Mais uma vez os privados a possuírem o poder e a liberdade de transformarem um serviço público, em algo mais dispendioso e menos humano. E mais uma vez, com o aval dos que nos desgovernam.
Empresas privadas contratam médicos, (mesmo os que trabalham no SNS), para prestarem serviço, em hospitais, (por vezes no hospital onde trabalham) pagando muito mais, aos médicos que o que recebem através do SNS/estado, mas.... claro, nem podia deixar de ser, a empresa privada, cobra ao estado, muito mais do que o que cobram os médicos.
Basta consultar em baixo, os valores que se pagam aos médicos, e somar a percentagem que a empresa, deve guardar para si, para percebermos o quanto mais caro nos sai este esquema... Um esquema lucrativo, recheado de esquemas, que fintam a legislação, para prosseguir o esquema. Lesando o interesse e o dinheiro público.
Ou seja um negócio paralelo. Não há médicos suficientes nos hospitais, mas estas empresas privadas, encontram-nos sempre... !!
Talvez se explique, assim, o absentismo no SNS denunciado há tempos. Quanto mais faltarem mais tempo têm para trabalhar para estas empresas que pagam melhor, e quanto mais faltarem, mais o estado tem necessidade de recorrer a estas empresas que lhes pagam melhor!???
E mais uma vez os governantes mantém a sua inércia, perante este tipo de negócios paralelos como acontece já com os colégios, com os lares de idosos, com os bombeiros, etc etc etc
Portanto... ser mau profissional e contribuir para um mau serviço, significa ganhar mais dinheiro, lesando o estado, mas os governos apoiam.
Os esquemas...
"Há médicos que ganham 2500 euros numa urgência de 24 horas num hospital público, quando contratados por empresas privadas. Alguns pertencem ao quadro da unidade de saúde, onde fazem o “banco” através da empresa.
Anestesiologia, obstetrícia ou pediatria são especialidades em que há falta de profissionais. A solução tem passado pelo recurso a empresas privadas de médicos que cobram valores muito superiores aos pagos por hora extraordinária aos profissionais dos quadros dos hospitais.
As empresas privadas recrutam os médicos nas urgências hospitalares, a quem convidam para realizar “bancos” em determinados hospitais.(...)
Alfredo da Costa recorreu com frequência em Agosto
Quando aceitam, os médicos assinam um contrato com a empresa e é com esta que têm um vínculo.
A Lusa teve acesso a um contrato que define as normas de acordo para a prestação de serviços na Maternidade Alfredo da Costa (MAC). (...)
De acordo com o contrato, o médico recebe por hora entre 45 euros (interno) e 55 euros (especialista chefe de equipa). Um valor mais do que três vezes superior ao que é pago, por exemplo, à coordenadora das urgências na MAC, Clara Soares, que recebe 16 euros por hora, disse a própria à Lusa.
Na MAC tem sido frequente o recurso a empresas que, em Agosto, forneceram obstetras para 74 turnos de 12 horas, o que representou uma despesa de cerca de 50 mil euros só para aquela especialidade.
Para conseguir obstetras suficientes nas urgências, a MAC precisa ainda de recorrer aos próprios médicos do quadro da Maternidade, que realizam mais horas extraordinárias pagas pela empresa privada, que depois cobra ao hospital, como contou à Lusa Clara Soares.
Anestesiologia é a especialidade mais cara
De acordo com o administrador da MAC, Jorge Branco, um anestesiologista fornecido por uma empresa pode custar cem euros por hora. Em casos de “bancos” de 24 horas, a despesa por médico pode ascender a 2400 euros.
Estes montantes não são incluídos na rubrica das despesas com pessoal, sendo antes classificados como gastos com aquisição de serviços, impedindo assim que sejam ultrapassados os limites para as horas extraordinárias. (...)
Situações limite permitem “chantagem”
A mesma opinião tem Manuel Delgado, ex-presidente da Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares e administrador do Hospital Curry Cabral, em Lisboa, que recorre essencialmente a especialistas de medicina interna.
Neste hospital, cerca de dez por cento dos médicos nas urgências são fornecidos por empresas e são “mais bem pagos que os do hospital”, reconhece o administrador, que considera “um absurdo” os preços pedidos por hora e lamenta que a sua actividade seja pautada apenas por “um normativo comercial”.
Em alguns casos, adiantou, os hospitais encontram-se numa situação limite ficando sujeitos a este tipo de “chantagem” por parte das empresas, que “pedem o que querem”, o que “não é saudável para a economia” do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Bastonário ao corrente
No Hospital de Évora, as empresas são responsáveis por entre 50 a 100 turnos por mês nos serviços de urgência. (...)
O Hospital de Faro recorre a empresas de médicos há dez anos, como disse à Lusa a directora clínica, Helena Gomes, que não divulga o preço por hora que paga à empresa, nem o que recebem os clínicos.
Helena Gomes garante que o hospital se certifica da qualidade destes médicos e tenta pagar valores não muito superiores aos cobrados pelo quadro.
Outros hospitais contactados pela Lusa – como o São João (Porto) e os Universitários de Coimbra - optaram por equipas fixas e por isso não recorrem aos serviços das empresas.
O bastonário da Ordem dos Médicos está ao corrente desta situação. “Ninguém pode criticar os médicos por quererem ganhar mais. Não foram os médicos que inventaram a empresarialização dos hospitais”, disse à Lusa." fonte
O resultado é este...
Falta de anestesistas obrigou a reduzir cirurgias
"O Hospital calcula que houve uma redução de 20/24 cirurgias por semana, segundo a ordem dos Médicos.
Segundo Jaime Teixeira Mendes, a saída de médicos anestesistas do Hospital Garcia de Orta coincidiu com a entrada em funcionamento dos novos hospitais público-privados de Loures e Vila Franca de Xira.
"A lei permite que esses hospitais público-privados venham recrutar nos hospitais do SNS (Serviço Nacional de Saúde), como o Garcia de Orta, oferecendo melhores condições aos médicos", disse, lamentando que as administrações hospitalares só possam substituir os profissionais de saúde que deixam os hospitais públicos através de empresas de prestação de serviços.
"Defendemos que os hospitais públicos deveriam poder contratar médicos diretamente, quando têm falta de especialistas, mas estão proibidos de o fazer pela nova lei, pelo que têm sempre de contratar através das empresas de prestação de serviços, o que tem sido um cancro para o SNS", disse.
Para Jaime Mendes trata-se de uma restrição incompreensível, uma vez que existe a convicção de que a contratação de médicos através de empresas de prestação de serviços, em detrimento da contratação direta pelos hospitais, "acaba por ficar muito mais cara" ao erário público.
"Além disso, essas empresas [de prestação de serviços] ficam com uns 30 a 40 por cento do valor pago pelos hospitais e pagam muito menos aos médicos", acrescentou o Presidente do Conselho Regional do Sul da Ordem dos Médicos."
Mais alguns esquemas que nos saem caros
- As listas de espera e a vergonha escondida
- Médico de Alberto João Jardim, em esquemas?
- Pico de mortes, jornal "The Guardian", denuncia misérias de Portugal.
- Médicos sem fronteiras... No salário!As anedotas do SNS
- O SNS, o antes e o depois de estar no poleiro
- As conquistas de Passos Coelho pagam-se com sangue, dor e a vida
- Morrer de cancro por não ter dinheiro para se tratar?
- Passos Coelho poupa nas reformas e no SNS, genial?
- Cortar nas camas dos doentes
- Milhões ainda em caixotes.
- Abortos de luxo.
- Péssima gestão de stocks.
- Tachos.
- Ordenados de luxo e festas.
- Veja neste video a péssima gestão.
- Mudar de marca, um serviço público?
- Hospitais fantasma.... tenham medo!
SNS de Inglaterra versus Portugal, prevenção e produtividade
SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE EM INGLATERRA UM EXEMPLO DE UM SERVIÇO PÚBLICO QUE SERVE OS INTERESSES DO CIDADÃO, DO MÉDICO, DO ESTADO E DO DOENTE, MAS NÃO SERVE PARA OS ESQUEMAS E INTERESSES FINANCEIROS DOS POLÍTICOS PORTUGUESES, (veja a partir do minuto 3, se é dos apressados)
Os médicos ganham bem mas porque trabalham com o objectivo de melhorar a saúde do doente, tem prémios e regalias em função dos resultados...SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE EM INGLATERRA UM EXEMPLO DE UM SERVIÇO PÚBLICO QUE SERVE OS INTERESSES DO CIDADÃO, DO MÉDICO, DO ESTADO E DO DOENTE, MAS NÃO SERVE PARA OS ESQUEMAS E INTERESSES FINANCEIROS DOS POLÍTICOS PORTUGUESES, (veja a partir do minuto 3, se é dos apressados)
Pois é... talvez fosse bom demais termos um país assim, os nossos políticos até iam estranhar ter que permitir casos de sucesso e justiça na gestão de Portugal. O povo até podia habituar-se e gostar...
Excelente video
ResponderEliminarrealmente a saúde em Portugal é um caos, concretamente este sábado passado fui a um funeral de uma pessoa cerca de 72 anos. Este individuo caiu em casa, foi ao hospital levou 12 pontos, nem raios_x lhe tiraram se tinha lesões internas. Mandaram o sr. para casa o que mais tarde ficou inconsciente, a esposa dele ligou para o inem, mas já chegou ao hospital sem vida. Com esta perca o atrasado mental do gasparzinho deve ter ficado todo contente vai poupar na reforma deste indivíduo.
Assim não vamos lá, a saúde é um dos pilares fundamentais para o bom funcionamento de qualquer País.
Fernando
Quantos são os casos que se repetem por esse Portugal fora, para poupar nos exames e nos médicos, arrisca-se a deixar morrer inocentes. É a realidade que cada vez mais iremos ter. Ao ponto de acontecer como em muitos países, onde as pessoas já nem querem ir ao SNS, por medo. E é isso que eles querem.
EliminarOutra situação, vejam o título no lado direito, em cima o recorte do jornal "Temos o Recorde da Europa em cortes Sociais", mas a nível das mordomias já cortaram alguma? a Fundação do chulo do Soares, já deixou de receber dinheiro do Estado? As negociatas, das ppp´s já foram anuladas ou penalizar os artistas que permitiram tais roubos? Claro que não foi feito nada. Mas sim, corta-se na saúde, na educação e a justiça só funciona para pobres neste País triste. Quando há manifestações deviam era se revoltar com a corja de todos os políticos. E de facto o Povo tem de ser representado na Assembleia da República. Não sei como. Mas terá de haver mudanças. Caso a mudança não seja pacifica, temos de ir pela violência ora ser roubado e mais roubado sem nada fazer. Mais vale tentar ser livre em conflito que ficar aprisionado sem fazer nada para se mudar.
ResponderEliminarJá CHEGA de chulos e parasitas que nos desgovernam e nos tiram a esperança por um Portugal melhor.
Fernando
A corja juidaico-maçonica.
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