FAZEM DOS PORTUGUESES MUITO PARVOS?
E os portugueses concordam ao continuar a eleger esta sub espécie rastejante de partidos.
Assunto do momento: o chumbo do orçamento [OE].
Tese do Professor Louçã: foi o PS que chumbou o orçamento [OE] porque quer a maioria absoluta.
Dedução: por isso os seus pupilos e pupilas do BE se levantaram na Assembleia [da República] contra o orçamento: para proporcionar ao PS a possibilidade de ter uma maioria absoluta. Amigos destes não surgem todos os dias!
Reforço: o BE fez exigências sabendo que o PS não as iria aceitar e, assim, o PS poder dar oportunidade [aos deputados] do BE e do PCP de votar contra o orçamento e, assim, o PS obter uma maioria absoluta! Genial!
Farandola final da lógica que preside ao extraordinário raciocínio do Professor Louçã: o seu BE quer abdicar da influência que tinha na 'geringonça' para dar ao PS uma maioria absoluta que tornará o BE irrelevante. O mesmo brilhante raciocínio que entregou a Câmara de Lisboa a Moedas.
Conclusão: um caso de defesa do suicídio político por um génio.
PS (Post Scriptum): o PCP segue o mesmo raciocínio, mas não tem um 'animador de pista' convidado, como o do BE.
O orçamento era mau e chumbou.
Mas uma coisa não foi consequência da outra. Já antes tinham passado seis orçamentos igualmente maus. O chumbo do orçamento não teve nada a ver com a má qualidade do orçamento. Foi consequência estrita de calculismo e de tacticismo por parte dos partidos que o podiam ter viabilizado.Do PCP, porque decidiu o mesmo que o BE tinha decidido no ano passado: que era chegada a hora de voltar a ser oposição. Sabe que só como oposição, com barulho e nas ruas, conquista votos. Como solução de governo perde votos todos os dias.
E do PS, porque percebeu que era o melhor momento possível para provocar uma crise que, inevitavelmente, mais tarde ou mais cedo, iria acontecer. Um momento em que apanha quase toda a oposição em contrapé: três partidos com congressos à porta e dois a disputar as lideranças. A debandada do CDS foi só mais uns acordes de música para os ouvidos do ainda primeiro-ministro. Até agora tudo bem, terá pensado.
O primeiro, e até agora único, a conseguir fazer uma leitura perspicaz do momento que vivemos foi o líder da Iniciativa Liberal, quando atirou certeiro que o PS tinha apontado à maioria absoluta e que Costa não teria condições de voltar a ser primeiro-ministro se falhasse esse objetivo. De facto, não faria sentido voltar a deixar as negociações nas mãos de quem, intencionalmente ou não, as falhou.
Portugal não está condenado ao marasmo do socialismo, mas desengane-se quem vê no atual momento político uma fraqueza do PS. É apenas uma vitimização para ganhar mais poder e claro, mais dinheiro tirando proveito, como sempre, de um povo ingénuo e iletrado.
Para o PS a política não é cuidar de um país ou do seu povo. Para o PS politica é cuidar dos amigos do partido e do partido, às custas de um país e do seu povo.
Portugal não está condenado ao marasmo do socialismo, mas desengane-se quem vê no atual momento político uma fraqueza do PS. É apenas uma vitimização para ganhar mais poder e claro, mais dinheiro tirando proveito, como sempre, de um povo ingénuo e iletrado.
Para o PS a política não é cuidar de um país ou do seu povo. Para o PS politica é cuidar dos amigos do partido e do partido, às custas de um país e do seu povo.
Nestas lutas, parte com vantagem quem bate primeiro, e o PS geriu desde o início o momento que sabia estar a criar. Ainda decorriam as negociações do orçamento, e ainda ouvíamos dizer por aqui que a crise política era uma encenação, e já no PS corria a mensagem: “preparem-se para eleições”. E estão desde esse momento a preparar-se. É por isso o partido que sai melhor posicionado num país de eleitores masoquistas e sem discernimento que opta pelo que mente mais descaradamente. Pelos que mais enganam.
A pseudo oposição que na sua maioria tem vindo há décadas a apoiar medidas e leis que lesam o interesse dos cidadãos, sai desta crise, quase toda coxa.
Digo quase toda porque há duas exceções: Os dois mais novos partidos poderão sair mais fortes se o eleitor português souber dar uma lição aos velhos e sujos partidos, souberem dar um novo rumo ao país e uma oportunidade de respirar longe destes jogos de poder. Se o eleitor português souber votar e criar um brecha no velho regime corrupto, tem agora a oportunidade de começar a limpar Portugal.
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Olá caro leitor, obrigada por comentar... sei que apetece insultar os corruptos, mas não é permitido. Já não podemos odiar quem nos apetece... (enfim) Insultem, mas com suavidade.
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