M. José Morgado: A corrupção em Portugal pode estar fora de controlo.


Esqueçam a justiça, o BPN, as PPP, os submarinos, a democracia e Portugal. 


O alerta partiu da magistrada Maria José Morgado, que apontou a apatia da sociedade civil, o sigilo fiscal e o segredo bancário como factores “para não haver um verdadeiro combate à corrupção”.

Maria José Morgado, no seu discurso no I Congresso sobre a Democracia em Portugal, considerou que “a sociedade civil tem de exigir à Polícia Judiciária, ao Ministério da Justiça e ao Procurador Geral da República, Souto Moura, estatísticas, estudos, diagnósticos e resultados sobre o combate à corrupção”.
Ao CM, a magistrada explicou que “tem de haver um tratamento especializado dos dados, para definirmos a corrupção nos diferentes serviços do Estado, bem como quais as categorias de funcionários envolvidas e a relação com o crime organizado”.
A ex-directora nacional adjunta da Polícia Judiciária, defendeu ser “necessária a quantificação de objectivos e definição de programas por parte dos políticos”. Enquanto esse trabalho não for efectuado “existe uma realidade de paz podre em que não se pede responsabilidades a ninguém”, sustentou.

“Não existem números oficiais. Portugal, enquanto país pobre, fica ainda mais pobre com a corrupção”, acrescentou a magistrada, estimando que a “evasão fiscal represente entre cinco a sete por cento do Produto Interno Bruto”.
“Não há um verdadeiro combate. Volta e meia há um surto de investigações, mas depois não ficam sinais marcantes”, referiu, apontando como exemplo o ‘caso’ do Fundo Social Europeu, que “terminou com meia dúzia de punições”.
Lamentando que “os partidos não tenham dado o exemplo”, a magistrada sublinhou: “Os portugueses têm andado ao sabor dos espectáculos mediáticos e da confusão entre escândalos e combate real à corrupção. Esta confusão pode ser um sinal de que a situação está fora do controlo”.

DEPOIMENTOS
A opinião da dra. Maria José Morgado é, como todas, legítima e respeitável. Mas discordo dela em absoluto. Não tem de se atacar o sigilo fiscal ou o segredo bancário, que existem em Portugal, como em toda a Europa. Se o combate à corrupção não avança, trata-se, isso sim, de incompetência da investigação criminal. O problema não é a Lei. José Miguel Júdice, Bastonário da Ordem dos Advogados.
Há demasiados entraves à investigação. É preciso permitir o acesso rápido às contas bancárias dos suspeitos e o cruzamento dos dados fiscais, bancários e das conservatórias dos registos prediais. Não é possível combater eficazmente a corrupção, tal como é hoje – sofisticada – com os meios legais criados para um fenómeno menos complexo. C. Anjos, Asso. Sindi. Fun. Inv. Criminal. CM

A magistrada Maria José Morgado salientou a importância da blogosfera e de alguma comunicação social, na denúncia de "enriquecimentos súbitos de titulares de cargos políticos, esbanjamento de dinheiros públicos, crimes financeiros e porosidade entre poder político e poder empresarial".
Maria José Morgado lamentou que Portugal não tenha "uma cultura de denúncia", mas uma "cultura de escândalo", observando que, enquanto a denúncia tem a vantagem de contribuir para uma "sociedade limpa", com "uma opinião pública intransigente e que exige responsabilidade do poder político, dos magistrados e dos jornalistas", um "mero carrossel de escândalos" não tem consequências, servindo apenas para "gozo de conversas de café". TVI

Henrique Neto explica como a corrupção também captura a sociedade civil, aquela que deveria ser exigente para com os políticos que lesam o interesse nacional
Com resultados perversos para a democracia, não?
Um é perfeitamente evidente: o enfraquecimento daquilo que nas sociedades modernas é muito importante – a sociedade civil e as lideranças da sociedade civil. Os líderes da sociedade civil são capturados por esses interesses. Veja o exemplo do actual presidente da EDP, Eduardo Catroga. É um homem com qualidade, é um líder de opinião, e não temos tantos como isso. Antes de o governo actual ter sido eleito e mesmo depois, antes de ter sido nomeado para presidente da EDP, Catroga era dos críticos mais ferozes e mais contundentes da questão das rendas excessivas – na energia, PPP. A partir do momento em que passa a ser presidente da EDP, justifica, das maneiras mais absurdas, as rendas excessivas. Se pensarmos que isto acontece com um, dois, três, dez destes líderes – e acontece com as pessoas que estão nos mais diversos cargos na CGD, na GALP, na EDP, na REN, etc. –, há muito poucas que permanecem independentes, que não se vendem."
  Se quiser ler sobre os outros temas abordados nesta entrevista, siga este link até à fonte

Ao Minuto 22 deste video, Henrique Neto explica a captura da sociedade civil pela corrupção politica.

Em baixo, abra os links para saber mais sobre a corrupção descarada que nos empobrece e escraviza
  1. Portugal, enquanto país pobre, fica ainda mais pobre com a corrupção
  2. A evasão fiscal representa entre 5 a 7% do Produto Interno Bruto
  3. Quando um Bastonário da ordem dos advogados afirma, em frente ás figuras máximas do governo, que os tribunais arbitrais servem para legitimar o saque ao estado, e ninguém sequer riposta, está tudo dito!!!!
  4. Em Portugal não há um verdadeiro combate à corrupção
  5. Portugal não tem uma opinião pública intransigente e que exige responsabilidade do poder político, dos magistrados e dos jornalistas.
  6. Neste video Maria José Morgado é atacada pelos colegas, por estar a falar da corrupção
  7. Exemplos de Democracias com povos exigentes e políticos honestos
  8. Lista de vídeos com algumas lições de democracia
  9. A corrupção agrava o fosso social, faz os ricos mais ricos e os pobres mais pobres
  10. Mas há quem faça de tudo para nos fazer crer que não há corrupção em Portugal??
  11. PORTUGAL EM 10 ANOS, FOI O PAÍS DO MUNDO QUE MAIS DESCEU NO RANK DA CORRUPÇÃO... TERÁ SIDO O PS OU O PSD O CULPADO? 


7 comentários:

  1. Sem duvida o Sr.Catroga mostra porque os politicos deviam estar separados da gestão.
    Quando se acha natural que um politico bote discurso e seja eleito visando um cargo e benesses futuras estamos a fomentar a mais natural, vil e invencivel corrupção.
    Separemos o que é politica do que é gestão e teremos bons representantes no parlamento e nas camaras.

    ResponderEliminar
  2. País vergonhoso desprovido de dignidade. A corrupção abunda e é visível em toda a parte mas muitos nem lhe dão atenção. Outros, pelo hábito, nem a conseguem distinguir.

    ResponderEliminar
  3. É bom que decubram,
    pelo menos
    ficamos a saber,
    já que nada podemos fazer!

    ResponderEliminar
  4. País de cegos governado por abutres ....

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Sem dúvida. Enquanto a cegueira persistir, pouco se poderá a curto prazo fazer.

      Eliminar
  5. sra magistrada é fácil...na comarca há o roubo e os ladrões mas eles tornaram se " Artistas".. em roubar e tudo isso vem de trás;das santas casas da " Gamela"..chamam lhes de mesiricordias.. já vem do periodo "Manuelino".. este povinho encheu se de uma casta parasita...que " trabalhar para quê" enquanto houver burros por essa comarca...alguém ha de ficar no soupé a pastar.. é a ética seminada deste povo; então os Fundos da Europa...isso foi como uma loteria da " pai Natal".. veja se o que fazem com os imigrantes.. até esses são roubados..A EUROPA tem Que saber de tudo isso e o mundo"

    ResponderEliminar
  6. Eu vi o video da SR Magistrada que por ela tenho muito respeito mas faço aqui uma pergunta,porque não deixam o povo decidir uma lei sobre os políticos? Ou seja os Sr magistrados podem impor uma lei que seja o povo a decidir? Ou também não o podem fazer?



    ResponderEliminar

Olá caro leitor, obrigada por comentar... sei que apetece insultar os corruptos, mas não é permitido. Já não podemos odiar quem nos apetece... (enfim) Insultem, mas com suavidade.
Incentivos ao ódio, à violência, ao racismo, etc serão apagados, pois o Google não permite.