Girl de carreira do PCP reforma-se aos 47 anos com 1.859 euros, o povo paga

Mais uma reforma de luxo e de longa duração, que todos teremos que pagar, porque ela não a pagará, certamente, segundo a lógica da matemática.
Apenas por passar pela vida politica terá direito a receber de reforma, por muitos e muitos anos, mais do que a maioria recebe de salário. Esta é a vergonha da democracia dominada pelos partidos e abandonada pelos eleitores.

Ana Teresa Vicente Custódio Sá é uma menina de 47 anos, é autarca do PCP (presidente da Câmara de Palmela) e vai reformar-se pela Caixa Geral de Aposentações. Com apenas 26 anos de

Henrique Neto desafia os portugueses a tomarem as rédeas contra a corrupção

A democracia em crise
Ao longo dos últimos 20 anos a qualidade da democracia portuguesa tem-se degradado, ao mesmo tempo que os portugueses empobreceram e perderam qualidade de vida, nomeadamente a classe média, que foi a grande perdedora do desvario do endividamento e da política de austeridade que se seguiu.
Pouco a pouco, os partidos políticos no poder tornaram-se mais conservadores e as direcções partidárias tornaram-se mais poderosas, enquanto os governos foram aumentando o seu poder sobre a sociedade, fenómeno que tem muito a ver com o declínio intelectual, cívico e profissional da classe política, que por sua vez passou a dedicar-se aos negócios.
Ao mesmo tempo, o poder e a independência das instituições da sociedade, como as associações empresariais, de consumidores e de grupos de cidadãos, foram sendo sucessivamente reduzidos, quer na lei quer na prática.
Paralelamente, os reguladores das diferentes actividades foram-se tornando cada vez mais amigos do poder político e dos governos. Por exemplo, sempre pouco a pouco, os conselhos consultivos das entidades reguladoras foram sendo marginalizados das decisões, que no passado eram quase colegiais, deixando de ter acesso às informações que faziam chegar aos cidadãos.

O Ministério das Finanças tornou-se um ser omnipotente e omnipresente na sociedade, a viver acima da lei, e a cobrança de impostos, taxas e multas passou a constituir o momento de terror das famílias e das empresas à abertura do correio. A solução é sempre pagar, a alternativa, e apenas a posteriori, seria recorrer à justiça e esperar anos pela decisão, já que o Estado anda determinado a fechar os centros regionais de arbitragem, através da asfixia financeira.

Medidas de combate à corrupção, propostas pelo presidente da Associação Transparência e Integridade




O autor do video, Luís de Sousa, que explicou a todos nós, a profundidade e a abrangência da corrupção em Portugal, vem agora propor a forma de solucionar o problema identificado no video. 
O presidente do TIAC, explicou no programa Negócios da Semana, qual é doença terminal  que fulmina Portugal.
Não é a corrupção de luvas e de favores que preocupa... não é essa a pior chaga, nem a mais dispendiosa forma de corrupção. A pior forma de corrupção é a nova classe de políticos,  conhecidos como os políticos homens de negócios, que tomaram para si o poder legislativo, o poder regulador, fiscalizador, o poder de decisão, o poder público... e abusaram da liberdade e da impunidade para por e dispor dos dinheiros públicos, do poder público, sem se preocuparem com a economia do país nem com os cidadãos. Esta corrupção sistémica e profunda que abrange as instituições, permite "legalizar" o ilegal, 

Medidas apresentadas por Luís de Sousa, presidente da Associação para a Transparência e Integridade como forma de combate à corrupção. Por motivos que creio serem óbvios para os leitores deste canal, destaco a nº5. O cruzamento de dados que tece uma malha em torno do cidadão é uma miragem no corpo político. A saber:

1. ABRIR O DEBATE À SOCIEDADE CIVIL
Fecharmo-nos e tornar o processo hermético, sem ouvir peritos, sem ouvir pessoas que estão no terreno e que podem dizer se de facto este tipo de moldura penal lhes vai ou não trazer mais eficácia no combate à corrupção, sem ouvirmos académicos, juristas – mas não sempre os mesmos. A mesma doutrina penal tem levado a resultados muito fracos ao longo dos anos nesta matéria. Não partir do pedestal em que 'mal de nós pensarmos em opções desta natureza que são praticadas por democracias frágeis'.

2. TER HUMILDADE
Portugal não está propriamente numa condição sã em termos do funcionamento das suas instituições, sobretudo da justiça, e, se calhar, temos de ser um bocadinho humildes e aprender com outras democracias que têm vindo a implementar este tipo de medidas para limpar a imagem do país. Criar um ambiente de negócios com uma imagem de eficácia, de modernidade, mas também de integridade.

Soares moveu montanhas para ajudar Salgado a ser o Dono Disto Tudo.




Neste video Mário Soares assume que ajudou a família de Ricardo Salgado a voltar a Portugal e a reaver o controlo do banco, perdido nas nacionalizações de 1975, favorecendo diplomaticamente a aliança com a francesa Crédit Agricole. Os meandros obscuros do poder. Das amizades e das influências.
A amizade entre Mário Soares e Ricardo Salgado remonta aos anos 80, quando o fundador do PS quis ajudar a família Espírito Santo a regressar a Portugal, depois das nacionalizações e do exílio no estrangeiro. O clã admitia voltar, mas debatia-se com um problema: estava sem dinheiro. Soares recorreu então à Internacional Socialista. Pediu a intervenção do amigo François Mitterrand e assim foi dado o impulso à parceria dos Espírito Santo com os franceses do Crédit Agricole, que se estendeu até 2014 e foi fundamental para a reconstrução do grupo. Não é, por isso, de estranhar que Mário Soares já tenha visitado Ricardo Salgado, o preso domiciliário mais mediático do país. SOL

“Um banco de todos os regimes”
Diz-se que era o banqueiro do regime. Mas era mais do que isso, como ele próprio admitia. Porque Salgado era o líder de um banco de origem familiar quase a completar 150 anos de existência, “um banco de todos os regimes”, pois “tem de dialogar com todos os governos e todos os regimes” – da monarquia à ditadura, do Portugal com sonhos vindos da Europa ao país da crise. Mas, dizia, tinha amigos “em todos os partidos”.
“[Salgado] Tem a secreta missão de ajudar a construir o país, e isso levou-o sempre a ser o banqueiro do regime, aquele que está sempre disponível para colaborar com os governos”, escreveu o “Diário Económico”.
O nome Espírito Santo – “a mais antiga família da alta finança do país”, lembrava o Económico no mesmo artigo - esteve sempre ligado aos regimes vigentes.

Ricardo Espírito Santo Silva, avô de Ricardo Salgado, era visto como o banqueiro do Estado Novo. O tio-avô de Salgado, Manuel Espírito Santo, chegou a ser convidado por Marcello Caetano, presidente do Conselho, para ser embaixador de Portugal nos Estados Unidos. Richard Nixon, príncipes e reis eram visitas de casa de Manuel Espírito Santo.
Até à revolução de 1974 (que obrigou o clã a sair do país – foi para o Brasil e a Suíça), os Espírito Santo estavam presentes nos mais diversos sectores da economia nacional (dos pneus ao gás, da celulose às cervejas, do cimento ao tabaco), lemos em “O Último Banqueiro”.
Com as nacionalizações de 1975, perderam quase tudo. Mas regressaram a Portugal nos anos 1980 e conseguiram recuperar ou construir de raiz diversos negócios em múltiplas áreas, da banca aos seguros, do imobiliário à energia.
Mário Soares ajudou a família a voltar em Portugal e a reaver o controlo do banco, perdido nas nacionalizações de 1975, favorecendo diplomaticamente a aliança com a francesa Crédit Agricole.

Paulo Morais: ‘A promiscuidade entre políticos e negócios está ao nível da Mongólia’


ENTREVISTA E VIDEOS DE PAULO MORAIS.
Queria ser astrónomo mas acabou candidato à Presidência da República para combater a corrupção.
Em entrevista ao SOL, Paulo Morais afirma que não pretende ser um D. Sebastião e que tem como alvo os políticos desonestos.

Quem é Paulo Morais?
É um cidadão empenhado e preocupado que nasceu em Viana do Castelo já lá vão 51 anos. Estudei Matemática na Universidade de Ciências do Porto, porque queria ser astrónomo. Fiz uma carreira académica, fui presidente da JSD em Viana, onde vivi até aos 17 anos, fui dirigente académico no Porto, estive na Câmara do Porto e na Associação Transparência e Integridade. O que senti em todas as posições que ocupei é que invariavelmente a corrupção minava o funcionamento das instituições. E quando vejo que há necessidade de intervir e não vejo ninguém a avançar, avanço eu.

Porque se decidiu candidatar?
Porque mais ninguém a quem reconheça credibilidade teve coragem e vontade para se lançar e é fundamental ter como primeira prioridade o combate à corrupção. A corrupção é o maior problema da política portuguesa e só pode ser combatida de forma transversal, no Parlamento, com uma maioria larga de deputados, mas isso neste momento não existe, ou ao nível da Presidência da República com alguém livre de qualquer tipo de compromissos.

Tem feito várias denúncias de corrupção. Alguma já levou a investigação com efeitos práticos?
Uma coisa são denúncias em tribunal que o Ministério Público tem de investigar, não sou eu. Sempre que detectei que havia indícios de tráfico de influências, casos de potencial corrupção, apresentei queixas no local próprio, os tribunais, nomeadamente crimes urbanísticos. Se me perguntar se houve alguma condenação? Até agora, infelizmente não. Muitos não estão concluídos e muitos foram arquivados, alguns com alguma frustração minha. Depois há uma denúncia de uma promiscuidade absoluta entre a política e os negócios. Em Portugal, política e negócios são quase sinónimos, infelizmente. Essa é uma análise política e portanto não há apresentação de queixas em tribunal.

Uma das críticas que lhe fazem é lançar suspeitas sem provas...
Não entendo. Quando digo que as pessoas que estiveram na governação na área das Obras Públicas foram todas trabalhar para empresas de PPP, as provas são públicas. Em Portugal, a corrupção é tão generalizada, tão impune que as provas são públicas. Para provar que o eng. Ferreira do Amaral, que mandou construir a Ponte Vasco da Gama e hoje trabalha na concessionária, que Jorge Coelho foi trabalhar para a Mota-Engil não é preciso procurar provas, basta fazer um google.

30 Euros por cheques sem cobertura? Mais um abuso da banca, sem punição

Espalhem este abuso. Partilhem. Os bancos colocam os clientes a pagar o risco? 
Um roubo que os bancos nos fazem, com cobertura legal
"Esta pergunta é para todos os deputados da Assembleia da República e para todos os administradores do Banco de Portugal:
Quando é que acabam de vez com o roubo, coberto por lei, que os bancos nos fazem quando depositamos um cheque passado por alguém e que afinal não tem cobertura?

Este fim de semana, fiquei a conhecer duas histórias de portugueses prejudicados, que ilustram bem a imoralidade desta prática dos bancos em Portugal.
Um jovem que trabalha numa empresa habituada a pagar tarde e a más horas recebeu um cheque de 500 euros referente a apenas uma parte do salário do mês.
O patrão pediu-lhe que aguardasse uns dias antes de o depositar porque não teria o valor necessário na conta. Quando o trabalhador recebeu luz verde, foi depositá-lo.
No dia seguinte, recebeu uma chamada do banco: não só o cheque não tinha cobertura como o titular da conta tinha de pagar uma comissão de 30 euros por causa disso.

Em vez de 500 euros de salário, o jovem tem agora uma conta bancária com um saldo negativo de 30 euros…
Outro caso é ainda mais surreal. No dia do casamento, uma jovem noiva recebeu várias prendas dos convidados, como é habitual nestas ocasiões. Entre as prendas estava um determinado cheque.
No dia seguinte, a jovem depositou-o na sua conta bancária.

Cigarra e a formiga um conto que se aplica ao estado de Portugal

VERSÃO MODERNA E PORTUGUESA DA FÁBULA "A cigarra e a formiga"

I A formiga trabalha arduamente, debaixo de um calor abrasador, durante todo o Verão, construindo a sua casa e armazenando provisões e mantimentos para aguentar o Inverno. A cigarra pensa que a formiga é uma tola e ri, dança e brinca durante o Verão. Chega o Inverno, e a enregelada cigarra convoca uma conferência de imprensa para denunciar a situação em que vive, pretendendo saber por que razão é permitido à formiga estar bem aquecida e alimentada enquanto outros sofrem com frio e fome.

II RTP, SIC e TVI apresentam-se em força para transmitir imagens da pobre cigarra, completamente transfigurada pelo frio e pela fome, ao mesmo tempo que passam outras imagens da formiga na sua casa bem confortável e com a mesa cheia de boa comida. O país está chocado perante este contraste. Como é possível, nos dias que correm, uma pobre cigarra sofrer tanto? Durante semanas não se fala de outra coisa.

III
O Primeiro-Ministro aparece num programa especial da RTP com um ar consternadíssimo, repetindo, vezes sem conta, que o Governo fará tudo o que estiver ao seu alcance para ajudar a pobre cigarra, a qual, como toda a gente deverá entender, está a ser vítima da má política dos anteriores governos do PS.

A abstenção afinal obtém um resultado contrário, ao que pretendem os abstencionistas


Por isso, o que me chateia na vossa abstenção é a falta de colaboração num trabalho importante. Não é uma questão de direitos ou deveres cívicos em abstracto. O problema é concreto. Temos uma tarefa difícil, da qual depende o nosso futuro, e vocês ficam encostados sem fazer nada.
Isto tem consequências graves para a democracia. Quando a maioria não quer saber das propostas dos partidos, está-se nas tintas para o desempenho dos candidatos e nem se importa se cumprem os programas ou não, o melhor que os partidos podem fazer para conquistar votos é dar espectáculo. Insultarem-se para aparecerem mais tempo na televisão ou porem o Marinho Pinto como cabeça de lista, por exemplo. Vocês dizem que se abstêm porque a política é uma palhaçada mas a política é uma palhaçada porque vocês não votam.
A culpa é vossa porque não é preciso muita gente votar em palhaços para os palhaços ganharem. Basta que a maioria não vote. Também é por vossa culpa que os extremistas estão a ganhar terreno, e pela mesma razão. É fácil pôr os fanáticos a votar. Basta abanar o pano da cor certa e, se mais ninguém vota, eles ficam na maioria. Mas se vocês colaborassem e se dessem ao trabalho de avaliar as propostas dos partidos, se os responsabilizassem pelas promessas que fazem e votassem de acordo com o que acham ser a melhor solução, deixava de haver palhaços, interesseiros e imbecis na política.

Quando opta por não votar pode estar a atingir o resultado contrário daquilo em que acredita.
Esclareça-se e compreenda porque é importante votar em consciência contra os partidos corruptos.
Faça uma escolha, opte por votar com quem mais se identifica, e quem menos o lesou, o poder é seu! Use-o para ajudar todos nós.

 

 EU VOTO, NÃO DEIXO QUE OS INCONSCIENTES DECIDAM QUEM MERECE GOVERNAR A MINHA VIDA, O MEU PAÍS E O FUTURO DE TODOS NÓS

Marinho Pinto denuncia a farsa e manipulação das campanhas que escondem a corrupção.

Campanhas eleitorais de farsantes que nem falam da corrupção. Tabu? 



Neste video, MARINHO PINTO critica o PS, PSD, CDS, PCP E BE, pela farsa das campanhas silenciosas, em determinados temas, que para eles continuam a ser tabu: a corrupção!
Todos eles e todos nós, sabemos que o maior problema de Portugal é a corrupção, mas as campanhas nem tocam nos assuntos sobre o combate à corrupção, nem sobre os corruptos que estão presos ou a ser investigados por corrupção politica, em exercício de cargos públicos. “Nenhum partido quer falar de corrupção porque todos têm culpas no cartório"
Encobrem-se uns aos outros e ninguém fala dos maiores escândalos de corrupção que abalaram Portugal, nem dos crimes que estão na justiça.
Critica ainda a comunicação social que ajuda na farsa, pois limita-se a colocar o microfone à frente dos políticos sem sentido critico nenhum, repetindo apenas o que eles dizem mesmo que sejam mentiras e nunca questionando o que é pertinente.
Os principais partidos políticos não querem debater, na campanha eleitoral para as próximas legislativas, o tema da corrupção, porque esse tema é a sua vergonha e eles querem que os eleitores os esqueçam... e infelizmente os eleitores de memória curta, esquecem mesmo.
"Não querem falar da corrupção, porque isso prejudica-os. Os grandes corruptos de Portugal estão dentro do PS, do PSD e do CDS", afirmou à agência Lusa, Marinho e Pinto.
Acusou o"PS, PSD/CDS-PP, CDU e Bloco de Esquerda, os partidos que estão no sistema", de fazerem uma "encenação grotesca" e "palhaçada eleitoral" para "distrair" os portugueses "dos problemas fundamentais".

Financiar partidos com tostões rende sempre milhões.

Antes de ler o artigo que se segue veja este video... os maiores empresários de Portugal sobrevivem graças ao parasitismo do estado, sem ele, desapareciam....
Depois de ver o video, percebe que os financiamentos aos partidos que dominam o estado... vêm dos tais empresários protegidos pelo estado, que em troca sustentam partidos.
É uma forma de todos eles ficarem a ganhar lesando o povo. Tu das-me dinheiro para eu ir roubar o estado e depois eu pago-te com o que roubar ao estado.




A família Mota, da Mota-Engil, está no topo dos donativos. Deu o máximo permitido por lei tanto ao PS, como ao PSD e ao CDS em anos de eleições. Luís Champalimaud também foi generoso.
Os maiores financiadores dos partidos políticos são empresários, muitos com negócios com o Estado. E há mesmo quem financie mais do que um partido ao longo de vários anos.
Depois de o Presidente da República ter pedido no 5 de outubro maior transparência no financiamento partidário, o Observador consultou os processos das contas dos partidos do poder, PS, PSD e CDS, para lhe dizer de onde partem os donativos e a angariação de fundos.

A família dona da construtora Mota-Engil distribuiu cerca de 95 mil euros entre PS, PSD e CDS entre os anos de 2004, 2005, 2008 e 2009. António Manuel Mota, Maria Manuela Vasconcelos Mota, Maria Paula Vasconcelos Mota Meireles e Maria Teresa Vasconcelos Mota Neves da Costa são quatro dos dirigentes do grupo Mota-Engil que aparecem com maior frequência nos donativos aos partidos políticos.
Todos estes quatro membros da família deram dinheiro ao PS, PSD e CDS, registados no exercício dos partidos, em anos de eleições legislativas. António Manuel da Mota, chairman do grupo Mota-Engil, é mesmo um dos principais financiadores dos vários partidos, tendo doado mais de 32 mil euros aos três partidos.

Sem armas nem chaimites nas ruas, Marinho Pinto quer uma revolução de mentalidades

ENTREVISTA A MARINHO E PINTO
Pergunta, resposta, pergunta, resposta. O ritmo da conversa chega a ser alucinante porque Marinho e Pinto não espera um segundo para responder ao que lhe é perguntado. Tinha chegado há poucos minutos de Bruxelas quando o gravador foi ligado. Embarcou para o Funchal assim que a conversa terminou. Esse vaivém do último ano serviu de ponto de partida a uma das entrevistas mais pessoais – e menos confortáveis – que o eurodeputado alguma vez deu.
-Se estivesse à frente deste país não teríamos chegado a este ponto?
Seguramente que não. E se tiver um dia responsabilidades ou capacidade para intervir nas políticas, vamos melhorar muito a nossa situação. Vamos cortar em despesas que não são fundamentais.

-Pensa seriamente nessa hipótese?
Penso em todas as hipóteses. Vou candidatar-me a umas eleições que dão essa possibilidade. Quem decidirá é o povo português. Não há vitoriosos à partida. Vou preparado para tudo, para ganhar e para perder. Aliás, ninguém está preparado para ganhar se, simultaneamente, não estiver preparado para perder. 
-Presta atenção às sondagens?
Não me preocupo nada com elas. Sempre me deram 1/5 dos votos que acabei por ter nas urnas, quer na Ordem dos Advogados quer nas eleições europeias.

 -A ser assim vai ter um resultado estrondoso. Dão-lhe 5 por cento das intenções.
Não estou preocupado com isso. Temos um programa e uma visão política para os problemas do país e vamos apresentá-los em plano de igualdade com os outros. O eleitorado decidirá e esperamos que não se deixe manipular pelas campanhas de informação a favor dos partidos tradicionais.