Paulo Morais regressa à politica. Vamos votar contra a corrupção, votar Paulo Morais?


Entrevista a Paulo Morais. “Sócrates é um dos principais actores na triste peça da corrupção em Portugal”
Paulo Morais afastou-se da política. Mas vai voltar. Neste momento reflecte sobre várias formas de intervenção: poderá formar um partido para concorrer às legislativas de 2015, poderá candidatar-se às presidenciais de 2016. Tem tudo em aberto e uma certeza - não quer que o seu objectivo de combater a corrupção na política fique de fora do ciclo eleitoral que aí vem.

Há um mês disse ao meu jornal que estava a ponderar voltar à política. Como está o ponto da sua reflexão?
A leitura que eu faço - e também tem a ver com o facto de eu ser do Alto Minho - é que Portugal tem um grande potencial, excelente clima, óptima localização, tem mar, terrenos para agricultura e invariavelmente tudo isto é desperdiçado. Temos uma serra da Estrela onde se fazem desportos de neve, mas quando neva não se consegue lá chegar. Isto é a típica situação portuguesa. A forma como são montados os limpa-neves não é função do interesse público mas de interesses particulares. Entre o desperdício, a incompetência e a corrupção vão os recursos todos. Temos um potencial fantástico e depois os portugueses não usufruem do potencial de que dispõem porque aparece a política para estragar o funcionamento do país. Mudando a política, o país melhora substancialmente e o principal factor que anda a contaminar a política é a corrupção.

Então todos os políticos são maus?
A maioria dos políticos não são corruptos. Só uma pequena minoria, com uma particularidade: são os políticos que mandam mais, os que controlam 90% do orçamento. Políticos corruptos são poucos. O que acontece é que os restantes não combatem o statu quo. Em Portugal, que é um país cheio de salamaleques, os políticos têm um conjunto de mordomias absolutamente ridículas, bilhetes para o futebol, teatro, precisam de fazer obras em casa de um primo e conseguem mais rapidamente porque conhecem o presidente da câmara, têm uma sobrinha desempregada e arranjam-lhe um emprego. E para manter estes pequenos privilégios sabem que jamais poderão enfrentar os dirigentes máximos. E acabam por fazer lastro à corrupção dos outros. Há um ditado português que explica isto bem: tanto rouba quem vai à horta como quem fica à porta. Os outros políticos todos ficam à porta a olhar, assobiam para o lado, fingem que não é nada com eles.

Vai formar um partido?
Isto tem três soluções possíveis: os principais partidos fazerem um pacto, a que todos se vinculem, de combate efectivo à corrupção, como aconteceu em Itália com a operação Mãos Limpas. Ou aparecem partidos novos com discursos verdadeiramente novos ou, outra possível solução, aparece no topo do regime alguém que ponha ordem na casa.

Está a admitir candidatar-se a Presidente da República?
Estou a reflectir sobre todas essas matérias. Há tempo para tudo. A minha reflexão é sobre o que posso fazer para ser útil. Acho que uma pessoa como eu não pode ficar de fora da intervenção no ciclo eleitoral que aí vem. Ainda não sei qual é a melhor forma, quando souber digo-lhe. O objectivo é claro: ando à procura de uma forma de intervir na política portuguesa de forma a diminuir a corrupção que está a minar a política e toda a vida em Portugal. Esta é a resposta que posso dar neste momento. Quando tiver outra, também lha dou.

Paulo Morais explica como os partidos actuais, se acham donos da democracia


Onde estava quando José Sócrates foi preso? O que pensou?
Estava em Lisboa. Fiquei surpreendido por um lado, por outro lado não. Não fiquei surpreendido porque José Sócrates, a par de muitos outros políticos portugueses que estão fora da prisão, faz parte de uma geração de políticos que andaram sistematicamente a beneficiar grupos económicos em prejuízo da população. O sistema de governação tem sido corrupto e Sócrates é um dos actores, obviamente marcante porque foi primeiro-ministro muitos anos. Mas não é só ele. Por outro lado, fiquei algo surpreso porque não é costume a justiça ter a actuação que tem tido nos últimos tempos. Há uma mudança de paradigma na justiça portuguesa que se saúda. Há uma novidade que é a actuação da justiça neste caso, como nos casos dos vistos gold.

Mas como é que pode dizer já declaradamente que José Sócrates é corrupto? Não o está a julgar antes da justiça?
Não, não. Há duas discussões.
A corrupção, enquanto fenómeno social e político, é a utilização de um poder delegado em nome do povo para benefício particular. Quem utiliza esse poder para benefício individual, familiar ou de grupos económicos está a incorrer num acto social de corrupção.
Depois uma outra questão é o enquadramento jurídico dos crimes que daí decorrem. O enquadramento legal é diverso. Mas quando falamos de corrupção estamos a discuti-lo politicamente. Os portugueses, dos mais letrados aos mais iletrados, não têm de conhecer o enquadramento jurídico da corrupção em detalhe. Mas sabem que a corrupção tem sido uma marca da política em Portugal. 
Os governos em Portugal dos últimos 20 anos têm sido governos, e maiorias, e parlamentos, essencialmente corruptos, porque organizam a vida política no sentido de utilizar os recursos da população em benefício particular, de famílias, grupos económicos, de partidos políticos. 
A política é corrupta. Sobre quem tem responsabilidade jurídica na matéria, isso sim, é competência dos tribunais. A existência de corrupção na política é uma marca que infelizmente se sente em Portugal de forma exponencialmente crescente desde a entrada de Portugal na Europa. Os casos de corrupção têm sido sistemáticos. E Sócrates é de facto um dos principais actores nessa triste peça que é a corrupção na política na Portugal.

Tem falado várias vezes no caso das parcerias público-privadas...
Para saber que existe corrupção nas PPP não é preciso fazer buscas em casa de Sócrates, Mário Lino ou Paulo Campos. Basta ler o Diário da República.
Um cidadão informado com os mínimos conhecimentos de matemática que leia o Diário da República percebe perfeitamente que a legislação é intrinsecamente corrupta, porque dá benefícios aos privados a uma dimensão inaceitável. Desde logo, as PPP permitem - concentremo-nos nas rodoviárias - rentabilizar 30% ao ano em negócios sem qualquer tipo de risco. Isto é inadmissível! Só dá rentabilidades de 30% ao ano em negócios sem risco quem for completamente corrupto ou atrasado mental.
As pessoas que formataram este tipo de legislação ou são completamente destituídas ou incorrem em actos de corrupção. Taxas de rentabilidade obscenas, inaceitáveis, sem riscos, ao mesmo tempo que nas PPP rodoviárias se remunera a diminuição da sinistralidade de uma forma muito superior às multas que os concessionários pagam se aumentar a sinistralidade. Ou seja: se a sinistralidade aumentar, pagam multas baixas, se a sinistralidade diminuir levam prémios gigantescos, numa relação de 1 para 100. Se numa auto-estrada qualquer houver um acréscimo de 10% na sinistralidade pagam uma multa pequenina. Se a sinistralidade aumentar recebem um prémio 100 vezes superior à multa que pagariam. Em 2011, o primeiro ano em que a função pública viu os seus salários diminuir, o governo português pagou às concessionárias privadas das auto-estradas em compensações - não estou a falar do pagamento das PPP, estou a falar de suplementos - 900 milhões de euros, que é tanto como o que foi tirado aos funcionários públicos nesse ano.

O governo PSD-CDS disse que iria acabar com isso, mas nada.
Mas em 2011 o responsável tem um nome: o engenheiro José Sócrates e a sua equipa lesaram em 900 milhões de euros os funcionários públicos e as suas famílias para irem meter aquele dinheiro nos bolsos de três grupos económicos: Mota-Engil, Espírito Santo e grupo Mello. No fundo, o engenheiro Sócrates em 2011 conseguiu algo inimaginável em Portugal: perturbar a vida de 3 milhões de pessoas para beneficiar três.
Mas há exemplos na área do PSD. A Ponte Vasco da Gama, do tempo Cavaco Silva/ Ferreira do Amaral, foi inaugurada em Março de 98 e foi vendida à opinião pública como um investimento que teria de ser feito pelos privados porque o Estado não teria dinheiro para isso. A custos actualizados, a ponte terá custado 900 milhões de euros. Os privados entraram com 200 e pouco! De onde é que veio o resto? Do Banco Europeu de Investimento, avalizado e garantido pelo Estado português. O Estado é que dá a garantia. A parte restante são as portagens da Ponte 25 de Abril que reverteram desde então a favor da Lusoponte. Estávamos em Março de 98. A Lusoponte fica com 20 e poucos por cento do valor do investimento, com o direito das portagens da Vasco da Gama, da 25 de Abril, com o exclusivo das travessias rodoviárias sobre o Tejo. Ao fim de uma série de anos tinha havido acordos de reequilíbrio financeiro com a Lusoponte. Em 2001, a Lusoponte já tinha recebido mais de 900 milhões de euros! Tinham passado mais de três anos e o Estado já tinha pago duas pontes! Hoje já se vai no oitavo ou no nono acordo de reequilíbrio financeiro. O Estado português já pagou à Lusoponte quatro ou cinco vezes a Ponte Vasco da Gama!

São contratos à prova de bala.
Blindados. Eu não concordo com isso. Mesmo que os contratos estivessem bem feitos - e só uma pequena parte das PPP tem contratos bem feitos -, os direitos só são adquiridos se ambas as partes cumprirem as suas responsabilidades. E o facto é que a Lusoponte desde o início não cumpriu o que lhe competia no âmbito do contrato. Nas PPP nós temos contratos ilegais por três razões: alguns têm anexos confidenciais e na administração pública não pode haver anexos confidenciais! Toda a despesa pública tem de ser devidamente orçamentada e cabimentada. Se não houver orçamentação e cabimentação a despesa não pode pura e simplesmente ser feita! Há acordos de PPP que são confidenciais. E estão na net! Aparece lá um documento com as tabelas de preços e um carimbo a dizer confidencial! Portanto são nulos! E há um aspecto ainda mais grave: as responsabilidades plurianuais das PPP têm de surgir nos orçamentos de Estado dos diversos anos numa orçamentação plurianual. Onde é que isto vem? Na lei de enquadramento orçamental. Aquelas PPP que não tiveram desde o início a sua afectação de recursos nos orçamentos dos próximos anos não devem ser pagas, ponto final!

Mas então porque é que este governo não fez nada, quando disse que faria?
Eu achei que quando esta maioria actual chegou ao governo em final de 2011 efectivamente iria renegociar as PPP, como o Dr. Passos Coelho sempre anunciou. Disse-o publicamente, disse-o particularmente. Que renegociação se fez até hoje? Não fizeram renegociações nenhumas! O que é que foi renegociado? As parcerias que iriam ser feitas e não se fizeram - portanto não se pagam, mas mesmo assim houve lugar a indemnizações. E ao nível da manutenção das auto-estradas havia um trabalho de manutenção que iria ser desenvolvido pelos privados e passou para o Estado e o Estado deixou de pagar isso. O engenheiro Sócrates tinha previsto o pagamento antecipado da manutenção, o que é uma loucura absoluta! Imagine o que é uma pessoa ir comprar um carro e pagar logo a manutenção até ao fim da vida do carro! Acontece que esta maioria não fez nada nesta matéria. As PPP têm uma teia completamente urdida entre as grandes sociedades de advogados, entre as financeiras e as grandes construtoras. Não é por acaso que nós encontramos nos órgãos de administração da maioria das construtoras todos aqueles que trabalharam nas obras públicas nos diversos governos. Não há ministro da área das obras públicas que não tenha ido trabalhar nas PPP. No sector financeiro também estão aqueles que articulam a engenharia financeira das PPP e a própria legislação das PPP é elaborada nas grandes sociedades de advogados. A política precisa de uma desinfecção.

Temos neste momento o engenheiro Sócrates em prisão preventiva, hoje há buscas no universo Espírito Santo, o próprio Presidente da República apareceu envolvido no caso BP...
No parlamento há registos de interesses. As pessoas têm de dizer que propriedades têm, isso funciona relativamente bem, mas o que é que depois não existe e deveria existir? Uma comissão de ética que impedisse que o presidente da comissão de Segurança Social ao mesmo tempo fosse consultor do Montepio, que actua essencialmente na área da solidariedade. O grande problema é um deputado exercer funções privadas que têm a ver com a actividade que tutela a nível público. Estes cavalheiros são deputados para terem informação privilegiada para beneficiarem os grupos económicos onde trabalham! Eu não vejo nenhum problema em que uma pessoa tenha um café e seja deputado. Mas agora se trabalha na agricultura e está na comissão de Agricultura isto é inadmissível. A comissão de Ética, que deveria estar lá para tutelar esta matéria, pouco fez. Mendes Bota empenhou-se mas não conseguiu fazer nada, tanto que agora até se foi embora.

Mas tem ideia que as coisas estão a mudar neste momento?
A nível da política não. Estão a mudar a nível da justiça.

Por causa dos vistos gold e do caso Sócrates?
Está a mudar na justiça, na política nada está a mudar. Basta ver a forma tíbia como os actores políticos têm reagido a esta matéria. Dizem que não comentam, tanto no caso Sócrates como no caso dos vistos dourados. Veja António Costa, líder do PS, que vem dizer que à política o que é da política e à justiça o que é da justiça. Isto é completamente absurdo! Estes políticos comentam futebol, moda, culinária, comentam tudo e não comentam corrupção na política! Esse tipo de frase - à política o que é da política, à justiça o que é da justiça - vale para um político que tenha sido apanhado com excesso de velocidade na auto-estrada! Compreendo que se diga que a justiça resolva o problema do excesso de velocidade. Agora quando a matéria em apreço é a corrupção na política não se pode dizer que a política não tem nada a ver com isto! Porque é que António Costa não toma uma atitude de força contra a corrupção na política? No caso de Passos Coelho ainda é mais flagrante! O caso dos vistos gold é um caso que nasce no seio do governo. Não foi no Algarve nem em França, foi no Terreiro do Paço que um conjunto de directores-gerais montam uma máquina para traficar vistos gold e para vender casas hipervalorizadas. Há uma dupla vigarice: traficar vistos gold - atribuí-los a quem não os poderia ter - e ainda andaram a enganar os chineses a vender-lhes casas por meio milhão de euros quando valiam apenas 200 mil. Isto nasce no SEF, na Secretaria-Geral do Ministério da Justiça... Há líderes da administração pública de topo que estão envolvidos nisto, o fenómeno de corrupção nasce no seio do governo e o Dr. Passos Coelho diz que não é nada com ele! Das duas uma: ou estes ministros são completamente distraídos e incompetentes e não sabiam o que se passava ou então são cúmplices porque não fizeram nada. Algo se passou no seio do governo! Isto não é um caso de corrupção que aconteceu em Bragança. E o Dr. Passos Coelho vem dizer "à política o que é da política, à justiça o que é da justiça". O povo todo está preocupado com a corrupção na política. Face à dimensão a que isto chegou a obrigação deles era hoje - e não é amanhã, é hoje - fazerem um pacto de combate à corrupção. Porque é que não fazem? Porque não querem afrontar os corruptos que dominam a política, porque eles próprios dependem dessa gente. Jamais as marionetas se viram contra os manipuladores.

Está a acusar Passos Coelho e António Costa de serem marionetas de corruptos?
Estou a constatar. Os políticos em Portugal são, em geral, marionetas ao serviço dos grandes grupos económicos. Isto até é um problema constitucional. Temos um regime constitucional que assenta na separação de poderes. Mas o poder legislativo já não está no parlamento. Para legislar sobre cães e gatos ainda é no parlamento, mas para legislar sobre urbanismo, ordenamento do território, contratação pública, obras públicas, onde se faz? O parlamento através de autorizações legislativas transfere essa competência para o governo e o governo manda fazer essas leis nas grandes sociedades de advogados. O centro do poder legislativo em Portugal, nas matérias de maior repercussão económica, são as sociedades de advogados, que coincidem com os interesses dos grupos económicos a que estão associados! Isto perverte o princípio da separação de poderes. Os governos têm sido correias de transmissão dos grandes grupos económicos.

Neste momento também são correias de transmissão de uma política europeia...
É o mesmo tipo de interesses, são os interesses dos grandes bancos europeus. É a mesma lógica. O poder judicial em Portugal não tem meios e está muito dependente do poder executivo. Veja-se esta bronca do Citius! O poder executivo pela via informática controla o poder judicial! Um poder executivo que quisesse boicotar o poder judicial não faria melhor que o que este governo fez com o Citius. Foi um boicote à justiça, imagino que involuntário. Não tendo a justiça meios próprios, dependendo do poder executivo a nível informático, de financiamento, é evidente que não tem verdadeira autonomia. Jornal I

VIDEO ONDE SE EXPLICA COMO SE LEGITIMAM OS CRIMES DAS PPP
 
ESCÂNDALO. Tribunais arbitrais e governo legalizam crimes contra estado

31 comentários:

  1. Tenho 48 anos de idade, só votei uma vez, e se o Dr. Paulo Morais se candidatar terá o meu voto.
    Luís Santos

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    1. ESTÁ NA HORA DE MUDAR DE ATITUDE, O PAÍS ESTÁ A MUDAR A JUSTIÇA TAMBÉM SÓ FALTA O POVO TB COMEÇAR A MUDAR E PARAR DE SE ABSTER E COMEÇAR A VOTAR NOS BONS E CONTRA OS CORRUPTOS

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  2. Este lutador contra a corrupçâo andava a preparar o terreno para algo. Quando do programa da CMtv o Marinho PInto enquanto ele falava olhava-o com um ar de desdem; já calculava que o achava um perigo para o seu PRD.
    Ainda bem que aparecem estes politicos duma tempera diferente dos amigos do DDT, que têm enterrado o paĩs a 40 anos.

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  3. para ficar perfeito eram os 2 se juntarem no mesmo partido ( PRD ), não sendo
    possível votarei num deles.

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    1. vai ser dificil eles se juntarem, mas quem sabe...1 deles tbm terá o meu voto, faltando saber quem os acompanha e a partir de aí faço a escolha.

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  4. Se concorrer poderá contar com o meu voto na 1.ª e na 2.ª volta, se for necessário. Boa sorte!

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  5. Se o Dr.Paulo Morais se candidatar,meu voto e de minha família,serão seus...aprecio vivamente seus comentários na CMTV,que ao mesmo tempo servem de esclarecimento para o publico..vá em frente Dr.Paulo Morais.

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  6. estou curioso sobre quem é o jornalista e jornal original,podem dizer p.f.

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  7. Entre eles o diabo que escolha! Todos eles só vêm aquilo que lhes interessa, são incoerentes. Há situações graves que acontecem neste país, mas eles fazem de conta que não as vêm. O problema deste país é profundo, é de falta de bases, é de falta de controlo sobre os poderes e é o circo constante incentivado pelos media e que o povo gosta. É de falta de valores, é um atraso civilizacional. Espero que compreendam o que eu disse.

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  8. Eu com 40 anos só votei aos 18... Depressa descobri a podridão corrupta e interesseira na politica... Nunca mais votei.... Mas votarei no Paulo Morais se ele se candidatar...

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    1. Há que votar contra os corruptos, não votar é deixar os corruptos sempre ganhar

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  9. Sempre votei na esquerda e continuarei a votar na esquerda, as boas intenções dos Srs. Paulo Morais e de Marinho Pinto, não chegam, um partido politico tem que ter um programa e um projecto politico para o pais e falar com os partidos que sempre foram oposição aos últimos governos que levaram o pais e o povo à situação que está, e não esquecer quem tem estado por trás e continua a estar e que apoia as campanhas eleitorais financeiramente os mesmos partidos que tem governado os pais são os grandes grupos económicos e são estes mesmos grupos económicos que controlam a comunicação social. Temos um povo em que a maioria é analfabeto politico, queixam-se que a vida está mal mas são medrosos...

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    1. Concordo com a maior parte do seu comentário à exceção da "esquerda" e "medrosos".

      A esquerda, porque é uma treta de uma etiqueta (alcunha) que quem sabemos bem colocou com os interesses que também sabemos.
      Eu como não me alinho por essas etiquetas nem gosto de falar com "garotos", nem com "porcaria", já que o meu tempo de vida tem um limite, não entendo porque tenho de ser direita ou esquerda, sendo que tem imensas coisas de ambos os lados com as quais não me identifico.
      Se fosse religioso, seria ateu. No caso de politica devo ser apolítico. Até porque a mentira não me seduz.

      Agora os medrosos:
      Eu não olho para os portugueses como medrosos ou não.
      Eu olho para os portugueses como olho para todos os seres humanos, levando em conta uma miríade de variáveis (cultura) que nos distinguem de outros seres humanos.
      Nós portugueses somos em tudo semelhantes aos restantes humanos, porque o somos (humanos). Uns mais medrosos, outros menos, mas todos medrosos, assim como os restantes seres humanos.
      Nós, assim como os outros humanos, assemelha-mo-nos mais a gado. Somos acéfalos. Deixámos de pensar e a maioria está resignada, vergada à dureza da indiferença dos restantes. Somos gado à espera do golpe misericordioso. Pois, até o domínio da nossa vida pertence a outros que sabemos quem.

      E é só o que lhe queria dizer. Abraço

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    2. Amigo Vítor quer aceite ou não aceita há esquerda e direita em politica, assim como há luta de classes, entre exploradores e explorados, sou uma pessoa que já passei dos setenta anos, não me meti em muita coisa, mas naquilo que me meti sempre reparei que havia medrosos, isto porque quando chegava a altura de agir encolhiam-se, não digo por medo mas com receios e ao longo da história isto é desde o tempo da escravatura sempre assim foi...

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    3. Amigo Tonho Zé,

      Existem lutas de classes sim, porque obviamente eu esfalfo-me a trabalhar para poder melhorar a minha vida, mas o que está acima de mim na pirâmide defende a sua posição entregando o relatório ao que está acima dele mentindo sobre o meu desempenho, então quem é que perde? Toda a pirâmide. Mas de pouco interessa, porque o grau de conforto aumenta com a altura a que se está, desvalorizando muitas das verdades que lhe chegam, quer por letargia, quer para defesa da sua posição. E assim é criado o circulo vicioso que impede que as pessoas se desenvolvam, é assim que se estabelece a Tradição.

      A luta de classes por si só não é má. O que é hediondo são os crimes que se cometem na luta para subir ou não deixar subir. Mas também deveriamos percepcionar o Mundo mais cinzento do que aquele que a maioria de nós pinta e para o qual arrasta os seus próprios filhos retirando-lhes todas as armas com que se poderiam defender nesta luta sem tréguas. Sem tréguas porque é a Lei da sobrevivência, que só termina com a nossa morte.

      Quero também dizer-lhe que os medrosos que bem conhecemos são não mais que seres ignorantes. Pense um pouco... só teme quem desconhece, tal como quando somos confrontados com um abismo em que nos dizem salta, não tenhas medo que tem um colchão que te apara a queda. Convenhamos que perante um desafio destes poucos são os que têm a coragem ou a insanidade suficientes para dar o salto.
      Ora o mesmo se passa com os medrosos. Só não saltam porque não querem arriscar a perder o pouco que já têm. E isto acontece porque o que lhe estão a propor é um autêntico abismo para eles, ou seja, como não sabem do que estamos a falar, em primeiro lugar entraram de uma forma primitiva (para fazer parte do grupo), mas quando são confrontados e ainda não conseguiram entender (abismo), optam por não arriscar.

      Desta forma conseguimos entender melhor a dimensão da fratura social contemporânea portuguesa e acima de tudo Mundial.
      Na minha opinião esta fratura só irá aumentar, até que voltemos a sentir sérias dificuldades e comecemos a precisar novamente uns dos outros sem hipocrisia. Assim que começarmos a falar ao coração uns dos outros voltaremos a sentir novamente a união que nos fez um povo e que agora faz de nós mais um.

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  10. Adoro estes arautos da clarividência e paladinos da luta contra a obscuridade que defendem com toda a garra certos e determinados sujeitos por dizerem meia dúzia de verdades evidentes, apenas por estarem de fora dos grupos de interesse que delas beneficiam, levando a sua vida com uma aura de moral muito longe daquela que apregoam... Mas enfim, estes não devem ser questionados porque dizem meia dúzia de patacudas, na maior parte das vezes terrivelmente pouco rigorosas, que caem bem nos ouvidos de quem vive dias difíceis. E no meio disto tudo quem é facilmente manipulável afinal?

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    1. Então força nisso em vez de descarregar tanto adjectivo oco sobre Paulo Morais diga lá então o que sabe sobre ele... que interfira com a aura de moral... acho graça ás pessoas que detestam e difamam Paulos Morais, mas a única coisa que tem para suportar essa difamação não são mais nada que insultos ocos.
      O sr portanto gosta mais de que sujeitos? Diga que as pessoas precisam de conhecer os que dizem mais e fazem mais que o Paulo Morais.
      É engraçado Marinho Pinto decide candidatar-se, passou de bestial a besta, agora Paulo Morais ameaça fazer o mesmo tb já é uma besta...
      Paulo Morais incomoda muita gente, mas não a gente honesta que ele incomoda. https://www.youtube.com/watch?v=WOWx4AWfBm0&list=UUakSi4_ei0aVffdQ4GzdYuA

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    2. Eu já não sou de adorações ou idolatrias, e menos me escondo atrás de palavras bonitas com conteúdo nulo.
      Preocupo-me sim com a possibilidade de nos tornarmos de novo uma civilização, que muitos por interesse e a maioria por estupidez (ignorância) não se preocupam em se auto destruir.
      Para o fazer não olham a meios para defender a sua "verdade", mas felizmente para nós outros preocupados em criar algo, o seu discurso está sempre repleto de escárnio, mal-dizer e dubiedade, tornando-se confortável identificá-lo e cada vez mais expô-lo.

      É certo que tem direito à sua opinião e ponto de vista, por isso é que me dou ao trabalho de por um lado expô-lo se tiver menos dignas ambições ou por outro lado de lhe ensinar algo caso queira aprender.

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  11. O Tavares não é meu. Aliás, em termos ideológicos estou nos antípodas dele. Agora, é alguém a quem reconheço valor e seriedade, pela carreira sólida que tem, pelas posições sustentadas que tem sobre a UE e a dívida pública, pelo trabalho que desenvolveu no PE e por aspectos tão simples como ter doado metade das remunerações auferidas como eurodeputado a um programa de bolsas de estudo sem fazer alarido nenhum à volta disso. Quanto a essa lógica do marinho e pinto ser pior que o Sócrates ou o Cavaco ou o Zé do telhado é um argumento palerma. É como dizer mais vale o Salazar ao Hitler. Claro, de facto mais vale um proto fascista conservador do que um monstro que protagoniza um genocídio. Agora, não é por um ser um monstro que o outro passa a ser bom. Por essa lógica nos também temos muita sorte se compararmos a nossa classe política com a brasileira. E digo lhe mais, o marinho pinto desde que se afirmou junto dos média apenas tem revelado oportunismo e carácter dúbio. Se não fez tanto mal ao pais como algum dos outros nomes que referiu, se calhar, foi só porque não teve uma oportunidade para tal e eu não lhe quero dar essa oportunidade. Presumo que me vá acusar agora de acusar o marinho pinto de oportunismo sem apresentar argumentos para tal, vou me justificar porque não o faço e a justificação é achar que a minha cara amiga tem duas palas nos olhos no que concerne a esta colorida personagem do nosso espectro político. Mas se estiver interessada apresento lhe os meus argumentos.

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    1. O seu argumento era válido se eu tivesse dito que o Marinho era melhor que o socrates ou o cavaco , eu não fiz essa comparação, apenas tentei mostrar que é fácil difamar as pessoas mas mostrar algo concreto é que está dificil.
      E inclusive expliquei pq acho fracos os seus argumentos. Cada um arranja emprego onde pode nem todos têm tachos nas PPP, no BdP, na EDP, na PT, etc há gente assim que só tem direito a falar em jornais pequenos... isso para mim não é sintoma de corrupção ou de suspeição antes pelo contrário. É sinal que são rejeitados pelo sistema e isso para mim é bom sinal.

      Por isso não tente insinuar que eu fiz esse jogo sem nexo de dizer que vale mais o marinho e o morais que o socrates , pq se eu tivesse essa mentalidade tacanha achava que estavamos muito bem com o socrates e o coelho, porque são melhores que o eduardo dos santos e os ditadores das arábias.

      Mais uma vez critico as únicas coisas que aponta a marinho e paulo morais são apenas opiniões suas, factos? Nada.
      Até porque chamar de oportunista a uma pessoa que andou até aos 64 anos a denunciar os oportunistas que lhe podiam dar oportunidades é assim uma teoria um tanto ou quanto cómica. Um oportunista que nunca teve tachos nem na PT, banca, edp, ctt, BdP, etc etc perdeu muitas oportunidades?
      Um oportunista que sabe que a melhor forma de ganhar dinheiro é criar um escritório de advogados e ele tinha meios e conhecimentos para ser dos mais procurados pelos corruptos mas claro como ele é oportunista sempre criticou os que o fazem e ele nunca o fez...

      Um oportunista que está a ganhar 21 mil euros no PE apenas pq foi eleito pelo povo sem tacho, e que agora está disposto a perder a paz desse cargo para vir lutar contra os corruptos em Portugal por 4 mil euros e sem paz, é relamente um oportunista. Um candidato que sai do MPT sabendo que ia perder votos, mas pq quer criar um partido que vise apenas o bem do país sem se preocupar com a imagem do partido, é um oportunista??? E olhe o resto deixo para o sr continuar

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    2. regressou à mesma teoria falsa sobre mim, já lhe disse que não disse que o Marinho e Morais são bons pq os outros são piores, apenas lhe disse que se fala de marinho e de morais como se vivessemos num país de virgens e de repente tivessem chegado os violadores...
      Depois tb não precisa de inventar que eu disse que não pode opinar, tanto que essa é outra mentira que se assim fosse bastava apagar o comentário...

      Opiniões todos temos mas acho graça à forma como fundamenta as suas... a lusofona o correio da manhã , etc etc... além do mais deixa sempre no ar acusações sem qualquer fundamento do tipo que sabe coisas da advocacia mas não diz quais são. Era bom que todos soubessem para não votarem nesse criminoso do Marinho e do paulo morais.

      Quanto ás sociedades de advogados pesquise na net, leia livros ainda há pouco saiu um livro só sobre as falcatruas e os milhões que se ganham nas sociedades de advogados, basta procurar.
      A lusofona é um antro de taxistas como a edp, pt e etc lol o sr bem tenta mas não convence, não digo que a lusofona tenha corruptos, mas um professor da lusofona não ganha nem 1/5 dos taxistas que refere, tente ser mais sério para que o possa levar a sério.

      O sr é que está a tentar manipular, eu apenas lhe peço factos e o sr deixa acusações no ar. Pesquiso e não encontro nada...

      quanto à última frase, concordo consigo..

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    3. Este anónimo aqui em cima é uma completa aberração .... como se pode fazer tanto alarido e nem fogo nem fumo nada contribui para a evolução ....

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  12. Quanto ao Cm, nos de facto temos uma imprensa assim para o fraquita mas nada e repito nada é pior que o cm. A situação do pais não se resolve com escandaleira, resolve se com a educação dos portugueses chamando os a atenção para questões importantes e estruturastes como o estado que queremos, a dívida pública, a nossa estratégia para as relações internacionais etc. Quando um português perceber que mais estado equivale a mais despesa e que essa conversa do não pagamos ou de soluções em que se repõem os serviços e baixam os impostos não é possível então estamos a melhorar. E é aí que jornais como o público, o dn ou o expresso são importantes, ajudam a educar as pessoas porque falam das questões importantes e quanto mais educados estamos mais capacidade temos de ler interpretar e pensar pela nossa cabeça destrinçando o que é notícia do que é manipulação. Quanto ao cm é só sensacionalismo barato que não interessa a ninguém. Para começar, 90 por cento do jornal relata crimes de roubo e homicídio que, muito honestamente, pouco interessam e só revelam que as nossas forças anti crime também funcionam mal. E depois as investigações mais interessantes que fazem relativas a corrupção etc só servem para alimentar conversas de café e de taxista. Dou lhe um exemplo o cm tem feito imensas coberturas ao caso Sócrates, mas será sido assim tão útil ao interesse dos portugueses? Em ultima análise o momento da prisão deu se por oportunidade política e no fim, provavelmente, não vai haver condenação e os nossos problemas com a corrupção vão ficar na mesma. E isto porquê? Porque essa coisa das revoluções e de pegar em forquilhas e tochas para fazer justiça é toda muito bonita mas... Não resolve os problemas de fundo. Quando cai um tirano ou um corrupto pelo escândalo popular normalmente instala se outro e o que saiu vai se instalar noutro sítio qualquer. A única forma de termos uma democracia a funcionar é ensinando as pessoas a pensar pela própria cabeça e, sobretudo, pô-las a pensar sobre as grandes questões que de facto interessam e essas são, acima de tudo, estruturais e de visão estratégica para o pais, sendo que no fim de tudo está uma coisa, temos de escrutinar como é que queremos que o nosso dinheiro seja gasto. Temos que perceber que o estado acaba por ser como uma empresa que pode ser sustentável ou não. Nos somos os accionistas e, como tal, temos de nos preocupar com o que anda a fazer a administração e julga los devidamente em assembleia geral. Agora se o problema é a corrupção ou o tamanho do estado a fonte do problema isso é indiferente enquanto não percebermos que se não formos accionistas diligentes que andam sempre a par das contas da empresa a administração lá distribui uns bônus por si própria e celebra uns contratos com os amigos e depois, de vez em quando, perto de assembleias gerais mais sérias, lá distribui uns dividendos para calar os accionistas por mais um bocadinho e seja por maus negócios ou por mau carácter dos administradores lá continuaremos nos a perder valor, tudo porque o problema de base está na nossa falta de preocupação com a empresa que os leva a sentir rédea larga.

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    1. Os problemas resolvem-se com a verdade e com jornais que se atrevem a publicar a verdade mesmo sendo escandaleira... o CM pode ser um jornal fraquito como diz, mas pelo menos tem sido dos primeiros a denunciar a corrupção, mesmo e apesar de ser perseguido por ministros e ameçado. Foi processado várias vezes pelos corruptos e agora sabe-se que afinal o que o CM dizia era uma escandaleira, pois era mas era a verdade que muitos queriam calar... e só por aí se pode ver que os fraquitos podem ser os mais fortes, depende de que lado estamos.

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  13. Em suma, temos que fazer um volte face. Neste momento como país não nos interessa estar a discutir a corrupção e saber se o A ou o B ganharam X ou y com a ppp ou com a concessão ou se o H ou o M foram para a empresa Z ou W. Interessa sim chamar as pessoas a discutir as grandes questões estratégicas que representam muitos milhões para o país e que, caso não sejam devidamente acompanhadas por nós, podem vir antes a representar muitos milhões para os bolsos de alguém. Só assim evitamos que no futuro o R ou o E não venha a meter umas notas valentes ao bolso com o negócio S ou G

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    1. A grande questão estratégica do momento é saber como usar o voto para ajudar a acabar com esta ditadura dos partidos. As pessoas cada vez votam menos porque pensam que não votar é não pactuar com o sistema, não percebem que o sistema se alimenta da inércia do povo que nada faz para lhe fazer frente... ps e psd ganham o poder sem qualquer oposição porque a grande oposição está toda canalizada para a abstenção , abstenção essa que não possui qualquer significado para a lei ou para eles, apesar de muitos iludidos apregoarem que a abstenção é um não, o voto branco e nulo é um não... Há que perceber que no que toca a eleições a única coisa que conta são os votos válidos, e as pessoas continuam a pensar que votar em vão tem significado.

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    2. É minha opinião que as pessoas não votam porque estão cansadas de tretas. E se repararmos no crescendo da abstenção, podemos, se quisermos tirar essa conclusão.

      Se querem mudar alguma coisa em Portugal, vão ter de fazer melhor que inventar um novo partido ou fazer alguém votar noutro partido, tirando os habituais.

      Outra coisa que gostava de chamar a atenção, era para a tendência que muitas pessoas têm em dizer que o povo português só quer telenovelas e futebol. Quanto a mim quem diz uma barbaridade dessas, é porque desempenha o trabalho de escravo a que a maioria dos portugueses está sujeita, são pessoas que desconhecem completamente o que é trabalhar em Portugal e que vivem bem acima do limiar da pobreza a que a maioria dos portugueses está sujeita.

      Basta colocar-mo-nos no lugar de alguém que ganha 505€ e tentar passar mês após mês com essa fortuna.

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    3. Claro que com a abstenção os partidos do arco da governação ganham mais facilmente e garantidamente, porque à partida os que se abstém, conhecidos como revoltados e indignados do sofá, acabam por aniquilar a sua própria luta, ao invalida-la na abstenção. Os militantes do ps e do psd, os amigos, os boys e os ricos favorecidos por eles, votam ps e psd, os chicos espertos, os tesos, as vitimas ficam em casa, claro revoltados e indignadissimos, a ve-los ganhar há 40 anos.

      Temos que repensar as coisas. Somos contra este sistema? Quem o criou? Como se pode mudar? Concretamente falando? Está na lei bem claro para quem quiser ler, que a abstenção não tem nenhum significado nem valor eleitoral, o facto de as pessoas dizerem que significa isto e aquilo, não quer dizer que signifique isso, cada um inventa um significado e depois? A lei é que decide, não são os sentimentos do povo que na ignorância, inventam significados para a abstenção para o voto branco e nulo. Está na lei que são os votos válidos e apenas estes, que legitimam um mandato, podem inventar o que quiserem até um poema sobre as revoltas do sofá, que os políticos não querem saber disso para nada. Até agradecem. Ou fazemos uma revolta a sério, com sangue e lágrimas, e partimos tudo como no Brasil e na Venezuela, que como se pode ver, ficou tudo na mesma, quem se lixou foi o povo que destruiu património publico e privado e os corruptos lá estão, firmes e legítimos, ou então tentemos fazer o que nunca se fez, pôr os 56% de abstencionistas nulos e brancos a votar contra os corruptos, simples... o que custa tentar? Essa sim talvez seja a verdadeira revolta. Retirar do poder aqueles que o corrompem, aqueles que distorcem a democracia e que criaram o sistema que tanto nos indigna.
      Há imensos partidos novos que querem mudar a constituição, a democracia representativa, as leis eleitorais, as mordomias, partidos novos, sem vicios, que sempre perderam por denunciar os corruptos, porque não revolucionar o sistema usando as armas que temos?
      Porque continuar a idealizar o que não existe? Que a abstenção não é uma revolução é sim a inutilização da força dos indignados. A abstenção manterá o ps e o psd no poder. Disso já não há dúvidas-

      Esta foi a conclusão a que cheguei, não quero que pensem como eu, mas pelo menos pensem.

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    4. A polémica sobre o assunto é grande, e dispendiosa, mas, pelo menos já percebemos que se somos contra este regime, não devemos votar PS/PSD/CDS, que são os que há mais de 35 anos o corrompem.
      A polémica gira em volta do valor da abstenção, do voto em branco ou nulo. Entre os factos e as opiniões, reina a confusão.
      A legislação não é fácil de encontrar, mas existe e não deixa dúvidas, não existe um número de votos mínimos para que estes se convertam em mandatos.
      Artigo 152.º
      Representação política
      1. A lei não pode estabelecer limites à conversão dos votos em mandatos por exigência de uma percentagem de votos nacional mínima.
      ARTIGO COMPLETO: http://apodrecetuga.blogspot.com/2012/11/o-poder-do-voto-voto-em-branco-e-nulo.html#ixzz3RNI5JZSL

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  14. Vamos mas é apoiar o Ten. Cor. Brandão Ferreira à Presidência!

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Olá caro leitor, obrigada por comentar... sei que apetece insultar os corruptos, mas não é permitido. Já não podemos odiar quem nos apetece... (enfim) Insultem, mas com suavidade.
Incentivos ao ódio, à violência, ao racismo, etc serão apagados, pois o Google não permite.