Vejamos como é que nos países honestos, funciona a exploração e construção de estradas.
" Em 2010, o INIR declarava que 40% das AUTO ESTRADAS portuguesas tinham tráfego médio diário (TMD) abaixo dos 10.000 veículos, valor que por mero acaso é o critério utilizado para justificar a construção de uma AE. Ou seja não se justificava a construção da AE.
A situação era praticamente a mesma já em 2008.
A lista incluía as A6, A7, A10, A11, A13, A14, A15, A17, A19, A21, A24, A27, A32, A43. Ou seja, 40% da rede, antes da crise, antes da troika.
Daí para cá a situação só piorou, claro, mas não tanto como seria de esperar. As diferenças são:
- As A11, A17, A27, que no global já tinham TMD abaixo dos 10.000 carros, deixaram de ter qualquer troço com TMD acima dos 10.000 carros
- A A22 passou a ter TMD global abaixo dos 10.000 carros, superando-o apenas a Leste de Loulé (antes era só a Oeste de Lagos)
- A A23 passou a ter TMD global abaixo dos 10.000 carros, superando-o apenas a Leste de Abrantes
Até aqui já são 50%… mas há mais, “para além da troika”:
- A A41 continua globalmente acima do limite, por via dos troços onde já o tinha, mas os 39km do prolongamento feitos pós-2008 têm TMD de apenas 4.000 carros (!!!)
- A A25 já caiu até ao limite, mas abaixo dele já a Leste de Vouzela (antes era só a Leste da Guarda)
E com isto chegamos a 60%…
Neste momento (fim de 2012) já mais de 1.500km, ou 60%, dos 2.500km de AEs de Portugal estão às moscas, mas que se têm de pagar, ou pelos utentes ou pelos contribuintes.
Chamo a atenção que estes cálculos ainda não incluem os 135km da AE Transmontana, que abrirá totalmente só em 2013, ou os 25km do troço que inclui o Túnel do Marão, qualquer um deles com TMD esperada muito abaixo dos 10.000 veículos. Nem os 120km de troços da A2 onde o TMD caiu abaixo do limite, a Sul de Grândola.
Lembrem-se
- 40% dos total de km de AEs estavam vazios já antes da troika, na altura quase 1.000km
- 41% das PPP foram para a construção de AEs, muitas delas que já se sabia à partida não terem tráfego que as justificasse
- mesmo em tempo de crise declarada, e intervenção da troika, continuaram a construção de AEs cujo tráfego não justifica que o façam.
Aqui, sim, inclui-se “o buraco do túnel do Marão – túnel que, correspondendo a 5,6 quilómetros de auto-estrada, tinha um custo inicialmente estimado de 350 milhões de euros, isto é, de 62,5 milhões de euros por quilómetro de auto-estrada. Só.” (*) Já lhe juntaram mais de 263,5 milhões de euros.
- 75% das viagens dos portugueses estão abaixo dos 50km:
Tempo para uma viagem de 50km a 90km/h = 33 minutos.
Tempo para uma viagem de 50km a 120km/h = 25 minutos
no máximo dos máximos ganham-se 8 minutos em 50km
Custo de construção de uma estrada decente < 50% do custo de construção de uma AE, por isso nos países civilizados o critério é apenas e só o TMD > 10.000.
A situação era praticamente a mesma já em 2008.
A lista incluía as A6, A7, A10, A11, A13, A14, A15, A17, A19, A21, A24, A27, A32, A43. Ou seja, 40% da rede, antes da crise, antes da troika.
Daí para cá a situação só piorou, claro, mas não tanto como seria de esperar. As diferenças são:
- As A11, A17, A27, que no global já tinham TMD abaixo dos 10.000 carros, deixaram de ter qualquer troço com TMD acima dos 10.000 carros
- A A22 passou a ter TMD global abaixo dos 10.000 carros, superando-o apenas a Leste de Loulé (antes era só a Oeste de Lagos)
- A A23 passou a ter TMD global abaixo dos 10.000 carros, superando-o apenas a Leste de Abrantes
Até aqui já são 50%… mas há mais, “para além da troika”:
- A A41 continua globalmente acima do limite, por via dos troços onde já o tinha, mas os 39km do prolongamento feitos pós-2008 têm TMD de apenas 4.000 carros (!!!)
- A A25 já caiu até ao limite, mas abaixo dele já a Leste de Vouzela (antes era só a Leste da Guarda)
E com isto chegamos a 60%…
Neste momento (fim de 2012) já mais de 1.500km, ou 60%, dos 2.500km de AEs de Portugal estão às moscas, mas que se têm de pagar, ou pelos utentes ou pelos contribuintes.
Chamo a atenção que estes cálculos ainda não incluem os 135km da AE Transmontana, que abrirá totalmente só em 2013, ou os 25km do troço que inclui o Túnel do Marão, qualquer um deles com TMD esperada muito abaixo dos 10.000 veículos. Nem os 120km de troços da A2 onde o TMD caiu abaixo do limite, a Sul de Grândola.
Lembrem-se
- 40% dos total de km de AEs estavam vazios já antes da troika, na altura quase 1.000km
- 41% das PPP foram para a construção de AEs, muitas delas que já se sabia à partida não terem tráfego que as justificasse
- mesmo em tempo de crise declarada, e intervenção da troika, continuaram a construção de AEs cujo tráfego não justifica que o façam.
Aqui, sim, inclui-se “o buraco do túnel do Marão – túnel que, correspondendo a 5,6 quilómetros de auto-estrada, tinha um custo inicialmente estimado de 350 milhões de euros, isto é, de 62,5 milhões de euros por quilómetro de auto-estrada. Só.” (*) Já lhe juntaram mais de 263,5 milhões de euros.
- 75% das viagens dos portugueses estão abaixo dos 50km:
Tempo para uma viagem de 50km a 90km/h = 33 minutos.
Tempo para uma viagem de 50km a 120km/h = 25 minutos
no máximo dos máximos ganham-se 8 minutos em 50km
Custo de construção de uma estrada decente < 50% do custo de construção de uma AE, por isso nos países civilizados o critério é apenas e só o TMD > 10.000.
Ninguém consegue justificar pagar o dobro ou mais para ganhar menos de 10 minutos numa viagem. Só neste país.
Por exemplo na rica Finlândia só existem AEs ou similares (pelo menos 2×2 faixas) entre Helsínquia e Tampere (1.a e 2.a cidades), Helsínquia e Turku (1.a e 3.a cidades), Helsínquia e Lahti (1.a e 6.a cidades), 2 circulares (e meia) na região de Helsínquia, e pouco mais, porque são as estradas com trânsito mais intenso. Por exemplo, nos 165km entre Turku e Tampere (180.000 e 216.000 habitantes respectivamente), há 120km de via decente com perfil 1×1, e ninguém exige aí uma AE.
Em Portugal qualquer pardieiro tem uma AE. Assim, não admira que não haja dinheiro para a Educação, Segurança Social, Cultura, nada. Enquanto isso mesmo com queda do PIB em 2009 de 9% em 2009 a Finlândia mantém a notação de AAA.
Bem dizem que “com papas e bolos se enganam tolos”, ou no caso “com popós e AEs se enganam tugas”.
Agora… PAGA, ZÉ! E não bufes…" Fonte: Aventar
4 março 2013 - "Portagens com menos 30 mil carros /dia. Automobilistas fogem às autoestradas." fonte
Os portugueses jamais são consultados sobre se se deve ou não, avançar com obras megalómanas.
Por exemplo na rica Finlândia só existem AEs ou similares (pelo menos 2×2 faixas) entre Helsínquia e Tampere (1.a e 2.a cidades), Helsínquia e Turku (1.a e 3.a cidades), Helsínquia e Lahti (1.a e 6.a cidades), 2 circulares (e meia) na região de Helsínquia, e pouco mais, porque são as estradas com trânsito mais intenso. Por exemplo, nos 165km entre Turku e Tampere (180.000 e 216.000 habitantes respectivamente), há 120km de via decente com perfil 1×1, e ninguém exige aí uma AE.
Em Portugal qualquer pardieiro tem uma AE. Assim, não admira que não haja dinheiro para a Educação, Segurança Social, Cultura, nada. Enquanto isso mesmo com queda do PIB em 2009 de 9% em 2009 a Finlândia mantém a notação de AAA.
Bem dizem que “com papas e bolos se enganam tolos”, ou no caso “com popós e AEs se enganam tugas”.
Agora… PAGA, ZÉ! E não bufes…" Fonte: Aventar
4 março 2013 - "Portagens com menos 30 mil carros /dia. Automobilistas fogem às autoestradas." fonte
Os portugueses jamais são consultados sobre se se deve ou não, avançar com obras megalómanas.
Os portugueses jamais são informados dos padrões que definem a necessidade de se construir uma obra megalómana.
Os portugueses jamais são informados dos estudos realizados, antes de se avançar com obras megalómanas.
O portugueses desconhecem, que por trás das obras megalómanas que pagamos, se escondem parasitas a enriquecer, desfalcando o estado.
Os portugueses jamais conseguem imaginar que, os políticos megalómanos que elegem, são verdadeiros traidores, que constroem obras megalómanas, não para serem úteis, mas para enriquecer amigos e empobrecer Portugal.
Os portugueses jamais saberão que os seus impostos se esgotam em megalomanias, verdadeiros atentados à estabilidade nacional.
Os portugueses jamais saberão que os seus impostos se esgotam em megalomanias, verdadeiros atentados à estabilidade nacional.
Vejamos o estado ruinoso em que se encontra o negócio, das autoestradas Portuguesas.
http://omsilanoican.blogspot.pt/2013/03/a-impossibilidade-da-democracia.html
ResponderEliminarExistem democracias que não são assim, existem democracias que funcionam , o exemplo da Suiça, Suécia, Finlândia, Islândia. Noruega, etc etc etc ...
EliminarNão é na democracia que está o erro, mas na desatenção do povo e no desinteresse, na ignorância, que o leva ao cumulo de eleger corruptos e criminosos.
O erro está tb nos homens e não nos regimes. Qualquer regime pode ser vitima de um criminoso. de um corrupto de um tirano ou de um ditador.
E por último está na constituição, que afastou de vez o poder e a voz do povo, de intervir.
Todos deveriam saber, mas poucos sabem, que em 1975 conquistou-se a liberdade, mas em 1976 voltamos à ditadura disfarçada.
Como e quando afastaram o povo do poder.
O Grande Golpe terá estado nos números 1 dos artigos 285 e 286, a seguir transcritos: que colocaram todo o poder na mão dos políticos e afastaram o povo, para sempre desde 1976.
Artigo 285.º - 1.A iniciativa da revisão compete aos Deputados.
Artigo 286.º - 1.As alterações da Constituição são aprovadas por maioria de dois terços dos Deputados em
efectividade de funções.
Ou seja, o voto popular foi, afastado para sempre, das revisões constitucionais, permitindo que 2/3 dos deputados a ajeitem, como entendam conveniente, na defesa dos interesses da classe, maquilhando-os de “interesse nacional”
ARTIGO COMPLETO: http://apodrecetuga.blogspot.com/2013/03/2-marco-avenida-da-liberdade.html#ixzz2MZHjvEcP
O Estado é uma PPP!
ResponderEliminarO Governo funciona em Outsourcing!
A Assembleia da Répulhica é a casa dos Segredos!
Os Partidos são como os Cantores Pimba, só servem para entreter as massas!
A base da economia é Betão e Alcatrão! O Resto é para Chineses e Angolanos.
A visão da direita Portuguesa:
"Os trabalhadores são malandros, e tem demasiadas regalias!"
A Visão da esquerda marxista:
"Os pequenos e médios empresários são burgueses, fascistas e exploradores!"
E aqueles 3 da foto a contar as notas no meio de umas gargalhadas.
Gostei da analogia...
EliminarOlá, Zita!
ResponderEliminarJá admirava a sua coragem.
Passei a admirar, também, a sua sensibilidade política.
Admiro-a tanto mais quanto me é evidente que já se apercebeu das verdadeiras algemas políticas, que condenam este Povo, a ser prisioneiro no seu próprio país.
Aprisionado por capatazes políticos ao serviço duma monarquia bancária.
Lançando mão a mecanismos - abjectos, porém eficazes - de manipulação de massas, com destaque para o controlo dos media, a estrutura de poder em Portugal assemelha-se, demasiado, a uma cleptocracia.
Para não me alongar no comentário, queria recordar-lhe que já foi por forte pressão popular que os deputados, já depois de 1976, "concederam" aos seus eleitores - a figura do referendo.
Está inserida do artigo 115º da Constituição.
Porém, como o referendo poderia tornar-se perigoso para o seu teatro democrático, o nº3 deste artigo reza assim:
"3. O referendo só pode ter por objecto questões de relevante interesse nacional que devam ser decididas pela Assembleia da República ou pelo Governo através da aprovação de convenção internacional ou de acto legislativo."
Repare no desplante destes cleptocratas:
As questões de "relevante interesse nacional" são as decididas pelos deputados ou pelo governo...
Ou seja: se eles não decidirem que o são, não têm interesse nacional. Pois claro!
Por isso, um referendo como o que recentemente limitou, na Suissa, os loucos vencimentos dos gestores financeiros, seria impossível por cá. Porque, evidentemente, não tem interesse nacional. Prejudicaria as negociatas...
Mas todo o artigo 115 merece uma leitura atenta. Como eu o vejo, é mais uma cereja em cima do bolo da ditadura, mascarada de democracia, onde os traidores a Abril nos obrigam a sobreviver...
Que fique claro que considero traidores a Abril, também todos os que gritando diariamente contra o sistema, dele se vão - confortavelmente - "alimentando".
Será que o sistema sobreviveria se toda, a auto-apelidada, esquerda abandonasse os cómodos lugares que ocupa no parlamento?
Mais uma vez Zita, parabéns pela sua sagacidade.
E por tornar este blog em algo muito mais significativo do que um mural de desabafos - embora importantes - despidos de caminhos úteis para saídas desta prisão.
Muito obrigada pelos seus contributos, que são na realidade baseados em puros factos, que impressionantemente passam despercebidos à maioria dos portugueses.
EliminarÉ grave, muito grave o que se faz a uma constituição dita democrática, mas mais grave ainda é o povo não querer saber, um povo que grita e clama por democracia, sem saber que não a tem.
Um povo que acredita que votar em traidores é o maior símbolo de democracia.
EliminarSó um Povo culto pode impor uma Democracia aceitável.
Os povos do norte da Europa são cultos. Civicamente empenhados.
Participam na política.
Impedem, por isso, os "chicos espertos" tipo Relvas, Sócrates, Vara ou Passos trilhem carreiras políticas.
Aqui a casa dos segredos e o futebol - o que os media fornecem - é que interessam...
O resto alguém que resolva.
Aí está o resultado!
Mas alguem duvida que se o PCP estivesse no governo esta roubalheira não acontecia?
ResponderEliminar25 de abril sempre fassismo nunca mais.
O povo é quem mais ordena
Em democracia o polvo é quem mais ordena.
ResponderEliminar
ResponderEliminarAs auto-estradas foram, durante décadas, a miragem de resolução dos problemas do interior defendidas, ostensiva e publicamente, por centenas de presidentes de municípios.
Onde está o desenvolvimento desses concelhos?
E esses autarcas não têm responsabilidades?
Claro que os autarcas tem responsabilidades naqueles minicípios que nada desenvolveram.
EliminarBASTAVA O POVO SABER COMO SE VOTA CONTRA OS PARTIDOS CORRUPTOS E PORTUGAL SERIA LIMPO DA CORRUPÇÃO. VOTEM EM PARTIDOS SEM ASSENTO PARLAMENTAR SÓ ISSO TEM VALOR E PUNE OS PARTIDOS CORRUPTOS. Nos paises menos corruptos do mundo a democracia funciona porque as pessoas sabem votar e usam o voto, 90% votam... aqui só temos eleitores ignorantes por isso quem não funciona são os eleitores e não a democracia.
ResponderEliminarA abstenção afinal obtém um resultado contrário, ao que pretendem os abstencionistas
Por isso, o que me chateia na vossa abstenção é a falta de colaboração num trabalho importante. Não é uma questão de direitos ou deveres cívicos em abstracto. O problema é concreto. Temos uma tarefa difícil, da qual depende o nosso futuro, e vocês ficam encostados sem fazer nada.
Isto tem consequências graves para a democracia. Quando a maioria não quer saber das propostas dos partidos, está-se nas tintas para o desempenho dos candidatos e nem se importa se cumprem os programas ou não, o melhor que os partidos podem fazer para conquistar votos é dar espectáculo. Insultarem-se para aparecerem mais tempo na televisão mentirem para agradar. Vocês dizem que se abstêm porque a política é uma palhaçada mas a política é uma palhaçada porque vocês não votam. Vocês não exercem o vosso dever de votar contra quem faz mal ao país. O vosso de dever e direito de punir os que lesam o país nas urnas.
A culpa é vossa porque não é preciso muita gente votar em palhaços para os palhaços ganharem. Basta que a maioria não vote.. Basta abanar o pano da cor certa e, se mais ninguém vota, eles ficam na maioria. Mas se vocês colaborassem e se dessem ao trabalho de avaliar as propostas, julgar e punir os partidos que há 40 anos destroem o teu país, se os responsabilizassem pelas promessas que fazem e votassem contra os que mentiram, deixava de haver palhaços, interesseiros e imbecis na política.
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http://apodrecetuga.blogspot.pt/2015/10/percebam-que-abstencao-afinal-obtem-um.html#.WM_ogfmLTIU