Um artigo que expõe a forma como o direito à habitação, protegido pelo artigo nrº 65 da constituição, é ignorado e transformado num jogo de interesses, de lucros, de exploração...
E, todo este abuso é apoiado e perpetuado, por aqueles que juram defender e respeitar a constituição.
- É conhecida a articulação criminosa entre o Estado – central e local – e os seus mandarins, com os branqueados capitais imobiliários e os bancos. Essa triangulação constitui o nó górdio onde estão retidos os interesses da esmagadora maioria dos portugueses;
- A Constituição, no caso vertente, o artº 65, não está minimamente a ser cumprida pelo partido-estado, no poder sem interrupção há mais de 30 anos e que entregou a satisfação das necessidades de habitação à manipulação e ao domínio do poder financeiro e do inflacionado setor imobiliário
- Não tem havido política de habitação; tão somente mercado de habitações com preços especulativos e com franco abuso por parte dos bancos na elaboração dos contratos de mútuo;
- Não está cumprido o acesso de todas as pessoas a uma habitação, mormente, condigna;
- A entrega da satisfação das necessidades de habitação à conivência entre os interesses imobiliários, o sistema financeiro e os elencos (partidários) das câmaras, promoveu o desordenamento em áreas urbanas ou rurais, construção sem qualidade, ambientes urbanos sobrecarregados, desperdício e dívida, muita dívida;
- Os instrumentos de política de reabilitação não tiveram grandes efeitos práticos; visam negócios privados que incluem formas de delegação em privados de prerrogativas públicas;
- No capítulo dos equipamentos sociais que devem acompanhar as implantações de população, o partido-estado tem vindo a desmantelar a rede desses serviços ou a transferi-los para a “iniciativa” privada, qual abutre que não consegue existir sem o continuado abastecimento financeiro proveniente dos impostos;
- As receitas fiscais das câmaras tornaram-se dependentes do imobiliário e, prefigura-se num futuro próximo um aumento – decretado pela Troika- da carga fiscal (IMI) para garantir uma mesma estrutura mafiosa de elencos autárquicos, a despeito do empobrecimento global e da precariedade das vidas;
- A ausência de política urbanística ou de habitação tem acentuado os desequilíbrios regionais e a suburbanização das manchas urbanas, com abandono dos centros das cidades;
- O fomento desordenado do imobiliário conduz a um grande volume de casas desocupadas, para aluguer ou venda, em paralelo com centenas de milhar de fogos sobrelotados;
- Há uma preocupação nítida de reduzir o papel do inquilino na relação mercantil chamada arrendamento, estabelecendo-se atualizações automáticas de rendas, recusadas para os salários e pensões, por exemplo;
- À fácil urbanização dos solos por parte das autarquias, juntam-se instrumentos como os PIN e, num futuro próximo, o desmantelamento de todos os elementos de ordenamento e preservação do espaço, através de instruções emanadas da autoridade colonial, a Troika;
- Os orçamentos participativos têm evidente ausência ou uma parca aplicação, mesmo como instrumento de propaganda
1- Definição do jogo e dos seus intervenientes
2- O jogo, a batota e a Constituição
2.1- Habitação e urbanismo
2.2- O direito elementar a uma habitação adequada
2.3- Papel do Estado na programação e execução de uma (não) política de habitação
2.4- O nulo papel das autarquias na construção de habitação social ou económica e a carga fiscal autárquica
2.5- Os estímulos públicos à construção privada e o acesso a habitação
2.6- O papel do sector não mercantil na questão da habitação
2.7- Ausência de promoção de encargos com a habitação compatíveis com o rendimento
2.8- Política de ocupação mercantil do solo
2.9- A mentira da participação da população no planeamento urbanístico
3 – Expropriados e despejados. Propostas de luta
«UMA REFLEXÃO
ResponderEliminarAssisto ao crescimento de um profundo desapontamento com a prestação deste nosso (des)governo entre pessoas minhas conhecidas que neles votaram...
A resposta que habitualmente lhes dou podem, facilmente, imaginar os meus leitores e para queixas de quem "opta" sempre pelo "mais do mesmo" e falsas alternativas não tenho, por costume, muita paciência.
Tenho-lhes dito mesmo que, face à extorsão a que nos encontramos sujeitos, deveriam eles pagar uma contribuição suplementar...
Tenho sempre a esperança que medidas eficazes auxiliem a ver com mais clareza...»
Via blog REVERENTIA
Eheheheh!!!
O IMI é o financiamento do império autárquico.
ResponderEliminarOs governos centrais impotentes para aceder à avidez financeira autárquica, deram-lhes mais essa benesse.
Gulosa, a esmagadora maioria dos autarcas não teve qualquer dúvida em aplicar, logo de início, a taxa máxima que a lei permitia.
Com a queda da bolha imobiliária em 2009, os imperadores locais perderam as avultadas verbas das licenças de habitação e construção - particularmente onde a bolha imobiliária tinha sido mais intensa - e, foi preciso "inventar" uma forma de lhes dar mais dinheiro.
É aí que o fisco dá uma ajuda: "actualiza" o valor patrimonial dos imóveis!
Alguns imóveis veem crescer o seu valor patrimonial instantaneamente em, calculem, 900%...
Deste modo os nossos "gloriosos" autarcas já podem reduzir a percentagem máxima do IMI, recebendo ainda, muitíssimo, mas muitíssimo, mais dinheiro!
Ou seja, os parvos do costume pagam agora com a sua saúde, com a sua reforma ou com a educação dos seus filhos, a manutenção desse desvario administrativo que é o actual (desde 1832) mapa concelhio, apesar de ele constituir mais uma chibatada naqueles a quem a História se referirá como "os escravos dos barões da finança".
Não é em vão que o Dr Paulo Morais se atira muito mais às sanguessugas autárquicas do que aos governos centrais. A ostentação, a inutilidade, a corrupção é, nestes pequenos sobas, muitíssimo mais ostensiva e dolorosa.
Acabar com 1500 freguesias em cerca de 4300 e DEIXAR PERMANECER INTACTOS OS 308 CONCELHOS é um ultraje aos pagantes de impostos, uma afirmação ditatorial da corrupção e uma imensa hipoteca ao nosso, já pobre, futuro.
Para este país bastavam 60 concelhos e 200 freguesias!
Qualquer número superior a este, é apenas para manter lugares inúteis para alimentar vaidades e corrupção.
Sabem como foram, há 181 anos, definidos os limites dos actuais concelhos por Mouzinho da Silveira?
Como o espaço possível de percorrer a TROTE DE CAVALO entre o nascer do sol e o meio-dia...
É isto que nós, hoje, PAGAMOS para manter!
Acordem ESCRAVOS DOS BARÕES DA FINANÇA!
Uma medida muito actual... essa dos cavalos. Os albergues de parasitas não podem ser extintos, são muitos e são úteis...
Eliminar"17 mil militantes novos no PS" http://sol.sapo.pt/inicio/Politica/Interior.aspx?content_id=67607
ResponderEliminarProcura-se:
Spartacus 2!