PAULO MORAIS A... |
PAULO MORAIS, Visionário numa luta quase solitária e inglória, expõe de forma coerente e sucinta, a forma como as empresas municipais servem apenas de albergues fantasmas de "boys", que favorecem negociatas e parasitam o país. Defende que deveria exigir-se a essas empresas serem auto suficientes, caso contrário seriam extintas.
Em primeiro lugar, qualquer empresa municipal deve atingir um volume de negócios significativo. Deve ter uma carteira de clientes, pagar a fornecedores, gerar emprego, representar um factor positivo na actividade do concelho em que se integre. No contexto actual, terão razão de ser empresas municipais de habitação responsáveis pela gestão de milhares de fogos, mas já não faz qualquer sentido manter estruturas cujo objecto de negócio seja apenas um pavilhão gimnodesportivo e uma piscina, como acontece por esse país fora.
Devem extinguir-se aquelas que não são mais do que serviços administrativos municipais mascarados, como é o caso das que apenas emitem licenças ou autorizações de construção.
Por último - e esta é a questão central! - uma empresa deve sobreviver se gerar lucro e não necessitar de subsídios ou indemnizações compensatórias. Uma empresa municipal à qual seja atribuída, por exemplo, a gestão de um parque habitacional, deve garantir que as receitas provenientes das rendas pagam a conservação e manutenção dos edifícios e das habitações, a gestão dos condomínios e os próprios custos de gestão.
As empresas municipais que cumpram as condições acima devem dispor de uma gestão profissional, não podem acolher "boys" partidários e obrigam-se a entregar os seus lucros anualmente aos municípios, para além de manterem e valorizarem o património que têm sob a sua responsabilidade.
Cumprindo estes critérios, o sector empresarial municipal ficará reduzido a menos de dez por cento, mas Portugal ficará menos pobre. E mais sério." FONTE
O 25 de Abril de 1974 trouxe o Poder Local.
ResponderEliminarMuito de bom e de necessário se fez desde então por populações que viviam abaixo de qualquer mínimo de qualidade de vida.
Mas o Poder, desta vez o Local, também exagerou, chantageou (pelos votos) o Central, favoreceu amigos e, finalmente, copiou o "esquema" das empresas públicas para a "malta".
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Deixou de servir para se servir.
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Tem de acabar. Até porque em 80% dos concelhos as populações caem a ritmos assustadores, não há empregos, nem qualquer justificação para essas comarcas existirem.
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O país não precisa mais do que 60 concelhos.
E já são muitos...