Golfe no Marvão vendido depois de alguns percalços

Pais do Amaral continua a aumentar o seu imenso mundo de negócios e poder... comprou o campo de golfe, que pertenceu a Carlos Melancia, em saldo e, aparentemente, sem concorrência.
Base de licitação era 2 milhões, mas foi vendido por pouco mais de 750 mil!
Há sempre boas oportunidade de negócios por esse Portugal fora, nós, os comuns portugueses, é que nunca sabemos deles. A crise só bateu à porta de alguns!

Investidores portugueses anónimos compraram campo de golfe por 640 mil euros.
A hasta pública para vender o campo de golfe de Marvão teve dois concorrentes renhidos. A base de licitação foi de 580 mil euros e foi comprado por cerca de 640 mil euros por um grupo de investidores portugueses anónimos que se fizeram representar por António Marques Dias, membro do conselho de administração da Deloitte em Portugal. O empresário espanhol com interesses na hotelaria em Madrid ficou pelo caminho.

O presidente da Câmara Municipal de Marvão, Victor Frutuoso, avançou ao Diário Económico que Marques Dias chegou ao local da hasta pública com "uma determinação firme" e garantiu que os compradores estão decididos "a recuperar o campo de golfe o mais depressa possível".
O golfe de Marvão está fechado desde 2007 depois de ter entrado em processo de insolvência, em 2006, quando pertencia ao ex-governador de Macau, Carlos Melancia. Em 2009, o The Edge Group, fundo imobiliário de Miguel Pais do Amaral e José Luís Pinto Basto, tentou comprar o projecto. No entanto, não chegou a acordo com os promitentes compradores do aldeamento turístico Aldeia D'Azenha. O Turismo de Portugal acabou por salvar o campo de golfe, comprando-o em hasta pública em Fevereiro do ano passado por 565 mil euros.

PAIS DO AMARAL TENTOU ENTRAR NA CORRIDA MAS NÃO CUMPRIU DETERMINADAS EXIGÊNCIAS
"Miguel Pais do Amaral é o administrador com cargos em 73 empresas." fonte
"O campo de golfe de Marvão (Portalegre), que se encontrava em processo de insolvência e ao abandono, foi adquirido por pouco mais de 750 mil euros pela empresa The Edge Group, ligada ao empresário Pais do Amaral.
(...)De acordo com o autarca, a aquisição do campo de golfe por parte da empresa ligada ao empresário Pais do Amaral foi efectuada no Tribunal de Castelo de Vide, "mediante um ajuste directo. A aquisição do campo de golfe é condicionada, porque não interessa ao investidor comprar só o campo de golfe. A empresa adquiriu aquele equipamento mediante a condição de adquirir, no espaço de 90 dias, o aldeamento turístico que está erguido em redor do campo de golfe", explica. Para que isso aconteça o Parque Natural da Serra de São Mamede, que definiu o local como área "protegida", terá de, eventualmente, alterar o processo para que se concluam as obras do aldeamento. "Estamos a trabalhar neste processo arduamente", garante.
Na hasta pública, realizada no Tribunal de Castelo de Vide em finais de Janeiro deste ano, o valor de licitação para a globalidade dos bens a vender da insolvente Ammaia-Clube de Golfe de Marvão, S.A. situava-se nos dois milhões de euros, tendo sido apresentadas duas propostas. Uma delas encontrava-se "em branco", e a outra, em nome da empresa The Edge Group, continha um valor inferior ao lançado pelo administrador da insolvência. Fonte judicial afirma que a proposta apresentada pela empresa de Pais do Amaral situava-se "um pouco acima dos 750 mil euros". (...)

(...) Ao abandono há alguns anos, servindo mesmo para as ovelhas pastarem, o golfe de Marvão e o empreendimento turístico Aldeia D'Azenha, que lhe está adjacente, pertenceram numa fase inicial a Carlos Melancia, ex -governador de Macau. Após a insolvência da empresa de Carlos Melancia (Bevide), pedida pela administração e posteriormente decretada pelo Tribunal, devido a dívidas a fornecedores e funcionários, surgiu no negócio o Grupo Hoteleiro Fernando Barata, que adquiriu, em Abril de 2007, através da Solévora, os bens da Ammaia Clube de Golfe de Marvão, SA. O mesmo grupo, que já tinha comprado o aldeamento turístico associado ao campo de golfe, a Aldeia d'Azenha, era um dos quatro sócios da Ammaia, integrada também pela empresa de Carlos Melancia. A empresa de Fernando Barata saiu do projecto por incumprimento de prazos de pagamento à comissão de insolvência, tendo ainda perdido uma caução inicial de cerca de 400 mil euros." fonte