos e ataques pessoais entre os políticos em campanha ou no governo... quem escolher esse caminho, é penalizado nas urnas.

- Outro passo importante é pesquisar o percurso do partido e dos representantes. Há defensores cegos, que garantem que o "seu" partido é imaculado. Aconselha-se a todos os eleitores que sejam informados e isentos antes de votar. Basta utilizar o Google e pesquisar as siglas ou nome do partido em causa, ou dos lideres e juntamente com as palavras "Suspeito", ou "arguido", ou  "acusado", ou "condenado"...  ou "justiça tribunal" e conjugando estas palavras apenas, descobrem-se diversos casos de corrupção, desconhecidos pela maioria. No poder local também existe corrupção, e muitos partidos apenas desempenharam cargos públicos, no poder local. Para isso basta utilizar na pesquisa as palavras "autarca", "presidente câmara", "vereador" e os restantes termos já descritos em cima. Pesquise com isenção, é importante evitar clubismos, e apurar a verdade, é uma urgência da cidadania, realizar uma limpeza da classe politica identificando as ovelhas negras, e sendo justos na hora de votar. A lucidez, a informação e a isenção são as melhores armas do eleitor que quer lutar por um país digno para viver.

- Não exigir o impossível dos candidatos - Não votar nos que prometem tudo, nem deixar de votar
nos que não prometem tudo. Como costuma dizer Medina Carreira: "Em Portugal, nenhum politico ganha eleições a dizer a verdade". E nós eleitores somos os responsáveis por esta verdade incontornável e está nas nossas mãos mudar isso. É preciso perceber quem promete coisas só para ganhar votos, subsidiosinhos, milagres, aumentos, e outras coisas que servem para calar o povo e não desenvolver o país. E há ainda os que prometem mudar o mundo inteiro, sair do euro, da UE e deixar de precisar de credores e de crédito assim por magia. Por isso é urgente perceber que temos que votar no meio termo.
O eleitor tem que ter a noção do que é realista e sustentável e o que não é. Ninguém pode esperar que um partido consiga mudar o país e o regime por magia, mesmo que ganhe as eleições. A coerência deve levar-nos a perceber que o país pode mudar sim, mas é algo gradual. Acabar com toda a corrupção, com todas as leis censuráveis, com todas as coisas que incomodam o povo, exige tempo, exige muito poder, muita coragem e apoio do povo, em massa.
Exigir impossíveis aos candidatos é encurrala-los entre 2 opções: ou mentir ou perder. Os portugueses não permitem que os sensatos, os competente, ou honestos, ganhem. E depois estranham que o país seja sempre governado por mentirosos e corruptos? Quando os culpados são os eleitores.
É preciso ser um eleitor coerente e sensato se queremos políticos coerentes e sensatos.
Os políticos percebem que só ganharão votos, se prometerem esbanjar os impostos e falir o país com aumentos dos salários dos funcionários públicos, com subsídios para todos e para tudo, com baixa de impostos, aumento de reformas, etc porque se eles não o fizerem, o adversário o fará, portanto se é isso que o povo quer, destruir as finanças do país e é isso que o povo elege, terá que ser assim. Portanto o eleitor não se pode queixar quando de repente lhe comunicam que o estado social está a falir, é o povo que vota nas politicas devastadoras que o faliram. Somos nós que incentivamos os políticos a mentir e a falir o país, acreditando e elegendo as mentiras agradáveis e rejeitando a verdade que nem sempre nos agrada.
E claro que por acréscimo vem o politico corrupto. Porque o povo gosta de mentirosos e manipuladores que geralmente também são desonestos.
Num comentário à candidatura de Paulo Morais, uma eleitora afirmava que só votava no Paulo Morais se ele prometesse mudar a lei de adopção, porque a neta da srª não podia ser adoptada pelos avós, e etc (a história era longa e continuava). Cada um exige do alto do seu egoísmo, os impossíveis, os favores e a defesa dos seus interesses. O eleitor esquece que o voto é um exercício de cidadania que deve visar o bem comum e não o individual... Acham que o candidato tem que adivinhar e resolver todos os problemas pessoais mesmo os incoerentes, senão não presta? Não vota? E os mais corruptos agradecem a estes eleitores.
Por isso estamos nesta profunda crise de valores, mas também económica, social e politica, porque tudo serve de desculpa para não votar. E os representantes do país, são eleitos apenas pelos seus fieis militantes, pelos grupos de interesses que favorecem, pelos amigos, pelos boys e pelos clubistas acríticos. A mensagem que o eleitorado português passa, é que votam em quem mente mais, ou não votam. E eis o monstro que se forma em resposta ás exigências do povo, uma classe politica, desenhada à sua medida; mentiras, interesses e corrupção.
Os que gostam destes políticos e politicas votam. Os que não gostam, não votam em ninguém? Que maravilha para os corruptos.

- O eleitor deve ser critico perante a informação e analisa-la ao consultar, sempre que possível, as fontes. Não acredite em tudo o que a comunicação social diz, principalmente quando se trata de "dizer que disse". Não confunda artigos de opinião com factos.
Desconfie sempre dos títulos popularuchos, a maior parte deles são mentiras para atrair público e publicidade. E outras são inventadas por órgãos de informação pagos pelos corruptos, para destruir adversários nas eleições. (Ao min. 1,38 deste video)
É importante ler os artigos e não apenas o titulo, e aprender a distinguir quando são palavras do jornalista e quando são palavras do visado pela noticia. Apenas o que está entre aspas são palavras originais citadas, o restante pode estar, ou não, distorcido ou cortado pelo jornalista em frases de 2 ou 3 palavras, e descontextualizadas. E por isso deve procurar conhecer a versão original sem cortes e aspas, ou em video.
Por exemplo noticiou-se que "Marinho Pinto apoia o Governo", quem conhece Marinho Pinto obviamente que suspeita de uma frase assim, e quando se vai analisar mais de "perto" percebe-se a manipulação, ele não apoiou o Governo, ele apenas explicou o enquadramento jurídico de uma situação e esse enquadramento era favorável ao governo... é muito diferente não é?
Todos conhecemos frases que foram alvo de noticia e de chacota, mas a maior parte delas, são manipuladas e descontextualizadas. Infelizmente é isso que vende quando o povo não é exigente.
Deixo mais um exemplo, já que Marinho Pinto tem sido uma das maiores vitimas desses ataques, o video sobre o famoso caso: "Marinho esconde 54 mil euros do seu rendimento." que filme que se fez em redor desta mentira.
Mas este jogo de desinformação serve de arma contra diversos personagens. Todos os dias somos bombardeados com frases supostamente "ditas" por Passos Coelho, António Costa, Maria Luís Albuquerque, etc... que são ridicularizadas, e exploradas até à exaustão. E na realidade não passam de uma mentira, para entreter o povo que mostra uma apetência infantil, por frases bombásticas e apalhaçadas, e raramente procura apurar a verdade.
Parece que a politica que os portugueses querem e gostam é a da palhaçada, o insulto gratuito e oco. É urgente um povo que se recuse a consumir este tipo de lixo.
Tal como a comunicação social é o retrato do público português, também a politica é o retrato do eleitor. Não é por rirmos dos corruptos, que os educamos ou extinguimos, é sim pela nossa exigência de verdade e seriedade.
Analisemos por exemplo, a bombástica frase dos "cofres cheios", que até deputados ridicularizaram, como foi o caso de Mariana Mortágua. A frase foi cortada e descontextualizada, para picar o público. O que realmente se disse não foi "Temos os cofres cheios" mas sim algo que tem um sentido bem diferente: "Temos cofres cheios para poder dizer tranquilamente que se alguma coisa acontecer à nossa volta que perturbe o funcionamento do mercado, nós podemos estar durante um período prolongado sem precisar de ir ao mercado, satisfazendo todos os nossos compromissos" Os portugueses prefeririam que não tivéssemos cofres/dinheiro de prevenção? Preferiam ser apanhados de calças nas mãos, de novo? Que tem de mal esta informação?
Para pessoas sensatas, para as quais, ser justo e verdadeiro não é estar sempre contra o governo e sempre a gozar com os adversários, a frase contextualizada, não tem nada de ridículo ou sugestivo de palhaçadas.
É dever do eleitor questionar as noticias e analisar o contexto, só assim teremos um eleitorado mais sensato e uma classe politica mais competente, quando correctamente avaliada.
Usei apenas 2 exemplos, mas são centenas deles, todos os dias, tudo o que os politico dizem, transforma-se em palhaçada, para assim vender jornais e confundir o povo. Um povo confuso e que vê a politica como uma palhaçada, não vota, e é isso que os corruptos do sistema, mais querem.
Outro exemplo foi a noticia: "Ministra autoriza bónus de 57 milhões para os funcionários do Fisco", claro que quem questiona, vai investigar, porque suspeita que há algo de errado, e depara-se com mais uma semi  mentira. Este bónus não foi autorizado por este governo que aliás até o diminuiu , foi autorizado em 1997 (Sousa Franco). Este é mais um entre os milhares de casos que requerem a censura de um povo que saiba exigir a verdade. Temos que lutar contra a corrupção, mas a desinformação terá de ser também uma das nossas batalhas.

- Não confundir a gravidade dos crimes de corrupção do poder público, com pequenas infracções no privado, ou com a legitimidade de receber salários honestamente.
A justiça é saber pesar os factos, por essa razão o símbolo da justiça é uma balança. Condena-se da mesma forma um Marinho Pinto por ter um único emprego e para o qual foi eleito com transparência, como um corrupto que ocupa 20 tachos, por nomeação dos partidos corruptos, para favorecer a corrupção. Critica-se tanto um candidato que tem um emprego como os que possuem várias empresas milionárias a parasitar o estado. Queremos justiça mas não somos capazes de ser justos?
Cada cidadão que decida ajudar o país, é logo desmoralizado com generalizações sem justiça. -"Eles querem é tacho" dizemos o mesmo de todos. Existem exemplos de candidatos que abdicaram de muitos tachos e muitos milhões para lutarem contra a corrupção, mas o povo coloca-os a todos no mesmo patamar? Paulo Morais, Henrique Neto, Marinho Pinto, Manuel Monteiro, Ventura Leite, etc etc etc nunca tiveram tachos, ou abdicaram deles, porque preferem defender o país, mas neste país poucos se dão ao trabalho de reconhecer o mérito a quem o tem, e condenar quem o não tem, preferem generalizar, que não dá trabalho.
Como é que se sentirão os que pretendam candidatar-se para ajudar o país? Porque acham que os patriotas já nem se atreviam a candidatar-se? Finalmente alguns ganharam coragem, mas terão que contar com um grande inimigo o mau juízo e a ingratidão do eleitor.
É preciso entender que há candidatos que nunca fizeram mais nada na vida para além de politica e de de corrupção politica fazendo de tudo para esconder a podridão que reina na politica. Como podemos colocar esses, no mesmo patamar daqueles que não possuem o mesmo passado?No mesmo patamar daqueles que sempre denunciaram a corrupção e nunca a praticaram? Somos assim e mais uma vez os responsáveis por manter os corruptos no poder, ao descredibilizar todos os candidatos, indistintamente.
Existem candidatos que nunca tiveram cargos na banca, na EDP, na PT, nos CTT, na CP, na TAP, etc etc nunca andaram de partido em partido, nunca criaram empresas à sombra do estado, nunca tiveram casos de corrupção, nunca tiraram proveito da politica e muitas vezes perderam oportunidades milionárias por denunciarem a corrupção politica, e o povo diz que são todos iguais??? Ingratidão? Ignorância?

Importa ainda perceber que, por discordarmos ou não simpatizarmos com um candidato por pequenos atritos e opiniões, não podemos deixar que isso nos impeça de lhe reconhecer as capacidades que tiver para ser governante. Honestidade, integridade, coragem, competência, justiça, frontalidade, são qualidades que não desaparecem só porque a pessoa é antipática, brusca ou não tem tacto ou hipocrisia, para se afastar de temas polémicos...
Outra situação em que os portugueses não sabem usar a balança da justiça, é quando assistimos a multidões a pedirem a prisão de um governante que corta nas reformas, e colocarem essa medida no mesmo patamar do crime descarado das PPP. Para um português, as PPP, onde existiram favorecimentos a alguns grupos de ricos, de milhares de milhões de euros, e luvas para quem a aprovou e lançou as PPP, é tão grave e corrupto, como cortar salários ou subsídios, que não inclui favores ou luvas e pode ser uma medida urgente. Óbvio que cortar salários sem antes cortar nas PPP, não é uma politica justa, mas não é isso que se está a discutir, mas sim tentar mostrar que há crimes políticos descarados, graves que são uma afronta, e que resultam em luvas e rendas para os corruptos, e não podemos diminui-los ao colocar no mesmo patamar o politico que rouba descaradamente com o que aplica medidas de austeridade, ou cortes que nem sequer lhe traz benefícios monetários ou políticos. É importante que se saiba também analisar a gravidade de cada "crime" de que se é acusado. Desenvolver a literacia politica. Conhecer os casos. (Os exemplos que apresento são dentro do possível isentos. Para que não pensem que estou a defender algum partido em particular, recordo que as PPP são um crime, da responsabilidade de vários partidos)

- Democracia é saber delegar o poder. É curioso que os países mais caóticos são os países cujos cidadãos são mais desconfiados. Quando não se sabe julgar, opta-se por desconfiar de tudo e todos.
A desconfiança dos portugueses foi estudada, pois faz parte do estudo internacional que elege os países mais felizes do mundo, que só por coincidência, são também os menos corruptos.
Não é sinal de civismo nem de maturidade politica, ouvir constantemente portugueses afirmar que não votam porque não confiam em ninguém. Muitos afirmam mesmo que só votavam neles próprios? Não sabem viver em democracia não possuem a capacidade de delegar o poder, nos que por exemplo querem democracia participativa? E não sabem que ao não votar, deixam eleger os de menos confiança. Não sabemos identificar os problemas nem os causadores e muito menos a solução.
Paulo Morais e Marinho Pinto eram elogiados por milhares de portugueses pela sua luta contra a corrupção, por nunca terem caído na tentação de se aliar aos partidos corruptos, apesar dos convites, por terem arriscado e perdido muitas oportunidades como as que a corrupção oferece, para estarem do lado do povo. No entanto, assim que decidiram agir, candidatar-se, passaram de bestiais a bestas. Agora são corruptos e só querem é tacho? Os comentários sobre eles e outros não deixam dúvidas: "Eu até gostava deste, mas desde que se candidatou já vi que só quer é tacho." Portanto em Portugal nunca poderemos ter políticos honestos, porque aqueles que são considerados honestos, passam a ser desonestos no momento em que se candidatam, não é fácil lidar com um povo assim... digamos que é mesmo impossível.  É um dilema sem solução. Os portugueses não querem mesmo ser governados por gente honesta. Já Júlio César percebia a incoerência do nosso povo quando afirmou: "Há nos confins da Ibéria um povo que nem se governa nem se deixa governar."

Não confundir o Brasil com Portugal. Há imensos brasileiros e portugueses que confundem a legislação portuguesa com a do Brasil. É frequente encontrar nas redes sociais, portugueses a citar legislação Brasileira sem noção disso. Muito frequente confundirem a legislação sobre a lei eleitoral. Sobre o voto branco, nulo e sobre a abstenção. Inclusive a CNE teve que publicar um desmentido devido a essas confusões. É importante também não esquecer que no Brasil a corrupção já se alastrou à contagem dos votos, e isso ainda não é uma realidade em Portugal. Em Portugal ainda vale a pena votar, precisamente para evitar que a corrupção continue a evoluir e chegue a esse ponto de descaramento, sem retorno.
Vale a pena começar a votar para travar a corrupção e mostrar que o povo está atento ás acções dos políticos. Votar contra os corruptos que cada vez estão mais descarados e podemos evitar chegar ao ponto sem retorno, da corrupção dos votos. Tudo depende do nosso esforço para desenvolvermos hábitos de cidadania punindo a corrupção com toda a força e clareza do voto contra, de milhões de eleitores. Há ainda que ter cuidado com grupos criados pelos partidos mais corruptos, grupos esses de pretensos revolucionários que apelam à abstenção, manipulando os textos da lei. Mentiras gratuitas para afastar o eleitor das urnas. Pensem... qual a melhor forma de inutilizar o poder dos que odeiam os arco da governação e estão revoltados? Convence-los que a revolta é ficar em casa longe das urnas para não ser mais um a votar contra o arco da corrupção. Pensem... está na hora.

Videos e artigos que complementam a informação cívica

  1. Como falir Portugal o Bipartidarismo e abstenção
  2. A democracia melhor do mundo. Luta por ela
  3. Pessoas cultas e confiantes votam e eles não querem isso.
  4. Abstenção sustenta o arco da governação /corrupção.
  5. A democracia precisa de vigilância. Acordem! (Luís de Matos)
  6. Eleitores com hábitos de corte, participam pouco na politica
  7. Fraco civismo dos portugueses não permite travar o caos
  8. PDR quer democracia participativa e nova lei eleitoral
  9. Pedagogia para eleitores lúcidos. Clubismo e eleições.
  10. O poder do voto nulo, branco e abstenção
  11. Governos oferecem 10% de abstenção, fixa
  12. O medo que os políticos têm, que os eleitores indignados, comecem a votar...
  13. Enquanto não tivermos um povo critico, com educação e um grau de exigência que exija políticos sérios, não teremos políticos sérios.


25 comentários:

  1. Artigo muito bem conseguido. Esperemos que o leiam e passem aos amigos.O importante na democracia é que se chegue a formação dum governo capaz e que rerpresente da melhor maneira a maioria dos elitores; dentro de pouco tempo precisaremos de criar uma 2ª volta em que só escolheremos as duas candidaturas(ou cilgações) mais votadas para se sair rapidamente da fragmentação dos partidos e da visâo maniqueista dos lideres que protelam os acordos.
    Ainda penso que temos cidadaos a espera de propostas bem estruturadas com pessoas que demonstrem eficiencia e credilidade para mobilizar os indecisos e abstencionista que as propostas vão mesmo ser executada por aqueles senhores.

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    1. Tentei compilar num só artigo tudo o que julgo ser importante saber na hora de votar, sobre voto, a abstenção, os partidos, a manipulação a que temos que estar atentos e a democracia. Porque é urgente agir e deixar apenas de criticar e lamentar o que precisa de ser mudado

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    2. Tenho sempre em boa consideração o seu trabalho; que acho muito importante quanto mais equidistante se mostra em relação a uma especifica agremiação.
      Mas olhe que em Portugal a clientela para mudarem de voto ou deixarem de votar é m grande e é pena que pessoas como vexa e outras que são forças naturais não preparem uma proposta estudada bem elaborada, executavel eficiente a comunicar e animar gente por esse país fora e que não se contente em repositorio de chavões ,mas que local a local apresente medidas concretas e que sejam mesmo para executar. A razão porque estas novas agremiações não descolam é pela razao que são uma copia em pequeno dos que combatem e por vezes com demasiada fantasia, chavoes esquerda/direita e tretas identicas. Bom , bem feito, eficiente , justo, equitativo, universal não são de direita nem de esquerda são simplesmente de todos. Os que nos têm governado sempre nos prejudicaram tres bancas rotas quando pensaram nas suas seitas particulares. Só que a alternativa eficiente e credivel tem falhado. Mesmo que não faça mais isto que faz e muito bom.

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    3. estou farto de dizer isso: andamos a viver numa sociedade de deixar andar. as regras do jogo estão definidas. vota-se democráticamente. 30%? o partido mais votado obtem 40% dos votos. parabens!! 12% do eleitorado vai mandar em ti, nas tuas contas, na tua saude, no teu trabalho. depois reclamas. é a táctica nacional. quem quiser mudar alguma coisa, levante o cu da almofada.

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    4. Considerando que uma grande parte da população portuguesa não tem acesso à informática (FB); que a iliteracia é assustadora pela quantidade; que a televisão no nosso país tem a função estupidificante (como convém aos que lucram com isso); que no Portugal profundo que decide o voto dos paroquianos é o clero (como se sabe); como se pode, incluindo o Licenciado Marinho e Pinto, convencer esses milhões de portugueses que não devem votar naqueles que têm delapidado o património nacional, levando o país à falência e o povo à miséria e à fome? Também convencer os indignados e "comodistas" que o voto e não a abstenção é que apeiam os corruptos do poleiro a que treparam.

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    5. O que os promotores da abstenção continuam a não explicar é a moralidade que ousam apresentar para meter no mesmo saco e responsabilizar quem nunca teve a oportunidade de governar.
      (...)
      É interessante observar que se assumem como progressistas, mas pautam-se por promover o mesmo de sempre , porque se tivessem um pouco de discernimento iriam entender que o sistema (método de Hondt) está criado para que funcione o bipartidarismo e temos o exemplo das "democracias" europeias : GB (trabalhistas e conservadores), França (UMP e PS), Portugal (PS e PSD) e desta forma só votando contra eles é que se altera as coisas
      (...)
      De acordo com o artigo 152 da CRP
      Artigo 152.º
      (Representação política)
      1- A lei não pode estabelecer limites à conversão dos votos em mandatos por exigência de uma percentagem de votos nacional mínima. 2- Os Deputados representam todo o país e não os círculos por que são eleitos.
      (...)
      O que significa que seja qual for o valor da abstenção, seja 51% seja 60% seja 70% sairá sempre um governo eleito com base nos votos válidos.
      (...)
      O argumento usado pelos promotores da abstenção sobre os 51% é um embuste considerando ainda que agora alegam que esse argumento é apenas valido para as legislativas, mas usaram esse mesmo argumento aquando das Europeias e das Autárquicas, ora se este argumento dos 51% é valido apenas para as Legislativas, porque se pautaram por este embuste nas duas ultimas eleições, a quem serviu este embuste? e quem beneficiou com ele ?
      (...)
      Por outro lado observamos que os promotores da abstenção, pautam-se por assumir um ataque politico aos partidos alternativos do ciclo da alternância ( PS/PSD/CDS) o que revela de uma forma singela que a luta deles é contra os partidos alternativos e nunca contra os partidos do arco do poder (PS/PSD/CDS), ficando assim desmontado de uma forma muito clara que o embuste do apelo à abstenção apenas procura manter a continuidade
      (...)
      Ainda sobre as duas ultimas eleições em que eles se pautaram pelo o mesmo embuste dos 51%, importa entender que o objectivo principal nas autárquicas foi evitar que o arco do poder (PS/PSD/CDS) fosse atingido na sua maquina politica local, que ao longos dos 38 anos criou, maquina essa que serve de suporte para a manutenção da alternância bipolar (PS/PSD).
      (...)
      Ainda sobre o Artigo 21 que os promotores da abstenção usam como argumento para advogar o apelo à abstenção, ora importante saber ler o artigo : Artigo 21.º Direito de resistência
      Todos têm o direito de resistir a qualquer ordem que ofenda os seus direitos, liberdades e garantias e de repelir pela força qualquer agressão, quando não seja possível recorrer à autoridade pública.
      (...)
      É que a eleição de um governo não ofende os direitos do povo, dado que a eleição é a vontade expressa de quem decidiu civicamente participar num acto de cidadania, quem se abstêm coloca na mão o poder dos outros decidirem, logo perdem qualquer autoridade para invocar o artigo 21.
      (...)
      Ainda sobre o apelo ao voto "NULO ou BRANCO" o mesmo é também um embuste , considerando que a CNE já varias vezes informou :
      Os votos em branco, bem como os votos nulos, não sendo votos validamente expressos, não têm influência no apuramento do número de votos obtidos por cada candidatura e na sua conversão em mandatos. Ainda que o número de votos em branco ou nulos seja maioritário, a eleição é válida.

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    6. Partilhem esta informação por todos os lados em que possam. Todos temos de saber como o nosso sistema eleitoral funciona.

      Só votos em partidos entram nas contagens. Nada mais conta, nem os nulos ou brancos. É possível 2 votações, uma com 99% do eleitorado e outra com 1%, resultarem em exactamente o mesmo elenco parlamentar.

      Isto significa que não temos possibilidade de negar o voto aos partidos. Não há nada a fazer: a única maneira de penalizar um partido, é votar noutro partido.

      Não é verdadeiro, o boato de que os votos brancos ou nulos dão dinheiro aos partidos.
      A lei que regulamenta as subvenções que os partidos recebem é a Lei 19/2003 de 20 Junho.
      O artigo 5º não deixa margem para dúvidas: só os votos OBTIDOS por determinado partido dão direito a subvenção para esse partido; e só em eleições legislativas (muito conveniente para negar financiamento aos novos partidos).

      Em que partido votar, não dou palpites. Limito-me a indicar a página oficial dos partidos, no sítio do tribunal constitucional:
      www.tribunalconstitucional.pt/tc/partidos.html

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    7. Ás pessoas lúcidas, basta ver essa imagem que está no artigo, com o número de eleitores fantasmas, para perceber que a abstenção favorece os corruptos, 10% dos abstencionistas são fornecidos pelos corruptos. Ou seja, mais de 1 milhão de abstencionistas são eleitores falecidos que estão nos cadernos eleitorais, e que os corruptos não actualizam há décadas.... e isto porquê? PORQUE Os abstencionistas equivalem a mais ou menos 117 lugares vagos para deputados, da Assembleia, QUANTOS MAIS ABSTENCIONISTAS MELHOR, deputados esses que poderiam ser escolhidos pelos cidadãos que criticam o PS o PSD e o CDS, MAS como 60% dos cidadãos não votam válido, incluindo os eleitores fantasma, esses lugares de 117 deputados, são distribuídos pelos partidos mais votados, ou seja, abster-se ou votar nulo e branco equivale a votar e reforçar o PS e PSD COM MAIS DEPUTADOS. POR ISSO QUANTOS MENOS VOTAREM VÁLIDO MAIS DEPUTADOS FICAM PARA OFERECER AOS PARTIDOS DE SEMPRE.
      E enquanto o povo não perceber como é que funciona a democracia e o voto, a democracia vai continuar a não funcionar, a corrupção vai continuar a avançar e o país e o nível de vida dos portugueses, a definhar.

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    8. As eleições são uma forma de avaliação das políticas dos governos.

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    9. Iniciada oficialmente a campanha eleitoral, sucedem-se os apelos ao voto e, também, ao abstencionismo.

      Ora bem, não sendo o voto uma obrigação, respeito plenamente o exercício de liberdade individual dos que decidem não votar. Mas, com todo o respeito, não me convencem.

      Sendo a democracia feita de escolhas livres dos cidadãos, a atitude de não participar põe em causa, se for assumida por uma parte muito elevada da população, o próprio sistema democrático. Quando um eleitor não vai votar, isso significa que abdicou de fazer a sua opção política, confiando no que os restantes eleitores decidam por ele.

      No fundo, o abstencionista é geralmente alguém que não acredita que as eleições possam provocar grandes mudanças e por arrastamento também não acredita na utilidade do seu voto. Nesse sentido, o abstencionismo é apenas uma forma de situacionismo, tão legítima como a da maioria dos que votam, elegendo à vez um dos dois partidos do centrão.

      Contudo, há um argumento interessante que tem vindo a ser usado com alguma frequência pelos descrentes no actual sistema político. A regra das cadeiras vazias, que basicamente se destinaria a dar um sentido a um voto não expresso, o do cidadão que não foi votar ou que chegado às urnas entregou um voto em branco ou nulo. Se estes cidadãos não escolheram ninguém para os representar, então os lugares correspondentes deveriam ficar por preencher. Por exemplo: se votam apenas 60% dos eleitores só deveriam ser ocupados 60% dos lugares no Parlamento.

      Mas a verdade é que as leis eleitorais são feitas pelo Parlamento, e de nada adianta querermos que as leis que regem a nossa vida colectiva sejam diferentes se não somos capazes de eleger as pessoas comprometidas com as mudanças que reivindicamos. O “devia ser assim” pode ser importante para a discussão intelectual, mas no campo da acção política o que tem de se questionar é o que estamos dispostos a fazer para que as coisas mudem no sentido que queremos.

      Pois a grande vantagem da democracia sobre todos os outros sistemas políticos é a possibilidade que dá aos cidadãos de intervirem politicamente, retirando do poder governantes passados da validade ou escolhendo em cada momento eleitoral o projecto político que a maioria dos cidadãos considera mais adequado. Ou seja, cria alternativas e permite as reformas necessárias do sistema, evitando as rupturas que noutros sistemas podem originar conflitos violentos, guerras civis e revoluções. E isto funciona tanto melhor quanto mais esclarecidos, interessados e intervenientes forem os cidadãos.

      Agora se cremos verdadeiramente que um sistema político é irreformável por dentro, então só nos resta agir exteriormente para impor as mudanças necessárias. Mas como a revolução não está na ordem do dia, ficar à espera que o sistema caia de podre ou que alguém venha um dia oferecer o poder, de mão beijada, àqueles que pelo abstencionismo sempre mostraram indiferença pelo nosso destino colectivo, é uma atitude verdadeiramente inconsequente.

      O poder, tal como a natureza, tem horror ao vazio, e por isso as cadeiras do poder nunca ficam desocupadas. O que podemos e devemos fazer é contribuir para que alguns assentos mudem de dono, e que os novos ocupantes tenham as qualidades necessárias e sejam em número suficiente para poderem decidir de forma diferente, ou pelo menos influenciar as decisões, não se deixando manietar e corromper pelos vícios dos que já estão instalados.

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  2. Sempre a boicotarem o home porque será que

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  3. Infelizmente, o sistema está muito bem pensado para o benefício dos grandes partidos. Por isso é preciso que as pessoas se unam e se empenhem para colocar um fim ao circulo vicioso... O limiar de 2% é muito difícil de ultrapassar pelos pequenos partidos. E sempre que não é ultrapassado, os votos em partidos que ficaram de fora são apropriados pelos partidos que entram na AR.
    O objectivo é que se consiga mais votos para os pequenos partidos.

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  4. Bom dia,
    Sobre o artigo, penso que efectivamente a abstenção é sinónimo de descontentamento com a falta de honestidade e de transparência dos governos que temos conhecido.
    Alternativas?
    Falta alguem com voz, objectivos claros e ideias firmes em quem acreditar.
    Julgo que é o que justifica a elevada abstenção, a determinação em não fazer parte de um sistema no qual não se acredita.
    Alguma coisa deveria mudar?
    Claramente.
    Achei muito interessante o parágrafo referente aos deputados suecos e comparação de um sistema que será idêntico ao nosso mas onde não há corrupção. Pena não estar mais desenvolvido, já que o tena poderia trazer alguma análise às mudanças necessárias por cá. ( apenas não percebi a ligação entre a falta de tempo por parte dos deputados e a conclusão de que a punição põe termo a corrupcao).
    Obg

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    1. Se seguir o link onde se refere o caso Sueco, encontra o tema mais desenvolvido.
      Quanto ao sentido que o sr dá à abstenção, é apenas o seu, como muitos outros que aqui partilham o seu.... como deve calcular. Tal como exemplifico no artigo existem dezenas de causas para abstenção, cada uma mais egoísta que a outra, porque no fim todas lesam o interesse e o bem comum.
      Seja qual for a causa e a motivação da abstenção, o resultado é sempre o mesmo: São eleitos os partidos com mais amigos e mais militantes que todos sabemos quem são. A abstenção não é sinónimo de nada, cada um é que sabe porque não votou.
      Não pode ser sinonimo de descontentamento os 10% de abstencionistas falecidos, que refiro no artigo, ou pode? Nem os que não votam por preguiça? Nem os que não votam porque não querem saber de politica, outros nem querem saber do país.. portanto a sua opinião é apenas isso, não podemos confundir isso com a realidade e continuar a enganar as pessoas.


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  5. pareceu-me faltar um partido na lista...ou vi mal?

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    1. Sim. Parece que o PCP não existe naquela lista. Pode ter sido engano ou então está representado pelo Partido Ecologista Os Verdes, mas nesse caso penso que deveria estar a CDU, se bem que uma coisa é uma coisa e outra coisa são duas coisas. ;) De qualquer forma devia ser corrigido na minha opinião.

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    2. Não é engano. Faltam o PS, PSD, CDS etc. Aposto que estavam a ler na diagonal lol

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    3. Os partidos que propõem democracia directa que encontrei com informações online, foram apenas os que estão no artigo. Não encontrei na internet nada sobre outros partidos. Além do mais não coloquei na lista partidos que já exerceram cargos no poder local e que teem casos de corrupção ou suspeitas de corrupção conhecidos publicamente na internet e nas noticias. Basta pesquisar.

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  6. È matéria útil, necessário que todos leiamos e analisemos com interesse e determinação cívica em aproveitar-se as conclusões que cada um deduza, para executarem em consciência a sua participação cívica.
    Mas estes défices: Falta de cultura ideológica e política, de formação e de interesse pelos valores cívicos, de solidariedade social e de consciência dos deveres de cidadania de cada um, que vive a sociedade portuguesa, são a causa desta chocante realidade que, pese os esforços de alguns, não mostra tendência para se alterar nas próximas décadas.
    Acho meritório o trabalho e conteúdo da mensagem, que vou analisar com interesse.

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  7. Chegou finalmente a hora de explicar porque defendo o voto nos partidos pequenos, não é por orientação parental wink emoticon nem por falta de inteligência provocada pelo calor wink emoticon.
    É pelos números das diversas eleições legislativas, que defendo o voto e não a abstenção. Se a abstenção tivesse expressão na assembleia, eu concordava, mas a verdade é que o que conta para as eleições são os votos expressos, a abstenção é posta de lado, ninguém liga. Fazem-se uns mini-debates na noite das eleições, sobre as causas do aumento da abstenção e fica tudo na mesma. A realidade é que a abstenção favorece os grandes partidos, se calhar também é por isso que há tanta dificuldade em tirar os mortos dos cadernos eleitorais (são abstenção garantida) não será?
    Eu percebo que por convicção, por não se querer dar dinheiro aos partidos, para não legitimar o sistema, etc, etc, se escolha a abstenção, mas isso é no campo da teoria, da poesia. Na prática abster-se é votar no partido vencedor (insisto em afirmar isto e jé nem está calor).
    Há uns tempos resolvi tirar os resultados das legislativas, que estão consultáveis em www.cne.pt . Imprimi as legislativas desde 1985. As autárquicas são eleições muito diferentes e as presidenciais nem vou falar, porque temos neste momento um presidente eleito com uma maioria absoluta, mas em quem 77% dos portugueses não votou, sabem porquê? Porque houve mais de 53% de abstenção o que transforma os 52% de “maioria” nos meros 23%, mais coisa menos coisa. Pergunta – Quem se absteve, quem é que ajudou a eleger??
    Vamos ás legislativas; fiz as contas nos diversos anos e tive o cuidado de analisar os anos em que existem semelhanças, neste caso comparei 1985 com 2011, em ambas houve uma vitória do PSD, mas a abstenção em 1985 foi de 25,84% e em 2011 foi de 41,97%, aumentou quase 16%... Em 1985 o PSD teve uma percentagem de 29,87% dos votos expressos, mas analisando os inscritos, passa para os 22,15%. Em 2011 o PSD teve um magnifico numero de 38,66% dos votos expressos… mas, vamos lá fazer as contas dos inscritos… passa para 22,45%. Este é um bom exemplo do que digo, em 2011 o PSD teve uma percentagem mais de 9% superior, mas na realidade foi só de 0,3% e a que se deveu isto? Ao aumento da abstenção.
    Para não ser muito aborrecido não coloco mais números, mas podem analisar as eleições de 1987/1991, dá a mesma análise, 1995/1999 com vitorias do PS, também o mesmo resultado. 2002 com 2011… Entretenham-se, eu fartei-me de fazer contas e chego sempre ao mesmo a abstenção beneficia os grandes, as maiores maquinas partidárias, os pequenos estão sempre na mesma.
    O que quero com isto tudo? Quero a divisão de votos, quero ver 10, 12, 15 partidos na assembleia, quero ver gente diferente na assembleia, quero ver os partidos a terem que se entender para conseguirem governar. É óbvio que abstenção = (R)evolução é mais bonito e poético, mas na prática se queremos mudar alguma coisa, temos de corroer o sistema por dentro e com as regras do sistema. Desvirtua-lo, mina-lo, fazer com que se destrua com as próprias regras, isso sim é possível na prática, dividindo votos.

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  8. Infelizmente, também os que se abstêm de votar, contam. 117 dos 230 deputados, segundo o método de Hondt, são eleitos pelos "abstencionistas", na lógica da distribuição - OBRIGATÓRIA - de todos os que estão registados (mesmo aqueles que já faleceram) nos cadernos eleitorais.

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  9. Gostei do site, apesar de ser de Cabo Verd, temos estamos na mesma situação do vosso povo. Atrevo-me a pedir o Dono do site que me permita usar muitas informações desde blog para comentar no facebook referente à politica que se faz no meu país.

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    1. Sou a autora do site... pode dispor de tudo o que quiser. Este site tem como preocupação ajudar as pessoas a libertarem-se da corrupção. Portanto quanto mais pessoas perceberem como o fazer, melhor.

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  10. Descobri agora este sítio e a autora merece o meu apreço por este esforço de denúncia da corrupção e de mobilização para tentar mudar o estado das coisas.
    Mas o BE (Bloco de Esquerda) e o PEV (Partido Ecologista "Os Verdes"), assim como o PCP (estes dois últimos através da CDU) fazem parte do grupo de corruptos que estão no parlamento.
    Por isso como é que a Zita Paiva acredita que votar neles faz alguma diferença? O sistema político está blindado contra a entrada de novos partidos e o BE e a CDU são tão culpados disso como o PS, PSD e CDS, pois não lhes interessa dividir os votos com novos partidos. Serem partidos que defendem ou não a democracia participativa é mera retórica política, pois é nas acções deles que se vê o que de facto lhes interessa.

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    1. eu apenas fiz uma lista dos partidos que propõem democracia directa, mas acho que as pessoas já há muito perceberam que esses partidos que referiu também fazem parte do sistema e são uma oposição apenas de fachada

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Olá caro leitor, obrigada por comentar... sei que apetece insultar os corruptos, mas não é permitido. Já não podemos odiar quem nos apetece... (enfim) Insultem, mas com suavidade.
Incentivos ao ódio, à violência, ao racismo, etc serão apagados, pois o Google não permite.