VIDEO - “É desumano e vexatório manter 630 trabalhadores quase paralisados há mais de dois anos!”
A situação a que o Governo está a conduzir os Estaleiros Navais de Viana do Castelo é absolutamente intolerável.
Começa mesmo a entrar no campo de inconfessadas intenções de alguns dos responsáveis parecerem estar mais apostados numa estratégia de autêntica sabotagem económica visando a falência e o encerramento da empresa que em encontrar uma qualquer solução para sustentar o seu futuro e dos seus 630 trabalhadores.
É bom repetir aqui e agora que o estado de degradação a que sucessivas administrações e responsáveis governamentais conduziram esta empresa industrial eminentemente exportadora, com quase 70 anos ao serviço da economia da região e do País, não começou em 2011. Esta é uma situação com muitos anos e exemplos disso há muitos.
Entre 2002 e 2005, o Estado celebrou contratos com os ENVC para a construção de 16 navios. Trabalho para 13 anos, dizia-se. Resultados? Construíram-se apenas dois desses 16 navios, um dos quais ainda em fase de conclusão.
E, levantando um pouco mais do véu sobre esta encomenda dita firme do Estado, importa recordar os 18 milhões de euros gastos em aço e maquinaria com a construção de um desses 16 navios (o de combate à poluição) que acabou por não ser construído.
Este levantar de véu é importante para mostrar donde vem e quem são os verdadeiros responsáveis pelo passivo dos ENVC. A que temos de somar cerca de 72 milhões de euros com os dois navios para os Açores – um dos quais, o Atlântida, continua por aí a degradar-se.
De que estará o Governo à espera para promover uma auditoria rigorosa a estes contratos, apurar responsabilidades e exigir eventuais indemnizações?
Discurso---
“Há trabalho para fazer e contratos paralisados por cumprir!”
“Não queremos continuar a não fazer nada e a receber salários assistindo à degradação da empresa e à completa inércia da Administração e do Governo!”
“Já não suportamos mais promessas sem nada à vista”.
Estes são, Senhora Presidente e Senhores Deputados, expressões da justíssima revolta dos trabalhadores dos ENVC que nos são transmitidos diariamente.
Estes são desabafos que bem caracterizam os níveis de degradação a que o Governo deixou conduzir os ENVC.
A maioria parlamentar tem suportado toda esta estratégia governamental.
Impediu a aprovação de duas recomendações que o PCP aqui apresentou, entre as quais uma (em Janeiro de 2012) que propunha ao Governo para avançar com a construção dos asfalteiros para a Venezuela, isto é, assegurar trabalho para quase três anos, cumprindo contratos que podem definitivamente caducar em Março deste ano e implicar o pagamento de quase 30 milhões de euros (isto é, mais passivo), incluindo a devolução de quase 13 milhões de euros já recebidos como adiantamento.
Só a falta de vontade política do Governo impede que a construção destes dois navios avance.
Só a aposta numa estratégia fundamentalista de privatização dos ENVC – vendendo a empresa ao estilo BPN, sem passivo e muito abaixo do valor dos seus activos – pode justificar esta obsessão do Governo. fonte
Miguel Sousa Tavares, já tinha denunciado a inércia do governo. E o que ocultam as privatizações.
ASFIXIAR PARA PRIVATIZAR POR PREÇOS DE SALDO?
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Olá caro leitor, obrigada por comentar... sei que apetece insultar os corruptos, mas não é permitido. Já não podemos odiar quem nos apetece... (enfim) Insultem, mas com suavidade.
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